28 de Junho de 2023, data da primeira edição do tão aguardado Evil Live Festival, pela mão da Prime Artists, que tinha como cabeça de cartaz os grandiosos nomes Pantera e Slipknot.
Estreia em Portugal, a banda de Wolfgang Van Halen (filho de Van Halen), trouxe-nos um concerto bem coeso com um som incrível, provou o talento que tem independentemente das suas raízes, um músico e compositor fantástico.
Mammoth WVH originalmente começou como sendo um projeto a solo e, como tal, Wolfgang é o único músico creditado no álbum de estreia. Entretanto, para completar a formação da banda, WVH recrutou Frank Sidoris e Jon Jourdan na guitarra e backing vocals, Ronnie Ficarro no baixo e backing vocals e Garret Whitlock na bateria. Sidoris tocou no projecto a solo de Slash e Whitlock no de Mark Tremonti, por isso talento e experiência não faltam.
Setlist
Another Celebration at the End of The World
You’re to Blame
Take a Bow (estreia ao vivo)
Like a Pastime
Don’t Back Down
Vended, a banda dos filhos de Corey Taylor e Shawn ‘’Clown’’ Crahan… uma banda que é liderada pelos filhos de ícones da música, faz-me sempre ficar com a pulga atrás da orelha. Dá a falsa sensação de estarem a usar o estatuto dos pais para efetivamente chegarem onde podem nem merecer.
São inevitavelmente comparados a Slipknot, mas a única coisa que realmente soa, é a voz de Griffin, que é realmente idêntica à de Corey Taylor.
Os Vended são uma espécie de reinvenção do Nu-Metal, e não parecem viver na sombra dos seus pais de todo, uma pena que o som estivesse realmente mau, melhorando quase nada ao longo da atuação.
Setlist:
Ded to Me
Am I the Only One
Overall
Burn My Misery
Bloodline
My Wrongs
Antibody
Asylum
Compostos pelo guitarrista Richie Faulkner (Judas Priest), vocalista Ronnie Romero (Rainbow), baterista Christopher Williams (Accept), e baixista Dave Rimmer (Uriah Heep), os Elegant Weapons tem tudo para o sucesso garantido.
Formados recentemente e com apenas um álbum, Horns for a Halo, também seu primeiro single, são uma banda clássica de metal.
Setlist:
Do or Die
Dead Man Walking
Blind Leading the Blind
Horns for a Halo
White Horse
Ghost of You
Dirty pig
Downfall Rising
Bitter Pill
War Pigs (Cover de Black Sabbath)
Num cartaz já de si rico em nomes fortes, os Soulfly eram também um dos nomes cujo regresso a terras lusas era desejado. É inegável a ligação da banda com o nosso país, que seja pela proximidade linguistica (neste caso com o frontman brasileiro Max Cavalera), quer pelo grande número de fãs da banda que se deslocam aos seus concertos. E Max não se faz rogado em mencionar diversas vezes o quanto o publico português é especial para a banda.
“Back to Primitive” foi o primeiro tema, levando imediantamente ao rubro o Altice Arena quase a rebentar pelas custuras. Durante quase duas dezenas de musicas a entrega da banda foi total com o publico a corresponder e a aceder aos diversos pedidos de Max Cavalera para criarem um circle pit.
Foram tocadas duas covers de projectos anteriores do vocalista, neste caso “Wasting Away” dos Nailbomb e mais tarde “Refuse/Resist” de Sepultura. Já bem perto do fim aconteceu outro dos pontos altos . Max Cavalera fez novamente um pedido, desta vez que todo o publico naquela sala se sentasse para depois à sua ordem se levantar durante “Jumpdafuckup” para a loucura total!
“Eye For An Eye” encerrou a actuação dos Soulfly numa noite que ficará na memória dos fãs da banda, pelo menos até que nos visitem novamente!
Setlist:
Back to the Primitive
No hope = No fear
Downstroy
Seek ’n’ Strike
Frontlines
Superstition
Fire/Porrada
Filth upon Filth
Prophecy
Bleed
Tribe
Wasting Away (cover de Nailbomb)
Boom
No
Refuse/Resist (cover de Sepultura)
Jumpdafuckup
Eye for an Eye
Uma das atrações principais da noite, Alter Bridge, trouxe na bagagem um conjunto fantástico de músicas antigas e novas, um setlist extenso.
A segunda música do set, ‘Addicted to Pain‘, é Alter Bridge no seu estado mais puro.
Myles Kennedy é provavelmente dos melhores vocalistas do género e Mark Tremonti tocou cada nota sem esforço, a banda soou incrivelmente bem mostrando-nos que nunca deixaram de ser quem são.
No entanto o maior destaque vai para sua obra-prima de 8 minutos,”Blackbird‘.
Myles tem uma performance vocal mais sombria, acompanhada por um riff igualmente sombrio, um dos mais icônicos do seu repertório, passando nos seu jubilosos solos, uma montanha-russa de 8 minutos.
Alter Bridge então encerraram o seu concerto da melhor forma, com ‘Isolation‘, ‘Metalingus‘, ‘Rise Today‘ e ‘Open Your Eyes‘.
Setlist:
Silver Tongue
Addicted to Pain
This is War
Cry of Achilles
Sin after Sin
Come to Life
Blackbird
Pawns & Kings
Isolation
Rise Today
Metalingus
Open Your Eyes
Todos estamos cientes que os Pantera nunca poderão voltar a ser os históricos Pantera, infelizmente nunca mais será possível ter Dime e Vinnie à nossa frente, mas não é por isso que deixam de ser OS PANTERA, e eu mal podia esperar pela oportunidade de os ver ao vivo!
Voltaram com Zakk Wylde (Black Label Society) na guitarra e Char Benante (Anthrax) na bateria.
Zakk usa um colete de couro com homenagens a Dime e Vinnie, também toca com uma nova guitarra Wylde V azul personalizada em homenagem a uma guitarra famosa com a qual Dimebag Darrell tocou e embora ninguém possa substituir Dime e seu estilo, Zakk assume o papel dele, mas sempre permanecendo fiel a si mesmo.
O público estava em êxtase, crowdsurfing, mosh, e houveram até umas lágrimas durante a homenagem aos irmãos Abbott, durante a cover de Planet Caravan.
Setlist:
A new level
Mouth for War
Strength Beyond Strength
Becoming
I’m Broken
Suicide Note pt. II
5 Minutes Alone
This Love
Yesterday Don’t Mean Shit
Fucking Hostile
Planet Caravan (cover de Black Sabbath)
Walk (com Wolfgang Van Halen, Max Cavalera e outros)
Domination/Hollow
Cowboys From Hell