O álbum de estreia dos finlandeses Jewel Throne, “Blood Vultures”, lançado em outubro de 2024, foi recebido com entusiasmo pela comunidade do thrash metal. Este trabalho, que atrasou cinco anos em ver a luz, se apresenta como um álbum muito bom de thrash metal, destacando sua agresividad cruda e uma energia mais clássica deste gênero.
Desde o primeiro tema, o álbum estabelece um tom escuro e potente. As guitarras de Toni Koskinen, com riffs rápidos e pesados, são o coração do som de Jewel Throne. A produção, embora não seja excessivamente pulida, acrescenta um toque de autenticidade que muitos fanáticos do metal apreciam, como tentar imitar esse sonido crudo, barato do princípio do gênero. Esta abordagem menos orgânica permite que a intensidade e a paixão da banda brilhem através de cada música.
Um dos aspectos mais destacados de “Blood Vultures” é sua capacidade de equilibrar a velocidade e a técnica. As canções são cheias de solos de guitarra impressionantes e mudanças de ritmo que mantêm o olho enganchado. A bateria de Jouni Kurikka, com sua precisão e força, fornece uma base sólida que impulsiona cada tema para frente. Além disso, as letras, carregadas de temas escuros e reflexivos, complementam perfeitamente a atmosfera do álbum.
Jesse Huovinen, vocalista do grupo, faz uma performance poderosa, com uma voz poderosa que varia entre gritos de partir o coração e tons mais melódicos, lembrando um pouco o . Essa versatilidade vocal adiciona uma camada adicional de profundidade às músicas, permitindo que cada uma conte efetivamente sua própria história.
Ao longo do álbum, há momentos que se destacam particularmente. Músicas como “The Graveyard Of Dreams” e “Eternal Night” mostram a habilidade da banda de criar hinos de thrash metal que são memoráveis e tecnicamente complexos. Estas canções não se destacam apenas pela complexidade musical, mas também pela capacidade de captar a essência do género.
No entanto, “Blood Vultures” não é um álbum perfeito. Embora a energia e a paixão que trouxeram ao álbum sejam inegáveis, há momentos em que as músicas podem soar um pouco repetitivas. A falta de inovação em certos aspectos pode fazer com que o álbum pareça um pouco previsível para quem busca algo completamente novo em um gênero que já precisa de uma reinvenção ou de uma reviravolta (na minha opinião).
Apesar dessas críticas, “Blood Vultures” é uma estreia sólida que estabelece o Jewel Throne como uma banda a ser observada na cena thrash metal. O seu compromisso com o som clássico do género, combinado com a sua capacidade de executar músicas complexas e emocionantes, posiciona-os como uma força emergente no mundo do metal.
Concluindo, “Blood Vultures” é um álbum que merece ser ouvido por qualquer fã de thrash metal. Sua mistura de agressividade, técnica e autenticidade o torna uma adição valiosa a qualquer coleção de metal. Dou-lhe uma pontuação de 7 em 10, reconhecendo tanto os seus pontos fortes como as áreas em que a banda pode continuar a crescer e evoluir. Sem dúvida Jwewl Throne é um grupo para acompanhar!
Highlights: Blood Vultures, Psychotoxic Assault, Hate Overdrive, The Graveyard Of Dreams.
Track list:
1. Blood Vultures
2. Cosmic Titan Engines
3. Psychotoxic Assault
4. The Graveyard of Dreams
5. Megaton Headshot
6. Instant Apocalypse
7. The Extinction Level Express
8. Hate Overdrive
9. Mental Self-Mutilation
10. Hammer Down the Last Nail
11. Suffer The Fools
12. The Overlord
Line-up:
Jesse Huovinen – vocals
Toni Koskinen – guitars
Mika Sallanen – bass/vocals
Jouni Kurikka – drums