Os renomados festivais espanhóis Viña Rock e Resurrection Fest enfrentam críticas e boicotes de artistas devido à aquisição da empresa promotora Superstruct Entertainment pelo fundo de investimento norte-americano KKR, conhecido por investimentos em empresas israelenses e envolvimento em estabelecimentos ilegais na Palestina.

Posicionamento dos Festivais

Em resposta às críticas, os eventos se posicionaram em suas redes sociais.

O Viña Rock afirmou que o fundo KKR não influencia sua programação ou valores:

“A Viña Rock não financia nenhuma causa violenta ou que viole os direitos humanos, direta ou indiretamente. Afirmar o contrário não é apenas falso, mas profundamente injusto.”

O poste segue dizendo que o festival sempre defendeu causas justas inclusive o da Palestina.

“A grande maioria dos recursos gerados pelo Viña Rock são reinvestidos aqui: em artistas, técnicos, pessoal de limpeza, segurança, transporte, hospitalidade… enfim, em centenas de famílias que tornam possível esta celebração coletiva todos os anos. Atacar o festival é também atacar todos eles.”

O Resurrection, por sua vez, declarou que o festival “não financia nenhuma guerra”:

“Em primeiro lugar, condenamos o massacre que o povo palestino está sofrendo e expressamos nossa solidariedade a eles nesta grave crise humanitária, onde estão sofrendo as consequências da guerra e das violações dos direitos humanos.”

“Esta empresa conta com diversos parceiros internacionais, entre eles, há poucos meses, a empresa americana KKR,..O Resurrection Fest quer deixar claro que não está vinculado a nenhuma ação de potenciais investidores de seus parceiros, distanciando-se deles e de suas ações.”

Entenda o Caso KKR

A KKR (Kohlberg Kravis Roberts) é uma empresa global de investimentos que adquiriu a Superstruct Entertainment em 2024 por €1,3 bilhão. A Superstruct é responsável por mais de 80 festivais na Europa.

A polêmica surgiu devido aos investimentos da KKR em empresas israelenses envolvidas em atividades nos territórios palestinos ocupados, o que levou a protestos de artistas e movimentos sociais. O ministro da Cultura da Espanha, Ernest Urtasun, declarou que a KKR “não é bem-vinda na cultura espanhola” e criticou sua participação em eventos culturais no país.

O pronunciamento dos festivais envolvidos gerou ainda mais debates entre os espectadores, incluindo comentários acusando o perfil de usar Inteligência Artificial para rebater os comentários.

 

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