Cada perda é uma luz que se apaga. Uma voz que é silenciada.
Mais um homem que a vida coloca ponto final em sua jornada.
O mito nasce em sua morte e eterniza-se em nossas vidas.
A herança deixada é seu legado que há décadas vem sendo
formado e por milhares de pessoas saciado, degustado.
Com raízes profundas no coração é plantado.
Na mente a recordação, nos lábios ressoamos os sons.
Um labirinto de memórias, letras, canções, arranjos e composições.
Morre o homem, o dom, o talento , a voz.
Mas o som continua vivo em um lugar que nunca morre.
Entre o céu e o inferno, entre vidas e mortes, muito além de meros corpos.
Onde a guitarra sempre soa, onde a voz perdura, onde a composição
passa de mãos em mãos renascendo o seu som. Onde os discos
tocam eternamente, onde ouviremos esses legados deixados pra sempre.
Em um mundo infinito,onde a luz nunca se apaga.
O brilho não se ofusca. A estrada não tem volta e nem ponto final.
Um mundo formado de aspiração e ficção, de sonhos e fantasias,
de visão e utopia, de verdade e ilusão, decifráveis e indecifráveis,
compreendidos e imcompreendidos, vividos e não vividos,
criados, narrados, contados, imaginados.
Entre o bem e o mau, luz e trevas, frio e calor, real e surreal.
Um mundo onde a liberdade de expressão é escrita, aprimorada,
composta, cantada e tocada. Um mundo que não se explica, se sente.
Um mundo onde os instrumentos se mesclam e levam sua alma
a uma viagem fantástica e extraordinária.
Um mundo chamado heavy Metal.
(Dedicado a todos os vocalistas, guitarristas e integrantes de bandas do Metal, que já se foram…)
Priscilla Raquel