A noite de quinta feira ficou marcada por uma agressiva apresentação dos Borf, banda portuense que tem um potencial gigante de crescimento no mundo do powerviolence. A acompanhar a festa tivemos os 3 warning shots naquilo que foi a sua estreia nos palcos.

 

 

3 Warning Shots, por Cátia Sousa
O concerto começa com a “estreia mundial” dos 3 Warning Shots, banda que produz um punk rock right to the point, sem complexidades mas com musicas bastante catchy. O trio composto por Miguel Sousa (guitarrista), Francisca Sousa (baixista) e Tommy Hogg (baterista), onde todos são também vocalistas dando um bom nível de variedade à sua sonoridade, apresentaram 7 temas, que em breve, e segundo Miguel Sousa, estarão disponíveis nas plataformas online. Um bom começo para o que se avizinhava… Os Borf!

 

 

Borf, por Cátia Sousa

Uma pequena audição ao que os portuenses Borf fazem e já se tem uma ideia do que as suas atuações ao vivo devem ser.

Muita agressividade, muita velocidade, muita energia explosiva, e claro, muito Mosh.
Agora imaginem isso em escala colossal, não houve tempo para respirar, nem os intervalos entre músicas chegavam para nos compormos. Tamanha selvajaria que estava a decorrer naquela noite chuvosa no Porto, no Maus Hábitos.
Pode-se dizer que é do melhor que se faz em relação ao powerviolence em Portugal e não perderam um pingo de definição sonora ao vivo. Toda essa distorção não tirou a percepção do que as musicas realmente continham.
O baterista (Pedro) com um papel fundamental para a intensidade das faixas, baixo (David Lino) com também com papel importante a dar texturas mais carregadas às músicas, guitarra (João Restivo) sempre em constantes mudanças entre riffs frenéticos, outros cheios de groove, breakdowns e até algum tremolo picking e por fim, um vocalista (João) que cuspia os líricos com tal raiva que parecia estar sempre no limiar de um burnout. Uma performance completamente caótica!
Com isto posso garantir que as emoções estavam à flor da pele, sentia-se a perigosidade no ar e o público também ajudou a criar esse mesmo ambiente.
Foi um concerto que funcionou como uma escape emocional às rotinas diárias e sistemáticas, mas bandas como estas não se encontram todos os dias e ajudam a sair dessa monotonia.
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