Wacken Open Air 2024: Uma peregrinação anual ao paraíso do metal. Uma imersão em vários dias de riffs poderosos e uma comunidade única.

 

Como o único membro da equipe, composta por “Iúri Cremo”, Carlos Romano e Nayara Sabino, que ainda não havia pisado em solo alemão, a minha primeira experiência no Wacken Open Air 2024 foi marcante.

Photo: Esquerda para Direita: (Team CEP) Carlos Romano, Iúri Cremo, Nayara Sabino, Ignasi De Ribot

O Wacken transcende um simples festival de música. É uma experiência que envolve todos os sentidos. A cada esquina, uma nova surpresa: desde a decoração temática até a energia contagiante da multidão. E a receptividade dos alemães foi surpreendente. A gentileza da polícia em Hamburgo, que nos desejou um bom festival, já dava o tom do que encontraríamos por lá. Nada daquela imagem do alemão sério e reservado. Em Wacken, encontramos um povo apaixonado por música, hospitaleiro e sempre disposto a ajudar.

Já pela ótica de Carlos Romano que esteve pela segunda vez a visitar o Wacken (a primeira havia acontecido em 2019 o Wacken 30) , ele comenta que ao chegar ao Daily Parking, se senti como na primeira vez que foi ao evento:

“muita emoção em estar presente no maior festival de Metal do mundo e realmente foi incrível.

A impressão que tive e que o festival está ainda maior, foram muitas bandas e o público presente no Holly Land na sexta-feira e sábado parecia bem maior, se comparado a primeira vez que participei.”.

Wacken 2024: Mais que um festival, uma experiência transformadora

Iúri Cremo & Thomas Jensen (Co-Founder Wacken)

Durante os dez dias que passei na Alemanha, entre Hamburgo e Wacken, tive a oportunidade de interagir com pessoas incríveis. A hospitalidade dos alemães me surpreendeu a cada dia. Em conversas com moradores locais, descobri um povo com um grande senso de humor e paixão por sua cultura. Essa experiência quebrou completamente o estereótipo do alemão sério e reservado, que eu tinha antes da viagem.

O Wacken Open Air 2024 foi muito mais do que um festival de música. Foi uma jornada de autoconhecimento, uma imersão em uma cultura vibrante.

Cheguei ao Wacken na segunda-feira, e o festival só começaria na quarta. Tudo era muito organizado, ninguém estava com pressa, e todos respeitavam o tempo de entrada de cada um com muita calma.

O camping, imenso, já estava bastante cheio em várias áreas. No nosso caminho para o camping H, percebemos que muita gente havia chegado no domingo.

Mapa Entrada Wacken e alguns dos Campings (Estivemos no H)

Diferentemente de outros grandes festivais, no Wacken, quem vai de carro pode estacionar bem ao lado da sua barraca, o que facilita o fluxo de pessoas e oferece mais conforto para

Garrafa de água cedida pelo festival.

quem tem essa opção. E, se você chegar com sua barraca, pode procurar um lugar livre no camping sem problemas, ninguém vai reclamar, pelo contrário, você será bem recebido.

Prepare-se para uma verdadeira maratona! Caminhar quilômetros entre os palcos e os campings é parte da experiência Wacken. A dica é: beba muita água! O festival te presenteia com uma garrafa reutilizável e oferece diversos pontos de reabastecimento. Acredite, você vai agradecer por ter se hidratado. E não se esqueça de se alimentar bem e usar roupas confortáveis para curtir cada segundo sem preocupações.

Todo Festival é praticamente a mesma cerimônia, rever amigos, fazer novos, e esta é a mágica do mundo festivaleiro.

Texto por @photos.iuri

 

Cobertura completa do Wacken Open Air 2024

 

Com fotos de @photos.iuri
Review de  @carlosromano1972 & @photos.iuri

As bandas:
Cristal Viper, Hellriper e The warning foram feitas por @naysabinoph(Nosso obrigado) .

 

DIA 1

 

 

CRYSTAL VIPER

A apresentação da banda “Crystal Viper” no Louder Stage foi um espetáculo de energia e força. Com Marta Gabriel liderando os vocais poderosos acompanhada por Andy Wave (guitarra), Tom Woryna – (baixo) e Tomasz Dańczak (bateria)  a banda entregou um show emocionante e cheio de riffs cativantes, reforçando sua mistura única de power metal e elementos épicos.

O setlist começou com “Fever of the Gods”, colocando a audiência em uma atmosfera intensa desde o início. A sequência com clássicos como “The Witch Is Back” e “The Cult” manteve a vibração alta, trazendo nostalgia para os fãs mais antigos, mas também atraindo novos admiradores. “At the Edge of Time” e “Night of the Sin” se destacaram como momentos épicos, com solos de guitarra e arranjos dramáticos que capturaram o público.

O grande destaque do show veio com “The Last Axeman”, que encerrou a apresentação em um clímax de puro heavy metal, mostrando a habilidade técnica de cada integrante da banda e a presença de palco magnética de Marta. Durante o set, músicas como “Metal Nation” e “Witch’s Mark” destacaram o domínio instrumental e a coesão entre os membros da banda. O show também apresentou uma resposta impressionante da multidão, com os fãs aplaudindo calorosamente e cantando junto nos grandes sucessos da banda.

Photo: @naysabinoph | @culturaempeso | Crystal Viper

Setlist completo:

  • Fever of the Gods
  • The Witch Is Back
  • The Cult
  •  The Silver Key
  • At the Edge of Time
  • Night of the Sin
  • Metal Nation
  • Witch’s Mark
  • When the Sun Goes Down
  • Still Alive
  • The Last Axeman

Texto por @naysabinoph

 

Butcher Babies: Um Tiroteio de Peso 

Butcher Babies

sob o comando implacável da vocalista Heidi Shepherd, entregou um show de tirar o fôlego no Wacken Open Air 2024. Com um setlist explosivo que incluiu clássicos como “Backstreets of Tennessee” e “Monsters Ball“, a banda norte-americana demonstrou por que é uma das forças mais respeitadas do metalcore atual.

A ausência de Carla Harvey, ex-vocalista da banda, colocou todos os holofotes sobre Heidi, que assumiu o palco com uma energia contagiante. A vocalista, com sua voz potente e presença de palco marcante, liderou um verdadeiro tiroteio de peso, deixando a plateia em êxtase.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Butcher Babies

Sob o sol forte da primeira tarde do festival, a Butcher Babies incendiou o palco Louder com um show monstruoso. Acompanhada por Henry Flury (Amen) na guitarra, Ricky Bonazza no baixo e Dave Nickles na bateria, Heidi e sua banda não deixa

A Butcher Babies mais uma vez provou ser uma força a ser reconhecida no cenário do metal. Com Heidi Shepherd à frente, a banda continua a conquistar novos fãs e a consolidar sua posição como uma das bandas mais importantes do gênero.

Em resumo, o show da Butcher Babies no Wacken 2024 foi uma verdadeira celebração do metalcore, com Heidi Shepherd brilhando como a grande estrela da tarde.

Setlist completo:

  • Backstreets of Tennessee
  • Red Thunder
  • Monsters Ball
  • King Pin
  • Wrong End of the Knife
  • Sleeping With the Enemy
  • It’s Killin’ Time, Baby!
  • Beaver Cage
  • Bottom of a Bottle
  • Spittin’ Teeth
  • Last December
  • Magnolia Blvd.

Texto por @photos.iuri

 

Phantom ExcaliVEr

A banda japonesa de metal, conhecida por sua fusão única de death metal melódico, power metal e metalcore, entregou uma apresentação épica. Apesar de um início conturbado com problemas técnicos que os fizeram perder preciosos minutos de seu set, a banda se recuperou com maestria e proporcionou um show inesquecível para seus fãs.

Com o vocalista Kacchang à frente, empunhando sua icônica espada elétrica e exibindo seu moicano chamativo, a banda contagiou a plateia com sua energia contagiante. Suas performances carismáticas, aliadas à habilidade instrumental de Matsu (guitarras), Yusaku (bateria) e TomoP (baixo), criaram uma atmosfera eletrizante que ecoou por todo o festival.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Phantom Excalibur

O setlist da banda, que incluiu clássicos como “Yassassa”, “Cha-La Head-Cha-La”, “Remember X” e “Rhapsody of Fire”, além de faixas mais recentes como “Kill The Omen”, “Kanpai”, “Legend of the Sword”, “The Rebellion” e “Comeback !! Hero !!”, foi um verdadeiro presente para os fãs de metal. A combinação de melodias cativantes com riffs pesados e solos virtuosos resultou em um show diversificado e emocionante.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Público Phantom Excaliver

A presença de bandeiras japonesas na plateia e o entusiasmo dos fãs demonstraram o forte apoio que a banda possui no Japão e no exterior. A Phantom ExcaliVEur conseguiu conquistar o público com sua música poderosa e suas performances enérgicas, consolidando sua posição como uma das bandas mais promissoras do cenário metal atual.

Destaque para “Yassassa” que foi cantada como um coral pelo público.

Texto por @photos.iuri

 

GIRLSCHOOL

Junto com Suzi Quatro

Photo: @carlosromano1972 | @culturaempeso | Girlschool – Kim McAuliffe e Carlos Romano

uma das apresentações mais empolgantes que assiti

no Wacken 33, as garotas continuam com uma energia incrível, a banda e uma das pioneiras no cenário metálico. A banda ultrapassou todas as barreiras para continuar em evidência no Metal, o Setlist do concerto foi extremamente impecável, incluindo a versão de Bomber do Motörhead e o clássico Emergency.

Setlist: Demolition Boys, C’mon Let’s Go, The Hunter, Hit and Run, Guilty as Sin, Future Flash, Kick It Down, Nothing to Lose, It Is What It Is, Screaming Blue Murder, Race With the Devil (The Gun cover), Bomber (Motörhead cover) e Emergency.

Texto por @carlosromano1972

 

The warning

As irmãs Daniela (vocais e guitarra), Paulina (bateria) e Alejandra Villarreal (baixo), vindas de Monterrey, México, conquistaram o público com sua poderosa mistura de hard rock e letras emocionantes, mostrando porque são consideradas uma das grandes promessas do rock mundial. A setlist, que incluiu faixas de diferentes fases da carreira da banda, foi cuidadosamente escolhida para destacar sua evolução musical e seu domínio de palco

Photo: @naysabinoph | @culturaempeso | The Warning

A banda abriu o show com a intensa “S!CK”, que imediatamente estabeleceu o tom agressivo e energizante da apresentação. A faixa, caracterizada por seus riffs pesados e vocais cheios de atitude, envolveu o público desde o primeiro acorde. Em seguida, vieram com “CHOKE”, uma das músicas mais populares do trio, que manteve o nível de intensidade com seu refrão poderoso e instrumental afiado.

Um dos momentos mais únicos da performance foi Qué Más Quieres, cantada em espanhol. A vocalista Dani se mostrou super feliz por ver tantos fãs com bandeiras do México na primeira fila e fez com que a música fosse uma homenagem a eles. Essa inclusão não só celebrou as raízes mexicanas do trio, mas também ampliou a diversidade do setlist, conectando-se com o público de forma autêntica. A combinação de riffs intensos com o uso da língua espanhola criou um contraste interessante.

A transição para Escapism manteve o ritmo emocional do show, com sua atmosfera introspectiva e arranjos mais suaves, criando um contraste interessante com as faixas anteriores​

O tema da crítica social ganhou força com MONEY e DISCIPLE. Ambas as músicas têm letras que questionam o sistema e a sociedade, e suas performances ao vivo foram carregadas de provocação e atitude. MONEY trouxe uma batida marcante, enquanto DISCIPLE impressionou pela sua estrutura dinâmica e mudanças de ritmo, demonstrando a habilidade musical da banda e sua coesão enquanto trio​

O encerramento com EVOLVE foi o clímax perfeito para um setlist de peso. A música, que fala sobre crescimento e transformação, encapsulou a trajetória da banda até aquele momento, refletindo tanto a evolução pessoal quanto a artística das irmãs.

Texto por @naysabinoph

 

THE DARKNESS

The Darkness, fez uma apresentação muito consistente e empolgante, com um setlist repletos de clássicos a banda se mostrou em forma e conectada com o público. Músicas como Growing on Me, One Way Ticket, Heart Explodes, entre outros inflamou o templo sagrado do Metal.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | The Darkness

Texto por @carlosromano1972

 

TINA GUO

Simplesmente incrivel e impressionante, uma das apresentações mais emblemáticas do festival, a complexidade da fusão entre a música Erudita e o Heavy Metal e extremamente intensa, a Violoncelista americana e de origem chinesa realmente impressionou com suas composições e postura de palco. A banda toda e especial tem uma forte presença de palco. Foi uma grande surpresa estar presente nesta apresentação, espero que algum dia a banda possa vir ao Brasil para que os fãs da América do Sul possam ter esta grande experiência. Um dos pontos mais legais da apresentação foi a participação de Jennifer Haben do Beyond The Black, a intensidade de Tina Guo marcou sua passagem pelo festival.

Setlist: Wonder Woman, Dragonborn, Super Mario – Bowser’s Theme – Bob-Omb Battlefield, The Legende of Zelda (Medley), The Water Phoenix, Warrior (Dune soundtrack), Mother Mountain, Eternal Night e Queen Bee.

Photo: @carlosromano1972 | @culturaempeso | Tina Guo

Texto por @carlosromano1972

 

Hellripper

A apresentação do Hellripper no Wacken Open Air 2024 foi explosiva e energizada, representando o melhor da mistura entre speed metal e black metal. A banda escocesa, liderada por James McBain, entregou um show caótico e agressivo, mantendo sua tradição de intensidade ao longo de todo o set.

Photo: @naysabinoph | @culturaempeso | Hellripper

Abrindo com “All Hail the Goat”, a banda rapidamente estabeleceu o tom frenético, com riffs velozes e uma presença de palco imponente. O público, foi rapidamente engajado e vibrou ao som de “Hell’s Rock ‘n’ Roll” e “Nekroslut”, faixas que destacam todo o rigor e o peso do estilo da banda.

Hellripper também surpreendeu ao trazer performances poderosas de faixas como “Demdike (In League with the Devil)” e “The Affair of the Poisons”, demonstrando sua habilidade de equilibrar composições complexas com pura brutalidade. “Goat Vomit Nightmare” e “The Nuckelavee” mostraram a diversidade da banda, misturando elementos rápidos com atmosferas sombrias.

Encerrando com “Nunfucking Armageddon 666”, o Hellripper deixou sua marca em Wacken, garantindo uma performance memorável e um público completamente satisfeito. A energia implacável e a performance visceral de McBain e seus músicos confirmaram a reputação da banda como uma das mais promissoras no cenário do metal extremo.

Texto por @naysabinoph

 

SUZI QUATRO

A sensação de estar presente na apresentação de um dos maiores simbolos de modernidade e revolução no Rock ‘n’ Roll foi incrível! A musa do Rock ‘n’ Roll, Suzi Quatro dominou o palco, sua presença e tão forte e cheia de luz, que a iluminação do palco seria totalmente dispensável. Com um setlist repleto de clássicos e alguns covers ele conectou o público ao concerto desde da primeira música. Todos que estavam no Louder estavam cantando e participando da apresentação. Suzi apresentou a banda com uma delicadeza impressionante, deixando cada membro da equipe brilhar.

 

Photo: @naysabinoph | @culturaempeso

Músicas como 48 Crash, Can I Be Your Gril, Rockin’ in the Free World entre outros clássicos, transformaram o palco Louder em uma verdadeira comunhão entre banda e público.

Suzi Quatro superou o tempo e demonstrou que não existem idade ou barreiras se você quer o Rock ‘n’ Roll! Sua apresentação foi uma das mais marcantes que assisti em toda minha vida.

Obrigado Suzi Quatro!!!!

Setlist: The Wild One, I May Be Too Young, Daytona Demon, Tear Me Apart, Stumblin’ In, 48 Crash, The Devil In Me, Can I Be Your Girl, Rockin’ in the Free World (Neil Young cover), Bad Moon Rising (Creedence Cleawater Revival cover), Shine a Light, She’s Love With You, Too Big, Glycerine Queen, Can the Can, Devil Gate Drive, If You Can’t Give Me Love e Sweet Little Rock & Roller (Chuck Berry cover).

Texto por @carlosromano1972

 

In Extremo

O show foi uma verdadeira celebração de nostalgia e clássicos, com um FASTER lotado de fãs ávidos para ver a icônica banda alemã formada em 1995. Por duas horas intensas, o grupo entregou uma apresentação poderosa, mesclando seu rock e heavy metal com influências folk, exatamente como seus fãs esperavam. E como era de se esperar, a banda não decepcionou os inúmeros seguidores que aguardaram por horas para vê-los.

Das Letzte Einhorn puxou o público para si, fazendo-os cantar e gritar juntos, acompanhado por  Die Lutter (baixo), Sebastian Lange (guitarra), Dr. Pymonte (instrumentos de sopro), Yellow Pfeiffer (instrumentos de sopro), Flex der Biegsame (guitarra) e Specki T.D. (bateria) no comando, a apresentação foi recheada de momentos inesquecíveis.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | In Extremo

O setlist, que incluiu desde a introdução épica de “Wintermärchen” (versão intro, apenas o último verso) até canções marcantes como “Troja”, “Feuertaufe”, “Vollmond”, “Küss mich”, “Wolkenschieber”, “Villeman og Magnhild”, “Ai vis lo lop”, “Unsichtbar” e “Weckt die Toten”, levou o público à loucura.

Momentos emocionantes se seguiram com “Liam”, “Lieb Vaterland, magst ruhig sein”, e a estreia ao vivo de “Unser Lied” com a participação de Björn Both. A energia permaneceu alta com faixas como “Rasend Herz”, “Sängerkrieg”, “Kompass zur Sonne”, “Sternhagelvoll”, “Frei zu sein”, “Störtebeker”, “Spielmannsfluch” e “Pikse Palve”.

O show foi uma jornada sonora que passeou por diversas fases da carreira da banda, reforçando o motivo pelo qual o In Extremo continua a ser um dos nomes mais respeitados e queridos da cena musical alemã.

Texto por @photos.iuri

 

DIA 2 

Asenblut

O grupo de German Blackened Thrash Metal,  fez uma apresentação impactante, a banda deixa claro seu posicionamento firme contra o fascismo, nazismo e extremistas de direita. O grupo, que abraça uma estética viking em suas performances, impressionou o público com seu som pesado e visual imponente.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Asenblut

O vocalista Tetzel se destacou ao empunhar um microfone disfarçado de machado viking, como se fosse uma verdadeira arma de guerra. Com um visual que remete aos berserkers, Tetzel impôs respeito e marcou presença no palco, cativando uma plateia fiel que vibrou intensamente com todo o culto viking da banda.

O setlist do show incluiu faixas poderosas como “Unbesiegbar”, “Wie ein Berserker”, “Blut und Sand”, “Nox Nostra Est” e “Seite an Seite”, levando os fãs a uma verdadeira viagem pelas lendas e mitologias que inspiram o som feroz do Asenblut. A energia e a intensidade da banda deixaram uma marca indelével na noite, confirmando seu lugar como uma força a ser reconhecida na cena do metal extremo.

 

Skeletal Remains

O grupo de death metal originário de Los Angeles, trouxe seu som devastador ao palco WET STAGE, deixando uma marca indelével durante a turnê de seu último disco, Fragments of the Ageless. O brutal death metal dos norte-americanos fez tremer o local, entregando uma performance de tirar o fôlego.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Skeletal Remains

O quarteto, composto por Chris Monroy (guitarra/vocal), Mike De La O (guitarra), Brian Rush (baixo) e Pierce Williams (bateria), é conhecido por suas apresentações pesadas e repletas de petardos brutalmente insanos, e neste show não foi diferente.

O setlist incluiu faixas destruidoras como “Void of Despair”, “Relentless Appetite”, “Beyond Cremation”, e “Catastrophic Retribution”, saciando a sede do público presente por um death metal puro e implacável. A energia e brutalidade do Skeletal Remains confirmaram sua reputação como uma das bandas mais intensas da cena death metal atual.

Texto por @photos.iuri

 

RAGE

O Rage fez um show muito empolgante e coeso, apesar do calor no horário da apresentação a banda conseguiu evoluir bem durante o setlist. O público estava empolgado com a apresentação da banda. O Rage e uma banda muito técnica e tem um enorme potencial, gostei muito da apresentação e da escolha das músicas para o Wacken 33. A banda alemã comprovou por que o Metal da Alemanha é importante para o mundo.

Setlist: Cold Desire, Under a Black Crown, Solitary Man, Black in Mind, Refuge, Let Them Rest in Peace, A New Land, Great Old Ones, End of All Days, Straight to Hell, Don’t Fear The Winter e Higher Than the Sky.

Photo: @carlosromano1972 | @culturaempeso | Rage

Texto por @carlosromano1972

 

 

Messiah

a lendária banda de metal extremo da Suíça, trouxe seu show enérgico ao HEADBANGERS STAGE, celebrando “40 Years of Thrashing Madness“. Com uma carreira marcada por várias mudanças de formação, o guitarrista RB Broggi se destacou como o único membro constante desde o início, enquanto o vocalista Andy Kaina, o mais antigo da banda, comandou o palco com sua presença poderosa.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Messiah

A banda entregou uma performance cheia de energia, acompanhada por uma massa fiel de fãs que aguardavam ansiosamente por toda a brutalidade musical que só o Messiah pode oferecer. O setlist foi uma viagem através da história do metal extremo, com músicas como “Sikhote Alin”, “Christus Hypercubus”, “Lycantropus Erectus”, “Condemned Cell”, “Space Invaders”, “Choir of Horrors”, “Living With a Confidence”, “Hymn to Abramelin / Messiah”, “Enjoy Yourself”, e “Extreme Cold Weather”.

A performance do Messiah não decepcionou, reforçando sua posição como uma das bandas mais influentes do metal extremo, com uma legião de seguidores que continua a apoiar sua extremidade musical.

Texto por @photos.iuri

 

Mr. Big

mostrou que, mesmo após décadas de estrada, ainda tem muita energia para queimar. No fim da tarde, sob um céu claro, a banda subiu ao palco LOUDER e, diante de um público lotado e ansioso, entregou uma hora de puro rock’n’roll, com um show que foi ao mesmo tempo nostálgico e eletrizante.

O show começou em alta velocidade com “Addicted to That Rush”, fazendo o público cantar em uníssono, enquanto os riffs icônicos de Paul Gilbert e as linhas de baixo de Billy Sheehan incendiavam o palco. A energia não diminuiu nem um pouco quando tocaram “Take Cover”, com os fãs gritando cada palavra junto com Eric Martin, o carismático vocalista.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Mr. Big

Quando chegou a vez de “Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)”, o público foi ao delírio, especialmente quando Paul Gilbert trouxe a clássica furadeira para seu solo de guitarra, um momento que arrancou aplausos e gritos eufóricos da plateia. Em seguida, “Alive and Kickin'” manteve a vibe lá no alto, com a banda mostrando que ainda estão mais vivos e chutando forte do que nunca.

A nostalgia tomou conta quando tocaram a clássica “Green-Tinted Sixties Mind”, com todos balançando as cabeças no ritmo, seguidos por “CDFF-Lucky This Time” e “Voodoo Kiss”, que fizeram o público se entregar ainda mais à performance poderosa.

Billy Sheehan, sempre o showman, chamou a responsabilidade para si em uma performance avassaladora, especialmente em faixas como “Never Say Never” e “Colorado Bulldog”, onde seu baixo parecia rugir como um trovão. O público, claro, foi à loucura, acompanhando cada nota, cada riff, cada batida.

Quando chegou a vez de “My Kinda Woman” e “To Be With You”, o público não segurou a emoção, cantando junto com toda a força, criando um coro arrebatador que ecoou por todo o festival. “Wild World”, um cover do Cat Stevens, trouxe um momento mais suave, mas igualmente envolvente, preparando o terreno para os solos incríveis de guitarra e baixo que vieram a seguir.

A banda encerrou com uma sequência explosiva: “Shy Boy”, um cover da banda Talas, seguido pelo icônico cover de “Baba O’Riley” do The Who, fechando o show em grande estilo.

Com cada acorde, Mr. Big provou que ainda são gigantes do rock, e o público, que cantou e vibrou o tempo todo, saiu com a certeza de ter testemunhado uma apresentação inesquecível.

Texto por @photos.iuri

 

Uada

Uma das revelações mais impactantes da música extrema nos últimos anos, o Uada, formado em 2014 em Portland, Oregon (EUA), trouxe ao palco do WET STAGE um show que uniu misticismo e agressividade sonora de maneira magistral. Com um som que mistura elementos melódicos com uma atmosfera opressiva, suas letras abordam temas como paganismo, escuridão e as forças da natureza, refletindo perfeitamente o significado do nome da banda, que é “assombrado“.

Quando subiram ao palco ao final da tarde, logo na transição para a noite, os membros do Uada estavam completamente encapuzados e vestidos de negro, como se fossem sombras vivas do metal obscuro. A apresentação foi envolta em uma aura misteriosa, onde a banda conseguiu canalizar energias sombrias através de sua música, criando uma atmosfera envolvente e poderosa.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Uada

Eles abriram com um intenso culto ao black metal, imediatamente inflamando os fãs mais dedicados, que respondem com urros e gritos enquanto eram envolvidos pela densa sonoridade que dominava o palco. Em seguida hipnotizou o público com sua melodia penetrante, levando muitos a um estado de transe coletivo, onde o headbanging e o pogo se misturavam em uma celebração da escuridão.

A intensidade do show foi aumentando com canções como “Djinn”, “Snakes & Vultures” e “In the Absence of Matter”, onde a fusão entre melodia e agressividade atingiu seu auge, com os fãs respondendo com ainda mais vigor. “Cult of a Dying Sun” se destacou como um dos momentos mais poderosos da noite, carregado de um peso quase ritualístico, transformando a plateia em uma massa de seguidores dedicados.

Para encerrar,  antes de terminar tocaram “Black Autumn, White Spring”  que trouxe uma mistura de melodia sombria e brutalidade, encapsulando a essência do Uada. Enquanto as últimas notas reverberavam, a transição do dia para a noite parecia completa, com o público ainda imerso na intensidade do espetáculo que haviam acabado de vivenciar.

O Uada comprovou sua força no cenário do black metal melódico, deixando uma impressão duradoura em todos que tiveram a sorte de assistir a esse show no WET STAGE.

Texto por @photos.iuri

 

Incantation

uma verdadeira instituição do death metal da cena old school, subiu ao palco HEADBANGERS no Wacken e entregou um show devastador, que combinou brutalidade e experiência em uma colisão sonora avassaladora. Fundada em 1989 por John McEntee e Paul Ledney, a banda, atualmente baseada em Johnstown, Pensilvânia, é reconhecida como uma das líderes do death metal de Nova York, e sua apresentação no Wacken provou exatamente o porquê.

Com uma setlist que começou com a esmagadora “Carrion Prophecy”, o público foi imediatamente arrastado para o caos sonoro que define o Incantation. O peso continuou com “Shadows of the Ancient Empire” e “Concordat (The Pact) I”, cada faixa reforçando a reputação da banda como mestres do death metal.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Incantation

“Vanquish in Vengeance” e “Fury’s Manifesto” trouxeram uma intensidade quase palpável ao palco, enquanto “Offerings (The Swarm) IV” e “Blasphemous Cremation” mantiveram a atmosfera densa e opressiva, cativando o público underground que estava lá para experimentar a verdadeira essência do metal extremo.

A sequência continuou com “Invocation (Chthonic Merge) X” e “Blissful Bloodshower”, que foram recebidas com a mesma intensidade pelos fãs dedicados, que se deixaram levar pela violência sonora da banda. “Unholy Massacre” e “Essence Ablaze” reforçaram o domínio do Incantation sobre o palco, enquanto “The Ibex Moon” trouxe um dos momentos mais memoráveis da noite.

O show culminou com “Impending Diabolical Conquest”, uma faixa que encapsula perfeitamente a brutalidade e a maestria do Incantation. Ao final da apresentação, ficou claro que o Incantation não só encantou, mas destruiu tudo no caminho, deixando uma marca indelével na zona mais underground do Wacken. Foi uma verdadeira guerra sonora, onde sabedoria e peso se uniram em uma das performances mais poderosas do festival.

Texto por @photos.iuri

 

ACCEPT

Uma das maiores bandas de Metal do universo, simplesmente isto, o Accept está na cena há muito tempo e sempre com muito talento e compentência desenvolve seu trabalho com solidez e peso. A apresentação foi impecável, o setlist com muitos clássicos e a empolgação da banda contagiaram o público. Foi uma verdadeira aula de como realizar apresentações memoráveis e incríveis para um festival desta dimensão.

O Accept estava no palco principal, fazendo cumprir a tradição do Metal alemão, sempre muito técnico e pesado. Os músicos são extremamente profissionais e técnicos, a apresentação foi impecável, um dos concertos mais legais do dia.

Gosto muito com a banda envolve o público no show e faz com que todos cantem juntos, os hinos sagrados do Heavy Metal.

O Accept sempre vai estar entre as bandas mais importantes do Heavy Metal, os shows são emocionantes principalmente quando o público canta junto, foi especial assisti o Accept na Alemanha e ver todo o carinho dos fãs alemães com a banda. Uma noite memorável.

Setlist: The Reckoning, Humanoid, Restless and Wild, London Leatherboys, Straight Up Jack, The Abyss, Demon’s Night / Starlight / Losers and Winners / Flash Rockin’Man, Shadow Soldiers, Overnight Sensation, Breaker, Princess of The Dawn, Metal Heart, Teutonic Terror, Fast as a Shark, Pandemic e Balls to the Wall.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Accept

Texto por @carlosromano1972

 

Corvus Corax

Na alta noite, o grupo germânico subiu ao WACKINGER STAGE, inicialmente com uma apresentação tímida, surpreendendo aqueles que esperavam a intensidade característica de suas performances. No entanto, essa chama logo se acendeu, transformando a noite em uma verdadeira festa para todos os presentes.

À medida que a banda começou a tocar, os fãs do estilo neo-medieval se deixaram envolver pela performance que, com o tempo, ganhou vida própria. Com o uso de autênticos instrumentos medievais, como as gaitas de fole que frequentemente assumem o papel de destaque, Corvus Corax mergulhou profundamente no espírito de épocas passadas. A atmosfera evocava as noites frias em vilarejos antigos, onde as pessoas se reuniam em torno de fogueiras, bebiam cerveja e contavam grandes histórias.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Corvus Corax

Entre as músicas que animaram a noite, estavam “Víkingar”, que trouxe o vigor e a força dos guerreiros nórdicos; “Komm schenket ein”, que evocou imagens de celebrações e brindes entre amigos; “Havfrue”, que encantou com suas melodias misteriosas e aquáticas; “Ragnarök”, com sua intensidade profética e épica; e “Venus Vina Musica”, que fechou a apresentação com uma ode à música e à celebração.

Formada em 1989 por Catus Rabensang, Wim e Meister Selbfried na Alemanha Oriental, Corvus Corax é conhecida por trazer à vida a música dos tempos medievais, e nesta noite no WACKINGER STAGE, não foi diferente. A banda conseguiu transportar o público para outra era, onde a música era um elo vital entre as pessoas e suas histórias, transformando o show em uma experiência verdadeiramente imersiva e inesquecível.

Texto por @photos.iuri

 

SCORPIONS

Diante do gigante do Heavy Metal, Scorpions, estava muito curioso para assistir a maior banda de Metal alemã em seu país, diante deste sentimento, antes da apresentação, tratei logo de conversar com alguns Metalheads alemães para saber extamente qual o tamanho e a importância do Scorpions para seus fãs. Todas as minhas impressões sobre este assunto foram confirmadas, o Scorpions é considerada uma lenda do Metal alemão, todos com quem conversei afirmaram que a banda é a mais importante da Alemanha e uma das mais importantes do Mundo. O tamanho do Scorpions e impossível definir.

Minhas expectativas com relação ao show foram todas superadas, pela segunda vez em minha trajetória estava assistindo o Scorpions e banda composta por Rudolf Schenker, Klaus Meine, Matthias Jabs, Pawel Maciwoda e Mikkey Dee, foi fenomemal.

E muito legal assistir concertos com bandas que tem muitos clássicos em sua longa trajetória, as músicas transendem seu tempo e nos fazem viajar a cada acorde.

A dupla Matthias Jabs e Rudolf Schenker desfilam uma série de guitarras e fazem um show a parte.

Mister Klaus Meine comanda a equipe, enquanto Mikkey Dee e Pawel Maciwoda definem o peso e tom do desta incrível banda que passou pelos anos com muita sabedoria e profissionalismo.

Photo: @carlosromano1972 | @culturaempeso | Scorpions

Um dos pontos mais legais do concerto foi a participação da lenda Doro Pesch, com sua voz inconfundível e sua simpatia tão doce. A música escolhida foi Big City Night, Doro fez ainda mais a apresentação ganhar brilho, um momento surreal, que ficará para sempre em minha memória.

Aos deuses do Metal, Scorpions todo meu respeito e devoção, vocês são gigante e realmente fiquei emocionado em viver este momento, cada música foi como uma viagem, intensa e feliz, lembrei de muitos momentos da minha e em cada um deles tem uma música do Scorpions como trilha sonora.

Dificil dizer qual parte do show foi mais emocionante, mas arrisco escrever que Wind of Change para mim foi muito especial.

Obrigado Scorpions por exisitir e fazer nossas vidas mais leves e feliz.

Setlist: Coming Home, Gas in the Tank, Make it Real, The Zoo, Coast to Coast, I’m Leaving You, Crossfire, Bad Boys Running Wild, Delicate Dance, Send Me a Angel, Wind of Change, Tease Me Please Me, The Same Thrill, New Vision, Blackout, Big City Nights, Still Loving You e Rock You Like a Hurricane.

Texto por @carlosromano1972

DIA 3

 

Xandria

Com o sol intenso que brilhava no horizonte, a banda de metal sinfônico Xandria iniciou sua apresentação no HEADBANGERS STAGE com uma performance que rapidamente se tornou o centro das atenções. Sob a liderança carismática da vocalista Ambre Vourvahis, o grupo alemão trouxe uma nova energia e uma melodia cativante que transformaram a tarde em um espetáculo inesquecível.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Xandria

A banda começou com a poderosa “You Will Never Be Our God”, que imediatamente cativou o público com suas camadas épicas e vocais intensos. A intensidade não diminuiu com “Death to the Holy”, onde a combinação de orquestração e metal foi recebida com entusiasmo pelos fãs, que estavam claramente imersos na performance.

Com “Reborn”, a banda continuou a demonstrar sua habilidade em fundir elementos sinfônicos com o metal, criando uma atmosfera grandiosa e envolvente. “Nightfall” e “Universal” seguiram, mantendo a plateia completamente engajada, com sua energia sinfônica e arranjos elaborados que fizeram com que o público se esquecesse completamente do calor do sol.

“Two Worlds” trouxe uma melodia ainda mais épica, e “Valentine” encerrou a apresentação de forma majestosa, deixando uma sensação de completude e satisfação.

Mesmo com o sol intenso, os bangers ignoraram o calor e se entregaram de corpo e alma à intensa apresentação do Xandria. A banda conseguiu não só manter, mas elevar o nível de sua performance, garantindo que todos no HEADBANGERS STAGE tivessem uma experiência verdadeiramente memorável.

Texto por @photos.iuri

 

Feuerschwanz

a banda alemã de metal medieval formada em 2004 em Erlangen, incendiou o palco Faster com uma apresentação épica que trouxe as chamas da era medieval para o festival. Com a liderança carismática de Hans, Rollo, Jarne, Mieze Myu, Mieze Musch-Musch, Hauptmann, Hodi e Johanna, o grupo fez valer cada segundo de seu set com uma performance de tirar o fôlego.

A multidão, ansiosa e empolgada, não poupou esforços para criar circle pits e batalhas épicas no mosh, fazendo com que o palco Faster se transformasse em um verdadeiro campo de batalha musical. A energia era tão intensa que resultou em alguns homens sendo retirados em macas, outros sendo apoiados por amigos por não conseguirem se manter de pé, e várias mulheres chorando enquanto se afastavam do centro da agitação. Apesar da intensidade do show, todos receberam o devido atendimento e a festa continuou sem interrupções.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Feuerschwanz

O setlist começou com a poderosa “SGFRD Dragonslayer”, que rapidamente incendiou a plateia, seguida por “Memento Mori” e “Untot im Drachenboot”, mantendo a energia lá em cima. “Bastard von Asgard” e “Valhalla Calling” (cover do Miracle of Sound) trouxeram uma sensação de grandeza e épico, enquanto “Ultima Nocte” e “Schubsetanz” garantiram que o público se mantivesse em movimento.

“Kampfzwerg” e “Berzerkermode” intensificaram ainda mais a festa, e “Highlander” (em versão em inglês) continuou a manter o ambiente vibrante. O cover de “Dragostea din tei” (O-Zone) trouxe um toque inesperado e divertido ao show, e “Die Hörner hoch” preparou o público para o grandioso encore.

O show foi encerrado com “Warriors of the World United” (cover do Manowar), apresentado com a colaboração especial de Saltatio Mortis, seguido por “Rohirrim” e “Das Elfte Gebot”, antes de um toque final com “The Final Countdown” (cover da Europe) tocado em tape, que deixou todos com um gostinho de quero mais.

Com um visual intimista de soldados medievais, Feuerschwanz trouxe um toque autêntico e envolvente à sua apresentação, tornando o show não apenas uma exibição de peso e energia, mas uma verdadeira celebração da era medieval. A banda fez valer cada momento, provando mais uma vez que são mestres em criar uma festa épica e inesquecível.

Texto por @photos.iuri

 

Blind Guardian

A lendária banda de power metal formada em 1984, trouxe uma performance monumental ao palco Faster, mostrando por que continuam a ser um dos maiores nomes do gênero. Sob a liderança do carismático Hansi Kürsch, o grupo ofereceu um show que foi nada menos que épico.

A apresentação começou com a imersiva “Imaginations From the Other Side”, que rapidamente capturou a atenção do público e estabeleceu um tom grandioso. A sequência continuou com “Blood of the Elves” e “Nightfall”, que mergulharam os espectadores em uma atmosfera repleta de emoção e intensidade.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Blind Guardian

Com “The Script for My Requiem” e “Violent Shadows”, Blind Guardian mostrou sua habilidade em criar narrativas poderosas e complexas, enquanto “Skalds and Shadows” e “Time Stands Still (At the Iron Hill)” elevaram a experiência ao explorar temas épicos e memoráveis.

“Bright Eyes” ofereceu um momento de melodia e introspecção, preparando o terreno para “Secrets of the American Gods” e “The Bard’s Song – In the Forest”, que encantaram o público com sua magia e melancolia. O show continuou com “Majesty” e “Lost in the Twilight Hall”, intensificando ainda mais a experiência com riffs enérgicos e letras grandiosas.

O grand finale foi marcado pelo emocionante encore, começando com “Sacred Worlds” e “Valhalla”, antes de fechar com a icônica “Mirror Mirror”. Hansi Kürsch, sempre gesticulando e interagindo com a plateia de maneira natural e envolvente, foi o maestro de uma apresentação que combinou maestria técnica com uma profunda conexão emocional.

O show de Blind Guardian no palco Faster foi uma demonstração perfeita de sua habilidade em criar uma experiência inesquecível, com um equilíbrio entre poder, emoção e a grandiosidade que define o power metal. A banda não apenas tocou suas músicas clássicas com precisão, mas também cativou a multidão com uma performance que ficará gravada na memória de todos que estiveram lá.

Texto por @photos.iuri

 

Korn

No palco Harder, um dos principais headliners da noite e uma das bandas mais icônicas do nu metal, entregou um show que ficará na memória dos fãs por muito tempo. A banda, conhecida por ser pioneira do gênero nu metal, levou a plateia a uma verdadeira jornada sonora, demonstrando por que continuam a dominar o cenário musical mesmo anos após o auge do estilo.

Desde o início, Korn mostrou por que são considerados uma das forças principais do nu metal. A multidão, que esperou pacientemente por mais de cinco horas para garantir um lugar na frente, foi recompensada com uma performance eletrizante. “Rotting in Vain” abriu o set com um peso e uma intensidade que definiria o tom para o resto da noite.

Durante as três primeiras músicas, uma imensa grade desceu, como parte da apresentação visual da banda, que tocou atrás das grades para o seu público.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Korn

“Here to Stay” e “A.D.I.D.A.S.” seguiram, trazendo uma onda de energia e nostalgia para os fãs que cantaram cada letra com fervor. “Clown” e “Start the Healing” mantiveram a intensidade em alta, enquanto a banda demonstrou sua habilidade em equilibrar o peso com momentos de introspecção e reflexão.

O solo de bateria, que precedeu a poderosa “Blind”, serviu como um interlúdio emocionante, preparando a plateia para o frenético “Got the Life” e o emotivo “Falling Away From Me”. A banda então surpreendeu com um trecho da icônica “We Will Rock You” durante “Coming Undone”, um momento que fez a plateia delirar ainda mais.

A batalha de bateria e baixo foi um destaque técnico, e a performance de “Somebody Someone” e “Y’All Want a Single” garantiu que a energia permanecesse altíssima. O show continuou com um trecho de “One” de Metallica durante “Shoots and Ladders”, adicionando um toque de metal clássico ao set.

“Twist” e “Divine” levaram a multidão a uma viagem por diferentes momentos da carreira da banda, e o clímax da noite foi alcançado com a devastadora “Freak on a Leash”. Korn entregou uma performance que não só solidificou sua posição como pioneiros do nu metal, mas também mostrou que sua influência e presença continuam fortes.

Com mais de 60 mil pessoas presentes, a plateia dançou e pulou ao ritmo do Korn, imersa em um show que misturou nostalgia, intensidade e uma dose generosa de groove moderno. Korn não apenas manteve sua relevância no cenário musical, mas reafirmou sua posição como uma das bandas mais essenciais e influentes do metal.

Texto por @photos.iuri

 

DIA 4

Exumer

No início da tarde, dominaram o palco Headbangers Stage com uma performance que foi nada menos que uma explosão de energia e intensidade. Com sua fama consolidada no thrash metal, a banda alemã mostrou por que continua a ser uma força imponente no cenário metal.

A apresentação começou com a avassaladora “The Raging Tides”, que rapidamente estabeleceu o tom para o resto do show. O vocalista Mem Von Stein, com sua presença de palco vibrante e cheia de energia, conduziu a multidão através de um set list implacável. Seu desempenho foi caracterizado por uma série de expressões dramáticas e gestos enfáticos, que capturaram a essência do thrash metal de forma visceral e contagiante.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Exumer

“Brand of Evil” e “Journey to Oblivion” seguiram, mantendo o ritmo feroz e o público animado. A intensidade de Von Stein, que até desceu do palco para se conectar ainda mais com a plateia, foi um espetáculo à parte. “The Weakest Limb” e “Hostile Defiance” mantiveram o nível de energia lá em cima, provocando círculos de mosh e uma verdadeira tempestade de riffs pesados.

A banda continuou com a poderosa “Fallen Saint”, que trouxe ainda mais peso e força ao show. Com “Vermin of the Sky” e “Dark Reflections”, o Exumer mostrou sua habilidade em combinar velocidade e agressividade de maneira impecável. “Fire & Damnation” foi um ponto alto, com a plateia completamente imersa no frenesi do thrash metal.

O clímax da apresentação veio com “Possessed by Fire”, uma faixa que encapsulou a essência do thrash metal alemão com sua potência esmagadora. O show foi uma verdadeira máquina de cortar som, com cada música empurrando a plateia para um estado de euforia pura.

O Exumer não apenas entregou um show de thrash metal com a força de um tanque de guerra, mas também deixou claro que sua paixão e habilidade no palco continuam a ser tão ferozes quanto no início de sua carreira. A apresentação foi um exemplo brilhante do que faz do thrash metal um gênero tão poderoso e emocionante, e a multidão saiu completamente satisfeita e energizada.

Texto por @photos.iuri

Behemoth

Quando o Behemoth subiu ao palco para o evento especial “33 Years, Outliving Christ – Deep Cuts – German Exclusive”, o ambiente imediatamente se transformou em um verdadeiro culto ao black metal. À medida que a noite avançava, as nuvens pareciam se fechar, o céu escurecer e a aura sinistra do black metal tomava conta do local. Comandados pelo carismático Nergal, o Behemoth entregou uma masterclass em death black metal que deixou uma marca indelével.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Behemoth

A apresentação começou com a mítica “Once Upon a Pale Horse”, estabelecendo um tom de grandiosidade e intensidade que seria mantido ao longo do show. “Ora Pro Nobis Lucifer” e “Conquer All” seguiram, mergulhando a plateia em uma atmosfera de pura obscuridade e poder.

“Ov Fire and the Void” e “Cursed Angel of Doom” trouxeram uma combinação feroz de riffs e batidas que reverberaram pela multidão, enquanto “Christians to the Lions” e “Demigod” mantiveram a energia alta, demonstrando o domínio do Behemoth sobre o gênero.

A performance continuou com “The Deathless Sun” e “Blow Your Trumpets Gabriel”, cada música uma nova invocação da força e do caos que caracterizam o black metal da banda. “Bartzabel” e “No Sympathy for Fools” adicionaram ainda mais intensidade, enquanto “Chant for Eschaton 2000” preparava o palco para um final devastador.

O encore trouxe a apoteose do culto, começando com a poderosa “O Father O Satan O Sun!”. O Behemoth, com sua presença esmagadora e sua habilidade em conjurar o mais sombrio dos metal, entregou um show que foi mais do que uma performance – foi um rito de passagem para todos os presentes.

A multidão, que aguardou com devoção para ver o Behemoth, celebrou cada momento dessa celebração do metal extremo. A banda polonesa reafirmou seu status como uma das forças mais imponentes do black metal, oferecendo uma apresentação que foi um verdadeiro testamento da força e da profundidade do gênero. A noite foi marcada por um espetáculo de fogo, energia e pura excelência no metal, mostrando por que o Behemoth continua a ser um dos maiores nomes do cenário.

Texto por @photos.iuri

 

Amon Amarth

Quando chegou o momento do Amon Amarth, o festival alcançou seu auge. Os vikings suecos, respaldados pela Metal Blade, entregaram um verdadeiro ritual de homenagem aos deuses nórdicos, com um espetáculo que fez o Wacken Open Air estremecer.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Amon Amarth

Este que vos fala, esperou 16 anos para poder ver o grupo ao vivo, depois de por diversos motivos perder vários shows dos suecos.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Amon Amarth

O palco, meticulosamente decorado com drakkars, horns, estátuas de deuses e guerreiros, proporcionou o cenário perfeito para essa jornada épica. Mais de 80 mil fãs se aglomeraram na frente do palco, com a multidão se espalhando pelas arquibancadas e se agarrando às telas espalhadas pelo recinto, lutando para estar o mais próximo possível da ação.

A apresentação começou com a poderosa “Raven’s Flight”, dando o tom para o que viria a seguir. As clássicas “Guardians of Asgaard” e “The Pursuit of Vikings” foram cantadas em coro por uma plateia vibrante que se entregava completamente ao show, batendo cabeça, dançando e criando uma verdadeira apoteose. A energia era palpável, com cada acorde e cada grito de Johan Hegg incitando a multidão a participar ainda mais intensamente.

Um dos momentos mais icônicos foi quando Hegg, com sua presença imponente, pediu que o público “REMASSE” e todos seguiram, erguidos por sua liderança. A conexão entre a banda e seus fãs nunca foi tão clara. Hegg revelou que estava com a pele arrepiada diante do mar de fãs gritando “AMON AMARTH“, um testemunho do poder e da paixão presentes naquela noite, e em mais de um situação bebeu seu horn completo em celebração sos fãns.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Amon Amarth

Horas mais cedo, o grupo fez um meet and greet que terminou uma hora depois ainda com uma fila imensa que esperava uma chance de ter fotos com a banda.

Mesmo com o terreno molhado, nada conseguiu intimidar os fãs. Durante duas horas, a plateia deu seu máximo de entusiasmo e fervor, enquanto a banda entregava um show que era uma verdadeira oferenda aos deuses nórdicos. A performance incluiu “Deceiver of the Gods”, “As Loke Falls”, e “Tattered Banners and Bloody Flags”, mostrando o melhor do metal viking.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Amon Amarth

O grupo também apresentou algumas novidades, como “The Last With Pagan Blood” e “Find a Way or Make One”, ambas de grande peso. “Put Your Back Into the Oar” e “The Way of Vikings” foram seguidos por “Under the Northern Star” e “First Kill”, antes do clímax com “Raise Your Horns”.

O encore trouxe o ápice do espetáculo: “Crack the Sky” e o estrondoso “Twilight of the Thunder God”, que fez o chão tremer como se fosse uma verdadeira marcha de tropas vikings em direção à batalha. Soou como o próprio Mjolnir de Thor estalando a toda força em meio a raios e trovões!

O show do Amon Amarth foi, sem dúvida, uma exibição memorável, fazendo jus a todas as expectativas e deixando uma marca indelével no Wacken Open Air.

“Glória ou Valhalla!”

Texto por @photos.iuri

 

Architects

O show do Architects foi um dos momentos mais marcantes do festival, trazendo uma explosão de energia e intensidade ao palco. A banda britânica de metalcore, formada em 2004 em Brighton, entregou uma apresentação espetacular, imersa em uma atmosfera visualmente impressionante, com um uso intenso de LEDs que criaram a sensação de estar em outra dimensão.

Photo: @photos.iuri | @culturaempeso | Architects

Com Sam Carter no vocal, e o incansável trabalho de Dan Searle na bateria, Tom Searle nas guitarras e teclados, e Alex Dean no baixo, o grupo ofereceu um espetáculo avassalador. A performance começou com “Seeing Red” e “Giving Blood”, estabelecendo o tom para uma noite de pura força e emoção. A energia foi mantida com “Deep Fake” e “Impermanence”, enquanto os fãs se entregavam completamente ao ritmo intenso da banda.

“Black Lungs” e “Hereafter” trouxeram uma profundidade emocional ao set, enquanto “Gravedigger” e “Curse” (dedicada a Bill Crook) ampliaram a conexão entre a banda e a plateia. “Royal Beggars” e “Doomsday” mantiveram a intensidade, enquanto a apresentação incluía também “Meteor” e “When We Were Young”, antes de atingir o clímax com “Nihilist” e “Animals”.

Cada música foi acompanhada por um show de luzes hipnotizante, amplificando a experiência sensorial e fazendo com que o público se sentisse transportado para uma dimensão paralela de metalcore. A performance dos Architects não foi apenas uma demonstração de habilidade musical, mas uma verdadeira experiência imersiva que deixou uma marca duradoura no público presente.

Texto por @photos.iuri

 

Visões finais de Iúri e Carlos.

 

Wacken, Uma grande experiência

A organização do evento foi impecável, o Wacken conta com muitos voluntários e isto faz a diferença, além também do público que sempre é muito solícito, disposto a ajudar no que for necessário.

A impressão que tenho é que realmente é importante estar no festival e o público, mesmo sem saber quais são as atrações do próximo ano, esgota os ingressos assim que são colocados à venda.

Claro, como são muitas bandas durante os 4 dias de festival e humanamente impossível estar presente em todas as apresentações, desta vez concentrei os concertos para descrever aqui em algumas bandas que gostaria de assistir e outras por estar extremamente curioso para ver o impacto ao vivo.

O mais importante quando se está em um festival deste porte, para poder estar presente em muitos concertos, é o planejamento do dia.

Como são 4 dias de festival, temos que estar preparados para a imprevisibilidade do tempo. Durante o dia, o calor é forte, e à noite um pouco de frio. Além do tempo, são muitas horas em pé, sendo necessário ter um tempo de descanso entre uma banda e outra, além da hidratação e alimentação saudável para poder suportar todos os dias.

Observar o público é um show à parte. Os Headbangers realmente se preparam para ir ao festival. Foi possível ver pessoas com muitos estilos diferentes, mas todas têm algo em comum: estão lá para se divertir, escutar som pesado e encontrar os amigos.

Tudo é muito organizado e os horários das apresentações são extremamente respeitados tanto para o início quanto para o término das apresentações. Isso garante a eficiência da produção e a satisfação do público.

As palavras descrevem o que foi a experiência no Wacken, mas é impossível descrever a grandeza e o quanto este evento é especial. A única maneira de saber o que realmente o Wacken representa é visitar o festival e ter essa experiência única.

A sensação que descreve o que realmente sinto: liberdade e paz de espírito. O festival é capaz de promover esses sentimentos dentro de mim.

Texto por @carlosromano1972

 

O Wacken Open Air foi uma experiência verdadeiramente inesquecível, uma imersão total em um mundo à parte, onde a música e a camaradagem se encontram em perfeita harmonia. A vibração do festival é inigualável, com um ambiente vibrante e acolhedor, onde pessoas de todos os cantos do globo se reúnem para celebrar a paixão pela música pesada.

uma imersão total em um mundo à parte

Um ponto de destaque é a presença massiva da comunidade latina no festival. É impressionante ver representantes de praticamente todos os países da América do Sul, além de muitos da América Central e do Norte, criando uma atmosfera multicultural que só enriquece a experiência. A energia e o entusiasmo da comunidade latina são contagiantes e contribuem para o caráter único e inclusivo do evento.

Um agradecimento especial vai para a equipe de imprensa do Wacken, cuja dedicação e profissionalismo tornaram nosso trabalho mais agradável e eficiente. Seu apoio fez toda a diferença, garantindo que pudéssemos aproveitar ao máximo cada momento deste festival épico.

Se você ainda não teve a oportunidade de vivenciar essa experiência, não deixe passar. O Wacken Open Air é mais do que um festival; é uma celebração da música e da comunidade que realmente deve ser experimentada ao menos uma vez na vida. A mística de Wacken é real e cativante, oferecendo uma jornada musical e cultural que fica gravada para sempre na memória.

Photo: @naysabinoph| @culturaempeso | Iúri Cremo

Texto por @photos.iuri

 

Photos dos álbums por @photos.iuri

Fotos de Bandas:  

 

Fotos de Público:

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