Porto Alegre, 6 de maio de 2025, O Bar Opinião foi o epicentro de uma verdadeira tempestade de heavy metal na noite passada, quando os lendários Saxon desembarcaram na cidade, proporcionando aos fãs brasileiros uma noite inesquecível. Com o apoio energético e talentoso das Burning Witches e dos Urdza, a banda britânica provou por que, mesmo após décadas de carreira, seu trono no reino do metal clássico continua inabalável.

Urdza: Abertura Incandescente de São Paulo

Às 19h30, com a casa começando a esquentar e a encher, os Urdza subiram ao palco. A banda brasileira, vinda diretamente de São Paulo, não perdeu tempo e atacou o público com uma descarga de riffs pesados, energia e distorção. Aproveitando parte da cenografia que mais tarde seria usada pelas Burning Witches, os Urdza conseguiram captar a atenção dos presentes, preparando com excelência o terreno para as atrações seguintes, mesmo com o público ainda chegando. Uma abertura sólida que deixou claro o tom da noite: potência e paixão.

 

Burning Witches: Bruxas do Metal Conquistam o Brasil

Depois do aperitivo nacional, foi a vez das Burning Witches. As “garotas suíças”, convidadas especiais dos Saxon, literalmente tomaram de assalto o palco e o coração do público brasileiro. Carregadas de uma energia contagiante, retribuíram com intensidade o calor que receberam, mostrando uma sintonia invejável e uma clara vontade de interação, especialmente com as primeiras fileiras. A apresentação foi uma sequência de momentos memoráveis: desde a vocalista Laura Guldemond, que em algumas músicas apareceu com uma sugestiva máscara, até a estreia de uma faixa do novo álbum, recebida com entusiasmo e marcada por uma bateria sísmica. Como mostram as várias fotos da noite, a presença de palco da banda, realçada por um jogo de luzes dinâmico e solos de guitarra eletrizantes, envolveu o público em um headbanging frenético. A música das Burning Witches, um turbilhão de velocidade e passagens cadenciadas, fez todo mundo “metalar com a cabeça”, confirmando o status do grupo como uma força emergente no cenário global do metal.

Saxon: Lenda, Potência e uma Chuva de Clássicos

A expectativa para os headliners era palpável. Às 21h30, após uma rápida troca de palco que revelou um simples, porém icônico pano de fundo com o nome da banda – afinal, como muitos disseram, “os Saxon não precisam de efeitos visuais, eles devolvem tudo em música”, Biff Byford e companhia fizeram sua entrada triunfal.

O início foi explosivo: “Hell, Fire and Damnation” incendiou imediatamente um Bar Opinião já completamente lotado. “Que voz do cantor, incrível, e que performance de todos!” Esse foi o comentário mais ouvido após os primeiros minutos. A energia era tão intensa “que dava pra cortar com uma faca”, um verdadeiro “tiro de escopeta musical”.

Os Saxon, com a maestria de palco que só décadas de estrada proporcionam, apresentaram um setlist de tirar o fôlego. Após as duas primeiras músicas, a banda saboreou os aplausos ensurdecedores de um público em êxtase, para então embarcar em uma viagem por sua vasta discografia. Os solos de guitarra, precisos e incendiários, elevaram ainda mais os ânimos, enquanto o coro “Saxon! Saxon!” ecoava alto.

A banda parecia um “trem desgovernado nos trilhos do metal”, e cada música, cada riff, explicava sua longevidade: “o ‘problema’ com essa banda é que todas as músicas são incríveis”. Do carisma de Biff, à presença de palco de Nibbs Carter (flagrado diversas vezes dominando o palco), passando pela precisão dos guitarristas Doug Scarratt e Brian Tatler (convidado especial da turnê), tudo conspirava para um show impecável.

A cavalgada pelos clássicos incluiu joias como “Power and the Glory”, “Heavy Metal Thunder”, “Dallas 1 PM” e “The Eagle Has Landed”, antes de uma imersão nos anos 80 com a session “Wheels of Steel”, que trouxe de volta sucessos como “Motorcycle Man”, “747 (Strangers in the Night)” e a própria “Wheels of Steel”.

Quando o show parecia se encerrar, os Saxon prepararam o golpe final com um encore de manual: “Crusader”, “Denim and Leather”, “And the Bands Played On” e a poderosa “Princess of the Night” selaram uma performance monumental.

Uma noite esplêndida, que reafirmou o poder imortal do heavy metal e a grandeza de uma banda lendária como os Saxon, que ainda hoje conseguem incendiar plateias ao redor do mundo. Porto Alegre respondeu com fervor, testemunhando um evento que certamente permanecerá na memória dos metaleiros gaúchos por muito tempo.

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