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After Movie Z!

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ZLIVE ROCK FEST 2023 

O festival desponta entre os maiores da Espanha, a cada ano ganha mais público e notoriedade.

Localizado em Zamora, a aproximadamente 45 min de Salamanca, é o único grande evento a apostar no Heavy Metal em toda região.

Nesta edição houve pontos altos e pontos baixos que devem ser mencionados, imprevistos e talvez “falta de logística” da produção em se atentar há alguns pormenores, cooperação e paciência do público que se tornaram uma grande festa ao final.

Camping Olivares Zlive Rock Fest – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

O festival teve três zonas de camping, denominadas como Olivares, Cabañales e Glamping, sendo as últimas duas no mesmo lugar.

Ambas zonas tinham geradores de energia para banho de apenas 50 litros, que era incapaz de manter agua quente por mais de 2 horas devido o fluxo de tantas pessoas.

Por outro lado na zona de Cabañales e Glamping houve reclamação de falta de água.

Por parte da organização houve sempre a busca de resolução dos problemas, em Olivares por exemplo o gerador foi trocado, resolvendo em parte o problema da água fria.

Zonas com árvores, bem organizadas, com segurança e tranquilas.

 

O primeiro dia que costuma ser uma prévia do Festival em Zamora, acontece na cidade de Toro.

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Denominado “Toro on the Rocks“, o dia foi cancelado por uma forte tormenta impossibilitou acontecer os shows, e com isso “Trallery“, “Legion“, “Doro” e “Jelusick” não puderam tocar no evento.

Em comunicado oficial através do Instagram do evento a produção comentou o corrido:

COMUNICADO OFICIAL: TORO ON THE ROCKS SE SUSPENDE POR LA LLUVIA, PERO EL Z! LIVE SIGUE ADELANTE

Este es un post que desearíamos no tener que escribir. Hemos hecho todos los esfuerzos necesarios y hemos esperado hasta el final, pero la lluvia que cayó en Toro ayer y que continúa hoy no nos permite celebrar Toro on the rocks.”

Comunicado completo aqui : https://www.instagram.com/p/CtL6qzssB1y/

O festival proporcionou alguns acústicos durante os dias de evento, as bandas que fizeram as apresentações foram Celtibeerian, Argion e Sylvana na “Plaza de la Marina“.

 

EVENTO EM ZAMORA

Se bem as previsões não davam muita esperança o Festival seguiu como se podia, e com mais de 3 horas de atraso pode-se dar inicio.

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Pela primeira vez se utilizou a estrutura de IFEZA, que contava com uma ŕaea externa e interna (Coberta), o que gerou muitos questionamentos a produção, do porque não foi colocado o “plano B” em ação, sabendo que a previsão se mantinha com fortes chuvas?

Provavelmente por contratos? O evento é Open Air e não se devia levar para uma área coberta? Questões que só quem esta do lado de produzir deve lidar, e não são fáceis de se decidir como se parece, muita coisa entra em jogo, e quem nunca produziu deduz ser muito fácil de controlar, as vezes não é, além da pressão  de se tomar decisões em poucos instantes.

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Falando ainda sobre o local, havia área de merch oficial, lojas independentes, uma área diversificada de alimentação, muitos postos de bebida, e varias e varias mesas e cadeiras para se alimentar ou simplesmente descansar.

Os acessos aos banheiros foram separados, e é um ponto positivo, havia uma barreira entre os banheiros masculinos e femininos, não ocasionando nenhum tipo de problemas a privacidade.

Foi um festival literalmente para todas as idades, de crianças a idosos, todas as faixas etárias foram representadas, num ambiente ao mesmo tempo que jovem, porém também familiar.

 

DIA 1

As bandas  “The Broken Horizon“, “Diabulus in Musica“, “Rise to Fall” e “The Heretic Order” tiveram suas apresentações canceladas.

Marc Lopes – Ross The Boss – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Ross The Boss foi a primeira banda do dia, e com um peso nas costas, tinham de suprir a ansiedade de milhares de pessoas, acalmar animos e dar um “bom pontapé inicial.

O grupo que é liderado por “Ross The Boss” fundador do Manowar, e tem 5 álbums editados, apostou numa não esperada, mas compreensível e que de fato deu certo.

Tocaram duas músicas próprias e 9 músicas do Manowar. De show que se esperava músicas próprias presenciamos praticamente um tributo a Manowar….

Set List:

Blood of the Kings
The Oath (Manowar Cover)
Sign of the Hammer (Manowar Cover)
Thor (The Powerhead) (Manowar Cover)
Wheels of Fire (Manowar Cover)
Kings of Metal (Manowar Cover)
Black Wind, Fire and Steel (Manowar Cover)
Heart of Steel (Manowar Cover)
Battle Hymn (Manowar Cover)
Fighting the World (Manowar Cover)
Hail and Kill

SepticFlesh – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

 

Na sequência e de forma veloz , dava-se a indicação que as trocas de turno entre os palcos seriam rápidas.

Fez-se a última nota em Ross The Boss, iniciou em Sepitc Flesh uma grande apresentação, mas que por outro lado teve inúmeras paradas.

Seth vocalista e baixista liderou uma apresentação dos gregos de forma excelente, uma apresentação onde houve menos agito por parte do público, a banda foi mais analisada que acompanhada em sua apresentação.

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Abrindo com “Portrait of a Headless Man“, entre as pausas forçadas, tocaram músicas de sua carreira, entre clássicos e sons do último disco lançado “Modern Primitive“.

Era das bandas mais esperadas da tarde e por isso concentraram muita gente  frente do seu palco, minuciosamente cuidado visualmente para o seu show.

Destaque para “The Vampire from Nazareth” que teve apoio massivo da multidão.

Esperava-se mais do Doom/Death dos gregos que em alguns momentos soou um pouco morno, e em outros momentos espectacular.

Setlist:

Portrait of a Headless Man
Pyramid God
Neuromancer
The Vampire from Nazareth
Hierophant
Martyr
Communion
A Desert Throne
Anubis
Dark Art

Symphony X – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Um dos principais nomes do Monsters of Rock do Brasil este ano, desembarcou em Zamora com muita pólvora. Os norte americanos do Symphony X, referência no metal progressivo iniciaram com “Nevermore“, seguido por “Sea of Lies” & “Dehumanized“.

Amplamente ovacionados eles continuaram colocando a o público para cima e esquentando a noite Zamorana. Em “Run With the Devil” o ápice do show o público foi ao seu maior extase.

Set List:

Nevermore
Sea of Lies
Dehumanized
Evolution (The Grand Design)
Without You
Kiss of Fire
Run With the Devil
Serpent’s Kiss
Set the World on Fire (The Lie of Lies)

 

Amorphis – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Certamente foram um dos destaques desta noite, sem sombras de dúvidas.

Os finlandeses fizeram um show repleto de peso, energia e carisma! O grupo criado no inicio dos anos 90 tem experiência de sobra para liderar qualquer tipo de situação, e sob a liderança de Joutsen trouxeram um verdadeiro caos sonoro da melhor qualidade a Zamora.

Eles trouxeram uma experiência mais nostálgica de sua carreira, levando em conta que so tocaram duas músicas de seu último disco “Hallo“, que foram “The Moon” & “On the Dark Waters“.

Com a entrada triunfal de “Northwards” já se pressentia o terremoto que viria, provocando gritos e euforia no público que os esperava com ansiedade.

Destaque para “The Four Wise Ones” que brindou uma apresentação por excelência, a banda envelhece como vinho.

Michael Schenker Group – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Um show feito para clássicos, para as gerações antigas sentirem o gosto da sua época, e para as novas gerações verem que um bom metal nunca envelhecerá.

Entre os grandes clássicos de Michael Schenker Group , “Doctor Doctor” leva o troféu, com mais de uma hora de apresentação, eles deram aulas, como em “Let It Roll“, “Sail the Darkness” ou “Assault Attack“, com um dos guitarristas mais importantes de todos os tempos, é claro que haveria show a parte!

Into the Arena
Cry for the Nations
Doctor Doctor
Looking for Love
Lights Out
Red Sky
Shoot Shoot
Sail the Darkness
Let It Roll
Emergency
Natural Thing
Armed and Ready
We Are the Voice
Assault Attack
Rock Bottom

 

Baron Rojo – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

As luzes estão próximas de apagar, e uma lenda caminha para seu descanso.

Baron Rojo dá seus últimos atos de carreira e no palco sente-se o desgaste, por mais que o grupo tenha feito um brilhante show, não se sentiu tanta emoção.

Certamente um dos nomes de maior influência no metal espanhol, de respeito e carisma, os irmãos Castro demonstraram porque por mais de 40 anos seguem sendo referência num estilo tão exigente.

 

Lepoka – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

 

O Folk Metal se fez presente e sempre de altista qualidade, divertido e de grande interação com o público presente.

A banda espanhola Lepoka mostrou-se pesada e preparada para as adversidades, seu  show foi interrompido pela  chuva.

 

 

DIA 2

Foi o dia mais castigado pela chuva, e neste dia sim, se rogou bastante um plano B.

Eluveitie – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Neste dia tocaram as bandas Kritter, Jolly Joker, Omnium Gatherum e El Altar del Holocausto.

Finalizado o show de “El Altar del Holocausto”, a natureza proibiu a continuação dos concertos, uma grande tormenta chegou e obrigou todo público ir ao galpão IFEZA.

Após algumas horas de espera a produção anunciou que a banda Suiça Eluveitie se prontificou a fazer um rápido acústico,  o que foi uma bela atitude da banda.

Eles tocaram “Omnos“, “Lvgvs“, “Epona” e se despediram.

Com o fim do mini show deles, a noite foi encerrada.

E as bandas Angra, Airboune, Saratoga, Noctem, Gigatrón e Insomnium não puderam tocar.

Devemos no ater que os shows foram cancelados não somente pela chuva, mas também por não ter certeza e garantias da estrutura estar intacta, a segurança das pessoas em primeiro lugar.

 

DIA 3

Único dia do Festival que havia promessa de sol sem chuva, era o dia para se aproveitar.

As previsões se mantiveram corretas, e foi o dia que que todas bandas puderam se apresentar.

Ainda castigado pela chuva, a produção correu contra o tempo para controlar a lama, verificar estruturas e manter um show com  garantias de segurança.

 

Death and Legacy – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

A grande surpresa, com um show impecável, brutal e que serviu para desafogar a alma das chuvas do dia anterior, a banda Death and Legacy proporcionou um concerto avassalador.

Com seus vocais potentes  de um lado, e riffs poderosos do outro eles deram a certeza que o Sábado seria um grande dia para os metalheads presentes em IFEZA.

Celtian – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Outra poderosa voz feminina se fez sentir, com uma enorme presença de palco, Xana Lavey do grupo Celtian comando uma grande apresentação.

Puro Folk Metal por excelência, iniciado por “Nueva Era” e “Magia de Luna“, e em “Lagrimas de Cera” houve grande euforia.

O grupo ainda tocou de forma tempestuosa “Tu hechizo“, “Niamh“, “El Hijo del Ayer” e “En tierra de hadas“.

 

Crisix – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Indiscutivelmente top 3 do Festival, Crisix estremeceu as bases do palco, a cada petardo dado.

Eles não só supriram a sede por Thrash Metal, e metal de peso, como enlouqueceram o público.

Se abriram rodas, pogos, gritos e punhos cerrados ao ar!

Iniciaram com “W.N.M. United“, “Macarena Mosh” e “Leech Breeder“.

Quando seu vocalista gritou “Cojones”, todos riram e a festa se armou, souberam conduzir com maestria um público sedento por girar suas cabeças

O grupo supriu o grito entalado e a perdida de não ver Angelus Apátrida na noite anterior.

 

Setlist:

W.N.M. United
Macarena Mosh
Leech Breeder
Rise…Then Rest
Conspiranoia
Full HD
Brutal Gadget
Get Out of My Head
Hit the Lights / Walk / Antisocial
G.M.M. (The Great Metal Motherfucker)
Bring ’em to the Pit
Ultra Thrash

 

Gloryhammer – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Com o show anterior impecável e assistência gigante, parecia que haveria alguma pressão sobre os anglo-suíços. Nada de pressão, Gloryhammer, uma das bandas mais esperadas entregou tudo que se esperava.

Power Metal pincelado produzido por eles empolgou, deu gosto e agradou a cada cabeça presente, com um novo vocalista , e muita potência. Sozos Michael esteve sob o olhar julgador da platéia que não demorou muito a estar convencida, ele era o homem certo para substituir Winkler.

 

Haken – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

Os britânicos do Haken luciram vestimenta de praia, próprios para o Verão.

Aulas de Metal progressivo, heavy metal e algumas pitadas de jazz.

É verdade que olhando os horários, não se esperava muito um nome assim no mei ode pesos pesados do Power Metal, Thrash e Death, mas a apresentação “praiana” convenceu e e agradou.

Destaque para “Prosthetic”  e “Sempiternal Beings” que arrancaram gritos da multidão.

 

Dark Tranquility – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

 

A fera indomável de Gotenburgo provocou uma hecatombe no palco do ZLIVE.

Um dos mais poderosos grupos da frutífera cena sueca, trouxe seu Melodic Death Metal  para saciar a sede, iniciaram com “Encircled” e “What Only You Know“. Caracterizados por sua grande intensidade e apresentações energéticas, não deixaram a desejar, tocaram clássicos, músicas do último disco e entregaram tudo de si num show memorável.

Helloween – Photo: @photos.iuri | @culturaempeso

 

Intocáveis, soberanos e com sua arte imortalizada em todas as esferas da música.

O Power metal alemão do Helloween não deu descanso. Aliás ainda não se havia superado a apresentação anterior, e um tanque de guerra avassalador trouxe intermináveis e preciosos petardos.

Skyfall” deu uma entrada triunfal, gritos, euforia, ansiedade do público, pessoas que esperaram muito tempo para ve-los, a realização de um grande momento.

A banda? Interagiu a todo momento com os fans, inclusive em espanhol, mostrando carinho e atenção.

Em “Eagle Fly Free” os canhões estouraram, começava de fato o show “midiático”, mais que música, uma grande experiência!

Destaque para a sequência estremecedora de “Metal Invaders / Victim of Fate / Gorgar / Ride the Sky“.

Helloween um sucesso de 40 anos seguidos no topo mundial da história do metal, fez um show memorável, o melhor do Festival, com certeza deixando uma imagem bonita e se não apagando os imprevistos dos dias anteriores, com certeza fez valer a pena.

 

Photos das bandas:

 

Photos do público:

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