Em noite na qual o anfitrião é contemporâneo de gente como Led Zeppelin, Beatles, The Who, Rolling Stones e Eric Clapton, até a vibração local muda. Mesmo com pouco mais da metade da casa lotada, não é todo dia que o Auditório Araújo Vianna recebe uma banda do calibre do gigante Jethro Tull e seu líder, o carismático flautista, guitarrista e compositor, o lendário Ian Anderson (a última vinda de Anderson a Porto Alegre havia sido em 2017 para uma apresentação solo).

Após uma espera de quatro anos, que ocorreu por conta de uma turrnê cancelada em 2020 devido à pandemia de Covid-19, o Jethro Tull voltou agora ao Brasil na chamada RökFlöte Tour, que traz um show complexo, um apanhado de tudo que foi produzido desde então. A função começou por volta das 21h30min, sendo que antes, o violinista Luciano Reis, do projeto Rock Concert, subiu ao palco com seu violino elétrico executando clássicos do rock mundial.

O violinista Luciano Reis Crédito: Lívia Meimes
O violinista Luciano Reis Crédito: Lívia Meimes

É importante que se diga que a todo momento, o público era avisado pela equipe da Opinião Produtora que não seria possível fotografar, filmar e nem ao menos empunhar equipamento como máquinas ou celulares durante a apresentação de Ian Anderson e trupe, pois os mesmos tiram a concentração dos músicos. Exigente, Anderson não é só um músico atento a detalhes, ele também é uma figura de quase 77 anos, cheio de energia que ainda ergue a perna na hora de tocar sua flauta.

Fundador, e único membro original da banda, criada em 1967, em Blackpool, na Inglaterra, Anderson e banda, composta pelos músicos David Goodier (baixo), John O’Hara (teclados), Joe Parrish (guitarra) e Scott Hammond (bateria), entregaram na última quarta-feira, no Auditório Araújo Vianna, um espetáculo de rock progressivo irretocável, lindo, musicalmente irreparável e inesquecível.

Com pitadas de country, folk, jazz e rock, é claro, a apresenção foi uma amostra de cada década das sete de existisrência da banda, mas dando mais ênfase ais álbuns nos anos 1970 – e um dos destaques do repertório, é claro, ficou por conta de We Used to Know, do álbum Stand Up (1969), passando pela era de ouro setentista que traz o clássico disco Aqualung (1971).

Crédito: Livia Meimes
Crédito: Douglas Fischer/Opinião Produtora
Crédito: Douglas Fischer/Opinião Produtora
Crédito: Douglas Fischer/Opinião Produtora

 

Playlist:

Set 1:

My Sunday Feeling
We Used to Know
Heavy Horses
Weathercock
Roots to Branches
Holly Herald
Wolf Unchained
Mine Is the Mountain
Bourrée in E minor
(Johann Sebastian Bach cover)

Set 2:
Farm on the Freeway
Play Video
The Navigators
Play Video
Warm Sporran
Mrs Tibbets
Dark Ages
Play Video
Aquadiddley
Aqualung

Encore:
Locomotive Breath

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