As fotos do festival estão ao final da resenha.
O Cultura em Peso deseja que as bandas envolvidas no acidente melhorem o mais rápido possível para levar a fúria do underground aos palcos logo .
Mensagem do Leviaethan:
PESSOAS…
SÓ HOJE CONSEGUÍ ENTRAR AQUI NO PERFIL DA BANDA, TAMANHA A QUANTIDADE DE MENSAGEM NO MEU PERFIL PESSOAL, INBOX E POSTS E COMMENTS….
QUERIA PODER RESPONDER A CADA UM PESSOALMENTE, MA TO PRESO NUMA CAMA COM A PERNA IMOBILIZADA E COM 3 PINOS NA TÍBIA… EM NOME DO LEVIAETHAN, QUERO AGRADECER CADA PALAVRA , CADA LINHA, CADA MENSAGEM DE APOIO, DE CARINHO, CADA ELOGIO, CADA MOMENTO DE PREOCUPAÇÃO COM A GENTE E VOTOS DE PRONTO RESTABELECIMENTO.
E DEIXAR AQUI O DESEJO DE ESTAR NO PALCOS NOVAMENTE O MAIS BREVE POSÍVEL, COM MEUS COMPANHEIROS DE BANDA E COM MEUS BROTHERS DA XAPARRAW;;; AAHH, E COM MEU FILHÃO BATENDO CABEÇA….
H A I L -L E V I A E T H A N !
LET US THRASH YOUR FUCKINK BRAIN !!!!
Relato na integra retirado do Facebook da banda:
Isso é quase tudo que sei e lembro.
Nós do Leviaethan e os brothers da Xapparaw estávamos numa das 2 vans que saiu de Porto Alegre, indo tocar no 7° OTACÍLIO ROCK
FESTIVAL 2013 em Otacílio Costa em SC. Saímos de madruga, de sexta pra sábado e a vigem transcorria bem. Depois de passarmos o pior trecho da viagem pela serra com muitas curvas e neblina, estávamos, já de dia, por volta das 0700 de sábado, num trecho que era uma descida reta, e a van embalou. Só que um grandessíssimo filho duma puta que dirigia um caminhão de frutas, começou a nos ultrapassar e nos fechar, sem motivo, não havia ninguém na contramão, e nos fechou e bateu na frente da van, fazendo com que ela fosse em direção ao acostamento. Nosso motorista tentou voltar pra pista, só que perdeu o controle e atravessamos as duas mãos e batemos de frente num paredão e viramos. Quando abri o olho novamente, estava em pé mas meu chão era a lateral esquerda da van, na minha esquerda os bancos, na direita o teto, em cima de mim a janela do lado direito, atrás o bagageiro e na frente meus amigos amontoados pelo chão. Me deu uma pane e fiquei me olhando se eu tinha quebrado alguma coisa ou sangrado. Aparentemente, nada além do gosto de sangue na boca. Quando olhei pro braço do Ratão sangrando e os dedos Deformados, junto com a gritaria do pessoal que resolvi começar a agir. Fiquei com medo que começasse a pegar fogo. Tentei abrir a janela de “cima” mas nenhuma saída de emergência, o jeito mesmo era as portas de trás da van, que nisso o brother Rafael
Giovanoli e Oswaldo Fausto, que estavam na outra van que vinha atrás de nós, assistiram o acidente e foram os primeiros que vi tentando abrir as portas de trás. Comecei a chutar a porta e tentar abrir, e nada funcionava. Chutei e consegui quebrar os vidros, nisso saiu o Nicolas, filho do Flávio, eu não lembro como saí, mas certamente foi por algum vidro, pois lembro que vi já fora da van, umas pessoas q pararam pra ajudar e uma delas tinha um pé de cabra pra abrir as portas. Nenhuma operadora de celular funcionava. Depois que conseguimos abrir, tiramos o
banco de trás da van e voltei pra começar a tirar o pessoal e as coisas de dentro da van. A essa altura, o motorista da outra van já tinha cortado o fio da bateria da nossa pra não pegar fogo, pq vazava óleo e já tinha usado um extintor. Uma ambulância chegou muito rápido, depois fiquei sabendo q eles estavam só passando por ali e já começaram a ajudar todos nós. o último que dava pra tirar da van era o Flávio, que tava sentindo a perna, mas estava em pé. Consegui tirar ele da parte da frente da van até o fundo, onde tinha uma mulher que era enfermeira e parou pra nos ajudar. Assim que conseguimos tirar o Flávio, fui ficar falando com o motora que estava no chão com muita dor. Segurar a
mão dele era a única coisa que eu podia fazer. Quando a enfermeira voltou pra ajudá-lo, fui pra parte do painel (destruído) da van tentando achar os documentos e celular do motora. Eu fazia o que ela me pedia e também tentava quebrar o vidro da frente, mas desisti pq iria ser mais fácil tirá-lo pela parte de trás da van. Chegou outra ambulância e saí de lá pra dar espaço pra trabalharem e comecei a ver o resto do pessoal
que estava já do lado de fora recebendo socorro.
Tá, cansei de digitar.
Resultado parcial com as notícias que tenho até agora: o motorista fraturou o fêmur e a bacia e está passando por cirurgias. O Flávio quebrou a tíbia e fez cirurgia hoje, receberá alta talvez amanhã. O Nicolas, vai fazer uma cirurgia pra reconstituir o nariz amanhã de manhã. Ratão levou 38 pontos ao todo no braço direito e não precisou amputar dedos, mão e braço. João Paulo Ourique da Xaparraw quebrou o braço direito. O
Manoel teve fortes dores nas pernas e costas, mas está bem. Eu to com dor na canela esquerda, na bunda direita e suspeita de clavícula quebrada e amanhã vou no 3º hospital tirar raio x.
Apesar de tudo todos estão bem. Em nenhum momento perderam consciência.
E se bem conheço, logo estaremos juntos em cima do palco com volume no talo, azucrinando e enchendo o saco de todos vocês.
Meu muito obrigado a todo mundo que nos ajudou lá na hora e deu força o tempo todo e a vocês que estão ajudando agora.
Podem perguntar o que quiserem pra mim que assim que possível respondo.
Falando do festival:
Pela primeira vez subindo a Serra Catarinense, e a imagem é linda, o lugar é foda!Chegamos atrasados no Otacílio Rock, e até montar barraca demorou um pouco …O lugar é fantástico, com ótima estrutura, banheiros para banho e para uso normal.
Postes com tomadas funcionando, restaurante para almoço e jantar, enfim, nada a reclamar da estrutura.Sábado:O festival teve um pequeno atraso que não influenciou muito a programação.A primeira banda que eu vi foi HARD LUCK WOMAN, aos que tinham uma alma suja, ela foi limpa neste show. A banda lavou literalmente a alma com um rock and roll, digno dos primórdios, prendendo a atenção de pelo menos 300 pessoas frente ao palco.Logo após veio a NECROPSYA e o peso deles foi muito bem percebido já na primeira música. Brutalidade de tremer o chão.
NECROPSYA se mostrou mais violenta do que eu pudesse esperar.A banda foi precisa e impecável, energética e imperdoável.LIVING GARDEN com vocais afinadíssimos fez uma apresentação exemplar mesclando entre sons novos e do primeiro disco, Uma
performance a altura do grande metal brasileiro , que sempre terá bons representantes em todas as partes do país.SEMBLANT, representando o dark metal a banda tem dois vocalistas que mandam muito bem, A bela Mizuho Lin e Sergio Mazul mesclam
entre guturals e melódico/ lirico trazendo suavidade e agressividade. Em completa sintonia, SEMBLANT propíciou encontro de dois mundos, o impacto da melodia e da violência. Muitos observaram o show mas boa parte se agitou com o som.PANZER uma das headlines do festival começa sua apresentação, banda que já foi entrevistada no C.E.P. Eles mostraram por que o tanque de guerra continua destruidor. O thrash metal esta no sangue deles, destaque na cozinha, o baixista não deixou o peso cair em minuto nenhum. Fizeram um dos melhores shows do festival na minha concepção. Com as pilhas carregadas mostraram que os 10 anos de inatividade não afetaram a banda de forma negativa.
Após muita conversa com o VITOR RODRIGUES (Ex TORTURE EQUAD), percebi que a imagem de pessoa ignorante e mal educada se
dissipou, o cara é muito humilde e foi receptivo com todos os fãns, um exemplo pra muita gente que mal começou a carreira e se acha popstar.
VOODOOPRIEST estava prestes a fazer seu primeiro show e com uma massa banguer ansiosa por fazer parte dessa noite histórica.
Coincidência ou não, o tempo fechou, o temporal era anunciado, e logo em ali em Santa Catarina subia aos palcos pela primeira vez
o VOODOOPRIEST para voodoozar até os céus com muita energia, terror e claro metal com temática indígena. VITOR e sua trupe, chegaram pra ficar, e mostrando que não serão apenas uma banda a mais, eles fizeram um enorme reboliço na cena antes mesmo de lançar uma só música. Fizeram um ótimo show, assim como as 19 bandas autorais do festival também fizeram.
BLACKMASS engrandeceu a obscuridade noite a dentro no galpão do OTACILIO ROCK, com uma fudida apresentação, porém para um
público que ja estava sonolento.
FUZILADOR, assim como no LAGUNA METAL FEST, a banda sofreu com o horário e pouca gente ficou para ver a ótima representante do
thrash metal.
O LEVIAETHAN como vocês puderam ver antes da resenha , sofreu um grave acidente e não pode tocar, assim também como o XAPARRAW também não pode tocar por estar na mesma van, imprudência no trânsito causando acidentes, desta vez quase vitimou
headbanguers.
A banda RED SUNLIGHT DE VIKING METAL não tocou e não compareceu ao festival, não conseguimos apurar o motivo.
Domingo
Tamanho o cansaço que o despertador não foi capaz de me acordar, e o banho gelado foi quem me despertou de verdade.
SOUL ASSASSINS foi a primeira que eu vi, e eles te fazem voar direto para os anos 80, thrash metal sem meias voltas, seco, direto, um verdadeiro cruzado na cara. O grande problema é que as bandas enfrentam ao tocar no domingo num festival, o público ainda estava cansado e de ressaca, e como o grupo estava ligado na tomada, o público não acompanhou o ritmo elétrico da banda.SYMBOLICA, tive a satisfação de ver e ouvir pela primeira vez, confesso que não esperava tanta virtuosidade e qualidade no palco, ja que é uma banda que divide bastante as opiniões entre criticas positivas e negativas , escutei muitas nos últimos tempos.
Porém , voltando ao show, excelente presença de palco, muito profissionalismo, sonoridade perfeita, e movimentou boa parte do
público.
F.I.N.E É complicado fazer comparações entre bandas. Mas ouvir F.I.N.E e não se lembrar de AC/DC é impossível.
Eles são a prova de que não precisam viver de covers para manter o bom e velho rock and roll. Renovando as gerações.
ORQUIDEA NEGRA Sagaz , profunda, vital, certeira, assim foi o ORQUIDEA NEGRA no OTACILIO ROCK, não teve firulas, chegaram e mandaram um som de desequilibrar as colunas das paredes. Heavy metal é heavy metal, e heavy metal é ORQUIDEA NEGRA!
Os produtores estão de parabéns pela ótima produção do festival e em especial pra Nani que pelo que percebi é uma grande
guerreira do metal, sem pagação de pau nem puxar saco.
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