Na última sexta-feira, dia 29 de março, Recife foi palco do primeiro dia de mais uma edição memorável do Abril pro Rock! O evento reuniu diversas bandas nacionais e internacionais em uma maratona de shows que agitou o público presente.

Conforme prometido previamente ao evento, seriam 12 bandas a se apresentar em ambos os dias, e todas tocaram de maneira organizada, algumas no palco menor e outras no palco maior.

Marcado para iniciar às 17:00 horas, o evento começou pontualmente, com o público aumentando gradualmente conforme as horas passavam. A atmosfera era de expectativa e entusiasmo, com as bandas se revezando nos dois palcos montados no local. No entanto, alguns contratempos técnicos, como problemas no som e atrasos na passagem dos equipamentos entre as bandas, geraram alguns desafios ao longo do evento.

Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

No primeiro dia, a casa estava cheia. Porém, no segundo dia, surpreendentemente, houve menos pessoas do que no dia anterior, mesmo com as apresentações de dois dos principais nomes do evento: o MASTER e o BRUJERIA. Mesmo assim, parabéns aos que puderam ir dar apoio às bandas e ao festival.

PRIMEIRO DIA

Pure Hate | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

A duas primeiras bandas a se apresentar foram a Insânia e Pure Hate, que abriram o show de forma pontual e agressiva no palco menor, dando o tom para o que viria a seguir.

Paradise in Flames | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

A Paradise in Flames, no palco maior, trouxe uma performance teatral marcante, com destaque para o belo  vocal feminino da Miss Aileen e a atmosfera sinfônica que envolveu o público. não houve mosh, pois percebeu-se um publico mais voltado a apreciar a sua apresentação apenas “batendo cabeça”. Excelente banda!

 

Sodoma | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

A energia do evento se intensificou com a apresentação da Sodoma, que agitou o palco menor com um mosh animado e um público mais engajado. Houve algumas falhas no som do evento, mas não foi o suficiente para impedir a ótima Performance de palco da banda.

Desalmado | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

O Desalmado tocou no palco principal, mesmo com um pequeno atraso. A banda apresentou uma performance cheia de energia e com mensagens politizadas. Durante o show, houve momentos com circle pits e momentos sem, mas a intensidade da música da banda garantiu que o público não parasse de bater cabeça. Além disso, os discursos antifascistas da banda foram bem recebidos pelos presentes. Um fato interessante foi quando o público pediu para aumentar o volume do microfone do vocalista Caio Augusttus.

Podridão | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

A banda Podridão fez sua estreia em Recife e manteve o ritmo com um power trio competente. Sua apresentação foi marcada pelo puro Death Metal Old School e, na minha opinião, foi uma das melhores da noite.

 

Korzus | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

O KORZUS, apesar dos atrasos entre as transições das bandas, conseguiu envolver o público com uma performance repleta de elementos visuais e participações especiais, incluindo a presença de Silvio Golfeti na guitarra, substituindo Antonio Araújo em alguns momentos da apresentação. Ao começar com a música ‘Discipline of Hate‘, o KORZUS foi calorosamente recebido pelo público recifense. A banda, reconhecida por sua vasta experiência, entregou uma apresentação notavelmente técnica. Inicialmente, não houve mosh, pois a plateia (que era a maior do evento até então) estava mais focada em apreciar a performance da banda. No entanto, ao longo do show, diversos circle pits foram surgindo de forma frenética.

Sendo uma das atrações principais da noite, a banda apresentou clássicos como ‘Guilty Silence‘, ‘What Are You Looking For‘ e ‘Internally‘, marcando o público com uma das performances mais destacadas do evento. Um momento interessante do show foi nas duas últimas músicas, onde a banda fez uma excelente performance entre os três guitarristas presentes.

 

Leather | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

A atração internacional da noite, LEATHER, iniciou sua apresentação após uma espera de cerca de 30 minutos no palco maior. Apesar do público menor em comparação com outras bandas, houve um grande respeito por parte dos espectadores. O ambiente foi marcado por um forte jogo de luzes, mas o público estava mais parado, sem a presença de mosh pits durante o show.

Uma particularidade notável foi a presença de alguns idosos entre o público, mostrando a diversidade de gerações presentes no evento. Durante a performance, uma pessoa passou mal, exigindo atenção médica imediata. Além disso, um membro da banda foi visto entregando palhetas ao público, criando boas interações com os fãs após a apresentação da banda.

 

Papangu | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

o Papangu manteve a energia do evento com boa apresentação no palco menor. Banda bastante original trazendo elementos da música nordestina em seu rock progressivo e metal experimental.

Krisiun | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

A atmosfera era de muita energia, com a bateria do Max Kolesne aquecendo e o público se aproximando do palco, finalmente, uma das bandas principais da noite iniciou a sua apresentação. O Krisiun não decepcionou e fez um show magistral, a maioria das músicas tocadas foram do álbuns mais recentes, porém sem deixar de lado alguns clássicos.

Entregando um Death Metal brutal, muito bem executado e agressivo, isso foi um prato cheio para os amantes do gênero. A performance de palco foi espetacular. O destaque vai para os fãs que bateram cabeça durante toda a apresentação e o cover “Ace of Spades” do Motörhead que gerou um imenso circle pit. Também tocaram outras clássicas como “Hatred Inherit” e “Kings of Killing“.

A apresentação da banda junto com a do Korzus atraiu praticamente o maior público do primeiro dia. Houve certos momento de circle pit, mas foi notável que a maioria do público presente estava mais focado em apreciar, de uma forma mais concentrada, a beleza extrema que o power trio gaúcho estava nos proporcionando.

Janete Saiu Para Beber | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

A banda Janete Saiu para beber do Cabo de Santo Agostinho tocou uma mistura de punk, noise e hip-hop com pitadas de manguebeat. Demonstraram ser conhecidos e respeitados pelo público recifense.

Matanza Ritual | Photo @stephanyeloyfotografia | @culturaempeso

O MATANZA RITUAL foi o responsável por fechar a noite. Encerraram o festival com um público fiel e uma atmosfera animada, mesmo no fim do dia e com a chuva que começou a cair. Os tímidos circle pits deram lugar a uma agitação intensa, mostrando a força e a paixão dos fãs pela música. Mostraram ser muito queridos pelo público, que se manteve fiel até o fim do show, mesmo em meio a hora avançada.

Em resumo, a primeira noite do Abril pro Rock 2024 foi um grande festival para os amantes da música, com uma mistura vibrante de estilos e uma energia contagiante da música Underground. Apesar de alguns atrasos, a noite foi repleta de bons momentos, com cerveja gelada e preços acessíveis que mantiveram o público animado e aproveitando cada instante. Foi uma celebração da diversidade musical e da paixão dos fãs, mostrando mais uma vez por que o Abril pro Rock é um evento importante na cena musical de Recife.

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