Review Assembleia do Metal – 2021

Fotos do Festival, link ao final desta Review.

Marcado para iniciar as 18:00 horas, incrivelmente as 15:00 já havia pessoas no local a espera do ínicio, alem de um autocarro ( Ônibus).

Conforme prometido previamente ao evento, a fiscalização do certificado de vacinação esteve firme, um por vez e muito bem organizado, e vale ressaltar, a verificação foi por QR CODE para evitar qualquer tipo fraude.
A triste notícia ainda pelo inicio da tarde, Angelus Apátrida, o “nome da noite “, foi adiado, um dos membros se lesionou a ponto de não estar em condições nem mesmo para a viagem.
O grupo lamentou, e publicou nota em Português em seu instagram:

A promessa do festival, é que as entradas deste evento, ficam sendo válidas para abril na próxima edição, onde terás Angelus Apátrida confirmado como headliner.

O frio do norte não foi grande incentivo, a casa não estava cheia, e houve atrasos. Esperava-se muito mais pessoas do que estiveram no local, fica aqui os parabéns aos que puderam ir dar apoio as bandas e Festival.

Incumbidos de dar inicio ao festival, os Downfall of Mankind que foram anunciados de ultimo momento não pouparam energias para fazer uma devastadora apresentação, como se espera, a violência sonora foi brutal.
“The path of human existence”, “Agony” e “Oblivion” deram inicio a sua apresentação, com algumas tímidas rodas, o público respondeu aos chamados de Lucas. Não houve mosh, se notou um público mais metal que curtia a violência sonora imposta pela banda, mas apenas “batendo cabeça “.
Já para o final o público estava mais receptivo, e eles finalizaram com “They shall pay, Vile birth e Beneath the aftermath.”

Shadowmare foi a segunda banda, e apesar de começar um pouco sonolenta, logo se ascendeu as chamas, e fizeram um show pesado forte com pegadas rápidas.
Muitas viradas,João Infante com seu gorro de pai natal ( papai noel) agitando a galera.
E de fato houve resposta por alguns instantes, mas logo se dissipava. Havia no publico uma mina (rapariga) a agitar as rodas incansavelmente, que de certa forma contribuiu durante todo evento para que ninguém ficasse parado a frente do palco.
A sequência de “Reflection of Fear” e “Beneath the Deadly Cold” deu uma boa demonstração da ótima mescla de Thrash, Speed e Death desempenhado por eles.

Era a vez da The Chapter, que iniciou um show com bastante solo, técnica apurada e boa performance e resposta do público, ao seu moderno metal foi imediata.
Eles começaram com “Halocline e Delusion of consciousness”, tiveram um apse em “Social solitude”, e terminaram em “Angels & demons”.

Com “Into The Unknown”, a Crimsom Bridge começou devagar, a música serviu de um pré aequecimento para engrenar, houve problemas técnicos durante seu show, mas eles compensaram com peso e peso e mais peso.
O publico dominado pelo frio não se movia muito, fato que quase todas as bandas sofreram durante todo o Festival.
“Years of Doubt” e “In Pitch Black” foram capazes de movimentar ossos com seus riffs pesados, mas ficou mesmo por estes pequenos momentos.

Speed Demon demorou a iniciar sua apresentação, mas quando começou, abriram se as portas do inferno metálico.
Com seu poderoso thrash old school as rodas se iniciaram e colocaram boa parte dos envolvidos a se exercitar.
Era o que faltava para aquecer o sangue, Speed Demon, riffs velozes, thrash metal e um vocal sagaz.
Eles fizeram dos melhores shows da noite.

Com “A lucid chaos”, Diabulus in Musica deram as boas vindas ao público português.
Os espanhois do norte tiveram a difícil missão de quebrar a sequencia de peso e velocidade por
melodia sinfónica com vocais harmoniosos, encantadores e desequilibrante de Zuberoa Aznárez.
A banda que tem muita experiência, parecia desconexa em alguns momentos.
“Race to equilibrium”, “In quest of sense” e “The Misfits swing” serviram para conquistar um público mais thrash e Death, para quem tem bastante experiência, afinal não foi tão difícil contornar o desafio que tinham a frente.
Com o cancelado do Angelus Apátrida, eles se tornaram os únicos headliners da noite e fizeram uma apresentação maestria, salvo como antes dito, em alguns momentos desconexos.

Como se espera de todo Festival, tem de haver uma prata da casa, e direto de Viseu os Tlmvlo, foram os responsáveis de fechar a noite.
Death Metal old schoool pesado, bruto e com graves poderosos, demonstraram que era o que público pedia e esperava, uma dose de Death Metal antes de ir para casa.
Mostraram ser muito queridos pelo público e obtiveram apoio durante todo o show.
Tocaram músicas como “The suicide vendor”, “Another day in hell”, e “Blood red propaganda”.

Quando todos já se despediam e começavam a ir embora, (Eu mesmo já havia guardado todos meus equipamentos).
Os Downfall of Mankind presenteram a noite com mais uma apresentação, surpresa e inesperada, mandaram mais um set com muito peso.
Chave de ouro para finalizar a noite fria de Viseu, que já caminhava em -2 graus.

Em linhas gerais o Evento foi bom, não faltou comida e cerveja, preços acessíveis, boa estrutura para público e bandas.
O balanço geral foi bom, houve menos gente do que se esperava e menos interação com o público do que geralmente é habitual é verdade, mas ninguém foi embora antes da última banda tocar e permaneceram de pé a frente do palco a dar seu apoio, atitude louvável, mesmo quando, a banda mais esperada da noite não pode viajar a Pindelo dos Milagres.

ENTREVISTAS NO FESTIVAL:

Entrevista com Crimson Bridge:

Entrevista com Donwfall of Mankind:

Fotos do Festival no link abaixo:

(Caso não queira uma foto sua publicada, entre em contato e apagaremos o mais brevemente possível.)

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