Mais um ano de Resurrection Fest, cheia de pessoas, e um bom sentimento de rever amigos intacto.
Viveiro esteve cheia como nunca, e o bom sorriso no rosto das pessoas era uma marca registrada.
Este ano com significativas mudanças, palcos movidos de lugar, área de merch não oficial retornando, glamping e resucamp também alterados.
Fotos público: @photos.iuri / @cremo_iu | @culturaempeso
Fotos bandas: @photos.iuri / @cremo_iu & @_zxzzx
Review Text: @photos.iuri / @cremo_iu , @_zxzzx & @javierfernandez1657
Por favor dar os devidos créditos nas fotos aos fotógrafos e a @culturaempeso.
DIA 1
DEAD BY APRIL: O primeiro dia do Resurrection Fest teve um começo brutal com um dos shows mais aguardados pelos fãs de metalcore: Dead By April. Os suecos, desde que iniciaram a carreira em 2007 com o álbum de estreia “Angels Of Clarity”, fizeram as delícias de todos os amantes do metalcore mais clássico do início dos anos 2000. Às 17h20, pontualmente, a banda liderada por Christopher Kristensen recebeu uma recepção bastante calorosa por ser o primeiro dia do festival e se apresentar em um horário bastante cedo. Durante o setlist de 50 minutos, a banda foi incrível; já que contrasta muito o poder de sua performance ao vivo em comparação com os recursos mais suaves que se destacam quando se decide ouvi-los no Spotify.
As nuances daquele metalcore mais antigo combinado com toques de música eletrônica acabaram tornando a banda uma ótima escolha para fazer parte da abertura do Resurrection Fest. Rodeados pelas chamas que fizeram parte do espetáculo, e cobertos por uma grande tela com o seu logótipo, os habitantes de Gotemburgo não hesitaram em interpretar canções como ‘Me‘, ‘Crying Over You‘, ‘Dreaming‘, pertencentes à “ Incomparable” lançado em 2011 ou ‘Losing you‘, uma música bem mais descontraída em relação ao restante do setlist e uma excelente escolha para se despedir do público espanhol.
Text Maria Gutierrez
MOTIONLESS IN WHITE: Com uma dupla aparência estelar, já que no dia seguinte seriam as estrelas do show secreto, era a vez de Motionless In White. Na mesma linha de Dead By April, os Americanos são outro clássico do metalcore para os fãs desse gênero. Para apresentar o seu mais recente trabalho, “Scoring The End Of The World”, a banda conseguiu virar o Palco Principal de cabeça para baixo comandada pelo carismático Chris Motionless, como sempre. Talvez tenham sido um dos grupos mais aclamados, já que é raro os americanos visitarem o nosso país e o seu compromisso anterior em Barcelona, durante o ano de 2020, teve de ser cancelado devido à pandemia de COVID-19.
Ao longo do festival, Motionless In White seria uma das bandas com o som mais polido. Especialmente no caso das suas guitarras, onde Ryan e Ricky Olson tiveram oportunidade de brilhar, sobretudo em temas como ‘Cyberhex‘, ‘Voices‘, ‘Sign Of Life‘ ou ‘Eternally Yours‘, onde Chris aproveitou para distribuir rosas entre os fãs que, embora alguns pensassem que era uma despedida, outros já tinham quase certeza de que os veriam no dia seguinte; já que o vocalista da banda brincou sobre ver seus fãs de Resu novamente em breve.
Text Maria Gutierrez
BORN OF OSIRIS: Bom show ao vivo e boa conexão com o público, eles tocaram músicas como “Bow down”, “Open arms to damnation” ou “Abstract art” do seu “The new reing” de 2007 e também revisaram seu “Angel or alien” recente de 2021.
Text Javier Fernandez
THE GHOST INSIDE: Peça fundamental dentro do hardcore, The Ghost Inside é uma pedida popular e quase obrigatória há anos no festival. O nervosismo foi incrivelmente perceptível entre o público, já que não podemos esquecer que em 2015 a banda sofreu um acidente em plena turnê onde duas pessoas morreram. Além de alguns membros da banda terem se machucado, o baterista Andrew perdeu uma perna como resultado. Em 2020 renasceram com o lançamento do álbum autointitulado “Aftermath“, onde especificamente na música ‘Aftermath‘ prestam homenagem a si mesmos, à sua carreira e ao renascimento que vivenciaram como resultado do acidente.
Possivelmente ver Andrew na bateria, apesar de sua dificuldade adicional, foi uma das coisas mais impressionantes do show; já que não perdeu contundência em nenhum momento, assim como nenhuma falha pôde ser apreciada. Em geral, todos os integrantes da banda se empenham ao máximo na apresentação, a ponto de fazer chorar um ou outro participante. O setlist foi bastante variado, desde canções mais clássicas como ‘Engine 45‘, ‘Avalanche‘ ou ‘The Outcast‘. Eles terminaram com ‘Aftermath, e, apesar da curta duração do show (eles tocaram um total de seis músicas), o bom, se breve, duas vezes melhor.
Text Maria Gutierrez
BEHEMOTH: Alguns participantes veteranos do Resurrection Fest podem estar esperando a chegada dos poloneses. Na edição do Resu do ano passado, o vocalista do grupo, Adam Nergal, se apresentou com sua banda alternativa Me And That Man; e, em seu show, já anunciou que viriam a Viveiro em breve. Possivelmente a nível espectáculo, sonoro e profissional, os Behemoth seriam um dos grupos estelares que se apresentariam neste primeiro dia de quarta-feira. Apesar de durante o dia o grande protagonista ser o metalcore, os poloneses com seu black metal super cuidadoso se encarregaram de dar uma aura de misticismo e escuridão ao dia.
Atrás de uma cortina branca, a silhueta de Nergal cantou as primeiras notas de ‘Ora Pro Nobis Lucifer‘, embora não tenham perdido a oportunidade de estrear ao vivo as canções do seu último álbum, como ‘Conquer All‘, ‘Versvs Chrisvs‘ ou mais melódicas mas não menos sombrio como ‘Bartzabel‘. Com um conjunto detalhado para essas entidades satânicas combinado com uma ótima performance com chamas, os fãs de black metal ficaram mais do que satisfeitos.
Text Maria Gutierrez
HATEBREED: Sob a liderança de Jamey Jasta o Hatebreed entrou com muito peso, fazendo o chão tremer no palco “Chaos“. O grupo oriundo de “Connecticut” representa o mais puro fino e clássico do hardcore mundial e os fãns do gênero esperavam ansiosos.
Claramente o grupo poderia ser escalado no “Main Stage” devido a grande assistência que teve, e isso por que no mesmo horário tocava Ghost.
O mosh foi intenso assim como seu vocalista que não deu trégua sempre intimando o público para mais, uma nuvem de poeira se estabeleceu enquanto ao menos quatro rodas de pogo simultâneas se desenvolviam em uma grande festa.
Para fechar eles tocaram “I Will Be Heard” que já é um hino do HC mundial, causou furor total e não houve quem não cantasse o refrão fazendo-se ecoar por todo o recinto.
Text Iúri Cremo
GHOST: No que diz respeito à atração principal, foi a vez da elegante banda orquestrada por Tobias Forge e seus ghouls sem nome. Com uma encenação das mais marcantes, montada, como sempre, como se fosse uma igreja, começou a missa de uma hora e meia para os mais devotos. Embora seja verdade que o Ghost colocou a fasquia muito alta em termos de tema, iconismo (dadas as suas roupas detalhadas) e encenação, algumas falhas sonoras puderam ser percebidas; já que em músicas como ‘Rats’, ‘Spillways’ ou ‘Mary On A Cross’ a voz de Tobias se perdeu entre a parte instrumental por ser muito baixa. Porém, foi algo pontual, e momentâneo.
Em todo o caso, esta banda, difícil de classificar em termos de género, conseguiu que todos os presentes dançassem durante o ‘Dance Macabre‘ apesar do cansaço do dia. Houve também momentos que dotaram a atuação de comédia, já que durante uma pausa, um dos técnicos trouxe o Papa para reanimá-lo, que o “atacou” e passou a tocar saxofone. A terminar com ‘Square Hammer‘, entre confetes e notas a imitar o dólar com a cara do Papa Emérito, os suecos despediram-se do palco principal, depois de cinco anos sem virem ao Resurrection Fest.
Text Maria Gutierrez
DIA 2
Depois de um primeiro dia em que literalmente vi meio dia do que queria devido a problemas de viagens e outros, rumei ao local para começar o segundo dia.
MORPHIUM: Essas pessoas são a primeira vez que as vejo, e sendo a minha primeira vez, fiquei com muita expectativa de ver como era, Alex tem aquela energia em “Every body is death in this house” aquele talento não só a nível vocal, mas fisicamente, aquela conexão com o público, foi espetacular, o público foi super ativo desde a primeira música, foi um “Tandem” espetacular, fazendo pits com “The truth“, fazendo buraco no chão como mandava o patrão, também tocaram outras músicas como meu apocalipse ou o que está por trás dos mundos.
Text Javier Fernandez
Os BAEST foram a surpresa do dia de vez e foi muito brutal que mexeram com o “Genesis” logo no começo, fazendo um fosso de roda em volta do cantor quando ele desceu do palco em mar de vômito, as pessoas vibraram com suas músicas e seus som, tanto em movimento quanto fisicamente, fui espectador fiz literalmente, felizmente tinha plugues, e temas como ecclesia e necro sapiens funcionaram muito bem.
Text Javier Fernandez
LANDMVRKS: A sua última passagem pelo festival foi em 2021, na edição pós-pandemia que o Resurrection Fest realizou, cumprindo todas as medidas sanitárias pertinentes. Abrindo caminho com ‘Lost In A Wave‘, Flo, vocalista da banda, aproveitou para relembrar sua última apresentação durante a pandemia em 2021, onde lembrou como estávamos todos sentados, de máscara, e impossibilitados de fazer o que queriam. gosta mais dessa banda francesa: jogue sua alma no moshpit.
Apesar do público não ter sido massivo, já que era cedo e estava bastante quente, esses franceses estão aos poucos se tornando líderes do metalcore. Sua mistura de rap com os elementos mais clássicos do metalcore, como avarias, os torna uma banda que é sempre um prazer assistir. Vieram dispostos a mostrar o seu novo álbum, “Lost In The Waves“, com o qual viraram o palco ao som de temas como ‘Rainfall‘, sem descurar outras melodias que os tornaram mais conhecidos como ‘Fantasy‘ ou ‘Blistering‘.
Text Maria Gutierrez
BUTCHER BABIES: Essa banda era uma das que eu mais queria ver, aquele entrosamento entre Heidy e Carla, algo que vale a pena ver, era uma alegria como todos os músicos tocavam bem, tocavam Monters Ball impecavelmente, Korova ou sua mítica Magnólia Blvd.
Text Javier Fernandez
ELEGANT WEAPONS: Apesar de relativamente novo, o grupo tem experiência de sobra trazendo na sua bagagem o selo de qualidade.
Formada por Richie Faulkner do Judas Priest, vocalista Ronnie Romero do Rainbow, baterista Christopher Williams do Accept e baixista Dave Rimmer do Uriah Heep, eles levaram uma multidão para o Main Stage, abrindo um inicio de noite com “Do or die“.
No dia anterior eles se apresentaram no Evil Live Festival em Lisboa Portugal, onde fizeram o mesmo setlist eletrizante e empolgante.
A banda ainda não tem sequer 1 ano de atividade, mas já empolga, tocaram quase todas as músicas de seu primeiro e único disco “Horns For A Halo” e ainda um cover do Black Sabbath.
Destaque para Ghost of You que levantou gritos na multidão.
Text Iúri Cremo
KUBLAIN KHAN TX: Do Texas para Viveiro, eles trouxeram a sua máquina violenta do hardcore.
Matt Honeycutt abriu o show aos berros entusiasmando todos a participarem, outra vez a nuvem de poeira se fez presente, o mosh abriu e o hardcore se fez sentir em seu estado puro.
Já em “Self-Destruct” pode-se observar uma presença massiva das mulheres no mosh, e dai em diante elas não saíram mais!
Outros destaques ficaram por “Resentment” e “True Fear“.
Não houve uma assistência massiva como se esperava, mas o galpão esteve cheio todo o tempo.
Text Iúri Cremo
POWERWOLF: O público queria muito ver a massa destes alemães, e viu-se pela capacidade, pela expectativa e pela festa que deram num espectáculo ao vivo, que para mim foi o melhor do festival a nível internacional, grande cumplicidade e afinidade com a banda, crowdsurfing em “Resurrection by erection“, celebrando a “Armata strigoi“, e pedindo sangue por um infalível “We drink your blood“.
Text Javier Fernandez
LACUNA COIL: Foi a vez de Lacuna Coil, comandada pela charmosa Cristina Scabbia. Começando com backlights vermelhos e fumaça frondosa, os italianos deram início à sua performance com ‘Blood, Tears and Dust‘, que apesar de não ser um de seus trabalhos mais recentes, foi a escolha mais poderosa para abrir o show. Neste primeiro contato, Scabbia conseguiu dar o play total em sua grande técnica diante do canto melódico, deixando o público mais que encantado.
Tal como a maioria das bandas do festival, os Lacuna Coil não iriam ficar menos, trouxeram também um novo trabalho para apresentar: “Black Anima”. Após duas décadas de experiência e um vocalista mais formado do que nunca, a banda destacou-se a nível geral com temas como ‘Sword Of Anger‘, ‘Never Dawn‘, ou mesmo ousando interpretar clássicos de outros artistas, como fizeram com ‘Enjoy The Silence‘, homenageando o Depeche Mode.
Text Maria Gutierrez
MADBALL: Após o show do Hatebreed no show do dia anterior parecer que seria insuperável, Freddy Cricien e companhia mostraram que sim era possível.
Falando sempre em espanhol Freddy buscou sempre estar conectado com a platéia, imparavel, incansavel e um setlist repleto de clássicos, o grupo de Nova York soltou uma pedrada atrás da outra.
Destaque para os clássicos que nunca envelhecem como “Can’t Stop“, “Won’t Stop“, “Nuestra familia“, “100%“.
O Hardcore do subúrbio, o gingado gangster, a proximidade com a realidade das ruas e seu beatdown, fizeram uma multidão saltar em simultâneo cantando todas as músicas, dançando, e uma centena de pessoas a surfar.
Fica a certeza absoluta que este foi um dos melhores shows do Festival.
Text Iúri Cremo
Pantera: Sem dúvida, um dos pratos mais fortes a nível geral da escalação deste ano. Data especial onde houve para todos os fãs de metal, pois esta foi a única data em Espanha dentro da digressão da banda encabeçada por seu vocalista. No entanto, ver o Pantera desta vez foi como não vê-lo; Vale lembrar que com a morte dos irmãos Abbott, a banda se desfez, para homenageá-los depois de alguns anos.
Considerando que o único membros originais era Rex Brown, não se poderia esperar o mesmo nível do Pantera original. As falhas mais óbvias puderam ser apreciadas em ‘This Love‘, uma música com uma parte maioritariamente melódica onde a voz do vocalista já se sentia desgastada e praticamente incapaz de atingir os timbres que esta canção exige. Em outras canções mais clássicas como ‘Walk‘ ou ‘5 Minutes Alone‘, a voz melhorou muito; mas acima de tudo foram momentos para os guitarristas Zakk Wylde e Rex Brown brilharem especialmente.
Text Maria Gutierrez
DIA 3
ESCUELA DE ÓDIO: Tendo chegado tarde para ver os asturianos, gostei deles, suas queimaduras de Astúrias, nunca passa despercebido e é muito solidário e vingativo, eles também destacaram tópicos como os “Rechazados del sistema” o “Carne en la alambrada” e eu quero poder vê-los novamente.
Text Javier Fernandez
DARK EMBRANCE: Com essa banda eu ia um pouco mais cegamente, mas mesmo assim adorei, aquela teatralidade como a do tema vida e legado, me lembrou um power metal clássico misturado com os guturais do amon amarth, e os galegos levantaram um público um pouco parado com temas como inferno pessoal ou dark heavy metal que teve seu protagonismo devido ao recente lançamento.
Text Javier Fernandez
PALEDUSK: Para mim foi a festa na tenda naquele dia com área dp e pelo que tenho visto de bandas internacionais, o público enlouqueceu com a banda com seu gelo negro, que era imparável, o vocalista fez o que para mim foi o gesto de o festival, trazendo um pequeno fã que estava na minha área em um grande vento de volta, todo um transbordamento de energia.
Text Javier Fernandez
GHOSTKID: Acariciando a tenda do Chaos Stage, Ghostkid veio pronto para inundar o palco com raiva, adrenalina e movimento. A banda, com uma estética dark, maquiagem assustadora, lentes de contato pretas e roupas totalmente pretas, e liderada pelo ex-vocalista do Eskimo Callboy Sebastian Sushi Biesler; com uma temática algo dark e aterradora, atacaram Chaos começando com ‘Fool‘, não baixaram em nada a intensidade com o resto da setlist com temas como ‘Supernova‘, ou ‘Hollywood Suicide’, onde os moshpits não paravam por um momento e uma enorme nuvem de poeira apareceu assim que a primeira pausa de cada música terminou.
Text Maria Gutierrez
KONVENT: essa banda de doom só de mulheres, foi a melhor do DESERT para o meu gosto tocando musicas como fatamorgana, haveria umas cem ou algo mais pessoas, mostraram porque estavam no festival com um cordas avassaladoras pt2 ou um grande puritano masoquismo, e por que eles deveriam retornar em outro cenário.
Text Javier Fernandez
NERVOSA: Fez um show mais terrenal, o grupo com nova formação e adaptado já a centralização da voz em Prika Amaral. A guitarrista que nos concedeu entrevista e em breve estará disponível, comentou que assumiu os vocais para não sofrer com uma nova mudança de voz na banda.
Cumpre com o que promete, Prika consegue desempenhar voz e guitarra com qualidade, demonstrando superação em seguir com a banda a diante.
Por outro lado o público correspondeu, talvez menos do que se esperava, mas abriram moshs, pularam e curtiram. Muitos outros cantavam junto e apreciavam a qualidade da nova formação.
Destaque para “Kill the Silence“.
Particularmente senti a banda mais entrosada, se entendendo mais no palco, e inclusive mais pesada sonoramente.
Text Iúri Cremo
WIND ROSE: Era a festa do power metal, os anões italianos bagunçavam com muita cumplicidade com pessoas com temas como “Erebor“, nós remando, fazendo pogos, crowdsurfing com “Mine mine mine!”, o “The king under the mountain“- conhecido “Diggy diggy hole“, e eles mostraram que deveriam retornar à Espanha para algum grande local.
Text Javier Fernandez
PAPA ROACH: Símbolos da adolescência, como o Slipknot, os californianos realizaram o sonho adolescente de muitos com seu poderoso nu metal. Eles começaram com ‘Kill The Noise‘, onde todos os participantes continuaram pulando. Eles também prestaram homenagens a grandes bandas da cena tocando Lullaby de The Cure ou Firestarter de The Prodigy. Jacoby Shaddix estava mais perto do que nunca, e não hesitou por um momento em pular no fosso para abraçar e cumprimentar seu público no meio do setlist.
O californiano ainda ousou homenagear seu público espanhol, cantando o refrão de ‘Scars’ em espanhol.
Canções mais clássicas como ‘Dead Cells‘ ou ‘Broken Home‘ não ficaram sem resposta. O show foi bem variado, e surpreendente, pois além de fazerem os covers citados anteriormente, contaram com a colaboração de Jason Salon Butler, vocalista do Fever 333, que ajudou Shaddix a cantar ‘Swerve’; antes de se despedir com o mítico ‘My Last Resort’.
Text Maria Gutierrez
SLIPKNOT: O Iowa 8 conseguiu lotar o palco principal. Sem nem um pouco de ar circulando entre os presentes, a banda se escondeu atrás da grande tela com seu logotipo que, ao cair, mostrava o vídeo macabro que fizeram para apresentar seu novo álbum. Depois disso, ‘The Blister Exists‘ deixou os participantes histéricos, que esbanjaram toda a energia que não gastaram durante este grande dia de sexta-feira. Como segundo curso, apresentaram a mais nova ‘The Dyimg Song (Time To Sing)‘, onde Corey Taylor conseguiu aderir ao seu repertório vocal, entoando perfeitamente as partes melódicas.
Sem dúvida esta oportunidade foi de ouro, há que ter em conta que recentemente dois membros da banda tiveram de sair, por um lado, Craig Jones, cujos motivos da saída não foram explicados. Do outro, Clown, que teve que sair dessa turnê para poder cuidar de sua esposa. No entanto, os vermes de Iowa.
Text Maria Gutierrez
O show do KADAVAR me lembrou aquele stoner clássico como o tema “Last living dinosaur”, muito da época do woodstock, obviamente não havia tanto público quanto os cabeças, mas seriam cerca de cinquenta pessoas que os viam com interesse e entusiasmo, e nós gostamos de die baby die, máquina do Juízo Final ou sálvia roxa.
Text Javier Fernandez
DIA 4
DIABVLVS IN MUSICA:Foi inaugurado no último dia pelo grupo espanhol de metal sinfónico, e não deixo dúvidas de que em disco e ao vivo eles fazem de sua música uma autêntica fantasia como seu otoi, um incrível invisível, sua grande “Inner force” ou “The voice of your dreams“.
Text Javier Fernandez
BROTHERS TILL WE DIE: Uma das melhores dos palco princial dos grupos espanhois com músicas como “Hand to hand” ressoou na principal, Alicia mostrou porque está na banda, não só como baixista mas também apoiando a voz de Felipe que mais do que atendeu minhas expectativas, o público ficou de cabeça para baixo com seu som e tocando magistralmente músicas como “Path of fire“, “Agony loves me” ou “Blood for blood” eles demonstraram seu sentimento com o povo.
Text Javier Fernandez
OSCURO OCULTO: Foi um concerto que me deixou um pouco frio, o guitarrista e vocalista salvou com maestria os seus problemas de voz, mas o palco era muito grande para os 2 componentes, e o som caiu em alguns momentos do concerto tocaram músicas como a máscara, o ritual, caminho.
Text Javier Fernandez
POLAR: É com muita tristeza que se deve admitir que os britânicos Polar não deram o seu melhor concerto. Apesar de não ser comum, por se tratar de uma banda formada por grandes músicos, a apresentação soou muito ruim do começo ao fim. Dias depois, a banda informou aos fãs via Instagram que foram falhas técnicas, bem como pediu desculpas aos fãs. A banda ficou bastante decepcionada durante todo o show, assim como o público. Um ambiente de desconforto bastante notório foi gerado, e a banda também encerrou o show mais cedo.
Text Maria Gutierrez
CEMICAN: Os mexicanos deram tudo, até realizaram um ritual tocando a música com o mesmo nome para abençoar o festival e os participantes sua encenação tribal e pré-hispânica, canções como “Yòok lo kaab maya” ou sua mítica quando os mortos suspiram.
Text Javier Fernandez
RISE OF THE NORTHSTAR: Depois de passar pelo festival em 2018 e cair na conta do ano passado, chegou a vez do samurai Rise Of The Northstar. Vestidos com trajes brancos com tema japonês, eles continuaram sua técnica usual de cobrir seus rostos com máscaras pretas. Ousados, ferozes e carregados de energia, eles viraram o palco principal de cabeça para baixo desde a primeira música, ‘The Anthem‘. Com moshpits incessantes, rodas de roda o tempo todo e um público dando tudo de si neste último dia de festival, os do interior francês não hesitaram em tocar grandes nomes de seu repertório como ‘Here Comes The Boom’, ‘Espírito Samurai‘ ou ‘Nekketsu‘
Text Maria Gutierrez
EVILE: Tem aquele thash antigo que eles tanto gostam combinado com a new wave, e eles equilibram perfeitamente, o público desde a primeira música, gore fazendo pits, e a banda apreciou colocando mais chicotadas das mesas com músicas como nos sonhos de terror, medo ou a aparência do inferno no inferno desencadeado.
Text Javier Fernandez
SOULFLY: Liderados pela lenda viva Max Cavalera, o grupo destrocçou tudo que podia ver pela frente. Por si só a presença do antigo vocalista do Sepultura já chama atenção. É notório que o talento esta intacto, assim como sua presença de palco, a idade já é visivel, mas não impede do vocalista fazer grandes apresentações.
Em uma longa tour, o grupo não demonstrou cansaço, interagiu com o público, tocou clássicos e flertou com o Sepultura, tocando “Refuse Resist“.
Max em muitas ocasiões se dirigiu em espanhol ao público para gerar proximidade, sempre atendida pela platéia.
Abriram com “Back to the Primitive” seguido por “No Hope = No Fear“, o mosh prontamente foi aberto ao peso do Groove Metal e Thrash desempenhado pelo grupo.
Foi uma das principais atrações do dia.
Text Iúri Cremo
ALEA JACTA EST: Os franceses foram anunciados de última hora, e mesmo assim prepararam um setlist de peso. Trouxeram seu hardcore beatdown com metal para estremecer o Chaos Stage.
A banda que nos deu uma entrevista e em breve será públicada, abriram com “A SWORD CALLED REVENGE“, que foi suficiente para criar-se um verdadeiro caos. “From SIlence i Rise” e “2 Words 1 finger” deram sequência a mais um mosh repleto de meninas, bonito de se ver o respeito entre todos e de poderem se divertir em comunhão.
Ao total foram 12 petardos, incluindo seu ultimo lançamento, o single “FFWF“, simplesmente surreal!
Text Iúri Cremo
DESAKATO: Na despedida de um dos grupos mais queridos pelo público já que é o espanhol e principalmente da minha amada Astúrias, houve momentos de lágrimas por ser a última ou as últimas vezes que eles estarão no palco, e é por isso que eles tiveram um amplo repertório de sua carreira, temas como “Cuando alga el sol” que eles tocaram no início, a cura que foi entoada por toda a tenda como todos os outros, ou “Ira de los hambrientos”, deixou alguém como eu que foi minha primeira vez , e que mal os tinha ouvido, de boca aberta e emocionado com o grande trabalho que tinham feito, e é que uma despedida como esta é digna de elogios para qualquer banda.
Text Javier Fernandez
ME FRITOS & THE GIMME CHEETOS: Acabaram de fechar o festival com uma tremenda festa, tocando “Ave maria, waka waka”, a canção do “Velero de nino brabo“, o sua “Camela or dia”, o povo estava eufórico com os asturianos a pedir que para o ano sejam chefes de cartaz.
Text Javier Fernandez
Foi um grande festival, com boas mudanças, também sofreu com reclamações por roubos, ou mesmo por chuva no camping (Estas atendidas para pronta solução)
Provavelmente foi a edição com maior assistência (Não recebemos os números oficiais ainda).
FOTOS PÚBLICO:
CRÉDITOS A: @photos.iuri / @cremo_iu | @culturaempeso
FOTOS BANDAS: