Foi no início de novembro que a roda se abriu novamente em Londrina, no Paraná, e headbangers de vários lugares se reuniram para “cair pra dentro”. O OPEN THE ROAD FESTIVAL também reuniu mais uma vez bandas de vários estados brasileiros, além de trazer bandas de outros países da América Latina. O local onde ocorreu o evento é muito lindo, com amplo espaço para camping. Além disso pudemos desfrutar de uma belíssima piscina e presenciar uma vista maravilhosa no pôr do sol. Quem é que disse que o underground não pode ser chique? Hehe.

Pôr do sol no OPEN THE ROAD VII

TIRO WILLIAMS & THE WILD COWBOYS (PR)

Para iniciar mais de leve e com bom estilo, Tiro Williams & The Wild Cowboys fazem as honras de casa tocando um Rock N’Roll com Country Music. Para um festival de metal mais extremo, é algo um tanto diferente, porém muito bacana na minha opinião. Até deu para se sentir num filme de velho oeste, hehe. Tocaram My Way, Outlaw Habits, Blood remains and sorrow, Slowdown, Rebel Without a Name, The River, Misery, Lonesome On’ry and Mean, Country Heroes e também Red Foot Pride.

DOOMED SOCIETY (PR)

Em seguida o clima pesou com o pessoal da Doomed Society, que também é de Londrina, e mandaram ver com seu Death Metal autoral iniciando logo com Infected Surgery, The Ways That the Sorrow Comes, Dawn of the Angry (Morbid Angel), Doomed Society e Homicidal Arts. Apesar de ser nova, a banda mostrou que tem muito potencial.

UFRAT (PR)

Da cidade de Ivaiporã veio a banda Ufrat trazendo mais metal para o evento. Fazendo um som thrash old school, os caras tocaram Passenger Existence, In Darkness, Violence State, Profane Mysteries, Shade of Night, Obscure Visions, Involution, Final Conflict, Global Devastation e finalizaram com On the Brink of Extinction (do Napalm Death).

PATHOLOGIC NOISE (MG)

De um lugar um tanto mais distante veio a Pathologic Noise (Belo Horizonte) com seu Death Metal brutal. A banda, que se formou em 1992, mostrou toda sua experiência e qualidade tocando Fear of Pain, Sexual Murder, Regurgitation of Embalmed Carcass, Never Ending Blood’n Hate, Putrefactor, Pathologic Metal Vision, Chico Picadinho (single lançado em 2018) e para encerrar, tocaram Necrophagia.

KROMORTH (MT)

Vindo de Cuiabá, a Kromorth também veio mostrar sua experiência de quase 20 anos de Death Metal extremo. Iniciaram o show com a Intro Geodesic Beast, que foi produzida pelo Moyses do Krisiun, seguindo com Human Deception, Kromorthian Warrior, Catatonic Fury, King Pan, Descendants of Serpent, Satanic Etny, Hymn of Apocalypse e Fire of Transmutation. Essas músicas estão todas no álbum Geodesic Beast, que foi lançado ainda no início deste ano de 2018.

AMEN CORNER (PR)

Ainda falando de experiência no metal extremo, tivemos também a Amen Corner de Curitiba, com um Black Metal ideológico e de qualidade. Já fazia muito tempo que eu estava afim de vê-los tocar, agora espero não demorar muito para curtir o show novamente. Tocaram Leviathan Destroyer, Heir of Lust Heir of Pleasure, Black Thorn, Deusdemoteme, Under the Whip and the Crown, Lamentation and Praise, Diabolic Possession, The Sons of Cain e encerraram com Mutilated Children Stolen Souls.

LÂMMIA (RJ)

De tão cansada que eu estava da longa viagem que fiz para chegar ao evento, me encostei num canto confortável e alí cochilei. Não demorou muito para eu levantar num pulo só com a voz da Carmen Cunha, vocalista da Lâmmia do Rio de Janeiro. E que voz incrível de se ouvir… Pra quem curte um Stoner eu super indico, a banda é excelente. Tocaram Night Queen, Demonlove, Dermeval, Pulling Chain, Boys, Predador, Acid Trip, Jorjão e Spellbound.

HOLDER (PR)

O público também curtiu bastante a Holder, que veio da cidade de Maringá trazendo um Death Metal pesado e brutal. A banda, que já está beirando aos 20 anos de estrada, não decepcionou e mostrou toda sua qualidade musical tocando músicas dos seus três álbuns, o setlist seguiu assim: Insurrection Luciferian, Black Evil, Serpents of Fire, Mercyfull Killers, Morbid Hell e Eternal Flame.

PROJETO TRATOR (SP)

A Projeto Trator veio de São Paulo com um estilo que mistura sludge, stoner, punk e doom, fazendo surgir de tudo isso um som bem psicodélico. Usando uma linha experimental, começaram uma Jam com improviso livre e seguiram com Tambores de Sangue, Foice, Na Orbita do Medo, Vermes, Rua das 7 Facadas, Delírios do Dr. Lilly, Rato Morto, Absurdos, Não Provoque e A Valsa, finalizando com mais uma Jam de improviso livre.

LUCIFERIAN (COLOMBIA)

Como a banda Disaster Cities não pôde comparecer no evento, a colombiana Luciferian, que iria se apresentar no dia seguinte no evento, aproveitou o tempo e antecipou seu show. Sendo uma banda que representa muito bem o Black Metal sulamericano, a Luciferian mostrou toda sua qualidade encima do palco, encerrando a apresentação das bandas da quinta-feira.

BRUTALLIAN (MA)

Como não pude passar a noite acampada no local do evento e me hospedei na cidade, infelizmente acabei perdendo a primeira banda da sexta. Quando cheguei, a Brutallian já estava finalizando seu show de Heavy Metal. :/ Em compensação, fui no stand deles e comprei os dois CDs da banda, que veio lá de São Luiz do Maranhão para tocar no evento. Hehe

MURDEATH (PR)

Em seguida tocou a Murdeath, uma banda que acho muito massa e que tem uma presença de palco bem bacana por sinal. Fazendo um som Speed com Heavy Metal eles agitaram pra caramba no Open the Road. Iniciaram o show com Presságio do Mal e logo depois mandaram Resistir, Possessão, Guerreiros do Anticristo e, para finalizar, tocaram Quebre as Correntes.

BATTALION (SC)

Vindo de Itajaí, a catarinense Battalion agitou bastante no evento. E seguindo também nessa linha do Speed e Heavy Metal, o power trio fez a galera bangear bastante com seu som pesado e veloz. Tocaram Looters, Empire of Dead, Steel Avenger, Interceptor, Blood of Circle, Kill or Die, Tyrant of Evil, Hell Razor, Metal Death Race (Pile Driver) e finalizaram com Battalion of metal.

EXTERMÍNIO (MS)

Saindo do speed e partindo para um Death Metal mais Old School, subiu no palco do Open The Road a banda Extermínio, da cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul. Com suas letras cantadas em português, fizeram um excelente show tocando Psicótico Tormento, Goró, Invasão…Escuridao, Alcatéia Macabra e por último Guerreiros do Metal.

MORTHAL (PR)

Com início na década de 80, a banda Morthal também trouxe toda sua experiência para Londrina. Vindo de Foz do Iguaçu, a banda mistura Heavy, Thrash e Death Metal e tem tanto letras em português, quanto em inglês em seus lançamentos. O som dos caras é muito bom e também fizeram um excelente show no Open the Road.

TUMULTO (PR)

Também com letras em português e inglês e também vindo de Foz do Iguaçu, a banda Tumulto trouxe um setlist com seu Heavy/Thrash Metal autoral contendo as seguintes faixas: Kind of God, Open Mind, War for Power, After The War, street soldiers, Terra de Ladrão, Padreco Zé Ruela. A Tumulto fez um ótimo show mostrando em suas composições o que a banda pensa  sobre o que vivenciamos todos os dias em nossa sociedade.

ARMA (SP)

Mais uma banda de Speed Metal se apresenta no Open The Road. Os paulistanos da Arma, que também tem uma pegada bem Rock N’ Roll, fizeram um show bem veloz e empolgante para o público em Londrina.

CHEMICAL DISASTER (SP)

Como já carregam há muito tempo seu grande nome dentro do Death Metal, já era esperado que os santistas da Chemical Disaster fizessem um show destruidor. Já fazia bastante tempo que eu estava querendo assistir a um show deles, e realmente pude confirmar que a banda tem um peso brutal. Banda sensacional mesmo.

NERVOCHAOS (SP)

Já vi Nervochaos algumas vezes, inclusive com outras formações… É Incrível ver como a banda não perde sua essência e qualidade. Ultimamente eles tem levado seu Death Metal extremo em vários festivais pelo mundo, porém estão sempre presentes em vários eventos e festivais espalhados pelo Brasil. E isso é muito massa. Não sei se é só eu que acho isso, mas parece que a galera já fica esperando a hora de tocar a música do Pazuzu só pra poder ouvir “Deus não está aqui essa noite. PAZUZU IS HERE!”. Essa música é muito foda e é minha preferida.

ANAL VOMIT (PERU)

Vindo diretamente da capital Lima, a banda Anal Vomit trouxe seu Death Metal para Londrina. Além do Death, os peruanos também tem uma pegada de Thrash e de Black metal em suas composições. Mesclando seu setlist com letras em inglês e também em espanhol, os peruanos iniciaram com um Instrumental e depois partiram para Escaping, Into The Eternal Agony, Slaved Minds, Kingdom Of The Cruelty, Ripping Corpses, Brebaje de Muerte, A Savage Fornication, Signo de la Bestia, Sendero Siniestro, Temptation and Pleasure.

EM RUÍNAS (SP)

A banda Em Ruínas também veio mostrar em Londrina seu Speed metal que já tem mais de 15 anos de estrada. Os paulistanos mandaram seu som veloz e de qualidade começando com Nuclear Nightmare (Power in Devastation), Somente a Morte é Real, Son of Hell (Hammer’s Trial), Morbid Pits, Furiosa (The Warrior), Burn in Hell (The Self Damnation), Poisoned Freedom (The Flight of the Renegade) e para finalizar o show, Headbanger Race.

LUCIFERIAN (COLOMBIA)

Quem não viu na quinta, pode ver na sexta-feira. Quem chegou no dia anterior, teve o privilégio de curtir novamente o som da banda colombiana Luciferian. Que por sinal, como já comentei mais acima, é uma das bandas que representam o Black Metal sulamericano. Então não seria novidade que o show dos caras fosse mais uma vez sombrio e extremo.

HUGIN MUNIN (SP)

Trazendo um som Viking Metal diretamente de Santos, a Hugin Munin também fez um excelente show em sua passagem por Londrna. Logo após a Intro, mandaram What Lies Below, All For Nothing, Look Skyward e Flight of Ravens. Depois de um drum solo espetacular, ainda tocaram Ashes of my Enemy, Hail e Death or Glory.

GUERREIROS HEADBANGERS (SP)

Mais um show que eu achei muito foda foi o do Guerreiros Headbangers, da cidade de Osasco. Esses guerreiros fazem um som de Thrash/Black Metal bem old school e com letras cantadas em português. A banda tem uma excelente presença de palco e um figurino bem massa também. Essa foi mais uma banda que eu curti muito conhecer o som. E com certeza vou querer ver mais vezes em eventos por aí.

OPUS TENEBRAE (SP)

A Opus Tenebrae veio de Santos apresentar seu folk metal celta. O som dos caras também tem uma pegada mais extrema do Black Metal. Seus temas são baseados na mitologia celta, medievalismo, ocultismo, paganismo e misticismo. O público (tanto os que já conheciam a banda, quanto os que ficaram conhecendo), ficou impressionado com o som da banda pelo fato de, além dos instrumentos tradicionais do metal, também utilizarem gaita de fole e percussão. Eu já havia perdido uma oportunidade de vê-los tocar, então foi uma das bandas que eu mais esperava para ver e curtir o show. Tocaram as músicas Pugnae Aeternum, In My Blood, Celtic Mistery, Aurea Hyspania e Exortus.

CHESED GEBURAH (SP)

Sem querer se classificar dentro de um estilo único, os santistas da Chesed Geburah trouxeram um metal que mescla o Doom, o Gótico, o Heavy e também o Stoner dentro de suas composições. Particularmente eu gosto muito desse tipo de som que não é tão “repetitivo”, então curti bastante conhecer e ver o show dos caras. Começaram com a Intro Under the Vastiness Linear e já seguiram com Conception of Virtues. Também fizeram a Intro The Key of Dreams Dimension, mandando ainda Dark Nature, Twelve, Ocult Side e Alcatéia Deltha.

FLAGELADOR (RJ)

Mais uma banda massa de Speed/thrash Metal tocando no Open The Road. A Flagelador veio lá de Niterói e mostrou em seu show suas composições cantadas em português. A presença de palco da banda é bem notável e, algo que também chama atenção é o fato de o vocalista usar um capuz preto durante todo o show. Acho bem massa quando as bandas inovam e utilizam de outros diferenciais, tanto no som quanto no figurino.

BAPHOMET THRONE HELLS (BOLÍVIA)

E para encerrar esse cast de shows maravilhosos, a Baphomet Throne Hells veio da Bolívia para fechar a noite. Os bolivianos fizeram um show de Black/Death Metal, mostrando todo o peso e qualidade do seu som. Fizeram uma excelente apresentação e, até teve um momento em que o vocalista desceu do palco para se juntar ao público enquanto cantava. Com suas músicas escritas em espanhol, a banda tocou em seu setlist Reino de las Sombras, Pandemónium Belial, Samuel (essa música é muito boa), El Llamado de Xastur, Legión, El reino Sangriento de Baphomet, El Rigor de la Muerta, Asmodeus Iconoclasta e para finalizar, Damatium Memorae Va de Retro Jehova Abolition Dominon.

E foi esse o OPEN THE ROAD FESTIVAL VII. O lugar era do caralho, o cast escolhido foi sensacional, as bandas experientes na cena e com muita qualidade. Em sua maioria, já possuíam acima de 10, 20 e até 30 anos de estrada. Eu me diverti bastante, conheci muita gente massa e trouxe muito peso na volta pra casa com os materiais que adquiri no festival. Aguardo ansiosamente pela próxima edição e espero poder comparecer novamente no fest.  Quero agradecer ao Silvio, à Fernanda pela hospitalidade e parabenizar todo o pessoal envolvido na organização do evento. Sobre a alimentação, estava muito boa que até fiquei empanturrada…kkkkkk E também deixo dito que a cerveja Amadeus é muuuito gostosa. Recomendo! Hehe

Quero aproveitar também e fazer uma nota esclarecendo o atraso ao entregar o material… Várias questões pessoais impediram que eu me dedicasse mais em deixar tudo pronto o quanto antes. Uma delas foi meu notebook dando problema. Foi para a assistência e a notícia que recebi foi que poderia durar mais uns 10 anos, como poderia “morrer” de vez a qualquer momento. kkk (rindo de nervoso…). Agora que finalmente consegui concluir, espero que tenham gostado do trabalho. Sobre qualquer crítica, serei receptiva para dialogar. Obrigada a todos pela compreensão. \m/

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