A organização de CK Concerts se destacou na seleção das bandas que visitaram Quito para nos proporcionar um show de luxo no The Metal Fest 2024. Os extremos do clima quiteño se fizeram sentir: no primeiro dia fomos abençoados com muito sol, um céu azul e uma lua rosa para encerrar o dia com Emperor. No segundo dia, cheio de chuva e vento, permitiu-nos apreciar a entrega do público metalero, além da clareza e superioridade do som do concerto.

O público equatoriano é inestimável, cheio de energia, deram as voltas necessárias no Bicentenario para manter a festa viva, para que mais espaços públicos nos permitam reunir, mostrando que este público vive em paz, que é uma contracultura cheia de consciência e que responde aos festivais massivos com alegria e altura.

Um privilégio ter visto Descomunal abrir o espetáculo com a energia que os caracteriza, eles deram ao público uma música nova que foi cantada sob o sol escaldante do meio-dia com uma paixão incrível.

Soen surpreendeu todo o público, com maestria, soaram incríveis e sua performance no palco foi formidável, a voz, a música, a técnica permitiram ver o alto nível desta banda, que pessoalmente foi um dos principais motivos para assistir ao festival.

O público explodiu de felicidade com Possessed, não pararam de cantar e dançar cada uma das músicas. Exodus surpreendeu com sua energia no palco, era evidente que o público equatoriano os amava e não parava de ver o redemoinho se mover freneticamente.

Como era de se esperar, em sua turnê de despedida, Sepultura deu tudo de si. Deixando o público sempre com vontade de mais anos, mais música e mais mosh pits brutais. Agradeço imensamente ao grande Andreas Kisser por nos mencionar em suas histórias, foi gratificante ver o nome do Equador associado ao dele, são coisas que adoro vivenciar junto com Cultura Em Peso.

Gamma Ray nos proporcionou o prazer de ver a bandeira do Equador tremulando ao ritmo do speed metal, seu som impecável e um show com uma energia contagiante, apesar do cansaço e da falta de cerveja, o público continuou de pé e pulando com toda a energia restante em seus corpos, para receber Killswitch Engage que representou o metalcore em altos níveis de potência e os decibéis mais altos possíveis para o deleite de todos.

Foi assim que finalmente todos ficamos em silêncio diante da técnica, da performance, da voz e da escuridão que Emperor trouxe consigo, com o black metal satânico que todos queríamos ouvir sob aquela lua vermelha que este incrível país dos Andes nos presenteou.

O segundo dia do festival foi aberto por Notoken com uma grande mensagem social, diante da grave situação atual, tanto nacional quanto internacionalmente no Equador. Lost Darkness, da Colômbia, encantou o público. E Dark Tranquility incendiou o mosh para nos aquecer depois da chuva, do frio e da lei seca. Amorphis explodiu com seu metal progressivo e o heavy metal.

Biohazard foi uma festa incrível para todos os gostos, um dos melhores frontmen do The Metal Fest, revitalizou o frio e o cansaço do público para fazê-los pular tão alto quanto possível do chão.

Death Angel prendeu os olhares do público presente no Parque Bicentenario, a loucura continuou com Over Kill.

Para depois nos mostrar Within Temptation com o poder da paz e do amor como bandeira, exibindo a bandeira do Equador no corpo de Sharon e depois tremulando a bandeira da Ucrânia e pedindo pela paz no mundo, também tocaram uma música referente à recente morte de seu pai.

 

 

Finalmente, Anthrax mostrou todo o poder do thrash metal clássico e sua enorme influência no público quiteño mais old school, deixando tudo no palco e o público com vontade de outro The Metal Fest, para reviver o mais brutal

de sua cena e continuar sendo fiel ao ritmo que marcou tantas vidas e continuará presente enquanto formos aos concertos e festivais deste gênero e de todos os que forem possíveis.

Para que a cultura no país resista, é necessário apoiar todas as formas de arte.

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