Higor Romagna, mais conhecido como Guigo Romagna idealizador, criador e uma das mentes criativas por trás do Urussanga Rock Music (URM), site destinado a divulgação, promoção e informativos do Rock’n Roll ao Black Metal.

Nada mais justo que o “Quem movimenta a Cena”, conversar com o pessoal das mídias, além das músicas e shows a cobertura, critica e resenha desse pessoal é sempre muito importante a mídia independente tem essa vantagem do “lugar livre de rabos presos” e dessa forma sempre fazem críticas justas e verdadeiras, promovem eventos da região e bandas novas.

Conheci o Guigo pessoalmente no Angeloni em Lages (quem é de Lages tá dando uma risadinha nesse momento) e de vez falar “Eaí” falei “Porque o site se chama Urussanga se tu mora em Lages? ”, um cara incrivelmente atencioso sempre pronto para ter um papo no meio no mercado sobre a cena autoral do estado, escreve matérias inconfundíveis e extremamente detalhadas, então chega de blablabla e vamos ao que interessa.

Cultura em Peso (CEP): A pergunta que não quer calar sobre o Urussanga Rock Music, porque Urussanga se tu moras em Lages?
Guigo: Olha, a mídia foi criada na cidade de Urussanga, como o homônimo acrescido ao Rock Music. Há dois anos e meio vim estudar em Lages e continuei o projeto daqui, mas é itinerante, o pessoal que escolhe hahaha.

 

CEP: Como começou a ideia do site? Se inspirou em outros sites?
Guigo: A Urussanga Rock Music (Carinhosamente chamada URM) foi criada no final de 2012 com o intuito de ser uma plataforma para difusão de músicas do estilo Rock/Metal. Não havia nada mais do que isso, só possibilitar a interação das pessoas atendendo pedidos de postagens e expondo bandas do estilo, uma Rock Wins melhorada (kkkkkkk), mas aí no ano seguinte, passei a ingressar no cenário criciumense underground através de vídeos que via de outros canais como “A Hora Hard”, “Rock n Show” e postagens do “Cultura em Peso”. Achei interessante a ideia de difundir bandas regionais (que até então eu não conhecia) e dar um espaço devido a eles. Então passei a maximizar o conteúdo e passei a dar o enfoque a releases, coberturas de eventos (principalmente no Ventuno Pub) e resenhas de bandas. A inspiração para o nome URM, foi o fato da cidade ter apenas 20 mil habitantes, vários pubs de Rock, bandas autorais e organizadores de eventos, coisas que muita cidade grande carece.
Urussanga já teve nomes como Sepultura, Less Than Jake, Cavalera Conspiracy, Hangar, Dead Fish, Vulcano, Tim Ripper Owens, Paul D’ianno, Casa das Máquinas, Mike Terrana, Celso Blues Boy, Blues Etílicos e centenas de outros artistas. Para uma cidade pacata de 20 mil habitantes, é muito né? Haha então esse foi um dos motivos, uma vez que a juventude nas escolas mantinha o gosto pelo estilo, justamente pelos fatores acima.
Entre tudo isso passamos por um período de recesso de um ano por problemas pessoais e regressei com o projeto em 2016. Ainda mais estruturado, com entrevistas escritas e em vídeo, coberturas de festivais e eventos, resenhas, releases e divulgações a parte.

 

CEP: Você tem outros colaboradores no site?
Guigo: O site possui cinco colaboradores, eu através de releases, resenhas, entrevistas e divulgações, na edição e fotografia a Leandra Sartor, também na edição Guilherme Lemos, em algumas coberturas de eventos e no layout do site Maykon Kjellin e recentemente diretamente de Itapira SP, o Nuna através de matérias.

 

CEP: Como é sua relação com os músicos?
Guigo: Depende hahaha. Eu apoio quem me ajuda/auxilia, se eu gasto cinco horas fazendo resenha de uma banda, buscando referências até no Google academics, em livros, outras matérias e em influências no instrumental, espero que a banda ao divulgarmos compartilhem em suas plataformas virtuais. Essa parte de dar valor as mídias maiores e esquecer as ditas “pequenas”, acredito ser um tiro no pé. Em uma matéria divulgada pelo Gio Fergom denominada “Obrigado, uma palavra difícil de pronunciar“, dei minha contribuição ao falar sobre esse assunto.
Alguns acham que aparecendo uma vez em um site “grande” com uma nota de três linhas vai dar muito mais reconhecimento que três páginas elaboradas de uma imprensa dita “pequena”. Só que não é bem assim, é justamente o contrário, as pessoas que nos acompanham são aquelas que mais consomem o underground. Mas no geral a relação é muito boa, visto que a maioria das bandas tratam nosso trabalho com respeito e nos dão total suporte.

 

CEP: Recomende algumas boas bandas da região.
Guigo: Ih, queix me complicar hahaha. Vou fazer primeiro daqui da Serra, são estilos díspares, mas que preconizam a qualidade, vamos lá. Tem a Jambock Sul, a John Liar, a Abominação, tem a Spiritual Devastation, a Acidemia, a Megaluce, os clássicos Lenzi Brothers, Infernal War 666 e Expresso Rural e muitas outras bandas, a lista é enorme, eu poderia colocar mais umas 15 no mínimo.
Em nível do estado, falo as que tô mais ouvindo atualmente: Rest In Chaos, Marujo Cogumelo, Balthazar, Luciferiano, Flesh Grinder, Geração Sensimilla e Rhestus e mais uma centena de outras bandas, é muito difícil escolher.

 

CEP: Como você diria que é a melhor forma de incentivar a cena autoral de uma cidade/região?
Guigo: Olha, primeiramente é indo a shows, comprando merch das bandas, compartilhando um cartaz e saindo da inércia. A cena é feita por pessoas, então para que novas iniciativas sejam tomadas é necessário que dêem espaço a elas. Quando alguém se dispor a fazer algum projeto, é de suma importância o apoio e suporte ao nicho que o mesmo está disposto a direcionar. Todos nós começamos do nada e estamos em constante evolução e para que isso aconteça, é necessário o trabalho mútuo e o reconhecimento das pequenas iniciativas.

 

CEP: Quais seus outros projetos?
Guigo: Atualmente estou na Urussanga Rock Music, faço parte do CAL (Coletivo Audiovisual Lageano), também colaboro para a mídia Rock Sul SC de Criciúma e estou com novos projetos pensados na área da música de Lages e região. É claro, fora os projetos de eventos e festivais.

 

CEP: Se eu tenho uma banda autoral como faço pra enviar meu material para o site?
Guigo: Podem entrar em contato conosco através das redes sociais, só colocar Urussanga Rock Music ou se preferirem mandar e-mail no [email protected], ou caso acharem melhor no meu e-mail pessoal [email protected]. O critério é simples, a banda não ser preconceituosa, machista, ou com atitudes de estrelismos, não ser cover hahaha, ter algum material divulgado, nem que seja single e posteriormente compartilhar a matéria que realizarmos.

 

CEP: Deixe uma mensagem final pra esse povo leitor.
Guigo: Esse trabalho elaborado por ti Marcus e pelo Cultura em Peso, é uma forma de expormos quem está lutando para manter o underground ativo. E iniciativas como essa, só engrandecem mais a cena e possibilitam que pessoas possam se espelhar nos respectivos projetos e desenvolver novas ideias para agregar ao underground. Agradeço você, ao Cremo e a toda a galera do CEP que está na batalha há tanto tempo, continuamos firmes porque a cena somos nós que fazemos!

 

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