Ao brother e aniversariante da noite! Vida Longa Paulão!
O evento antes de seu inicio ja tinha uma baixa significativa, o Calibre 12, um dos maiores expoentes dos ideais punks na música brasileira encerrou suas atividades.
Em conversas com o vocalista Aleks Navau, não há previsão de retorno, porém deixou entre lacunas que isso possa vri a acontecer algum dia, fica aqui a minha torcida para que uma das minhas bandas preferidas volte a ativa.
Chegamos relativamente cedo, a casa estava vazia e só tinha até aquele momento os integrantes da Para Raio da Desgraça na porta do evento.
As resenhas e fotografias de Espermicida e Insalubre ficam a cargo de Russo e Pânico.
Espermicida:
Em relação ao Espermicida a primeira coisa que me veio a cabeça fo ia semelhança do guitarrista com a Sinnerator, e ele mesmo disse que ja conhece a banda. A banda esteve muito boa nas linhas das guitarras, entradas da bateria.
O som estava com muita qualidade, a produção esta de parabéns nesta questão, esteve melhor do que em edições anteriores, um punk rock excelente sem dúvidas.
Fizeram uma apresentação animal.
Insalubre:
Grindcore pesado, uma das bandas mais pegadas da noite, sem dúvidas ao lado da Pogo Zero Zero deu pra fechar a noite com uma baita pegada de grindcore e metal.
Destaco o baixo e bateria que destruíram muito. Tocaram inclusive seu clássico feito especialmente em protesto ao golpe de 64. Eles deixam bastante claro, por qual motivo eles tem a banda, ligando com o nome Insalubre, que é pela visão política, como eles pensam e o que eles querem passar. Um som muito pesado, principalmente bateria e baixo, uma linha muito reta, com várias influências, muito cruas e transforma em um som mais lapidado.
Para Raio da Desgraça:
Claramente representa das alas mais extremas do punk, o Para Raio da Desgraça veio de Porto Alegre com muito ódio, protesto e violência sonora em seus acordes mais gentis.
Léo, Pinico, Sauro e Felipe, lideram uma banda com ideias revolucionários, engajados na cena Raw Punk, Punk, e ate mesmo crust por sua sonoridade crua , azeda e violenta.
Não teve punk que não pogou, não teve alma que não curtiu, uma excelente apresentação dos gaúchos.
Pogo Zero Zero:
Dispensa detalhes, todo show é uma porrada nos ouvidos, Hardcore grosso e vil, com letras pesadas sem papas na lingua.
Fizeram um dos melhores shows da noite, e percebi uma melhora significativa na banda, mais integra, mais ajustada, mais “banda” na verdade.
Foi feito um sorteio durante o show do banda, onde Lédis relutou pra não entregar a baqueta que seria arremessada ao público.
Aqui a situação complica, faltavam as bandas SOS Chaos, Cólera e City Rats, que estavam tocando na cidade de Joinville no mesmo dia, e o evento atrasou por mais de 2 horas no norte do estado, mais rodovia ate chegar ao Plataforma Rock Bar.
Enquanto as bandas não chegavam um clássico da região que estava assistindo o evento resolveu subir ao palco e tocar, estamos falando de Sengaya, que segundo o baterista da Red Razor, eles já tem o costume de tocar no improviso.
Muita gente correu para dentro para curtir a banda, que demonstrou enorme entrosamento em seu grindcore afinadíssimo. Durou pouco é verdade, 5 ou 6 músicas, ate as bandas chegarem, mas valeu muito a pena.
Com o horário da casa ja apertado a sequencia de bandas foi alterada, e primeiro veio o Cólera, que tocou clássicos, encantou , empolgou, homenageou Redson .
Teve fan chorando porque não ouviu a música que estava esperando, fans delirando na frente do palco, muito gritos, muita empolgação, noite histórica no Plata.
O Cólera em seus mais de 30 anos de punk rock, fazendo acontecer, lutando e se apresentando mostrou pique, energia, violência sonora e claro, muita atenção com os fans.
Eles tocaram horas antes, subiram ao palco novamente, e ficaram o tempo inteiro após o show dando entrevista, tirando foto com fans, conversando e autografando, um exemplo!
City Rats:
Os israelenses em tour pelo Brasil, não vieram pra brincar, e fizeram um show pra se gravar na memoria, tocando sons como “punk rock day”, “pogo beer”, “no one is inocent”, “halhala”.
Sem muito descanso entoaram seus crusts punk d-beats com extrema presença de palco, fazendo todo o público sentir o chaos dos riffs em seus ouvidos movimentando suas almas.
Um chaos que dava alegria, em mais um evento sem confusões, brigas ou discussões, em um lugar que pra muitos é considerado um esgoto, mas para os punks, para os metaleiros, é um ambiente de eterna harmonia!
Vida longa ao underground!
Infelizmente por extrapolar o horário do alvará da casa o grupo curitibano S.O.S Chaos não pode tocar, mas em breve tem entrevista com Alexandre aqui no Cultura em peso.
As mídias A hora hard e Fanzine Punks também cobriram o evento e em breve lançaram suas respectivas matérias.
Entrevista com Alexandre da S.O.S Chaos
Confira as fotos do evento.
Mais uma vez agradeço Ao Pânico e Russo por assumirem as resenhas e fotos das duas primeiras bandas que infelizmente não pude ver.
Aos que baixarem as fotos, peço por gentileza que coloquem a hashtag #culturaempeso na legenda.
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1707978699264906.1073741891.184867878242670&type=1&l=2b6144aff6