Em sua quinta edição, o Storm of Century 5 vem sendo realizado a cada seis meses, e esta edição com open Air novamente, buscando trazer sempre o melhor para os bangers, recebendo a galera de vários lugares e já deixando um gosto de quero mais.

Lembrando também que tivemos a área de camping, a galera começou a chegar bem cedo e montar suas barracas e logo encheu o espaço de barracas e muita gente.

Festival muito bem organizado, cumprindo horário dos shows, com bandas de todas as regiões. Passaram pelo festival em torno de 300 pessoas, o tempo estava meio duvidoso após duas semanas de chuva na região, mas nem o tempo deixou de animar a galera, a chuva logo passou dando abertura para um dia agradável com calor e  animou ainda mais o pessoal, no domingo o sol apareceu pela manhã e dia foi bem quente e agradável para a galera curtir todas as bandas.

Não esquecendo de parabenizar toda equipe da organização pelo trabalho incrível, produções Agosto negro realmente esta de parabéns como sempre fazendo grandes festivais,e trazendo sempre o melhor para as bandas e o público, o festiva já deixou a galera querendo mais e esperando ansiosos para a próxima edição. Além da ótima organização, não podemos deixar de parabenizar também, a todos que fizeram esse evento acontecer, como a produção Daniel Bala e Karina Meirelles, a imprensa, o pessoal do som e Rudi Vetter que fez a apresentação oficial do evento com muita distrações  brindes durante todo o evento, o pessoal super instruído para fazer o evento acontecer.

 

A primeira banda autoral a subir ao palco do Storm of Century já chegou com muita brutalidade, banda de Death metal de Porto Belo (SC)

OATH OF PERSISTENCE

O Oath of Persistence surpreendeu a todos com sua sonoridade em um show incrível e matador! O trio é formado por:

  • Diogo Marostica na bateria
  • Christopher Abel na guitarra e vocal
  • Renan Uller no baixo

O que presenciamos foi um death metal muito bem executado, pesado e brutal. O trio apresentou as seguintes faixas:

  1. Fear of the Unknown
  2. Provenance of a Dystopia
  3. Queen of Swarm
  4. The Awakening
  5. Arrival
  6. Chronicle of Absolution
  7. Through the Painting
  8. At the Gates of R’Lyeh
  9. Whisper of the Wolf

A plateia ficou impactada com tamanha técnica e a intensidade do death metal executado. Um dos pontos mais destacados foi a nitidez das notas e palhetadas no contrabaixo de Renan. A beleza harmônica do instrumento, os solos executados com maestria nas músicas e as bases bem trabalhadas em todas as mudanças de tempo e passagens mais “retas” foram pontos positivos citados em relação ao guitarrista Christopher.

A força, precisão, criatividade e velocidade foram habilmente utilizadas por Diogo na bateria, com cortes de bumbo duplo e ataques intensos aos pratos, explorando os trilhos do metal extremo.

Particularmente, foi a primeira vez que vi o trio ao vivo, e posso afirmar com certeza que o show deles possui uma brutalidade incomum. Eles entregaram uma performance excelente, conquistando um grande público que se aglomerou na frente do palco, quebrando tudo e deixando um gostinho de quero mais.

DARK NEWFARM banda foi formada em 2017 em Santa Catarina, originando-se de um encontro entre amigos. Com o álbum “FARM NEWS” lançado em 2019, o Dark Newfarm está de volta à cena, proporcionando um show impecável.

Possuindo uma identidade própria, a banda traz um som original e pesado, que mistura elementos de prog metal, groove metal, death metal, new metal, entre outros. O Dark Newfarm alimenta a evolução e renovação do estilo, apresentando inovação sem se preocupar com rótulos, mantendo as características de sua identidade.

Com riffs memoráveis e um andamento interessante, combinando velocidade e agressividade, os vocais urrados são complementados por passagens limpas. As linhas de baixo são evidentes e, junto à bateria, proporcionam um peso notável nas composições.

O show da banda foi impactante, levando a galera para frente do palco e deixando claro que estão determinados a marcar presença na cena musical.

 

LOSNA

A banda foi formada em 2004 pelas irmãs Débora Gomes e Fernanda Gomes, atualmente contando com Mateus Michelon na bateria. Já muito conhecida no cenário, a banda propaga fúria e violência através de riffs cortantes, baixo com velocidade extrema e uma bateria pesada com técnicas elevadas, aliados aos vocais urrados. A LOSNA se encaixa em uma mistura de thrash e death metal.

A apresentação, composta por 13 faixas, foi impecável:

  1. Street Fighters
  2. After the Kuarup
  3. Constellation Drama
  4. En Garde
  5. Back to the Grosso
  6. Catch-as-catch-can
  7. Solo do Baterista Mateus
  8. Grande Man
  9. Carmilla
  10. Morbid Angel
  11. Tuchulcha
  12. Slowness
  13. Amaro Sapore

Após alguns gritos agonizantes, a banda exibe uma linha cadenciada com vocais furiosos e muitos ‘triggers’ na bateria de Mateus, transmitindo toda a indignação presente em suas letras e conclamando a socar o ar. Além disso, é possível banguear ao som do trio. Destaque para o solo de guitarra cortante de Débora Gomes, que depois se torna mais cadenciado para que Fernanda Gomes possa exprimir seu ódio ao cantar seus versos.

É sempre impressionante como o trio mantém o índice de peso e crueza de seu Thrash Metal em alta em cada música. O autor, particularmente, é fã da banda há alguns anos e se surpreende a cada show, esperando ver e ouvir essa grande banda por muitos anos.

 

CARNIÇA

A banda gaúcha, Carniça, formada em 1991, possui sim referências a esta vertente do Heavy Metal. No entanto, agrega elementos do Death Metal e até mesmo do metal mais tradicional, resultando em uma sonoridade violenta, que não tem receio de flertar com linhas mais melodiosas.

A banda passou por mudanças estruturais, variando entre quarteto e trio. Atualmente, Carniça é formado por:

  • Mauriano Lustosa nos vocais,
  • Marlo Lustosa na bateria,
  • O guitarrista Parahim Neto,
  • O membro mais novo da banda, o baixista Kaue Muller no contrabaixo.

A pegada mais voltada ao Heavy Metal tradicional, e umas pedradas recheadas de cadência, que junto às linhas vocais, fazem toda a diferença. Os riffs agressivos não deixam ninguém parado, e o show é executado com muita excelência, fazendo a galera balançar o pescoço.

 

ALKILA, banda formada inicialmente em 2001 e retornou em 2018 reunindo músicos com uma bagagem gigante nas costas na cena do sul Catarinense. Alkila sempre reúne um grande público e coloca a galera para se quebrar. A banda é formada por:

  • Renato Lopes na guitarra e voz,
  • Jaison Junior na guitarra,
  • Rafael Spilere no baixo,
  • Gustavo Oliveira na bateria.

A banda de thrash/death metal é conhecida pelo seu estilo brutal e técnico, com músicas rápidas e agressivas, mantendo seu estilo no mesmo padrão do início da banda. O setlist inclui lançamentos e músicas desde o início da banda, sendo elas:

  1. The Dead Call My Name
  2. Madness
  3. Systematic Murder
  4. Corruption
  5. Hated by Hate
  6. Infernal Hunter
  7. Ashes Of This World
  8. Church Of Ignorance
  9. Arise (cover Sepultura)

Podemos dizer que ALKILA está com um som cada vez mais agressivo e técnico, mostrando isso no seu último lançamento, o single MADNESS, disponível em todas as plataformas digitais.

 

Que show foi esse, meus amigos? O som dos caras é intenso do começo ao fim da apresentação, sombrio e insano. Desde as primeiras composições, a banda busca por uma sonoridade que evidencia passagens lentas e pesadas, até momentos ríspidos e acelerados, associada a uma abordagem temática que reflete o movimento civilizatório numa perspectiva decadente.

VOLKMORT teve seu início em novembro de 2004, na cidade de Timbó, interior de Santa Catarina, no Sul do Brasil, onde se baseia até os dias atuais. A banda nasceu de um desejo de expurgar ideias e sentimentos insanos e materializar isso em forma de música extrema e sombria, escrever a sua própria história no METAL UNDERGROUND, com base em crenças confusas que culminam em guerras e desolação.

Sua formação atual:

  • Dunkel Traum – Vocal
  • Unorthodox – Guitarra
  • Necro Abhorrence – Guitarra & Keyboards
  • Deathos – Baixo & Backing Vocal
  • Sepulchral – Bateria

 

LEVIAETHAN Subiu aos palcos uma das bandas mais esperadas da noite, o Leviaethan. Contar 40 anos de história de uma banda que tem marcado os fãs desde a década de 80 não é nada fácil. A banda Leviaethan teve início em 1983 na cidade de Porto Alegre (RS). Atualmente, a formação da banda é composta por:

  • Flávio Soares (vocal e baixo)
  • Ricardo “Ratão” Fonseca (bateria)
  • Denis “Blackstone” Goulart (guitarra)

Em 1990, foi lançado oficialmente o primeiro álbum da Leviaethan, intitulado “Smile”, que abriu novas portas e oportunidades. O álbum, indicado nos anos 2000 como um dos 60 melhores álbuns de Thrash Metal brasileiro, apresenta músicas em inglês. Ao ouvir o álbum, é possível constatar como a banda conseguiu transmitir não apenas música, mas também uma paixão pelo que faz, evidenciando cada sentimento de brutalidade em cada faixa.

O show foi marcado por solos surpreendentes, com arpejos que surgiam inesperadamente, impactando o ouvinte. Além disso, os riffs intensos disparavam, o baixo marcante de Flávio acrescentava peso à música, e a bateria, sob a batuta de Ratão, segurava muito bem as pontas.

Foi uma experiência gratificante poder testemunhar essa lenda nos palcos. O show foi insano, com um grande público à espera. Vida longa aos meus amigos do Leviaethan.

 

INFERNO NUCLEAR

A penúltima banda da noite de sábado e também muito esperada pelo público foi o Inferno Nuclear. Formada desde 2006 em Belém (PA), a banda lançou seu primeiro disco, “Diante de um Holocausto”, uma bela dica para quem curte metal cantado em português com uma pitada old school.

O quarteto, composto por:

  • Wellington Freitas (vocal)
  • Alexandre Durães (guitarra)
  • Lendl Oliveira (baixo)
  • Jorge Raposo (bateria)

Apresenta uma proposta de Thrash Metal furioso com letras que trazem críticas sociais e políticas. A produção do álbum é excelente e realça as qualidades da banda, destacando a agressividade inerente e uma certa influência hardcore que permeia as canções.

O show foi simplesmente insano do começo ao fim, colocando a galera para a roda de pau e interagindo intensamente com o público. O Inferno Nuclear demonstrou toda a sua energia e entrega, proporcionando uma experiência memorável para os presentes.

 

VOORISH foi o grande destaque dessa noite, encerrando o primeiro dia deste grandioso festival. A banda foi formada em Florianópolis durante a pandemia, reunindo músicos influentes na cena catarinense. O VOORISH traz o melhor e o mais obscuro do Black Metal, apresentando uma mistura explosiva do tradicional estilo, que é ao mesmo tempo épico e estrondoso. A aura da música leva o ouvinte diretamente aos sombrios tempos que vivemos, com um estilo cru e agressivo.

Sobre as canções da banda, iniciam-se de forma rústica e sombria, como se as almas penadas dos integrantes estivessem afiando os instrumentos de guerra para entrar com todo o vigor em combate. A temática foge bastante do habitual, atravessando os horizontes da poesia profana. “A Desgraceira” é muito bem aproveitada, com o baixo maquiavélico e pulsante, e a voz de Juliano despejando todo o ódio profundo e sombrio. Parece transformar a guitarra em um machado de fogo negro, apto a cravar no peito de qualquer impostor que ouse atravessar o caminho da banda.

O show foi executado com muita excelência, deixando o público sem reação por alguns instantes. Com toda a performance e visual impactante no palco, o VOORISH certamente terá seu nome em destaque na cena Black Metal.

 

E assim fechamos o primeiro dia do festival STORM OF CENTURY ,com grandes bandas e variações de estilos para todos os gostos.

No domingo o dia começou ensolarado e com a galera bem empolgada por que ainda estáva por vir e a manhã começou por conta da banda RECANTO MALDITO intercalando seu som entre covers e autorais ,para animar a galera e conseguiram depois das duas primeiras música a galera começou a despertar para o que viria depois .

A banda de Thrash Metal VIOLENT CRISIS foi formada em 2019 na cidade de Criciúma/SC. O projeto foi idealizado por músicos de outras bandas conhecidas na região, como Alcoholic Trendkill, V8 Corporation, Scarolas e Encourage. Suas referências musicais abrangem diversos estilos, concentrando-se principalmente no Groove Metal, Thrash Metal e Death Metal.

O nome “VIOLENT CRISIS” foi escolhido com o intuito de expor os problemas mentais criados pela sociedade, como a depressão. A designação surge para encorajar as pessoas a enfrentarem esses problemas e se revoltarem contra a fábrica de fazer loucos. Os temas líricos da banda transcendem o viés social, sendo um protesto contra uma sociedade adoecida, representando a luta contra a opressão mental e o cansaço das imposições.

A formação atual da banda inclui Frank Rodrigues nos vocais, Jediel na bateria, Rodrigo Pires, Gustavo Pires e Vitor Coan. A VIOLENT CRISIS despertou a galera para o festival com sua poderosa apresentação.

 

ATROCITUS

A banda Atrocitus vem se mostrando uma das mais ativas do cenário nacional na atualidade, sempre apresentando novidades aos seus fãs e demonstrando muita qualidade em seus lançamentos. As letras da banda falam exclusivamente de um governo opressor, de um estado, de um sistema opressor, onde as pessoas são divididas e oprimidas. Essas letras não se limitam apenas a falar sobre o governo atual, mas também abrangem o período da ditadura, o período colonial do país e a escravidão.

A banda agitou e quebrou tudo no domingo. Os membros são extremamente técnicos, e eu já tive o prazer de ir ao show deles outras vezes. Em cada apresentação, é uma surpresa diferente, com uma presença de palco contagiante, colocando todo mundo para o quebra-pau.

 

GOATEN, a banda Goaten foi formada no início de 2018 na região metropolitana de Porto Alegre, com o objetivo de resgatar a sonoridade das bandas clássicas de Heavy Metal dos anos 80. O trio é composto por Francis Lima (Vocal e Baixo), Rafael Drinkwine (Bateria) e Daniel Limas (Guitarra), todos com um passado ligado ao Glam Metal. Os integrantes buscam criar músicas que gostariam de ouvir, contribuindo assim para o desenvolvimento do cenário do Rock e Metal atual. A banda transparece a essência dos anos 80 não apenas em sua sonoridade, mas também em sua aparência e estilo.

No Domingão à tarde, os caras realizaram um belo show, interagindo e agitando a galera. A presença de palco foi espetacular, e a interação da banda com o público foi notável.

 

ALKANZA

A banda Alkanza, formada em 2014 e originária de Laguna – SC, destaca-se por equilibrar em sua sonoridade o feeling e a agressividade da velha escola do Thrash com a contemporaneidade e a pegada do Groove Metal. Como uma das vertentes mais populares do Heavy Metal, o Thrash Metal é conhecido por sua abrangência, e a Alkanza, com seu som agressivo, expõe a realidade e a hipocrisia humana em cada música.

A formação atual da banda inclui Thiago Bonazza no baixo e vocal, Pedro Souza e Lucas Caliban nas guitarras, e Ramon Scheper na bateria. Com um vocal que lembra bandas de Hardcore e um instrumental do metal cruamente seco e rápido, a Alkanza apresenta um som bem definido, fácil de absorver a mensagem, exibindo a ideia de forma nojenta. Durante o festival, a Alkanza trouxe uma setlist empolgante, incluindo músicas como “Vala ou Viela”, “Em Coma”, “Desistir Jamais”, “Sons Of War”, “Por Todos Nós”, “Primitivo Canibal” e muito mais.

Destacando-se como uma das bandas mais esperadas do domingo, a Alkanza proporcionou um show para ninguém colocar defeito, envolvendo o público e fazendo-o cantar junto. Agradecimentos foram feitos à Daniel Bala, Karina Meirelles e Produções Agosto Negro por mais esse grande evento, e o público já aguarda ansioso pelos próximos. Vida longa à Alkanza!

 

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