Perguntas: Cremogema
Respostas: Pablo

Quando surgiu a banda? Já eram amigos, ou se uniram pelo hardcore?

A gente já era amigo desde moleque, teve banda antes, mas ficamos parados por um tempo. No começo de 2000 eu e o Edu resolvemos montar o Questions e fazer o som que crescemos ouvindo: uma mistura de hardcore e metal.

7 anos de banda, muita luta e desgaste também, quais as principais mudanças que ocorreram neste tempo?

Algumas mudanças na formação, mas a essência sempre permanece a mesma. Quando alguém por qualquer motivo não pode continuar tocando, sempre procuramos primeiro as pessoas mais próximas, os amigos, para continuar na luta.

Qual a formação atual da banda?

Edu: vocal
Pablo M.: guitarra
Duzinho: bateria
Pablo L.: baixo

A banda expõem suas idéias em inglês, não seria de maior acesso com expressões em português?

Desde sempre curtimos bandas gringas por isso foi natural compor em inglês quando começamos a fazer o nosso som. Não é uma “regra”, se um dia acharmos que temos uma letra que encaixa legal em português, sem problema. Mas também não estamos preocupados em “tornar o Questions mais acessível”. A prioridade da banda sempre foi fazer apenas o que a gente acredita.

Os shows com Madball, repercutiu de que forma para a banda quanto pessoalmente e profissionalmente?

Pessoalmente é uma realização muito grande, mas também, como a gente disse num texto de 2003, a nossa meta era tocar com 5 bandas que marcaram a nossa vida: Sepultura, R.D.P., Korzus, S.O.I.A. e Agnostic Front.
E tocamos com todas. Ai quando veio o convite para tocar com o Madball (em 2006 e 2007) ficamos surpresos e contentes, sabendo que isso foi uma conseqüência de tantos anos na batalha. Em 2006 também fui convidado para dirigir um clipe da banda, uma oportunidade única. A repercussão do trabalho foi enorme, não só no Brasil como no exterior. O mais gratificante foi ouvir da própria banda que foi o vídeo mais importante que eles já fizeram. Tem mais informações desse clipe aqui: http://datoro.com/html/madball.html

Projetos da banda para final do ano e início de 2008?

Tocamos com o R.D.P em Belo Horizonte no dia 01.12 e fechamos o ano em Cuiabá (pela primeira vez!) no dia 15.12.2007. Talvez role mais uma data em São Paulo no final de janeiro, mas já estamos começando a compor material novo.

Influências da banda?

As principais são o hardcore pesado e o metal mais crú, principalmente o thrash do começo dos 80. Nessa praia dá para citar um milhão de bandas, como D.R.I., Nuclear Assault, SOIA e por ai vai.

O cenário paulista tem sido favorável para o Questions?

Sim. Desde o começo a gente organizou o nosso próprio festival, o SPHC Fest, e sempre tivemos uma boa resposta.
Além é claro das várias oportunidades em que tocamos em festivais ou shows organizados por outros produtores da cena.

Criação de sons e letras,como são realizadas?

Eu e o Edu compomos a grande maioria das músicas e letras. Também nos preocupamos com a parte visual, seja desenhando as camisetas, adesivos, posters, etc, além de atualizarmos o site/fotolog/mysapce.
No ensaio montamos as bases e os outros contribuem com mais idéias.

E a turnê européia?

Foi muito melhor do que a gente poderia imaginar. Tocamos em tudo quanto é lugar, de squats bem precários até clubes de jazz, passando por uma escola e até um barco. Uma maratona de 37 shows em 17 países,
tocando praticamente de segunda a segunda. A receptividade foi muito boa em todos os lugares, e recebemos alguns convites para voltar.

Bate e volta:

4 bandas gringas: Slayer, Kreator, Entombed e Ryker’s
4 bandas nacionais: C.V.O.D., Alianzza, Subtera e Calibre 12.
1 livro: “Get in the van” Henry Rollins
1 cd: “If you want blood, you’ve got it” AC/DC
uma frase: “Se você resiste como uma questão de hábito, você transforma a resistência em arte.”
Está no encarte do nosso primeiro disco.
nos tempo livres: tempo livre? com trabalho, banda, mulher, não tem isso não!

12- Contatos da banda para shows, venda de material, ouvir ou fazer download, ver vídeos?

http://www.questions.com.br
http://www.mysapce.com/questions
http://www.fotolog.com/questionscrew

Como tratar da voz, pois pra quem é vocalista é complicado mantê-la bem fazendo “gutural”, rola algum corte as bebidas geladas?

Não tem nenhuma restrição, tem é que agüentar o tranco mesmo.

Como vocês aprenderam a tocar? Fazendo aulas, por conta própria?

Eu fiz algumas aulas quando era moleque, mas logo parei e comecei a tentar tocar as coisas que eu gostava sozinho.
O Duzinho, nosso batera, estuda direto.

Está em estudo o projeto lei para legalizar a prostituição no Brasil, com carteira assinada e todos os direitos, com o parecer que assim diminuirá a violência, projeto esse que já deu certo em paises europeus. O que o Questions pensa sobre este assunto delicado? É a favor ou contra? Pensa que vai dar certo se aprovado?

A violência é um dos piores problemas a ser enfrentados em muitos lugares, toda tentativa de diminuí-la é bem vinda.
Não sei dizer se nesse caso é o melhor caminho, mas de qualquer forma, acho que as pessoas que decidem se prostituir tem o direito de fazer o que acham melhor para suas vidas.

Melhor show da carreira da banda para cada um é claro?

Tem uns 4 ou 5 na tour européia que foram inacreditáveis, com o pessoal se matando do começo ao fim.
A satisfação que tivemos nesses dias foi um sentimento difícil de descrever, pois é algo com que sonhamos a vida inteira. E no Brasil também tem vários para citar, alguns no começo da banda em
Jundiaí, Cabo Frio, a gravação do home video SPHC Scene em SP. E outros mais recentes: Street Rock para mais de 4.000 pessoas, as 2 vezes com o Madball, enfim, tem vários…

Em uma entrevista disponível no site da banda, você diz que vocês escolhem o objetivo e labutam em cima dele, qual o objetivo desta vez?

Vamos nos concentrar agora em compor material novo, também estamos estudando o melhor momento para voltar para a Europa, mas ainda não há nada definido.

Defina o que é hardcore para o Questions!

Irmandade verdadeira em primeiro lugar. Som honesto, feito pelos motivos certos: descarregar toda raiva e indignação de viver num mundo muito injusto.

Deixe a mensagem positiva da banda para todos aqueles que tiverem acesso a entrevista!

Se você leu isso até o final é porque você é um cabeça dura como nós. Então você montou ou está pensando em montar sua banda/zine/selo ou o que for. Corra atrás, o caminho não é fácil, mas é compensador. E não viva apenas no mundo virtual. Vá a shows, compre discos, apóie as bandas no mundo real. Lute pelo que você acredita!

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!