Review: The Arcane Order – Distortions From Cosmogony

A banda The Arcane Order, de metal extremo formada em 2000 na Dinamarca, inicialmente com o nome de Scavenger e em 2005 adotando o nome atual, lançou em junho deste ano o álbum Distortions From Cosmogony, pela Black Lion Records sendo
este o 3º de estúdio da banda.
Antes de entrar no álbum de fato, cabe o alerta: se você não é do tipo que curte ouvir algo extremamente técnico e pesado, com melodias suntuosas, orquestrações, este álbum provavelmente não será do teu agrado.
Caso goste do que o metal extremo (death/black e demais denominações) têm produzido na região eslava e escandinava do planeta, é altamente recomendável!!!!

Não é segredo pra ninguém que com o aperfeiçoamento das edições, dedicação dos
músicos bem como o “trazer novos elementos, sem tirar identidade da banda” vem
evoluindo, é comum termos faixas um pouco mais longas, o que às vezes levam alguns
fãs mais impacientes a não curtirem trabalhos deste nível.

O álbum traz 10 faixas e surpreende aos fãs do estilo trazendo não apenas uma, mas
duas faixas instrumentais, sendo a primeira como faixa título, Distortions From
Cosmogony, que lembra um pouco bandas como Dimmu Borgir e Cradle of
Filth,fazendo uma espécie de prelúdio, para as faixas seguintes.

As quatro faixas subsequentes, Cry Of Olympus, A Blinding Trust In Chosen Kings,
Starvations for Elysium, Favors For Significance e The First Deceiver, seguem a
mesma “fórmula” em sua estrutura, ou seja, com instrumental altamente orquestrado,
com riffs marcantes, solos melodiosos e harmônicos, com uma pegada na bateria
intensa e técnica, não ficando apenas 100% a 300bpm como ocorrem com algumas
bandas.

Tudo aliado a potente voz de Kim Song Sternkopf (ex-amplified) que ingressou na
banda em 2021, traz guturais “limpos” e diferenciados, ou seja, quem escuta, consegue
compreender a letra e não apenas ouvir “grunhidos satânicos”.

A sétima faixa, é a Empedocles’ Dream é a segunda instrumental do album, e aqui é
um pouco mais trabalhada, trazendo riffs das guitarras de forma melodiosa e crescente,
e também dando “tom” de encaminhamento para final do trabalho.

Por fim, as três últimas faixas, Ideals Of Wretched Kingdoms, Children Of Erebos e
Wings Of Duality seguem com a mesma fórmula apresentada anteriormente, porém
entregam mais peso e maior velocidade nas músicas, seguindo uma linha mais
clássica do estilo black/death metal extremo.

Com isso, podemos dizer que o álbum é ótimo para quem curte o estilo e que quer
conhecer algo que não tenha sido produzido apenas por países tradicionais como
Polônia, Suécia e Noruega.

O quinteto dinamarquês atualmente conta com Flemming C. Lund (G – lead,
ex-Autumn Leaves), Kasper Kirkegaard (G – rhythm, Hatesphere),Bastian Thusgaard
(D, Soilwork e ex-Blood Label), Kim Song Sternkopf (V, ex-Amplified) e Anders Frodo S.
Mikkelsen (B, Wrath of Belial e ex-Pariah Syndicate).

Nota: 8/10

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