Por Panda Reis – [email protected]

 

Estamos vivendo momentos políticos e sócias bem distinto do que essa geração estava acostumado, tendo em vista a questão sócio/política, situações aparentemente novas para às últimas décadas, mas não inédita na história política e social do País. Muito se fala de operações da polícia Federal ou atuações de ministros do supremo e dos parlamentares, criam-se heróis e vilões e a massa segue cegamente argumentos de alas antagônicas, Mas ao mesmo tempo iguais essa variável pode parecer estranha, mas não o é. Quando falamos de um sociedade que exala ódio e ofensas a tudo que não for o padrão conhecido, é atacado com veemência, muitas vezes sem se dar conta que tais argumentos vem recheado de racismo e intolerâncias diversas, sejam elas raciais, sexuais, políticas e geográficas. Porém essa percepção e conceitos foram lapidados por século de uma construção nacional difusa, pré-conceituosa e engessado em percepções de mundo cunhada em séculos passados. Ao mesmo tempo em que as chamadas minorias (eu chamaria de excluídos do sistema nacional baseadas no eurocentrismo caucasiano ocidental), se organizam, resistem, não aceitam mais as mesmas situações que antes. Várias esferas da sociedade brasileira se libertou da síndrome de terceiro mundo, e lutam para obter seu lugar nessa nova/velha sociedade, então os embates físicos e virtuais se espalham e multiplicam em todas as áreas.

Na questão política, a mesma confusão se repete, pois as massas entendem o jogo político apenas da maneira que a mídia e o sistema impõe, sem se atentar que o grande problema político não é uma questão de apenas de uma década, resumem o complexo movimento político como uma “briga” entre esquerda e direita, sem se aperceber que é muito maior que isso, a começar pelo que chamam de esquerda brasileira, a denominam de comunista ou socialista, sendo que nenhum partido eleito em nossa república é um partido legítimo de esquerda, ou seja, genuinamente comunista ou socialista. Talvez em algum momento da história tenham chegado perto disso. Se formos além das fronteiras nacionais e até ultramarinas, todos aqueles países chamados de comunista/socialistas, na verdade não passaram de um estágio da dialética Marxista denominada Ditadura do Proletariado, Mas essa é outra estória.

A questão é que a direita reza uma cartilha neoliberal tupiniquim, que também se confunde com anomalias políticas que só vemos por essas bandas, misturam xenofobia europeia com o racismo institucional norte americano e pré-conceitos bem característicos de uma nação que foi formada como a nossa foi, a base de escravismo, protecionismo e uma ditadura jovem, com fortes influências conservadoras.

O problema da corrupção e política brasileira não são apenas as peças, e sim todo o jogo, de nada adianta trocarem as peças, de nada adianta “bois de piranhas”, de nada adianta discussões acaloradas em redes sociais e defesas partidárias de todos os lados, isso por que todo o sistema esta viciado, é como ele se movesse sozinho, como disse Max Weber, “… ele é um espírito”, uma maquina em posição automática, ou seja, tirem as peças e novas serão postas no jogo, até mesmo as massas (povo) fazem parte do jogo, ora pendendo pra esquerda, ora pendendo pra direita e ora clamando por ações, mas autoritárias e repressoras, são moldados por velhos conhecidos do jogo, a propaganda, a mídia, a persuasão através de táticas de lobotomização sistemáticas, que são competentíssima, nivelando a maioria.

O problema é o jogo, não o tabuleiro e nem as peças, o complicado é que quem realmente poderia acabar com o jogo, estão mais preocupados com cores, siglas e alienados demais em estruturas pré-estabelecidas , que mesmo mudando, permanecem funcionando perfeitamente em favor do sistema.

O jogo segue… com os mesmos ganhadores de sempre e os mesmos perdedores de sempre…

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