Numa quarta-feira ensolarada e quente, no Hard Club, a cargo da Free Music Events, recebemos no Porto uma tour fantástica com lotação quase esgotada.

 

Foto: Rita Mota – @ritafmota.photo | The Omnific

The Omnific, foi a banda de abertura. Trata-se de um trio australiano formado em 2016, que lançou o seu primeiro álbum “Escapades” em 2021.

Extremamente característicos, o trio é formado por dois baixistas Matthew Fackrell e Toby Peterson-Stewart, e um baterista (aliás, bastante divertido) Jerome Lematua!

A música deles é apenas instrumental, sendo uma mistura de Djent e Jazz, voltados para o prog.

O show da banda foi bastante apreciado por todos os presentes, e a sala estava bastante cheia desde o início. 

Setlist:
Antecedent
Wax & Wane
Merlin’s Id
Fountainhead
Ne Plus Ultra
Objets de Vertu

Foto: Rita Mota – @ritafmota.photo | Persefone

Depois da incrível banda de abertura, seguiram-se os Andorrenses da Persefone, banda de Death Metal progressivo.

O que uns tem ”a mais”, com aspas porque baixistas nunca são demais, outros têm a menos, é verdade, a Persefone não tem baixista, conta com dois guitarristas, baterista, tecladista e vocalista.

A música deles está entre o sublime e o profundamente estranho, e Marc é um vocalista carismático e muito versátil.

O público estava feliz e cheio de energia – e a banda também!

Setlist:
Flying Sea Dragons
Mind as Universe
The Great Reality
Prison Skin
Living Waves
Katabasis
Merkabah
The Majestic of Gaia

foto: Rita Mota [email protected] | Ne Obliviscaris

Pela primeira vez sendo headliner em Portugal, e tendo sido a sua última passagem pelo país em 2015, no Vagos Open Air, houve a atuação da banda mais aguardada da noite, Ne Obliviscaris, que devido à pandemia não estavam em tour desde 2019.

Foto: Rita Mota – @ritafmota.photo | Ne Obliviscaris

A qualidade técnica deles é evidente, os elementos melódicos proporcionados pelo violino e voz de Tim Charles casam na perfeição com os guturais e agressividade de tudo o resto. Infelizmente, Xenoyr não pôde estar presente nesta tour, sendo substituído por James Dorton, o qual também é dotado de um poder vocal incrível.

Foto: Rita Mota – @ritafmota.photo | Ne Obliviscaris

Se há bandas com musicas longas que nós deixam a sensação de que estamos sempre a ouvir o mesmo do início ao fim, os Ne Obliviscaris são exatamente o oposto.

Desde o início deixaram o público eufórico. Claramente, o foco da banda é a música e o mais importante não são os integrantes individualmente e sim a forma como se completam – um resultado sólido e colossal.

Foto: Rita Mota – @ritafmota.photo | Ne Obliviscaris

Era visível o entusiasmo do grupo para tocar diante de um público extremamente responsivo presente no Hard Club. O baixista Martino Garattoni presenteou os fãs com as belíssimas palavras ”Porto Car*lho” (podia ter ensinado uma frase mais graciosa durante a estadia no Porto?) e como era de esperar, o público delirou, pudemos até ouvir alguém gritar ”God Martino”, os elogios à banda e seus membros eram feitos a todo instante.

A duração de um dos concertos mais brilhantes que já tive a oportunidade de presenciar foi de cem minutos.

Foto: Rita Mota – @ritafmota.photo | Ne Obliviscaris

Setlist:
Intra Venus
Equus
Misericorde I – As the Flesh Falls
Misericorde II – Anatomy of Quiescence
Libera (Part I): Saturnine Spheres
Forget Not
Devour Me, Colossus (Part I): Blackholes
Graal
And Plague Flowers the Kaleidoscope

foto: Rita Mota – @ritafmota.photo | Ne Obliviscaris

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