Dizem que as primeiras vezes são sempre especiais…
Nesta ocasião, havia uma certa semelhança, pois era minha primeira colaboração neste medio, a primeira vez que via ao vivo o THE ELECTRIC ALLEY e também a primeira vez que presenciava um show do THE BABOON SHOW em uma casa de shows. Então, à tarde, equipei-me com minha câmera e fui em direção à SALA FANATIC para o evento organizado pela HFMN.
Uma vez lá, tive que esperar enquanto as pessoas chegavam à porta até que as portas fossem abertas no horário programado. Meia hora depois, com bastante gente presente, chegou a vez da banda de Cádiz, o THE ELECTRIC ALLEY, entrar em cena. O quarteto retornava à capital andaluza com a turnê de apresentação de seu último trabalho de estúdio, Apache, que os levou por toda a Espanha e outros países europeus.
O início foi, ao contrário do habitual, com uma música de seus primeiros discos, No Control, para depois entrar no material mais recente com Hurricane.
Infelizmente, os problemas não demoraram a aparecer, pois Nando, guitarrista e vocalista da banda, teve problemas de som tanto no microfone quanto na guitarra. No entanto, esses problemas foram rapidamente resolvidos pelos técnicos, permitindo que continuassem sem problemas com One Last Night e Last Letter. O público estava realmente entregue à performance da banda, pois onde quer que se olhasse, havia pessoas cantando, dançando ou fazendo ambas as coisas ao mesmo tempo. Felizmente, o som já estava perfeito para desfrutar do show sem mais impedimentos.
Chegando à metade do show com Make It Through the Night e Can We Have Some Love Between Us?, a banda continuava irradiando uma energia da qual era difícil não se contagiar, com aquele hard rock clássico que tanto ouvimos nos anos 70, mas que nunca sai de moda devido às sensações que transmite. Mas, infelizmente, tudo que é bom tem um fim, e eles tinham que dar lugar à banda principal. No entanto, eles saíram deixando a fasquia bastante alta com Up in Flames e Get Electrified! para deixar a sala com uma excelente impressão e uma boa dose de energia para o que estava por vir.
Certamente, o THE ELECTRIC ALLEY conquistou merecidamente a fama que alcançou em todo o país, pois em pouco mais de 10 anos de história, sempre que foram, tiveram sucesso. Portanto, se há fãs de bandas como The Black Keys, por exemplo, esta é uma que definitivamente deve ser incluída na lista para ser ouvida.
Após a troca de palco habitual, momento em que as pessoas aproveitam para tomar um ar, chegou o tão esperado momento para todos, com o local já completamente lotado, para ver o THE BABOON SHOW, que estava em turnê com seu último álbum, God Bless You All.
Como não poderia deixar de ser, após a introdução, eles começaram com Made Up My Mind e The Shame, seguidos por Oddball. No entanto, não demorou muito para que Cecilia descesse até a área do público com um microfone na mão para sentir o calor da plateia presente.
Continuando com a música que dá nome ao último disco, foi a vez de uma das canções que se tornou um hino da banda, Me, Myself and I. Neste momento, se desde o início a atmosfera era uma loucura, ela se multiplicou por 1000. Straight from the Heart e The History foram as escolhidas para manter a incrível festa que acontecia naquela noite e que parecia que ninguém queria perder.
Aquilo parecia uma locomotiva sem freios, pois as músicas seguiam uma após a outra e, voltando ao novo material, chegou a vez de Gold, embora os clássicos sejam sempre pedidos, como aconteceu com Boredom Boredom Go Away! e It’s a Sin. A sala estava fervendo, aproveitando um show sem nenhum problema perceptível, e isso se refletia na atitude das pessoas. Se antes eu disse que Cecilia não pôde evitar descer no início, também não podemos esquecer o momento de crowd surfing que ela fez (com seu inseparável microfone na mão, vale dizer). Depois de tocar Queen of the Dagger e Fight in the Night, chegou o clássico momento de apresentação de cada membro da banda (sem dúvida, destaco a do baterista Niclas, que aproveitou para alongar um pouco os músculos antes de continuar com o que restava do show).
Se falamos anteriormente sobre hinos, havia outro que não poderia ficar de fora da seleção de músicas, Hurray, seguido por Class War. Aos poucos, o momento do final do show se aproximava, embora ainda houvesse músicas como Same Old Story e outro dos grandes hinos que colocou tudo de cabeça para baixo, You Got a Problem Without Knowing It, antes da clássica volta para o bis que acontece em todos os shows.
E que escolha de músicas para encerrar a noite com chave de ouro. A primeira escolhida para o trecho final foi Tonight, embora também houvesse espaço para o novo com Rolling. O gran finale veio com Playing with Fire e, é claro, a música por excelência da banda, Radio Rebelde. É neste momento que é preciso destacar um momento muito bonito e emocionante, pois havia um pai que foi com sua filha aproveitar o show, já que ela é uma grande fã da banda e isso era evidente desde a fila de espera para entrar. Assim, a própria banda a levou ao palco e colocou o microfone de Frida na altura dela para que cantasse com todos eles e com a plateia (tenho que admitir que ela se saiu muito bem, pois qualquer um poderia ter ficado nervoso ao cantar na frente de tanta gente em uma idade tão jovem).
Acredito que não há nada a ser dito sobre esta banda que já não seja conhecido: o THE BABOON SHOW veio com a intenção de explodir o teto da sala e colocar todos de cabeça para baixo, e posso garantir que conseguiram com um show incrível em todos os sentidos. Se há alguém neste mundo que gosta de punk e ainda não viu pelo menos uma vez na vida essa banda, estão demorando em ir vê-los, pois é uma aposta certa para desfrutar de uma grande festa.
Fazendo uma análise geral de tudo, acredito que não poderia haver uma estreia melhor, dada a qualidade das bandas anunciadas no cartaz, o ambiente festivo que reinava em toda a sala e, objetivamente, a ausência de qualquer problema do início ao fim.
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