É o tipo de som que eu sempre esperei escutar do Sepultura com a postura nova. Arrisco a dizer que reencontraram com o poder de composição dos tempos áureos.

Outro ponto certeiro foi manter o produtor Jens Bogren, o mesmo já tinha acertado na produção no Machine Messiah, no entanto, ao produzir o Quadra ele foi além e extraiu um vocal do Derrick Green que muitos fãs do Sepultura sempre esperaram para escutar, inclusive eu!

No meu ponto de vista é o ponto mais alto do disco, o Vocal do Derrick ficou muito foda.

Falar bem de Andreas KIsser e Eloy Casagrande é chover no molhado, mas não vou deixar de elogiar, Andreas fez um belo trabalho de guitarra, bases pesadas, riffs de thrashão moderno e solos muito bem executados.

Eloy mostrou não só o grande talento que tem, mas é perceptível que participou e muito das composições, ele casou a bateria com todos os outros instrumentos, fora a agressividade que admiramos.

O disco abre com dois petardos: Isolation e Means to an End, o Derrick chegou quebrando tudo no vocal dessas músicas. Música digna de uma roda de pau fudida nos shows ao vivo, Thrash moderno e pesado.

Last Time é um caso a parte, o Andreas debulha a guitarra em uma música cheia de meandros e experimentação. Capital Enslavement também tem algumas experimentações com um thrash visceral, aparece as famosas percussões do Sepultura, casou legal com o thrash proposto no som.

Ali, Raging Void e Guardians dão uma pegada mais cadenciada, propícia para um respiro e voltar pra pancadaria. A peteca não cai e o cara se anima com essas três músicas, uma pegada moderna, e com o vocal do Derrick voando, Andreas fritando bonito, Eloy e Paulo marretando na cozinha.

A Pancadaria volta em The Pentagram com um instrumental em que eu imagino a bateria sendo espancada pelo Eloy, que música animal, Riffs, solos, bateria e baixo formando uma cozinha infernal. Outra Instrumental é Quadra, Andreas dá showw.

Em Autem, Derrick Green volta com um vocal fodaraço, mostrando o que eu sempre tive vontade de escutar.

O disco fecha em uma pegada mais leve, por conta de Agony of Defeat e Fear; Pain; Chaos; Suffering. Além de arranjos e melodias muito bem executadas, mais uma vez Derrick detona com o vocal. A última tem a particiapação de Emmily Barreto, da banda Far From Alaska.

O disco é digno de ser considerado um dos melhores do Sepultura, uma produção caprichada, riffs viscerais, rápidos, pegados, e modernos. Ao mesmo tempo, composições de muito bom gosto nas mais cadenciadas. O conjunto da obra tá muito bom. O disco faz por merecer todo o elogio que está ganhando na mídia.

O ponto alto na minha opinião é Means to an End, Foi o tipo de som que eu sempre tive vontade de escutar com o Derrick.

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.