Na cena musical italiana, frequentemente dominada por sonoridades mais comerciais, o SEED se destaca por sua abordagem autêntica e sem compromissos ao grunge. A banda, composta por Alessandro Rocchi (voz e baixo), Gabriele Lodovichi (guitarra), Fabrizio Menghini (guitarra) e Lele Roma (bateria), encarna perfeitamente o espírito do rock alternativo dos anos 90, fundindo a energia de suas influências com um toque moderno que os torna únicos no cenário atual.
Formados em 2021 pelo encontro de Gabriele Lodovichi e Alessandro Rocchi, o SEED consolidou rapidamente sua identidade sonora, caracterizada por guitarras incisivas, uma seção rítmica potente e uma voz arranhada e profunda. Após o lançamento dos primeiros dois singles, “The Seed’s Way” e “Sudden Fury“, a banda chamou a atenção dos fãs do gênero, graças a uma proposta musical que remete a grupos lendários como Alice in Chains, Soundgarden, Stone Temple Pilots e Corrosion of Conformity, mas com uma personalidade bem definida.
O último single da banda, “Sudden Fury”, representa uma explosão de emoções e raiva reprimida, contada através de um refrão potente e memorável, sustentado por guitarras de som robusto e decidido. A faixa segue a linha do anterior “The Seed’s Way”, que já havia destacado a capacidade do grupo de escrever riffs sólidos e melodias cativantes.
Ser uma banda grunge na Itália é um desafio, mas o SEED não se deixa intimidar. Graças à colaboração com realidades independentes como Rock My Life, Gorarella Production e Margini, o grupo está contribuindo para o renascimento da cena underground, seguindo seu caminho com determinação e paixão. O objetivo deles? Continuar a escrever música autêntica, permanecendo fiéis à sua identidade e às suas raízes.
Nesta entrevista exclusiva, o SEED conta sua história, o processo criativo por trás de sua música e as ambições para o futuro. Uma jornada no coração do grunge italiano, entre influências, experiências significativas e o desejo de deixar sua marca na cena musical contemporânea.
1 – Como surgiram os SEED? Contem-nos a história por trás da formação da banda.
Os SEED nasceram em 2021 a partir de uma ideia de Gabriele Lodovichi (guitarra) e Alessandro Rocchi (voz e baixo). Com experiência musical prévia juntos, decidiram dar vida a novas ideias, começaram a compor as primeiras músicas e optaram por ampliar a formação, trazendo Lele Roma (bateria), que já havia tocado com Gabriele em outras bandas. Posteriormente, Matteo Garfagnini (segunda guitarra) entrou para o grupo, mas após algumas experiências com a banda, cedeu seu lugar a Fabrizio Menghini, com quem a banda segue seu caminho atualmente.
2 – Qual é o significado do nome SEED e como ele representa o seu projeto musical?
Na verdade, o nome SEED surgiu em um projeto anterior de Gabriele e Lele, que decidiram reutilizá-lo. Com a aprovação de todos, escolheram mantê-lo, com a ideia de um renascimento, onde algo novo surge, assim como de uma semente nasce um novo ser.
3 – O seu estilo remete ao grunge dos anos 90 com influências modernas. Quais são as suas principais inspirações musicais?
Somos quatro músicos com trajetórias diferentes, cada um influenciado por diversos gêneros musicais, que vão do rock ao blues, e do grunge ao metal. Nossas influências não são idênticas, mas são semelhantes o suficiente para nos levar a tocar juntos.
Viemos de mundos paralelos, mas próximos, o que nos permite influenciar uns aos outros e encontrar o nosso próprio som.
4 – Falem sobre o seu último single, “Sudden Fury”. Qual é a história ou a mensagem por trás dessa faixa?
“Sudden Fury” representa o momento em que uma raiva latente finalmente se liberta diante de algo que não está certo ou que nos machuca. É uma sensação que permanece adormecida, mas nunca completamente, dentro de cada um de nós.
5 – Como vocês descreveriam o processo criativo da banda? Vocês trabalham juntos ou têm papéis específicos?
Não temos um processo de composição rigidamente definido. Partimos de uma ideia, que pode ser um riff de guitarra, uma linha vocal ou até mesmo algo que surgiu por acaso de um dos integrantes. Preferimos trabalhar juntos para desenvolvê-la da melhor forma possível e, a partir disso, criar nossas músicas.
No geral, buscamos inspiração em acontecimentos do dia a dia, experiências e emoções vividas, ou simplesmente no que aconteceu ao longo do dia.
6 – Ser uma banda grunge na Itália é algo bastante original. Como vocês enxergam o seu lugar na cena musical italiana?
Ahahahah, é complicado!
Mas, na nossa região, existem alguns movimentos como “Rock my Life”, “Gorarella Production” e “Margini”, que estão tentando revitalizar a cena underground. Felizmente, temos uma ótima relação com eles, baseada no respeito mútuo, e eles nos incluem em suas iniciativas e ideias.
7 – Qual é a visão de vocês para o futuro dos SEED? Há novos projetos ou um álbum a caminho?
Depois dos dois singles lançados, que podem ser encontrados nas diversas plataformas, estamos finalizando o nosso primeiro álbum. Enquanto isso, também estamos avaliando algumas propostas de gravadoras.
Com certeza, queremos continuar compondo novas músicas no nosso estilo.
8 – Que impacto vocês desejam ter nos seus ouvintes? Existe uma mensagem específica que querem transmitir?
Temos simplesmente paixão pelo que fazemos e esperamos que isso chegue aos nossos ouvintes.
9 – Qual foi a experiência mais significativa até agora na carreira musical de vocês?
Apesar de termos tido a oportunidade de tocar no Teatro Ariston de Sanremo (uma experiência incrível), por mais que possa parecer banal, a mais significativa foi tocar no Margini Fest. Esse festival é organizado por pessoas da nossa cidade que se esforçam muito para revitalizar a música independente, e tivemos a chance de contribuir para essa grande iniciativa.
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