1- O tempo passa, e a Prologo cresce cada vez mais, vocês podem nos dizer como tudo começou?
Tudo começou pra prólogo quando fomos gravar o nosso EP, foi um momento de decisão, onde deixávamos pra trás algo que as bandas praticavam muito por aqui só tocando covers e fomos em busca de nosso próprio trabalho.
Fico muito feliz de ter seguido esse caminho e chegar até aqui, conhecemos muitas pessoas e passamos por muitas experiências que sequer saberíamos que era possível ou que eram de tal maneira.
2- Quais as influências da banda tanto musicais quanto literárias?
Temos várias influencias musicais, de todos os estilos, acho que cada membro da banda gosta de uma coisa diferente, e juntando tudo isso acaba saindo o nosso som. Mas temos sim muitos gostos em comum, e vou citar algumas bandas aqui: Linkin Park, Architects, Underoath, A Day ToRemember, Parkway Drive, OurLast Night, CircaSurvive, Alexisonfire, Saosin e por ai vai…
3- Considerada por muitos como uma banda de cunho cristão, como a Prologo vê essa comparação?
Acreditamos que isso esteja ligado ao fato de que muitas das bandas de estilo próximo internacional, e algumas nacionais também, sigam essa linha. Existam inúmeras bandas boas em ambos os lados assim como em outros estilos, o assunto que se expõe vai de cada um, todos são livres a seguir o que quiserem, assim como é na Prólogo, o que pode ser prejudicial, é o fato de algumas pessoas apegarem-se aos rótulos e deixarem de conhecer e apreciar muitas coisas por isso.
4- “Com um só motivo”, primeroEp da banda, diga-nos como foi produzido, e quais dificuldades tiveram para produzir este material?
Esse trabalho foi produzido de uma maneira bem mais simples comparando aos nossos trabalhos mais atuais, tínhamos grandes dificuldades em composição e falta de conhecimento em muitas coisas. Era uma época de “transição”, onde engatinhávamos em busca de enxergarmos como as coisas funcionavam, de adquirirmos conhecimento e nos esforçar paraseguirmos na caminhada com a banda.
O trabalho foi gravado no estúdio do Tiago Pimpas (Onix8), atualmente gravando grandes bandas da cidade, e o próprio Adair Daufembach mixou nosso trabalho na época.
5- Jogo rápido:
4 bandas do extremo sul catarinense:
Ponto Nulo No Céu
O Mundo Analógico
Ornamental
Frenezi
4 bandas nacionais:
Projetc46
Bayside Kings
John Wayne
Rancore
4 bandas internacionais:
A Day To Remember
Architects
Linkin Park
Underoath
1 livro:Clube da Luta
1 cd :Daybreaker – Architects
Criciuma: TIGRÃO EO!
Prologo:UM SONHO!
Amizade:PRÓLOGO!
Underground: ESCOLA!
Música:VIDA!
Uma frase: “Sem dor, sem vida”
6- Há pouco tempo a Prólogo foi envolvida em uma discussão, e “ao que parece” foi dito que a banda não apoia o underground, a cena local, para os que como eu não entederam toda discussão, deixo um espaço para banda dizer sobre o ocorrido. O problema ja foi resolvido entre as bandas?
Foi resolvido sim, de certa forma, porque depois de um certo ponto, algumas opiniões não batem, não combinam e temos que aceitar a visão do próximo. Acredito que o problema tenha sido gerado por esse motivo, diferentes pontos de vista sobre a mesma coisa, esse questionamento sobre o apoio ao underground não é bem assim, se eu me considero participante da união, um apoiador, não quer dizer que eu tenha que frequentar todo e qualquer evento que venha pela frente, comprar todo e qualquer material que me mostrem e por fim, compartilhar todo e qualquer trabalho que me apresentem, afinal, você por acaso dá dinheiro a todo e qualquer mendigo que te pede? Não se ofendam pela comparação, foi só um exemplo =]
Acreditamos fazer parte de uma união para alavancar mais bandas? Sim, mas por uma cena underground melhor no país, o que por sua vez se baseia em acreditar e apoiar trabalhos feitos com esforço e com potencial, e isso independente do estilo ou qualquer outra coisa que possa envolver nosso gosto pessoal, acho que músicos devem saber reconhecer talentos/trabalhos mesmo de outros estilos. Além de buscar esse objetivo, fazemos grandes amizades com pessoas que também acreditam nisso, o que acaba por estabelecer contatos pelo país, troca de informações, conhecer novos trabalhos e inúmeras outras possibilidades.
Por fim, existem muitas coisas que acontecem e muitos não sabem, assim como não sabemos de muita coisa. Houveram outros questionamentos sobre não ajudarmos ninguém, e coisas afins, porém eu, pelo menos, não tomo minhas atitudes pra me vangloriar, ou seja, tenho certeza que já fiz muito por muitos e alguns talvez nem saibam, mas nem por isso vou avisá-los. Uma frase acho que do CBJR resume isso muito bem: “Quem é de verdade, sabe quem é de mentira.”
7- O clipe “espelho” ja ultrapassou a casa das 10 mil visitas em pouco tempo, como vocês reagem a isso?
Ficamos muito felizes de nosso trabalho ter alcançado tanta gente, nós tínhamos isso como objetivo, afinal um trabalho divulgado através da internet hoje, visa um grande número de pessoas, mas realmente ficamos surpresos por ser um dos primeiros trabalhos a atingir tal marca. Quando o vídeo alcançou os 9 mil lançamos uma campanha para quando chegasse aos 10 mil divulgaríamos o MakingOf do clipe. Foi realmente uma mistura de felicidade com surpresa alcançar isso tão rápido, deu um puta trabalho a gravação, mas valeu muito à pena. E segue o MakingOf pra quem ler a entrevista:
8- Foi durante as gravações de Amanhecer e Espelho que houve troca de vocalista? Essa mudança foi complicada para banda? Como foi feita a escolha do novo vocalista?
Sim, foi exatamente nessa época. Creio que a mudança de qualquer integrante da banda é complicada, ainda mais quando se trata de um vocalista.A saída do antigo vocalista, não foi por briga ou qualquer outro motivo de desentendimento, somos amigos e ele até participou do show de lançamento do nosso clipe, mas a vida é algo complexo demais e o mesmo decidiu seguir outro rumo e nós respeitamos isso.
Não procuramos muito quando se tratou em chamar outro vocalista, já conhecíamos o Marchioro de outras bandas e sabíamos do seu potencial, era a escolha certa para o “cargo”. Já tínhamos o instrumental e as letras de “Amanhecer” e “Espelho”prontos, então gravamos os dois singles já com ele e gostamos muito do resultado.
9- Muitas bandas rejeitam a ideia de divulgarem seu trabalho na midia popular / aberta ,ja outras vêem que a midia paralela/ alternativa não é suficiente, o que a Prologo pensa a respeito?
A mídia alternativa possui um limite, um teto, pelo menos no estado atual, o grande problema é que a nossa mídia popular não consome qualquer coisa hoje, o que é facilmente visto, temos um grupo restrito de coisas que são transmitidas por esses meios principais e algumas poucas vezes vemos alguém conseguindo um espacinho, por isso vemos uma grande quantidade de trabalhos de má qualidade e me arrisco a dizer de má influência, sendo divulgados através desses meios.
O fato de algumas rejeitarem a possibilidade de ter seu trabalho veiculado em um mídia principal pode ser o que alguns de nós chamam de “Síndrome do Underground”, muitas pessoas deixam de gostar de bandas alegando que elas “se tornaram modinha”, ou seja, elas não pensam de maneira alguma como aquilo esta sendo bom para o músico/banda que está crescendo, então, vamos usar todos os meios que pudermos, isso é bom pra nós e também pra aumentar a qualidade do material musical que circula no país.
10- Quais são os planos para 2013?
Bom, iniciamos o ano de 2013 gravando o nosso primeiro fullalbum, com previsão de lançamento em Abril. Além disso, também virá um novo merch acompanhando os show s de lançamento do álbum e o resto vamos divulgando aos poucos.
11-A proximidade entre banda e público fora dos palcos é importante para a Prologo?
Com toda certeza, quando alguém te critica, te apoia, ou apenas diz que gostou do trabalho da banda é algo que nos mantém vivos, com sede e com mais vontade de compor, e de voltar a palco para outro show ainda melhor.
12- Diga-nos como foi vencer o concurso “Paredão Pretinho” e como foi tocar no Planeta Atlântida?
Essa com toda certeza foi uma das melhores experiências que tivemos,vimos como é participar de um grande festival com muitas bandas e artistas grandes. Fomos muito bem tratados, e conquistamos coisas que eram difíceis no nosso patamar e foi algo surreal, principalmente por sermos uma banda totalmente independente e underground. Fizemos passagem de som, tínhamos uma van para locomoção e até ficamos hospedados em um hotel.
Foi a quebra de um grande paradigma, pois se tratando de uma banda pesada, com guturais e guitarras na cara, concorrendo com sons populares, não tornava o desafio nem um pouco fácil. Por isso a oportunidade de tocar no Planeta Atlântida era um sonho que nós mesmo como banda não acreditávamos que conquistaríamos através do tipo de som que apresentamos para as pessoas, mas nos inscrevemos no último dia e botamos nossa fé nisso.
Fizemos um vídeo dessa nossa conquista, e ele segue aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=sDEDsNTW0T
13- O que a banda quer expressar nas letras?
Nem sempre as letras tratam do mesmo assunto, o que tornaria extenso explicar uma à uma, mas de um modo geral elas expressam as nossas experiências de vida, de superação e ética, discernimento e sociedade, preconceito e atitude, cada letra fala sobre algo e as mesmas não são escritas em único conceito.
14- Como são feitas as composições?
Geralmente iniciamos com alguma ideia nas guitarras, algum riff, alguma melodia, e por aí seguem as ideias de bateria, vozes e baixo, quase todas as vezes nessa ordem, haha.
Todo mundo palpita em tudo, o que torna o trabalho mais bem moldado por todos e não só cada um no seu instrumento ou na sua mensagem.
15- Prologo possuir merchandiseproprio? Onde encontrar? Qual material tem?
Sim, possuímos merchandise próprio, contamos atualmente com 2 modelos de camiseta, 1 modelo de moleton e 1 de jaqueta colegial. Todo material pode ser encontrado na fanpage da banda no Facebook, estamos sempre divulgando nosso material por lá.
16- Contatos:
17- Mensagem:
Acreditamos que sem muito rodeio a melhor mensagem que podemos deixar para as pessoas é a mesma que tentamos passar em cada letra, que elas devem acreditar mais em seus sonhos, levantar a cada vez que cair, e principalmente, independentemente de qualquer credo, fazer o bem sem olhar a quem.