O mês de fevereiro começou com o pé direito para os fãs de metal! O RCA Club, em Lisboa, foi o palco de mais uma edição do Slax Metal Fest, realizado no dia 1 de fevereiro, com a organização da Slax Eventos.
O evento reuniu sete bandas nacionais de peso, proporcionando uma experiência excelente para os presentes, que puderam se surpreender com diferentes sonoridades e estilos do metal. Confira os detalhes de cada apresentação!
Elderstag
A primeira parte do Slax Metal Fest começou com a estreia ao vivo da banda Elderstag, que subiu ao palco por volta das 16h30. Apesar de uma sala ainda um pouco vazia, o grupo rapidamente conquistou os presentes com sua sonoridade intensa e envolvente. Com membros de bandas como The Chapter e Voidust, a banda mostrou que tem muito a oferecer, apresentando faixas de seu álbum auto-intitulado, lançado em janeiro de 2025.
A apresentação começou com a faixa “Dehumanized”, que despertou a atenção dos presentes, que ficaram focados para absorver o som da banda. A sequência com “The Grand Transformation” e “Vicar Of Nature” fez com que as primeiras reações começassem a surgir, com o público se entregando ao som e batendo cabeça. A energia só aumentava com faixas como “Hell And Back” e “King Of Yourself”, até que a banda encerrou com a poderosa “The Shepherd”, sendo ovacionada ao final.
O grupo, afiado e bem ensaiado, entregou uma performance técnica e coesa. Para uma estreia nos palcos, Elderstag mostrou que tem muito potencial. A mistura de elementos do metal clássico e moderno, com uma boa dose de melodia e intensidade, promete muito para o futuro. Sem dúvida, essa estreia é apenas o começo de uma jornada promissora para a banda. Com uma técnica refinada e entrosamento impecável, certamente vamos ouvir mais sobre eles!
Setlist: 1. Dehumanized | 2. The Grand Transformation | 3. Vicar Of Nature | 4. Hell And Back | 5. King Of Yourself | 6. The Shepherd
Apocalypse Conspiracy
Por volta das 17h30, foi a vez dos Apocalypse Conspiracy subirem ao palco do RCA Club pela primeira vez, trazendo consigo sua mistura de Thrash Metal e Metal Moderno. Apesar de a sala ainda estar um pouco vazia, a banda foi calorosamente recebida pelo público presente, que rapidamente se entregou ao som direto e impactante do grupo.
Com base no álbum auto-intitulado lançado em setembro de 2023, o setlist começou com a faixa “Resist”, seguida de “Virus” e “Deathwatch”. O público, que antes observava atento, logo começou a interagir ativamente, batendo cabeça e levantando as mãos. O show foi escalando em energia, com faixas como “Servant Of Evil” e “Bloodshed”, que mantiveram a animação em alta. Mas foi na última música, “Anonymous”, que a conexão com a banda atingiu seu ápice, com o público cantando junto os refrões.
A banda demonstrou uma performance muito entrosada e de grande técnica, confirmando que, além de músicos habilidosos, sabem como cativar o público. Comparei com sua performance no Laurus Nobilis no ano passado, em que estive presente, e posso afirmar que a banda está ainda mais afiada e confiante. Profissionais, técnicos e carismáticos, saíram do palco aplaudidos e elogiados.
Setlist: 1. Resist | 2. Virus | 3. Deathwatch | 4. Democracy Fail | 5. Reaper | 6. No One Wins | 7. Servent Of Evil | 8. Bloodshed | 9. Anonymous
Shadowmare
Às 18h30, com o RCA Club já ganhando mais público, foi a vez dos Shadowmare tomarem o palco. Conhecidos por suas letras sombrias, riffs poderosos e longos solos instrumentais, a banda logo cativou a todos com sua performance.
Iniciaram com a pesada “The Blackened Road”, seguida de “Reflection Of Year”, onde o público, atencioso, acompanhou cada nuance instrumental com grande apreço. Em “Beneath The Deadly Cold”, os solos de baixo e guitarra conduziram a plateia a um estado de transe, mas logo começaram a reagir com palmas e gritos de aprovação. Com “Mirror’s Nightmare”, as cabeças começaram a balançar, e em “Absolute Order”, o primeiro mosh do evento tomou conta do público. A apresentação culminou com “Mental Guests”, deixando o público satisfeito e impressionado.
A banda se destaca pelo vocal pesado, bateria robusta, solos de guitarra intensos e virtuosos, e um baixo estridente que rouba a cena. Seu som é uma mistura ousada, que lembra um power metal, misturando-se com groove e elementos modernos, e o vocal cria um contraste quase desconexo com as melodias, e isso é muito interessante. Mas, acima de tudo, o que impressiona é a técnica cirúrgica e a precisão dos músicos, mostrando um nível de habilidade que é difícil de ignorar. Uma apresentação que, sem dúvida, deixou sua marca!
Setlist: 1. The Blackened Road | 2. Reflection Of Year | 3. Beneath The Deadly Cold | 4. Mirror’s Nightmare | 5. Hellish Outcast | 6. Absolute Order | 7. Mental Guests
EnChanTya
O After Dinner do Slax Metal Fest teve início por volta das 20:05, com a presença dos EnChanTya, que continuam a promover seu álbum Symphony of Cerberus. A banda, conhecida por sua fusão de metal sinfônico e gothic metal, trouxe uma apresentação visualmente impactante, recheada de energia e emoção.
O setlist começou com uma intro envolvente que preparou o público, que logo se reuniu à frente do palco, demonstrando grande empolgação. O show estourou com “All Down In Flames”, gerando gritos de alegria, e seguiu com “Last Moon Of March”, “She Devil” e “From The Ashes”. O destaque da performance, além dos vocais poderosos de Rute Fevereiro, foi a presença do violinista Miguel Berkemeier, cujas atuações emocionantes com o violino encantaram o público, que aplaudia sempre que ele se aproximava da frente do palco.
Mantiveram a empolgação com faixas como “Alone”, “Anima”, “Collective Souls”, e em “The Beginning” o público cantou, bateu cabeça e dançou com entusiasmo. A tão aguardada e já pedida por algumas vezes pelo público durante a apresentação, “Existence”, entrou fazendo a malta vibrar. Para fechar com chave de ouro, “Inward” trouxe um clima de euforia, com moshs espontâneos se formando e grande interação da banda com o público.
Com uma apresentação incrível, mesmo com um pequeno ajuste no início do som, onde a voz estava um pouco baixa, o alcance vocal de Rute, que transita entre o lírico e o gutural, fez com que nada fosse capaz de tirar a magia do show. A banda saiu ovacionada!
Setlist: 1. All Down In Flames | 2. Last Moon Of March + She Devil | 3. From The Ashes | 4. Alone | 5. Anima + Collective Souls | 6. The Beginning | 7. Dark Rising | 8. Existence | 9. Inward
Revolution Within
Por volta das 21:20, a energia do Revolution Within tomou conta do palco. Comemorando 20 anos de carreira, a banda entregou um show carregado de groove e thrash metal de altíssimo nível, criando o auge da noite. A sala estava bem mais cheia, com o público visivelmente empolgado, aguardando ansiosamente o momento.
Com um setlist que viajava pelos seus álbuns ao longo dos anos, a apresentação começou com a poderosa “Back From The Shadows” e seguiu com “Chaos”, que deu início aos mosh pits e não parou mais. Uma participação especial de Sérgio Afonso (Bleeding Display) na faixa seguinte, “Days of Anger”, foi um momento marcante, acompanhado de um circle pit que foi prontamente atendido pelos fãs. O show continuou com “From Madness To Sanity”, “Revenge Now” e “You Will Burn”, preparando o público para o próximo ápice.
Em “Pull The Trigger”, o público deu um show à parte, com crowd surfings e a energia a mil. Na reta final, com “Pure Hate”, outro wall of death se formou, seguido de “Silence” e o fechamento com “Surrounded By Evil”, consolidou o show como o ápice da noite, revelando um público fiel e emocionado, celebrando o marco de 20 anos de história da banda.
Revolution Within fez jus à sua experiência e trajetória, oferecendo uma apresentação cheia de técnica, brutalidade e uma energia e carsima imbatíveis. O show foi sensacional, e a emoção do público, que vibrou a cada acorde, deixou claro o respeito e a admiração que a banda conquistou ao longo de sua carreira!
Setlist: 1. Back From The Shadows | 2. Chaos | 3. Days Of Anger | 4. From Madness To Sanity | 5. Revenge Now | 6. You Will Burn | 7. Pull The Trigger | 8. Take You Down | 9. Pure Hate | 10. Silence | 11. Surrounded By Evil
Attick Demons
Por volta das 22:40, os Attick Demons, veteranos do heavy metal tradicional com mais de duas décadas de carreira, assumiram o palco como o primeiro dos headliners. Conhecidos por sua sonoridade que remete aos grandes clássicos dos anos 80, a banda trouxe ao público uma performance energética que mesclava energia e nostalgia, lembrando também os saudosos Iron Maiden.
Com um setlist que ultrapassou uma hora de apresentação e três álbuns completos na bagagem, a banda abriu o show com a intensa “Circle of Light”, seguida de “Make Your Choice” e “City of Golden Gates”. Embora a primeira faixa tenha apresentado uma voz mais baixa, a qualidade rapidamente se ajustou, e logo o público já cantava junto e vibrava com a energia inconfundível da banda. A apresentação foi marcada pela carisma de Artur Almeida, o vocalista, cujo alcance e potência vocal impressionam a todos.
A noite seguiu com temas como “Flame of Eternal Knowledge”, “Dark Angel” e “Moonlight Walks”, com a energia crescendo a cada música. À medida que mais pessoas se aproximavam do palco, a interação com o público aumentava, e Artur não perdeu a oportunidade de engajar a plateia, incentivando-a a cantar junto e a criar belos coros.
O momento de maior euforia veio com o cover de “Wasted Years” dos Iron Maiden, que fez o público ir à loucura e cantar com todo fervor. A fase final do show trouxe “Thank You”, “O Condestavel” e culminou com a energética “Atlantis”, encerrando o show em grande estilo, com um público totalmente envolvido e se divertindo muito. Foi uma verdadeira festa!
Setlist: 1. Circle Of Light | 2. Make Your Choice | 3. City Of Golden Gatens | 4. Flame Of Eternal Knowledge | 5. Dark Angel | 6. Moonlight Walks | 7. Let’s Raise Hell | 8. Desert Rose | 9. Contract | 10. Ghost | 11. Endless Game | 12. (I’m So) Wasted Years – Iron Maiden Cover | 13. Thank You | 14. O Condestavel | 15. Atlantis
Godiva
Já passava da meia noite quando os Godiva subiram ao palco para encerrar o Slax Metal Fest com seu show intenso, teatral e cheio de carisma. A banda tem percorrido a Europa promovendo seu mais recente álbum, Hubris (lançado em fevereiro de 2023), e mais uma vez entregou uma apresentação impecável, tanto visualmente quanto musicalmente.
Apesar do horário tardio e de uma plateia um pouco reduzida, os fãs que resistiram até o fim foram recompensados com um show explosivo. Sempre interagindo com o público, os membros da banda perguntavam se ainda havia energia, ao que recebiam um sonoro “NÃO!” para qualquer sugestão de cansaço.
O setlist começou com a poderosa “Faceless”, seguida de “Death Of Icarus” e “Hollow Within”, envolvendo rapidamente o público em sua atmosfera intensa. Um dos momentos mais divertidos foi quando André Matos brincou com a pronúncia do nome do evento, perguntando se era “SlaCS” ou “SlaSH”, arrancando risadas da plateia.
A energia só crescia com “The Meaning Of Life”, “Empty Coil”, “Hubris”, “Godspell” e “Oblivion”, essa última desencadeando os primeiros mosh pits da noite. Mas o verdadeiro caos veio com “Midia God”, quando Animal, o baterista, saiu do kit para instigar o público a formar um wall of death, ordenando “MATEM-SE, EU VOU ESTAR LÁ ATRÁS A VER!”. O resultado? O RCA veio abaixo! Para completar, André Matos desceu do palco e se jogou na roda.
“Black Mirror” manteve o nível de destruição, com um circle pit que varreu a pista. A banda encerrou com “All Seeing Eye”, garantindo que o público usasse suas últimas forças em um final épico.
Foi, sem dúvida, uma apresentação que sintetizou tudo o que o Godiva representa: técnica impecável, presença de palco hipnotizante e uma interação incrível com o público. Um encerramento à altura!
Setlist: 1. Faceless | 2. Death Of Icarus | 3. Hollow Within | 4. The Meaning Of Life | 5. Dawn | 6. Empty Coil | 7. Hubris | 8. Godspell | 9. Oblivion | 10. Media God | 11. Black Mirror | 12. Superbeast | 13. All Seeing Eye