A vigésima sétima edição do Brutal Assault aconteceu, como de costume, no forte Josefov, na República Tcheca. Mais de 150 bandas tocaram em 4 palcos nesse que é um dos mais respeitados festivais de Metal do mundo. Nomes de peso como Behemoth, Abbath, Deicide, Testament e Exodus fizeram parte do line up do evento.
A cidade escolhida para sediar o BA é Jaroměř, na região de Hradec Kralové. Em uma fortaleza histórica, datada de 1787, o forte homenageia o imperador Josef II. Suas paredes foram construídas para garantir a defesa da região norte do vasto império romano que se estendia por quase toda a Europa contra invasões da Prússia. Não podia haver escolha melhor que essa para um festival tão épico.
Com uma organização invejável, o BA #27, trouxe para o público inúmeras facilidades como transfer até o festival, quatro áreas de acampamento, água potável gratuita, inúmeros stands de comida e bebida, áreas de descanso, Brutal Kids para as crianças e estacionamento nos arredores do festival. Toda a equipe foi bem solícita e extremamente eficiente durante todos os dias. Inclusive, gravamos um mega vídeo destrinchando todo o festival. Ele traz informações de como chegar até a entrada principal, e também, como chegar em cada área lá dentro. Visto que é uma super estrutura com uma infinidade de lugares a serem conhecidos. Esse material estará disponível em nossa página oficial do YouTube nos próximos dias. Fiquem ligados!
A respeito dos shows que rolaram, podemos enaltecer alguns pontos muito importantes. Primeiramente, a pontualidade. Posso até exemplificar de forma mais exata. O Testament, que foi a oitava banda a tocar no palco Marshall no segundo dia de festival, iniciou sua primeira música 10:05 da noite, exatamente como programado. Nem um minuto de atraso sequer. Para um festival com tantas bandas, isso é de se aplaudir de pé.
O público altamente diverso, gritou, pulou, cantou junto e fez muito mosh pit! Foram 4 dias que irão ficar na memória de cada um ali presente. Parabéns a todos os envolvidos na produção desse festival extremamente indispensável e BRUTAL! Esperamos ansiosos pelo próximo Brutal Assault.
DIA 08/08
Necrot
A banda de death metal Necrot trouxe uma onda de brutalidade para o Brutal Assault com sua apresentação poderosa e esmagadora. Abrindo com “Cut the Cord”, os músicos imediatamente capturaram a atenção do público, com riffs pesados e uma energia crua que permeou todo o set. “Lifeless Birth” seguiu, mostrando a habilidade da banda em equilibrar melodias sombrias com uma agressividade implacável, fazendo os fãs balançarem a cabeça em uníssono. A atmosfera ficou ainda mais intensa com “Winds of Hell”, uma faixa que encapsula o som sombrio e atmosférico característico do Necrot.
O ponto alto do set foi “Drill the Skull”, onde o vocal guttural se mesclou perfeitamente com os instrumentais, criando uma experiência visceral que reverberou entre os presentes. A faixa não apenas destacou a técnica apurada da banda, mas também deixou a multidão em um estado de euforia, com os fãs aproveitando cada segundo. Encerrando sua apresentação com “Sinister Will”, o Necrot deixou uma marca indelével no festival, demonstrando que o death metal ainda tem muito a oferecer em termos de brutalidade e inovação.
Obscura
A apresentação de Obscura no Brutal Assault foi marcada por momentos de brilho técnico e algumas dificuldades técnicas que não ofuscaram a performance da banda. Começando com “Forsaken”, a banda trouxe uma introdução poderosa, embora tenha enfrentado problemas técnicos que interromperam o fluxo inicial. Mesmo assim, a intensidade e a expectativa da multidão estavam palpáveis, mostrando a paixão dos fãs pela banda.
Após um breve intervalo técnico, Obscura lançou “Emergent Evolution”, que foi recebida com entusiasmo. A complexidade rítmica e as camadas melódicas características do grupo brilharam durante essa faixa, revelando a habilidade técnica dos músicos. A apresentação realmente ganhou força com “Devoured Usurper”, onde a combinação de riffs intrincados e vocais potentes fez o público se mover em um frenesi de headbanging.
Por fim, a banda finalizou com “Incarnated”, uma faixa que encapsula a essência do som progressivo e técnico do Obscura. A interação com o público foi palpável, e apesar dos desafios iniciais, a banda conseguiu entregar uma performance memorável e de alta qualidade, solidificando seu lugar como um dos pilares do metal progressivo moderno.
Madball
A apresentação do Madball foi explosiva e enérgica, reafirmando seu papel como uma das maiores potências do hardcore nova-iorquino. A banda começou com “Heavenhell”, levantando o público e, em seguida, deslanchou com clássicos como “Can’t Stop, Won’t Stop” e “Set It Off”, que colocaram a plateia em um frenesi. O vocalista Freddy Cricien conduziu o show com uma presença dominante, enquanto o público se agitava ao som de “Hold It Down”, provando mais uma vez a força das raízes hardcore da banda.
Um dos momentos mais marcantes foi quando tocaram “Infiltrate the System” e “Across Your Face”, dois hinos que não apenas emocionaram os fãs antigos, mas também cativaram os novos. Madball encerrou com a poderosa “Doc Marten Stomp”, deixando o público com uma sensação de renovada energia e ansiosos por mais. Sem dúvida, uma apresentação inesquecível.
Riverside
Com uma sonoridade totalmente distinta, Riverside trouxe uma atmosfera introspectiva ao festival com seu setlist progressivo. “02 Panic Room” abriu a performance com sua melodia hipnótica, imediatamente capturando a atenção do público. Logo em seguida, “Landmine Blast” surpreendeu com sua complexidade instrumental e letras profundas, demonstrando a habilidade técnica da banda.
O destaque ficou por conta de “Egoist Hedonist”, onde o contraste entre passagens suaves e riffs pesados mostrou a destreza musical dos membros da banda. Encerrando com “Left Out”, Riverside deixou a plateia envolta em uma aura contemplativa, proporcionando uma pausa introspectiva em meio ao caos do festival.
Incantation
O death metal impiedoso de Incantation trouxe uma escuridão densa para o palco do Brutal Assault. “Carrion Prophecy” abriu o set com sua brutalidade característica, seguida de “Shadows of the Ancient Empire”, uma faixa carregada de riffs pesados e atmosfera maligna. John McEntee e sua banda deixaram claro que sua marca de death metal continua tão poderosa quanto sempre.
A devastadora “Vanquish in Vengeance” e “Impending Diabolical Conquest” marcaram o ponto alto da apresentação, mergulhando o público em um redemoinho de death metal sombrio e intenso. O set foi uma ode ao lado mais sombrio do metal extremo, com a plateia absorvendo cada nota com ferocidade.
Carcass
Carcass entregou um set visceral e técnico, que misturou death metal e grindcore de forma magistral. “Buried Dreams” deu início ao caos, seguido de “Incarnated Solvent Abuse”, mostrando o lado mais brutal da banda. As letras mórbidas e as guitarras cortantes mantiveram a energia em alta, especialmente durante “Kelly’s Meat Emporium”, que demonstrou a atual relevância do som do grupo.
Faixas como “Exhume to Consume” e “Heartwork” foram recebidas com euforia, marcando momentos memoráveis do set. Carcass entregou uma performance intensa do início ao fim, culminando em “Tools of the Trade”, fechando sua participação com uma verdadeira aula de death metal técnico e brutal.
Testament
Encerrando a noite com um show grandioso, Testament trouxe seu thrash metal clássico para incendiar o público. “Eerie Inhabitants” e “The New Order” abriram o set com força, levando a plateia a mergulhar no frenesi característico do thrash. O vocalista Chuck Billy guiou o público por uma viagem intensa ao longo de décadas de hits.
Destaques como “First Strike Is Deadly” e “Disciples of the Watch” incendiaram o público, enquanto “Into the Pit” finalizou a apresentação com mosh pits explodindo por todo o local. Testament provou que ainda está no topo do thrash metal, entregando uma performance avassaladora e deixando os fãs ansiosos por mais.
DIA 09/08
Candlemass
O show do Candlemass no Brutal Assault foi uma verdadeira viagem ao reino do doom metal. Com uma performance poderosa, eles abriram com “Bewitched”, uma faixa clássica que imediatamente capturou a atenção do público. A energia sombria continuou com “Dark Are the Veils of Death”, enquanto os riffs lentos e pesados criavam uma atmosfera densa e hipnotizante. O vocal majestoso de Johan Längquist foi um destaque, conduzindo os fãs em cada nota.
Entre os momentos mais marcantes estiveram “Mirror Mirror” e “Under the Oak”, com seus tons melancólicos e épicos. O set se encerrou de forma épica com “Solitude”, a faixa que definiu o gênero doom metal, deixando a plateia em reverência ao lendário legado da banda. Uma apresentação impecável que marcou profundamente o festival.
Cult of Fire
O show do Cult of Fire no Brutal Assault foi uma experiência única, onde o black metal se fundiu com a grandiosidade da música clássica tcheca, em uma homenagem sublime ao compositor Bedřich Smetana. A banda abriu com “Z českých luhů a hájů”, trazendo uma atmosfera épica e quase cinematográfica, com guitarras atmosféricas contrastando com o peso sombrio da bateria. A sequência com “Tábor” e “Vltava” continuou a narrativa musical, transportando o público para paisagens sonoras repletas de misticismo e reverência à cultura tcheca.
Momentos como “Triumfální symfonie” e “Vyšehrad” trouxeram à tona a mescla perfeita entre o black metal e as composições clássicas, onde cada nota parecia carregada de uma energia ritualística. O encerramento com “Váh” coroou a apresentação com uma intensidade avassaladora, unindo as raízes tradicionais da música tcheca com a brutalidade e o misticismo do black metal. A performance do Cult of Fire não foi apenas um show, mas uma verdadeira celebração de cultura, história e poder musical.
Toxic Holocaust
Toxic Holocaust trouxe ao palco uma explosão de thrash metal acelerado e agressivo, começando com a furiosa “Bitch” que imediatamente incendiou a plateia. Com riffs rápidos e uma bateria implacável, a banda manteve o ritmo destruidor com faixas como “Gravelord” e “War Is Hell”, mostrando seu estilo inconfundível de thrash e punk misturado com temas apocalípticos.
O ápice do show veio com “Nuke the Cross”, um verdadeiro hino de destruição que fez o público perder o controle. “The Lord of the Wasteland” fechou o set de forma grandiosa, com a banda reafirmando seu status como uma das forças mais brutais do cenário underground. A energia no palco foi contagiante e não deixou dúvidas de que Toxic Holocaust é sinônimo de caos no melhor sentido.
Aborted
O brutal death metal de Aborted atingiu o Brutal Assault com uma força devastadora, começando com “Retrogore” que trouxe riffs furiosos e vocais guturais intensos. A atmosfera violenta continuou com “Bathos” e “Infinite Terror”, mergulhando o público em uma avalanche sonora de extrema agressividade. Sven de Caluwé comandou o palco com sua presença intimidadora, mantendo a energia em alta do início ao fim.
O destaque do set veio com “The Origin of Disease”, onde o público foi envolvido em uma tempestade de brutalidade sonora. O encerramento com “Threading on Vermillion Deception / The Saw and the Carnage Done” foi uma verdadeira lição de death metal técnico e extremo, encerrando o show de forma avassaladora e deixando os fãs pedindo por mais.
The Omnific
A apresentação de The Omnific no Brutal Assault foi uma explosão de criatividade musical que cativou o público desde o início. A banda, conhecida por seu som inovador e técnica excepcional, abriu com “The Omnific”, uma faixa que estabeleceu o tom para uma performance intensa e envolvente. A combinação de riffs complexos e harmonias de baixo cativantes deixou claro que a virtuosidade dos membros da banda era uma força a ser reconhecida.
Na sequência, “Matrices” e “Antecedent” mostraram a habilidade da banda em misturar estilos e influências. A musicalidade intrincada e os arranjos dinâmicos mantiveram a energia elevada, fazendo com que o público se entregasse à experiência. Com “Wax & Wane”, o grupo conseguiu equilibrar momentos de suavidade com explosões sonoras, provando sua versatilidade.
Uma das performances mais marcantes veio com “Merlin’s Id”, que trouxe uma atmosfera mágica ao festival. Os músicos mostraram uma conexão profunda, criando um ambiente sonoro envolvente. Com “Will‐O’-The‐Wisp”, o ritmo se intensificou, levando o público a uma jornada musical que culminou em “Ne Plus Ultra” e “Phat Mackerel”, onde a explosão técnica e a musicalidade refinada se destacaram. A apresentação foi encerrada com “Double Malt Ditty”, deixando o público desejando mais.
Em resumo, The Omnific não apenas cumpriu, mas superou as expectativas, entregando uma performance memorável e única que destacou seu lugar no cenário musical contemporâneo. A habilidade técnica, aliada à paixão pela música, fez dessa apresentação um dos pontos altos do festival.
Cynic trouxe ao palco do Brutal Assault uma experiência transcendental de metal progressivo e atmosferas etéreas. A abertura com “Nunc Fluens” foi interrompida por um problema técnico com o vocoder, o que gerou uma pausa inesperada, mas não tirou o entusiasmo dos fãs. Quando a banda retomou com “Evolutionary Sleeper”, a plateia foi envolvida por sua complexidade instrumental e vocais limpos e distorcidos, criando uma atmosfera hipnótica. “In a Multiverse Where Atoms Sing” destacou o domínio técnico da banda, mesclando passagens suaves com explosões de riffs intricados.
Ao longo de faixas como “Integral Birth” e “Infinite Shapes”, Cynic manteve o público em uma jornada introspectiva e multidimensional. “Adam’s Murmur” foi um dos momentos de maior conexão entre banda e público, com a precisão dos músicos criando uma aura quase espiritual. O encerramento com “How Could I” foi emblemático, uma música que sintetiza perfeitamente a mistura de complexidade progressiva e sentimento melódico que faz de Cynic uma banda tão única no cenário metal. A performance, apesar do problema técnico inicial, foi uma celebração do metal progressivo em sua forma mais pura e elevada.
Jinjer
Jinjer entregou uma performance cativante e dinâmica no Brutal Assault, começando com a pesada “Just Another” que imediatamente mostrou a habilidade vocal impressionante de Tatiana Shmailyuk. A mistura de estilos progressivos e metalcore ficou evidente em “Sit Stay Roll Over” e “Ape”, com mudanças abruptas de ritmo e intensidade. O som moderno da banda conquistou o público com facilidade.
“Pisces” foi o ponto alto da apresentação, com sua transição suave entre passagens melódicas e momentos explosivos, mostrando o controle vocal e a destreza técnica da banda. O encerramento com “Vortex” deixou a plateia extasiada, consolidando Jinjer como uma das bandas mais inovadoras e poderosas da atual cena metal.
Emma Ruth Rundle
A performance de Emma Ruth Rundle no Brutal Assault foi uma viagem emocional profunda, levando o público por um percurso introspectivo entre o som sombrio e etéreo de suas composições. Ela começou com “Living With the Black Dog”, uma faixa melancólica que imediatamente trouxe uma atmosfera carregada ao ar. “Your Card the Sun” e “Run Forever” seguiram, criando uma conexão quase palpável com a plateia, que ficou em silêncio absoluto, absorvendo cada acorde e verso.
Destaques como “Protection” e “Haunted Houses” trouxeram uma intensidade emocional ainda maior, com suas camadas sonoras que transitavam entre o folk gótico e o post-rock. “Marked for Death” foi um dos momentos mais marcantes da noite, sua letra sombria e profunda ecoando entre os presentes. A performance foi finalizada com “Darkhorse” e um “Outro” melancólico, encerrando de forma poderosa e deixando o público imerso na atmosfera que só Emma Ruth Rundle consegue criar.
Kampfar
Com seu black metal atmosférico, Kampfar trouxe uma aura sombria ao festival. A banda iniciou o set com “Feigdarvarsel / Ravenheart”, imergindo o público em paisagens gélidas e misteriosas. O instrumental sombrio e os vocais rasgados de Dolk destacaram faixas como “Skogens Dyp” e “Trolldomspakt”, criando uma experiência imersiva e ritualística.
“Mylder” foi um dos momentos mais emocionantes, com sua construção épica e melancólica. Encerrando com “Det Sorte”, Kampfar ofereceu uma performance hipnotizante e sombria, fazendo com que os fãs saíssem profundamente conectados ao lado mais atmosférico do black metal norueguês.
O Architects trouxe ao palco do Brutal Assault uma apresentação que mesclou intensidade e emoção, mostrando por que eles são um dos maiores nomes do metalcore moderno. O show começou com “Seeing Red”, incendiando o público logo de cara, seguido por “deep fake” e “Impermanence”, que mantiveram o nível de energia nas alturas. Com riffs pesados e refrões impactantes, músicas como “Black Lungs” e “Hereafter” ressoaram fortemente entre os fãs, muitos deles cantando a plenos pulmões.
Destaques como “Royal Beggars” e “Doomsday” trouxeram momentos de introspecção em meio à tempestade sonora, enquanto “Gravedigger” e “Meteor” garantiram que o moshpit não diminuísse sua intensidade. O show culminou com “Animals”, uma das faixas mais poderosas do setlist, onde a banda mostrou sua habilidade em equilibrar peso e melodia, encerrando a apresentação com uma explosão sonora. A performance foi um lembrete de que o Architects está em sua melhor forma, entregando um show memorável e avassalador.
Laibach
A performance do Laibach no Brutal Assault trouxe sua mistura única de música industrial, avant-garde e provocações políticas, cativando o público desde o primeiro momento. O show abriu com a enérgica “B Mashina”, cover de Siddharta, e seguiu com a sarcástica “Eurovision”, colocando um espelho na sociedade com suas críticas afiadas. A banda também incluiu “Alle gegen Alle”, um cover do Deutsch Amerikanische Freundschaft, mantendo o clima distópico e frio. Um dos pontos altos foi a poderosa “Resistance Is Futile”, que, com seu ritmo imponente e letras assertivas, ecoou como um grito de rebeldia para os fãs.
No segundo ato, o Laibach trouxe sua marca registrada de covers surpreendentes. “Geburt einer Nation”, versão distorcida de “One Vision” do Queen, e “Sympathy for the Devil” dos Rolling Stones foram recebidas com entusiasmo. O cover de “Life Is Life / Leben heißt Leben” do Opus trouxe uma energia contagiante, transformando o hino pop em algo sombrio e militarista. Fechando a noite com “I Want to Know What Love Is” do Foreigner, o Laibach injetou seu toque irônico em um clássico sentimental, encerrando o set de maneira inesperada e teatral.
DIA 10/08
Pestilence
O set do Pestilence no Brutal Assault foi uma verdadeira demonstração de death metal técnico e feroz. Começando com “Morbvs Propagationem”, a banda logo capturou a atenção do público com sua precisão instrumental e brutalidade implacável. Faixas clássicas como “Dehydrated” e “Resurrection Macabre” trouxeram aquele peso característico que fez a banda se destacar no cenário death metal desde o final dos anos 80.
O momento mais marcante veio com “Twisted Truth” e “Out of the Body”, que serviram como uma verdadeira aula de técnica e agressão controlada. Pestilence entregou um set brutal, equilibrando bem a nostalgia de seus clássicos com o poder de seu material mais recente. A energia intensa e a coesão da banda no palco foram inegáveis, fazendo desta uma das apresentações mais devastadoras do dia.
Emperor
A apresentação de Emperor foi uma viagem épica pelo black metal sinfônico. Abrindo com “Into the Infinity of Thoughts”, a banda imediatamente mergulhou o público em uma atmosfera sombria e majestosa. Ihsahn estava em plena forma, tanto nos vocais quanto na guitarra, e faixas como “The Loss and Curse of Reverence” e “I Am the Black Wizards” destacaram a maestria da banda em equilibrar complexidade técnica e pura emoção.
“Curse You All Men!” trouxe uma onda de agressividade, enquanto “Inno a Satana” fechou o set com uma grandiosidade digna de um ritual. A performance de Emperor foi uma das mais emocionantes do festival, com uma atmosfera carregada de misticismo e poder, fazendo com que a banda reafirmasse sua posição de lenda no black metal.
The Dillinger Escape Plan
The Dillinger Escape Plan trouxe ao palco do Brutal Assault uma verdadeira tempestade de caos controlado. Abrindo com “Sandbox Magician”, o público foi imediatamente engolfado por uma onda de energia frenética e imprevisível. A banda mostrou sua destreza técnica com faixas como “The Running Board” e “Sugar Coated Sour”, desafiando todas as convenções com suas estruturas complexas e dissonantes.
O destaque foi “43% Burnt”, um hino caótico que resumiu a intensidade da banda. Cada membro estava em seu auge, e a plateia foi empurrada ao limite com a agressividade e criatividade do set. Com um encerramento surpreendente com o cover de “Come to Daddy”, do Aphex Twin, The Dillinger Escape Plan provou ser uma das bandas mais únicas e inovadoras do festival.
Behemoth
A apresentação de Behemoth foi uma invocação obscura de pura blasfêmia e poder. Abrindo com “Once Upon a Pale Horse”, a banda rapidamente mergulhou o público em uma atmosfera opressiva, com Nergal liderando o ritual com sua presença intimidadora. Faixas como “Ora Pro Nobis Lucifer” e “Conquer All” ecoaram pela noite, trazendo o peso brutal e a precisão ritualística que se espera de um show do Behemoth.
Momentos como “Blow Your Trumpets Gabriel” e “Chant for Eschaton 2000” trouxeram os fãs a um clímax de intensidade e devoção. O show foi visualmente e musicalmente impactante, com cada música sentida como uma invocação poderosa. Behemoth entregou uma performance destruidora, que deixou uma marca duradoura no festival.