No dia 14 de setembro, ocorreu o “DIA D” (de loucura, cerveja e heavy metal), mas o destaque foi a recepção aos campistas na sexta-feira, 13, com DJs animando a noite.
Mesmo antes do festival começar oficialmente, foi possível ver a passagem de som do Warlord, o que foi um grande momento. A noite seguiu com festas no camping, música alta até as 3h da manhã, para aquecer no frio intenso. Quando amanheceu, o sol forte contrastava com a sombra fresca no camping, e a maioria dos campistas se apressou para se preparar para os primeiros shows após a abertura dos portões.
Às 13h00 começou a primeira banda: Dunwich Ritual, banda francesa que agrada a você, a mim e a todos. – QUE SHOW MEUS PARCEIROS – Karina Vega sobe ao palco com uma jaqueta cor de creme com franja lindíssima, mas não tão linda quanto sua beleza, carisma e voz.
Seu disco ” The Weird Tapes Session” foi tocado completo na íntegra com temas: A Red Dawn (Genesis), Hyperborean Rites, The Sinking City, Night Thunder, Paleogean Megalopolis, Dunwich Ritual, Winged Death e Spectral Dust / The Horror. – eu já estava encantada com tamanha descoberta que foi essa banda para mim, imagina a felicidade da criança (eu) assistindo ao vivo.
Às 14h10, a banda francesa Meurtrieres subiu ao palco com sua temática medieval. Fiona, super carismática e com uma voz incrível, apareceu segurando uma espada medieval, trazendo uma vibe de heavy metal clássico que a galera ama. A banda mandou bem, com músicas envolventes e uma presença de palco marcante, especialmente Fiona.
Quando tocaram o disco Rond De Nuit, a galera ficou animada, pulando e cantando junto, com destaque para faixas como “Alma Mater”, “Rond De Nuit” e “Rubicon“, que fizeram todos dançar e curtir juntos.
Tocaram temas como: Sous l’Oeil du Charognard, Eternal Second, PIGs from Outer Space, L’Aigle de la Route, Samouraï de l’Univers e outras mais que puseram o público a cantar tudo em modo loucura, mas o que fez todos saltarem e gritarem foi quando os dois guitarristas (Jessy e Gabriel) foram a frente de todos para uma pequena simulação em que Jessy com uma espada samurai (Katana) degolava Gabriel, e ele para endoçar mais a apresentação, cuspia sangue para todos os lados. – QUE MOMENTO MARAVILHOSO.
Às 16h30 começa a tocar Phantom Spell, banda Inglesa que não deixa barato. Toda a sua vibe energética com um ar de Hallas e Foreigner, do jeitinho que gostamos. O Heavy Metal progressivo finalmente está voltando a ter voz ativa e isso amamos em sua apresentação, que foi enigmática e bem tranquila, tendo em vista que a proposta da banda não é agressiva e sim bem tranquila que te deixa viajando em outra galáxia, como Rainbow nos faz sentir.
Tocaram temas maravilhosos como “Keep On Running“ e “Dragon’s Dream“ e muitos de seu álbum “Immortal’s Requiem”, como: “Up the Tower”, “Dawn of Mind”, “The Phantom’s Spell”, “Seven Sided Mirror”, “Palantiri”, “Black Spire Curse” e “Blood Becomes Sand”, que nos levou a outro planeta. – Star Rider? Não! DAWN OF MIND. – A banda inglesa (com 1 integrante espanhol) soube muito bem apresentar ao público sua proposta e sua música que comove a alma e o ser.
Às 17h40 entra Tyrann a trazer de volta a energia do heavy metal verdadeiro. Seus riffs bailados e animados pôs a plateia a dançar no ritmo e cantar, mas fiquei boquiaberta com a qualidade que puderam entregar ali. – Eu pensava que seria apenas mais uma banda, mais uma copia de Enforcer e outras bandas do estilo…Mas afinal fiquei deveras surpreendida. Os suecos, com sua presença, talento e atitude conseguiram ganhar todo o público, inclusive a mim.
Eu no off fiquei só cantando “WE ARE TYRANN, TYRANN, TYRANN”. Definitivamente é uma banda que te faz se perguntar o porque não a conhecia antes. Tocaram seus temas mais conhecidos como: King of Kings, We Are Tyrann, Tyrant’s Anthem, Metal Reigns e outros. Como eu já havia comentado: a banda aporta em suas músicas refrões repetidos e rimados que grudam na cabeça, riffs bailados e uma voz rasgada mais firme, mas isso é um ponto positivo, uma vez que isso é o que de fato define Tyrann.
Às 18h50 Blaze entrou com tudo, cheio de energia a por todos em modo velocidade. Não esperava nada menos do gigante e clássico Blaze. – Vocês pediram Heavy Metal e receberam o suprassumo da pura nata do Heavy Tradicional.
Sua apresentação foi repleta de energia e dancinhas. Misturam power e heavy metal com guitarras rápidas, solos incríveis e vocais potentes. Eles têm um visual marcante e teatral, bem estilo metal japonês, e seus refrões grudentos e coros empolgam a galera. Com influências dos anos 80, eles entregam músicas épicas e cheias de velocidade, mantendo todo mundo animado o tempo todo enquanto tocavam seus temas clássicos, das antigas, que todos adoramos e também seus temas de seu ultimo album “Rock Dinosaur”, como: “One Way Flight”, “Rigth in the White Light”, “Shed Light on Dark”, “Lady of Starlight”, “Place in The Sun” e outros. Sinceramente foi uma ótima apresentação.
O que dizer sobre Satan? Jodermachoo, ver Satan tocando foi uma realização pessoal. Eles começaram com Trial by fire, grande tema que amamos, e todo ali estavam envolvidos cantando e bangeando. Eles fizeram a galera perder as beiras. Com um grande cenário onde a imagem de fundo era nada mais que o belíssimo por do sol no fim, ou seja, a luz natural contribuiu para que tudo saísse muito lindo visualmente, com um azul e laranja no fundo.
Satan tocou temas como: Trial By Fire, Blades of Steel, Burning Portrait, Twenty Twenty-five, The Devil Infantry, Testimony, Break Free, Alone in the Dock e outras. Um setlist carregado de seus sucessos que botava todos loucos e animados.
Sinceramente, a energia que emanava ali nos fazia sentir nos anos 80’s… ou melhor, como alguem que escuta Satan pela primeira vez, com aquele brilho no olhar e o coração aquecido. Com certeza muitos fãs se sentiram da mesma forma, principalmente os que estavam gritando pedindo pra tocar algo do “BLIND FURY” na brincadeira.
E enfim chegou a hora de Demon, com sua tamanha simpatia para com o público e ao mesmo tempo uma vibe sombria e cheia de energia, misturando heavy metal tradicional com rock progressivo. A performance é bem teatral, com vocais expressivos de Dave Hill que dão vida às letras místicas.
Eles começaram a tocar seus sucessos com tamanha interação com o público. Seu setlist foi composto por grandes sucessos: Night of Demon, Into the Nightmare, Hurricane, Plague, No-Where to Run, Face the Master, Total Posession, Deliver Us from Evil, Madman, Don’t break the Circle, Liar e One Helluva Night.
Presenciar seus solos ao vivo em cada música foi impressionante, eles criaram ali uma conexão forte com o público, trazendo uma experiência nostálgica para os fãs do metal 80’s, mas com uma pegada moderna e dinâmica. Seus fãs puderam aproveitar bem cada momento e inclusive colocar a famosa e antiga máscara utilizada em suas apresentações.
E para finalizar a noite, o tão esperado WARLORD, banda americana de heavy metal que te da vontade de pegar uma espada ou um martelo e se preparar para uma grande batalha medieval, onde com o som do primeiro acorde na primeira musica fez com que todos ficassem loucos de tanta adrenalina e felicidade.
Diego Pires, guitarrista brasileiro que vive na Alemanha, e Eric Juris mostraram como se faz heavy metal de verdade. Philip Bynoe dançava e sorria enquanto tocava o baixo, trazendo uma energia incrível. Mark Zonder arrasou na bateria, especialmente em “Deliver Us From Evil”, Jimmy Waldo tocava teclado como se estivesse em outra dimensão e Giles Lavery parecia flutuar nas letras nostálgicas da banda.
O repertório foi lindo, maravilhoso, tocaram as melhores que fazem nossos corações ficarem quentinhos, e com a incrível presença que palco que todos ali tinham, tamanha energia que inundava nosso ser.
Seu setlist ia desde “Lucifers Hammer” para “Invaders“, “Battle of the Living Dead“, “Kill Zone“, “City Walls of Troy“, “Winds of Thor”, “Lost and Lonely Days”, “Aliens“, , “Mrs. Victoria“, ” Penny for a Poor Man”, “War in Heaven”, ” Black Mass“, para a incrível ” 70,000 Sorrows“, “Winter Tears”, “Achilles Revenge”, para então finalmente tocarem ” Deliver Us From Evil ” e “Child of the Damned”.
Em homenagem e tributo a seu ex companheiro de banda “William “Bill” Tsamis” ( R.I.P), a banda segue se apresentando com máxima qualidade, carinho e respeito para com ele e igualmente os fãs que acompanham a banda.
O Pyrenean Warriors Open Air não estava de brincadeira. Nós, guerreiros, fomos pra batalha com nossa armadura de aço e nossos corações de metal cheios de energía e felicidade. Tive a honra que presenciar tudo isso de primeira e a sensação foi estonteante.
Espero que a proxima edição seja tão incrível quanto essa de 2024, a organização pode descansar com a sensação de dever cumprido.