No passado dia 21 de Setembro fomos até ao Hard Club no Porto para uma noite que prometia vários nomes de peso na cena death metal, em abertura para os norte-americanos Nile.
As hostilidades foram abertas pelos holandeses Monastery, com um público ainda um pouco tímido como é normal no início de cada concerto. Não se acanharam e energizaram o público logo desde o início, que acatou o apelo para aproveitar o concerto mais perto do palco. Para além de temas do seu álbum mais antigo “Far from Christ” (o primeiro álbum de death metal húngaro) e tocaram também o mais recente single “Fall Apart”. Um início muito energético para uma noite que prometia não nos deixar dormir cedo.
Depois de uma curta pausa seguiram-se Intrepid, vindos da Estónia, que apesar de terem começado como uma banda de thrash, depressa abandonaram o género e passaram para o death metal tão característico da sua zona geográfica. Um grupo no qual se destacam os vocais de Raiko Rajalaane, com riffs de guitarra melódicos e boa técnica por parte de cada membro.
Hideous Divinity, de Roma, vieram apresentar o seu mais recente álbum de estúdio “Unextint” com temas como “Dust Settles on Humanity”, “The Deaden Room” e “Angel of Revolution”. Com transições que flutuam sem dificuldade, e uma capacidade rítmica impressionante, foi um concerto que pareceu saber a pouco – mesmo apesar das pequenas dificuldades técnicas durante o linecheck. De destacar também os vocais e energia pulsante de Enrico (vocalista), que envolveu o público e incitou diversos mosh pits.
Segue-se, por fim, a banda mais esperada da noite, Nile. Como esperado, a habilidade técnica e os temas que nos transportam para o Antigo Egipto, foram implacáveis e foi difícil segurar o público frenético entre mosh pits e headbangs que esperava com entusiasmo a banda norte-americana. Foi sem dúvida um concerto com sala praticamente cheia e um público ansioso por mergulhar nas águas do submundo de Nile. Apesar de serem pioneiros no género do death metal desde 1993, mostram no recente álbum “The Underworld Awaits Us All” que ainda têm muitas cartas para dar e muitos riffs brutais para tocar por este mundo fora.
Review and Photos by Tatiana Pinto
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