Qual foi o impacto nesta mudança de formação?
Alex: Impacto 100% positivo, o James é um cara que tem uma ótima presença de palco, e por não tocar nenhum instrumento na Rotten, ele é completamente livre no palco. Guilherme : Foi gigante, no ano de 2018 gravamos e lançamos um disco, e ainda fizemos uma pequena turnê para divulga-lo, imagine que em janeiro fizemos o primeiro ensaio com o James, em fevereiro estávamos gravando o disco, em julho/agosto fizemos a turnê do disco ( 6 shows em São Paulo, 2 aqui no rio grande do sul, em sequencia) setembro lançamos o álbum, e ainda em outubro o Clipe de “Tyet“. Tudo isso em um ano é bastante coisa para uma banda que se encontra no interior do RS longe de todas as capitais, o que mudou na banda principalmente foi a vontade e a mobilização para nos movimentar.
A gravação do novo disco traz novas experiências e elementos, como foi a composição desde álbum? Guilherme: Desde a primeira idéia do conceito, até as primeiras musicas, se passaram cerca de dois anos, porém o ano de 2017 foi inteiramente voltado para a composição do álbum. Eu escrevia as letras, nos reuníamos e criávamos as musicas do zero, todos juntos pensando no conceito e de como elas soariam melhor, até a entrada do James que foi em janeiro de 2018, o grande detalhe é que ele nunca tinha cantado em uma banda antes, mas sempre quis, então acabamos convidando ele, sabendo que dali poderia surgir algo novo, exatamente como aconteceu. Alex: Muito interessante, buscamos mais coisas além do death/thrash tradicional, então fomos atrás de todo tipo de influência. Por morarmos cada integrante em uma cidade diferente, não conseguimos nos juntar sempre para compor, mas pegamos as ideias de cada um e conseguimos um ótimo resultado final.
Qual a evolução a banda buscou ter entre os álbuns Inhuman Sovereign (2015) e “The Hierophant” (2018)?
Alex: Principalmente amadurecimento sonoro. O Marcello por ter um conhecimento teórico muito grande, ajudou a dar um som mais coeso a tudo, e a banda como um todo conseguiu encaixar tudo da forma como imaginávamos desde o início. Guilherme: Buscamos fazer músicas mais cativantes, que não seguissem um padrão. No álbum você pode ouvir muitas variações, músicas rápidas, lentas, cadenciadas, com bastante refrão, com momentos mais experimentais, reunindo as nossas influencias e aquilo que estávamos vivendo naquele momento. Apesar de Inhuman Sovereign ter sido um álbum aclamado pela crítica, não estávamos satisfeitos, precisávamos encontrar a nossa essência e a nossa identidade musical. The Hierophant abriu esse caminho, para as musicas, para as nossas idéias e para as nossas influências e principalmente das letras, que fugiram ao máximo dos clichês. Por isso o nome The Hierophant, o Hierofante no âmago das sua palavra significa “ aquele que trás a luz “
Como foi a produção do álbum? Onde foi masterizado e mixado?
Alex: Excelente. Nosso produtor, Boll3t nos proporcionou uma experiência incrível de gravação. Tudo do jeito mais natural possível, inclusive a relação entre ele e a banda, sem nenhuma tensão que deixasse a banda “travada” na hora de gravar
Guilherme:
O álbum foi produzido pelo Boll3t, um brasileiro que já vive há alguns anos em Los Angeles, somos amigos de longa data, desde a época que ele vivia aqui no Brasil e sempre admirei o trabalho dele, sabendo que ele teria o background das produções estrangeiras a gente convidou ele que trouxe um novo conceito de trabalho. O álbum foi gravado sem metrônomo, ao vivo, apenas com overdubs de voz e guitarra, também não usamos samplers ou super processamentos, buscando uma sonoridade totalmente primitiva, o que nos ensinou muito sobre como tocar juntos. Foi uma experiencia incrível, e dando sequencia, o álbum foi mixado e masterizado no estúdio do nosso selo, em Los Angeles, que também pertence ao Boll3t, o Civil Alien.
Marcello Caminha faz participação com violino em duas canções. Como surgiu a ideia de ter um violino mesclado ao peso de death e thrash metal?
Guilherme: Na verdade não foi Violino, foi um Violão, Marcello Caminha é pai do nosso baixista e é um grande amigo da gente. Como ele já havia participado do álbum The Great Execution do Krisiun, convidamos ele para fazer uma introdução e um encerramento no disco, que ficou sensacional, ele usou um violão fretless e trouxe junto as suas influências do magnifico violão gaúcho, ao qual o Marcello Caminha é um dos melhores Violonistas que já existiram por aqui.
Este ano o grupo brinda 10 anos de carreira, além deste segundo álbum,vocês planejam mais alguma novidade para 2019?
Guilherme: Muitos shows, queremos tocar o máximo possível, pra divulgar bastante o álbum. Também temos mais dois clipes já em produção, e o nosso terceiro disco já se encontra em fase de desenvolvimento, já há um conceito e existem alguns riffs e letras. Alex: Estamos pensando em criar playthroughs de algumas músicas também.
Jogo rápido:
Guilherme:
4 bandas nacionais: Burn the Mankind, Far from Alaska, Surra, Nação Zumbi.
4 bandas internacionais: Ghost, Gojira, Mastodon, Tool.
1 livro: A busca onírica por Kadath – H.P Lovecraft
1 CD: Nirvana – Bleach
Política: Anarquismo
Brasil: Desgoverno
Rio Grande do Sul: Precisa melhorar
Alex:
4 bandas nacionais: Hibria, Desalmado, Surra, Sepultura
4 bandas internacionais: Mastodon, Annihilator, Gojira, Pantera.
1 livro: O demonologista – Andrew Pyper
1 CD: Master of Puppets
Política: Piada
Brasil: Entregue
Rio Grande do Sul: Cena forte de metal extremo
Com o passar do tempo o thrash metal veio se remodelando e se aproximando de outros estilos também, como é o caso do death metal. Como vocês veem essa escalada no thrash metal atual onde muitas banda não estão se aproximando mais do tradicional / old school?
Guilherme: Eu acho totalmente natural, em 2019 a gente não pode mais acreditar que a musica pesada é uma religião ou deve seguir um padrão ou regra específica. Se soar bem aos ouvidos, tá ótimo. Alex: Acho que a música evolui e as bandas evoluem junto, hoje a gente tem o metal moderno em destaque, e as bandas acabam tendo esse som como influência e isso acaba modificando o metal tradicional.
Contatos:
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Mensagem da banda:
A gente ama fazer shows, nos chamem pra tocar aí na sua cidade!
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