O início do segundo dia do Xapada Fest fez-se precedido do aviso de lotação esgotada para assistir às 10 bandas que subiram ao palco do RCA Club no passado sábado.

Pelas 17h, os Capela Mortuária abriram as hostilidades com um conjunto de músicas do “Monstro” – álbum lançado em setembro do ano passado. A meia hora que passaram em palco voou a grande velocidade, com vários fãs dedicados a não desiludir quando viram o microfone virado na sua direção.

Capela Mortuária | @the.goldenrush

Seguiram-se os Namek, que trouxeram uma tremenda revolução que foi transferida para o público, principalmente a partir de “Capitalist Autophagy”, do álbum “Sophistication is Obsolete” – lançado em dezembro de 2023 -, em que o vocalista liderou e fez parte dos circle pits.

Namek | @the.goldenrush

Logo em seguida apresentaram-se os Kakothanasy, que, vindos do frio da Suíça, foram capazes de aquecer a sala com o seu brutal death metal.

Kakothanasy | @the.goldenrush
Teething | @the.goldenrush

A quarta banda a subir ao palco foi Teething, de Madrid, que, com uma onda mais voltada para o hardcore deu um dos melhores concertos do festival com diversos momentos absolutamente marcantes. A banda agarrou rapidamente a atenção do público ao garantir um moshpit exclusivo para raparigas enquanto tocavam “Just Kiss”, tema do álbum “Help” de 2022. Muito se diz sobre a capacidade de união da música. Neste concerto, no entanto, quaisquer eventuais rivalidades entre Portugal e Espanha foram aniquiladas por outro fator: dois presumivelmente deliciosos pastéis de nata devorados em palco.

Teething | @the.goldenrush

A seguir à pausa para o jantar, foi a vez dos Bleeding Display. Com um cenário sangrento, acompanhado de machados e foices no ar, a banda cobriu com a tinta vital cada um dos membros do grupo, assim como os convidados que se juntaram em palco – David Bento de Resurge e Nelson Rebelo de Voynich Code.

Bleeding Display | @the.goldenrush

 

Teethgrinder | @the.goldenrush

Teethgrinder tomaram o palco com violência, com Jonathan Edwards, vocalista, a utilizar o microfone para vários golpes secos na cabeça enquanto os restantes membros aqueciam os seus instrumentos para abrir o concerto com “The Soil Has a Thirst for Blood”. Para se juntar ao grindcore da banda dos Países Baixos, regressou ao palco Luis Ifer – vocalista dos Teething – recebido pelo público em grande euforia.

 

Após uma longa espera subiram finalmente ao palco os muito aguardados Anaal Nathrakh, com o propósito retratar musicalmente o apocalipse. A uma velocidade alucinante soaram as cordas e a bateria, abrindo espaço para Dave Hunt que, de forma admirável, foi alternando os seus gritos de guerra com as vozes limpas, acompanhadas por samples a contribuir para a epicidade dos temas. O público foi entoando os refrões das músicas, com uma grande participação em “Hold Your Children Close and Pray for Oblivion”, assim como nas duas músicas que fecharam o concerto “Forward!” e “Endarkenment”.

Anaal Nathrakh | @the.goldenrush
Analepsy | @the.goldenrush

Já após a meia-noite, juntaram-se os Analepsy que trouxeram o seu slamming brutal death metal com intensidade elevada e técnica mais do que apurada.

 

Com o RCA Club a começar a verificar alguns espaços por preencher na plateia, foi a vez dos italianos Vulvectomy fazerem a sua parte, arrancando ainda vários momentos de moshpits eufóricos.

Vulvectomy | @the.goldenrush

Para fechar em beleza, e à portuguesa, subiram ao palco os Serrabulho, com uma festa que se estendeu do palco à plateia (ou da plateia ao palco?… é difícil dizer).

Serrabulho | @the.goldenrush

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