Metal de alta qualidade vem do Norte da Europa, como sempre, e essa banda da Estônia não decepciona, com um som excelente em estúdio, guitarras muito limpas, ótimas harmonias, baixo com muito corpo e bateria com um som bem natural.

Maleva mantém uma velocidade digna de inveja e algumas vozes que deixam uma linguagem a que muitas vezes não estamos habituados em muito boa posição. Desta forma, é nos apresentado o segundo LP do grupo Maleva, 10 anos depois do primeiro, onde já se apresentavam com grande potência, continuam a manter esta qualidade musical. A banda formada por Marti Mereääel (vocal), Priit Saaremäel (guitarra), Ats Rebane (guitarra), Margus Naaber (baixo) e Priidu Peegel (bateria), mergulha-nos num álbum intitulado SAAB MAALIN OTSA, que nos conduz através de um metal bem melódico e que por sua vez tem timbres thrash, nos fazendo passar de bases muito poderosas na bateria e baixo a riffs bem limpos, que juntos te mantém ouvindo esse álbum até a última nota de sua décima música. De referir que este álbum é de produção própria, o que confere uma mais-valia à espetacular qualidade sonora que nos apresentam.

Tracklist:

Huku Eel (Previo a la perdición): Ótima introdução instrumental, onde aos poucos vão entrando os instrumentos (exceto a bateria e a voz), mas sem nos entregar totalmente toda a potência desta banda, culminando na união com a música seguinte.

Saab Maailm Otsa (El mundo se está acabando): Continuamos com um riff ótimo, muito limpo, uma música com muito metal melódico, onde as guitarras já mostram a sua excelente qualidade musical, com harmonias muito boas, mas ao mesmo tempo, não revelando toda a energia que esta banda consegue transmitir.

Surm Surma Vastu (Muerte contra muerte): Novamente temos uma excelente abertura do tema, mas ó! Mudança repentina para um som muito mais thrasher, transmitindo uma energia muito poderosa através de sua bateria, e com uma voz que nos invade a cabeça com sua agressividade. Porém, mais tarde a música se torna mais melódica, como no início, no refrão encontramos novamente a influência do thrash quando a banda responde ao vocalista Surm Surma Vastu!

Talv Jääb Kestma (El invierno durará): Um poderoso metal melódico em sua essência perfeita, sua força não diminui ao longo da música, aliás, aos poucos vai nos fazendo querer mais potência no som, tocam para nos dar tudo aos poucos.

Toonela Veed (Tonelada de agua): Sim senhor! Queríamos Thrash? Aqui temos, refrões poderosos, não dá para ficar parado ao ouvir o início da música, que evoca a escuridão do thrash de grupos como Slayer. E, não podemos deixar de ressaltar, a força dos versos, é impossível não balançar a cabeça, aqui a bateria faz um trabalho incrível, conseguindo esgueirar o som do bumbo e a caixa para dentro do seu corpo de uma forma muito limpo e forte ao mesmo tempo

Une Vend (Hermano del sueño): Baixamos um pouco a potência, voltamos a uma melodia e harmonias mais cuidadosas, flertando de vez em quando com ideias mais extremas, mas no final ainda é uma música mais calma.

Rahu (Paz): Essa música é algo especial, já que no começo sentimos um thrash bem americano, nova-iorquino, mas depois passamos para melodias mais suaves, talvez o tema, que a princípio é mais promissor, mas depois fica muito suave, pelo que o álbum leva-nos a dar.

Veri Ja Jää (Sangre y hielo): Potência thrashera. Voltamos à energia, onde embora as guitarras e a voz dêem um grande som, o prémio vai para a bateria e o baixo, que não perdem a força em nenhum momento. Além disso, encontramos novamente o elemento musical muito thrasher, que é o grupo encerrar o refrão com o nome da música.

Edasi Musta Auku (Más dentro del agujero negro): Esta é uma música dark, uma essência que evoca grande profundidade, a verdade é que o título cai como uma luva. Muito melódico e ao mesmo tempo com um carácter muito sombrio, onde também se ouvem vozes guturais, o que acaba muito bem com o ambiente sombrio.

Tapetud Sain (Me mataron): Nos despedimos do álbum, sem mais comentários a não ser, muito thrash, muito melódico e death ao mesmo tempo, um amálgama perfeito, com o qual o grupo se despede neste álbum, deixando-nos com muita energia no corpo.

No geral o álbum é muito bom, transmite muito bem o talento de seus músicos, como seu estilo musical. Quase sem contras na hora de ouvi-lo, só que não estamos acostumados, muitas vezes, a ouvir discos em idiomas como o estoniano, mas eles conseguem superar muito bem a barreira do idioma com sua qualidade musical. Altamente recomendado, e se eles soam tão bem ao vivo, um show dessa banda não tem preço.

 

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.