O terceiro dia do Sonic Blast 2024 manteve o público em êxtase, mesmo após dois dias intensos de shows. A energia estava alta, e ninguém parecia sentir o cansaço. O festival encerrou em grande estilo, com performances épicas que deixaram todos ansiosos por mais!
GREAT FOOL
Abrindo o terceiro dia no Palco 3, a banda local Great Fool teve a missão de esquentar o público, e fez isso com maestria.
Divulgando seu álbum de estreia, “Resist”, lançado em abril deste ano, eles trouxeram um stoner rock de altíssimo nível, fortemente influenciado pelos anos 70. O som dançante e enérgico contagiou a plateia, que não resistiu e começou a dançar e bater cabeça logo no início. Foi o início de dia poderoso e cheio de vibração!
GAYE SU AKYOL
Abrindo o Palco Principal, Gaye Su Akyol trouxe ao festival uma performance que exemplificou a riqueza da diversidade sonora do festival. Com sua música, uma fusão hipnótica das paisagens sonoras da Turquia contemporânea com influências de rock psicodélico e eletrônico, Gaye criou uma atmosfera envolvente e única, onde elementos tradicionais e modernos se encontraram em perfeita harmonia.
A voz de Gaye, hipnótica e poderosa, guiou o público em uma viagem sensorial, com todos dançando sob o calor intenso. Sua presença no palco era magnética, prendendo a atenção de todos os presentes, que se deixaram levar pela vibração das músicas. O público, curioso e imerso, dançou e curtiu cada momento, mostrando o quanto estavam envolvidos pela performance.
Com uma execução impecável, tanto vocal quanto instrumental, provou que a diversidade no Sonic Blast não só é bem-vinda, mas essencial para o sucesso do festival. Sua apresentação elevou a energia do público, deixando todos impressionados e ainda mais animados para o restante do dia.
THE OBSESSED
Abrindo o Palco 2, os veteranos americanos do The Obsessed entregaram um set poderosíssimo. Misturando Heavy, Doom, Stoner e Hard Rock, a banda criou uma atmosfera densa e envolvente com seus riffs de guitarra pesados, batidas lentas e vocais carregados.
A apresentação foi uma verdadeira jornada pelos reinos sombrios do doom metal, e o público reagiu com entusiasmo. Tocando clássicos como “Brother Blue Steel” e hits como “Tombstone Highway” e “The Way She Fly”, os The Obsessed provaram que, com a experiência, vem a capacidade de mostrar como se faz um verdadeiro show de rock.
BRANT BJORK TRIO
O palco principal foi dominado por Brant Bjork Trio, um verdadeiro ícone do stoner rock. A expectativa era palpável com a casa cheia e a plateia fervendo. Desde o início, a apresentação foi uma explosão sonora que misturou stoner rock, blues e rock psicodélico. A banda construiu uma atmosfera densa e envolvente, com riffs pesados e ritmos profundos que transportaram o público para um universo sonoro único. Cada acorde e batida criaram uma sensação quase mística, levando todos a um transe coletivo.
O cenário era uma ode ao deserto, com um palco que refletia a vibe característica dos anos 70. As luzes e visuais acompanharam perfeitamente a música, enquanto a combinação de guitarra poderosa, baixo estrondoso e batidas pulsantes fazia a plateia dançar e cantar em alto e bom som. Hits como “Mary (You’re Such a Lady)” mostraram a maestria da banda em criar grooves irresistíveis, que relaxavam os músculos e animavam o público ao mesmo tempo.
O público estava eufórico, refletindo a satisfação e o prazer proporcionados pela apresentação impecável. A banda deixou um legado duradouro na memória dos presentes, fechando a apresentação com um dos momentos mais memoráveis e celebrados do evento.
NIGHT BEATS
No Palco 2, o trio americano Night Beats ofereceu uma performance memorável, mergulhando o público em uma viagem sonora pelos anos 70/80. Combinando estética vintage, batidas R&B e uma sensibilidade psicodélica, a banda capturou a essência da era, criando uma experiência envolvente e nostálgica.
A cada música, o recinto se enchia de energia, com a plateia dançando e se entregando ao som contagiante. A técnica impecável dos músicos e os longos solos de guitarra mantiveram todos em transe, enquanto o carisma e a alegria da banda tornaram a apresentação uma verdadeira festa imersiva.
SLIFT
No palco principal, o grupo francês Slift ofereceu uma performance que transcendeu a experiência convencional de um show ao vivo, deixando todos quase sem palavras. Com uma combinação irresistível de riffs de guitarra hipnóticos, ritmos pulsantes e texturas sonoras expansivas, a banda criou um espetáculo visual e auditivo impressionante. Com um cenário colorido e vibrante que complementava a intensidade do som, criaram uma atmosfera envolvente.
Faixas como “Ummon” e “Ilion” mesclaram a estética psicodélica dos anos 70 com um toque moderno, e as duas vozes potentes da banda se harmonizavam perfeitamente. A energia do público refletiu tudo isso. Com as mãos levantadas e corpos em movimento, muitos estavam tão empolgados que chegaram a assistir em cima dos ombros de outros fãs. Além disso, como já esperado: mosh pits e crowdsurfings também dominaram o espaço.
A presença de palco da banda foi feroz e cativante. A intensidade e o carisma dos Slift elevaram o padrão do festival, deixando uma marca memorável, e esse show foi destacado como uma das apresentações mais memoráveis deste dia.
HIGH ON FIRE
Ainda no Palco Principal, a tão esperada apresentação dos High On Fire finalmente chegou, prometendo um espetáculo de stoner rock feroz e energético. A expectativa era visível, e a banda fez a introdução com a épica “Karanlık Yol”, criando um suspense que elevou a adrenalina dos fãs. Quando “Burning Down” entrou em cena, o som potente do show fez com que a voz de Matt Pike se perdesse um pouco na mixagem, mas isso não diminuiu a empolgação dos fãs. O cenário impressionante e a energia visceral da banda contribuíram para uma experiência avassaladora, que rapidamente evoluiu para mosh pits e crowdsurfings durante todo o show.
À medida que avançavam o setlist, com a terceira faixa “Hung, Drawn and Quartered”, a qualidade do som melhorou, tornando a voz de Pike mais clara e permitindo que a performance alcançasse novas alturas. Cada música seguinte intensificava a euforia da plateia, especialmente com o hit “Rumors of War”, que provocou uma explosão de entusiasmo e mosh pits ainda mais intensos. A banda ajustou o som perfeitamente, levando o público a um frenesi total.
O show foi um triunfo absoluto, marcado por uma presença de palco carismática e uma sintonia perfeita entre os integrantes. A apresentação não apenas viveu até as expectativas, mas as superou, deixando os fãs exultantes. O fechamento foi caracterizado por um ato divertido, com a banda jogando baquetas, palhetas e até lata de cerveja para o público. Foi um sucesso!
FUGITIVE
De volta ao Palco 2, a noite ganhou uma nova intensidade com a chegada dos Fugitive, uma banda que trouxe um furacão de metal extremo para manter a energia no auge. O grupo texano trouxe um dos melhores exemplos de Thrash Metal/Crossover que já ouvi em tempos recentes, marcando uma das apresentações mais impactantes do festival. A combinação instrumental implacável com o vocal poderoso e feroz de Seth Gilmore fez com que o público se entregasse completamente à experiência, sem tempo para pausas ou respiros.
Os Fugitive foram a escolha perfeita para manter o ímpeto da noite, especialmente após o frenético show anterior. Com uma presença de palco avassaladora, a banda fez com que ninguém ficasse parado, mesmo após horas de festividades. Faixas como “Raise The Dead” e “Blast Furnace” demonstraram a força e a técnica da banda, criando uma atmosfera de pura intensidade e caos sonoro. Foi uma exibição brutal e direta ao ponto. Particularmente: exatamente como eu gosto!
WINE LIPS
No encerramento no Palco Principal ficou por conta dos canadenses Wine Lips, os headliners da noite. A banda, conhecida por sua energia contagiante e garage punk rock vibrante, fez jus à sua reputação com uma performance eletrizante. O recinto estava lotado de fãs fervorosos que mal podiam esperar para ver a banda ao vivo. Com um setlist repleto de hits como “Get Your Money”, “Choke” e “Six Pack”, os Wine Lips mantiveram o público em alta, proporcionando uma experiência inesquecível.
Durante o show, a vibração era ininterrupta. O público não ficou parado um só momento; havia uma constante mistura de dança, canto e agitação. Os crowdsurfings e mosh pits foram incessantes, com a energia da plateia alimentando a intensidade da apresentação.
Mesmo aqueles que, exaustos, decidiram se afastar um pouco da multidão, não puderam ficar parados diante do som, e cantaram e dançaram muito. A performance dos Wine Lips não só energizou a plateia até o último minuto, mas também consolidou sua posição como uma das grandes atrações do festival. O show foi um fechamento perfeito, deixando todos felizes e com aquele gosto de “quero mais”, sendo assim ovacionados ao final!
COBRAFUMA
Fechando o Palco 2, os locais Cobrafuma deram um show eletrizante que manteve o público vibrante e cheio de energia. A banda, com sua mistura explosiva de punk, hardcore, thrash, sludge e rock and roll clássico, criou a receita perfeita, impossível de ser ignorada, perfeita para muitos saltos, mosh pits e os tradicionais crowdsurfings, que com certeza dominaram todo o festival!
O som da banda é um verdadeiro “veneno” poderoso, com uma intensidade inigualável que garante uma experiência marcante. Lançaram seu primeiro álbum no ano passado, e ele foi o peso necessário para um set matador. Cobrafuma trouxe uma performance que foi pura adrenalina. Uma verdadeira obra-prima, eu diria!
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O Sonic Blast 2024 foi uma experiência inesquecível, com um Pré-Fest e três dias de festividades intensas e diversificadas.
Foi um privilégio assistir a tantas bandas excepcionais, com uma diversidade tão grande.
Desde realizar o sonho de ver artistas queridos até descobrir novos talentos, o festival superou todas as expectativas que eu tinha. Todos os participantes, assim como eu, retornaram para suas casas com a paixão renovada e ansiosos pela próxima edição.
Obrigada, Sonic Blast! Até 2025!