A vida é curta e frágil. Por isso, é importante vivenciar a plenitude de cada momento. Esse é o espírito do álbum de estreia do cantor e compositor, Nando Müller, intitulado Singular. O trabalho reúne 10 faixas que traduzem uma espécie de indie folk tardio, isto é, com um andamento calmo influenciado pela MPB e pela música alternativa em si.
Em outras palavras, o disco é um prato cheio para fãs de Rodrigo Amarante, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Devendra Banhart e Mac Demarco, produzido na contramão do imediatismo contemporâneo. Isto é, levou quatro anos para ganhar vida. Assim, o repertório é composto pelas canções: O Extraordinário, Casas Coloridas, Quasar, Da Janela, Da Estrada, Mantra, Olá, Quarantine, Amor Verão e Há de Ser.
Nando Müller explica que o título do álbum foi escolhido de forma espontânea, representando a fugacidade da vida e a sua relação atípica com a própria indústria fonográfica.
“O nome é quase uma afronta, apresentando o material como raro ou único, já que não sei se lançarei mais canções em um futuro próximo. Brincadeira ou não, fato é que discos não são aceitos como outrora. Vejo que estou na contramão de todo esse imediatismo que os artistas têm lidado”, destaca.
O álbum foi majoritariamente gravado no home estúdio de Breno Branches, nome expoente do cenário indie, que ainda assina a produção das canções. A exceção se dá pela canção Olá, que foi captada no estúdio Rota 66, em Joinville, Santa Catarina. Os músicos Nicolas Pedroso (flauta), Barbara Cosmo (backing vocal), Lu Maciel (backing vocal) e Vitor Bussarelo (guitarras, contrabaixo, bateria e piano) também colaboraram no disco Singular.