O dia 21 contou com a icônica banda MOONSPELL como headliner. O clima estava perfeito, com um dia ensolarado, e uma noite de lua cheia.

DISHONOUR + SLEEP THERAPY

O segundo dia do Laurus Nobilis Metal Fest 2024 começou com uma dose intensa de metal no palco Crédito Agrícola com DISHONOUR e no palco Faz A Tua Cena com SLEEP THERAPY.

Photo @wow.l0vely | @culturaempeso
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Debaixo de muito sol, os nacionais Dishonour incendiaram o palco com seu Luciferian Death Metal. Apresentando faixas como “Mayhem’s Heritage” e “Storming The Nazarene”, a banda levou o público headbanger à loucura. Com uma técnica impecável e um visual característico, a banda, bem ensaiada, atraiu um bom público para a frente do palco, todos curtindo e batendo cabeça. A apresentação pegou fogo, e não só pelo calor intenso!

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Por outro lado, os Sleep Therapy trouxeram seu Nu-Metal com muita atitude e estilo. Com uma formação jovem, cada integrante possui um estilo próprio e uma presença de palco excêntrica. Embora o público fosse menor, estava altamente engajado. A banda soube manipular bem a dinâmica do show, e no final culminou em um mosh eletrizante.

VECTIS

Os responsáveis por abrir o palco principal foram os locais VECTIS, com seu Black/Thrash Metal que nos transporta para o som acelerado dos anos 80, com um visual característico.

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Extremamente pontuais, começaram o setlist com a rápida e avassaladora “Satanic Force”, imediatamente capturando a atenção do público. Seguiram com “Mark Of The Chainsaw” e o hit “No Mercy For The Weak”, que garantiu intensas bangeadas. O set continuou veloz e impressionante com os dois novos singles lançados na mesma data (21/07), “Speed Metal Fire” e “Blasphemy Of Old”, ambas igualmente devastadoras. Uma versão de “666” dos Toxic Holocaust surpreendeu positivamente, destacando-se pelos agudos impecáveis. O setlist incluiu ainda “Warriors Of Hell” e encerrou com “Evil Possession”.

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Na última música, se despediram do público, que clamou por mais. Atendendo aos pedidos, repetiram “No Mercy For The Weak”, desta vez com o guitarrista Daniel Pires assumindo o vocal principal, adicionando uma série de agudos que elevaram a música, especialmente para os fãs da pegada oitentista. O resultado foi um mosh e canto em coro do público nos refrões.

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A banda demonstrou um engajamento notável, com uma técnica instrumental rápida e excelente. Os vocais extremos do baixista Gustavo Pereira, combinados com os agudos de Daniel Pires, conferem ainda mais força às músicas, consolidando a Vecctis como uma presença poderosa no festival.

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THREE OF ME + MERAKI

Voltando aos outros dois palcos, foi a vez da apresentação dos THREE OF ME no palco Crédito Agrícola e de MERAKI com seu hard rock no palco Faz A Tua Cena.

Photo @lannakeifer | @culturaempeso
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Os Three Of Me trouxeram seu rock ao público, com algumas pessoas parando para assistir. São bons músicos, e as faixas eram cativantes e lembravam muito as bandas dos anos 90, oferecendo um bom som para uma pausa da música extrema do festival. Foram bem recebidos e aplaudidos.

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Meraki, uma banda de hard rock, destacou-se como uma das mais diferentes a se apresentar neste palco. Com uma performance alegre, presença de palco incrível e carismática, os integrantes, bastante jovens, animaram o público. A banda, bem legal e composta por bons músicos, conseguiu contagiar a plateia, que, embora não lotasse a sala, encheu o espaço com energia e entusiasmo. A animação foi tanta que até alguns mosh aconteceram, tornando a apresentação ainda mais memorável.

CALAROOK

No palco principal, foi a vez do Pirate Metal dos suíços CALAROOK. Com violino, guitarra, baixo, bateria e um vocal gutural, criaram um clima de festa, misturando elementos de folk metal e death metal. Calarook mostram um outro lado do pirate metal, o que torna difícil classificá-los em um gênero específico: folk, death, black, power e melodic se entrelaçam em um som único e cativante.

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O set começou com “A Cursed Ship’s Tale”, enfrentando uma falha inicial no microfone do vocal. Logo ajustado, o público começou a se reunir e curtir a apresentação, apesar do som ainda abafado. A seguir, tocaram “We Shall Never Die”, onde a voz se destacava mais.

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Com faixas como “Quest For Booze” e “Jack Rackham”, o público começou a reagir, incentivando com gritos de “HEY, HEY”. “Invisible Pineapples” trouxe headbanging no início e um mosh. Com o público finalmente ganho, tocaram temas como “Cruel and Cold”, “The Feast Of Esmerald Meadows” e “El Calamar Gigante”. O guitarrista Nico Wiget desceu ao público, criando uma festa ao seu redor.

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Apesar do início com problemas de som, a banda conquistou o público, mostrando seu potencial em comandar e atrair fãs. Os músicos são excelentes e carismáticos, garantindo uma performance satisfatória.

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LAST PISS BEFORE DEATH + KLATTER

No palco Crédito Agrícola, os LAST PISS BEFORE DEATH trouxeram uma poderosa mistura de Old School, Groove e Thrash Metal. Substituindo os Grande Fox, foram muito bem recebidos, com alguns fãs correndo para a frente do palco e cantando junto. O visual diabólico do vocalista chamou atenção, e sua voz, que lembra um pouco Chad Grey, impressionou. A banda demonstrou excelente desempenho, cativando o público com sua energia.

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Enquanto isso, no palco Faz A Tua Cena, a banda KLATTER entregou um Metal Alternativo potente, destacando-se com três guitarras que criaram um som coeso e completo. O vocal extremo, combinado com o backing vocal clean, formou um par perfeito. A presença de palco simples e enérgica atraiu o público. Apesar da juventude dos integrantes, mostraram uma atitude de veteranos, especialmente o vocalista. O público ficou entusiasmado, e bangeou intensamente. Fecharam o set com uma explosiva versão de “Roots Bloody Roots” dos Sepultura, elevando a energia do público ao máximo.

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HIDEOUS DIVINITY

A penúltima banda a subir no palco principal foi a italiana HIDEOUS DIVINITY, com seu Technical/Brutal Death Metal de alta qualidade. O som da banda foi um deleite para o público, que, mesmo cansado após três dias de festival, aguardava ansiosamente.

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A apresentação foi focada no mais novo lançamento da banda, o álbum “Unextinct”, de março deste ano. Devido a uma lesão no pé do vocalista Enrico di Lorenzo, os italianos convidaram Dan Vesca, vocalista dos nacionais Sotz, para compartilhar o palco, resultando em uma performance imprevisível e brutal.

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O setlist começou com “The Numinous One”, uma poderosa faixa do novo álbum. Em seguida, tocaram músicas destruidoras como “Against the Sovereignty of Mankind” e “Angel Of Revolution”, aumentando o tamanho do mosh pit a cada faixa e deixando o público ainda mais insano.

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Apesar da troca de vocais, o show manteve-se pesado e coeso, com a banda demonstrando entrosamento e habilidade em um palco com jogos de luzes impressionantes. Os instrumentistas mostraram muita técnica, e o vocal não ficou atrás, elevando a performance. Foi um dos melhores shows do festival, deixando uma marca inesquecível nos presentes.

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BLEEDING DISPLAY + METASOMA

No Palco Crédito Agrícola, os BLEEDING DISPLAY apresentaram seu Brutal Death Metal, enquanto no palco Faz a Tua Cena, diretamente de Londres, os METASOMA trouxeram seu clássico Heavy Metal.

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Bleeding Display foi, sem dúvida, uma das atrações mais aguardadas, mesmo não estando no palco principal. Cada vez mais técnicos, a banda impressionou o público, que lotou a área do Palco Crédito Agrícola para prestigiar o som brutal. Suas músicas intensas, com estruturas death/grind, conquistaram o público, que formou mosh pits em todas as músicas, como um bom show extremo deve ser. A apresentação foi visceral, com som impecável e de alta qualidade, e vocais poderosos que deixaram todos enlouquecidos.

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Já os Metasoma, no palco Faz a Tua Cena, também atraíram uma sala cheia, com muitas pessoas prestigiando o show. O vocal impressionou ao intercalar vocais screamo e cleans, o que agradou muito o público. A interação entre banda e audiência foi excelente, fechando com chave de ouro a temporada desde palco.

MOONSPELL

Chegou o momento mais aguardado do festival: a apresentação dos lendários MOONSPELL! Pontuais e impecáveis, a banda não fez o público esperar um segundo a mais do que o programado. Com a noite perfeita para um show memorável, os fãs lotaram a área, demonstrando total devoção aos mestres do gothic metal nacional. O setlist especial para a ocasião fez dos Moonspell um dos maiores orgulhos do Laurus Nobilis 2024.

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O show foi uma viagem no tempo, com temas do primeiro EP e dos dois primeiros álbuns da banda, que são marcos no gênero. A performance foi enriquecida por convidados especiais e pela exibição de filmagens raras, mostrando o grafismo e o imaginário dos trabalhos iniciais da banda.

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A abertura foi com “Opium”, que levou o público à loucura e mostrou a emoção de muitos fãs. O setlist continuou com clássicos como “Raven Claws”, “Tenebrarum Oratorium” — que gerou o primeiro mosh pit da noite —, “Ataegina”, “Mephisto”, “Vampiria” – com mais mosh e headbanging -, e “Alma Mater”, que foi acompanhada por um coro impressionante do público.

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O grand finale foi marcado pela icônica “Full Moon Madness”, que ressoou ainda mais numa noite de lua cheia. O palco foi transformado em um mar de cabeças batendo e mãos em chifre, com uma interação intensa entre banda e público.

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Considerações finais: O cenário estava impecável, com pirotecnia e telões que abrilhantaram a apresentação. A qualidade dos instrumentos e a voz foram perfeitas, e o público, que lotou o Laurus Nobilis — o dia mais cheio do festival —, variava de famílias com crianças a fãs mais antigos. A interação entre a banda e a plateia foi notável, com o vocalista compartilhando histórias sobre as músicas, criando uma conexão profunda com o público. Este show foi, sem dúvida, um evento inesquecível que ficará gravado na memória de todos.

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