The Real McKenzies, uma das bandas mais influentes e renomadas do Punk Folk mundial, liderada pelo carismático Paul McKenzie – o único membro fundador remanescente – voltou a Portugal para um show memorável no RCA Club, em Lisboa, no último domingo (16/06/2024), em uma digna produção da Hell Xis Agency. Com suas gaitas de fole, kilts e coros poderosos, a banda proporcionou uma noite de diversão garantida, com o público engajado, cantando, dançando e participando dos moshes.
Albert Fish: Veteranos do Punk Nacional Fazem uma Abertura de Peso!
Albert Fish, uma das bandas de punk rock mais antigas de Portugal, iniciou a noite com casa cheia e uma performance vibrante. Com o som feroz e os vocais marcantes de Inês Menezes, a banda apresentou um setlist variado que incluiu músicas do seu último lançamento, o álbum “Save The Planet, Kill Yourself” de abril de 2024, e clássicos de álbuns anteriores. O público foi cativado desde o início com faixas como “Walk It”, “Politricks” e “Fucked Up”, aproximando-se do palco para prestigiar a banda.
Músicas como “We Can Be Everything”, “Fuck The Government” e “Braço de Ferro” intensificaram a interação com o público, que respondia com entusiasmo, batendo cabeça e cantando junto.
A banda trouxe pontos altos com “City Rats” do álbum “Still Here” de 2014 e “Broken System” do álbum “News From The Front” de 2009, com uma recepção calorosa do público.
O encerramento com “Me Travaillez Jamais” foi a cereja do bolo, deixando a plateia aquecida e pronta para a atração principal.
The Real McKenzies: Uma Apresentação Icônica!
Às 21:56, o público foi surpreendido pelo som de “Wannabe” das Spice Girls, criando uma atmosfera de festa. Às 22h, os The Real McKenzies subiram ao palco e deram início ao show com “Pour Decisions” do álbum “10,000 Shots” de 2005, e o RCA Club explodiu em energia.
A banda percorreu um setlist que incluiu em maioria músicas do álbum “Off The Leash” (2008), com as faixas “Anyone Else”, “The Ballad Of Greyfriars Bobby”, “Culling the Herd”, “My Mangy Hound”, “Too Many Fingers”, “White Knuckle Ride”, “The Maple Trees Remember”, “The Lads Who Fought & Won” e “Kings of Fife”. O público respondeu com entusiasmo, cantando e dançando a cada faixa. Destaque para “Too Many Fingers” e “The Lads Who Fought & Won”, onde os moshes dominaram o espaço.
Paul McKenzie aproveitou os intervalos entre as músicas para compartilhar histórias e interagir com os fãs, criando momentos de conexão. Um dos pontos altos e muito aguardados foi durante “Mainland”, do álbum “Clash Of The Tartans”, onde o público, incentivado por Paul, se sentou e “remou” ao ritmo da música, transformando a apresentação em uma experiência coletiva inesquecível.
Seguiram-se “Old Becomes New” e “Guy on Stage”, onde o público dançava e batia palmas, até chegar em “Best Day Until Tomorrow” e “Chip”, fechando a primeira parte do set com todos cantando em uníssono e mergulhados na energia do show.
A banda se despediu em seguida, as luzes se apagaram, e é claro, o público clamava por mais, e poucos minutos depois as luzes se ascenderam e a banda retornou ao palco para um bônus, com Paul contando mais algumas histórias do passado interagindo com o público.
A apresentação se encerrou com “Wild Mountain Thyme”, “Nessie” e “Drink Some More”, esta última com o público cantando em um coro emocionado, fechou a noite com chave de ouro.
Mas a noite não terminou por aí. Paul McKenzie ainda possuia uma carta na manga, e surpreendeu a todos ao chamar o público para sambar. Alguns até chegaram a negar, mas logo ao música “Mas, Que Nada!” de Jorge Ben Jor tomou conta do RCA, e Paul desceu do palco e começou a dançar, e logo os fãs já estavam aglomerados ao seu redor dançando e cantando esse clássico brasileiro. Foi um final memorável, deixando todos com um sorriso no rosto e memórias inesquecíveis.