Muita expectativa e ansiedade dos fãs nessa noite de sexta-feira para presenciar essa que poderia ser a última vez que o Uriah Heep tocaria em São Paulo, com a sua “The Magician`s Farewel”.

A banda Allen Key fez a abertura da noite com seu som potente e com a voz forte e muito bacana de Karina Menascé tocando músicas de seu repertório. “Granted” e “Apathy” inciaram o set. “Straw House” com um momento muito bacana onde o som muda de clima e fica somente a voz e violão de Karina e a banda subindo numa crescente melódica num clima de semi balada até o fim. O público presente aprovou e aplaudiu bastante.
Quarta música, “Illusionism” com um violão de “intro” e um pouco de influência de anos 70, mais um som com um belo clima, um crescente no instrumental, numa pegada doom melódico, já deixando o som moderno.
Quinta música, “Sleepless” também inicia com um dedilhado, mas na guitarra, no clímax dela lembra uma vibe anos 90. O início da sexta , “Death from Above”, o chimbal da bateria marcado e a voz de Karina com uma bela melodia e a explosão num instrumental pesado e marcado, a quebrada para um canto pesado e cadenciado fez uma diferença “animal”, e solos de guitarra sensacionais dos dois guitarristas, um baita som!

A essa altura Tokio Marine já está sendo tomado por fãs de Uriah Heep e que foram curtindo e apreciando o som da banda. A sétima música, “Easy Prey”, pesada, afinação baixa e cara de metal moderno, Karina encaixa a voz de maneira magistral mesclando a suavidade e drives potentes, instrumental sensacionalmente pesado e grooveado.
Uma introdução de guita pesada e soando mais Djent, “Get in Line” mais um som com uma pegada moderna, grooveado, que contagia e empolga. O público aplaudiu e curtiu bastante, sendo essa, a última música a ser tocada.

Com o palco sendo preparado para o tão aguardado show da tour “The Magician`s Farewell”, a despedida do Uriah Heep das turnês, o Tokio Marine Hall teve todos os seus espaços preenchidos, com a casa lotada.
Mick Box(guitarra), Bernie Shaw(voz), Phil Lanzon(Teclados), Davey Rimmer(baixo) e Russell Gilbrook(Bateria), subiram ao palco e iniciaram com “Grazed by Heaven” e emendando com “Save Me Tonight”, duas dos dois últimos álbuns, o Uriah Heep incendiou a casa, numa explosão de emoção com várias gerações empunhando e cantando.

A terceira foi “Overload”, com a banda empolgada e tocando com muita energia, Bernie Shaw é muito carismático. Poder ver essa lenda viva no palco é um privilégio. Mick Box com sua Les Paul e seu pedal de Wah, com solos maravilhosos e a satisfação demonstrada em cada acordes e “riff” por estar ali. “Shadows of Grief” foi a próxima, do álbum “Look at Yourself”, quando anunciada, a galera foi ao delírio antes do primeiro acorde, uma chamada do órgão para o solo de guitarra e a entrada com Wah wah e melodias que marcaram gerações e definiu um estilo.
De 1973, “Stealin” foi o som em que Bernie Shaw chamou todos os fãs para o coro e bater palmas, isso fez incendiar a galera com o coro no refrão até o fim do som.

‘Hurricane” veio como o próprio nome diz, um furacão sonoro e um solo de órgão e guitarra que faz viajar. Falando em viagem, “The Wizard”, com o violão com sua afinação mais grave e Bernie apresentando Mick Box, que mais uma vez, foi cantado por todos e um dos clássicos absolutos, também, uma das mais esperadas por esse que vos escreve. Épico! Bernie Shaw mencionou como soou o coro do público para eles do palco, de arrepiar!
“Sweet Lorraine” segue a sequência de clássicos com o “guita” Mick Box comentando e apresentando o som. Bernie mais uma vez se comunicando com o público e falando um pouco sobre as diferenças dos anos 70 e agora, termos musicais, sub estilos, nomes e que nos anos 70 existia somente “good rock music” e mencionando sobre heavy metal chamou Mick Box que fez a intro avassaladora de “Free`n` Easy” com sua batera no meio, um solo para terminar, e público em total delírio.

Trinca de ouro, já se encaminhando para o fim do set, as 3 mais longas do show, veio “The Magician`s Birthday”, que possui mais uma entrada de guitarra sensacional, e as sessões de solos de guitarra e bateria que deixaram todos hipnotizados.
“Gipsy”, clássico absoluto onde Mick Box comentou que é um riff que ele gosta muito até hoje, o público cantou em uníssono até o fim e “July Morning”, épico de 10 minutos onde mais uma vez o público cantou junto e tem aquela melodia de guitarra e órgão que é marcante, histórica e de maneira apoteótica encerrou o set.

Na encore, “Sunrise” e “Easy Livin’ “, e uma forte emoção em todo o público e banda, encerrando esse show épico de uma banda que é uma das precursoras do metal, com mistura Hard rock e progressivo, presenciamos o show de uma lenda viva nesta noite de sexta feira em São Paulo!
Que show!