O festival Summer Breeze Brasil chegou na sua segunda edição com um Lineup de fazer inveja aos gringos, afinal não é sempre que em um final de semana, a gente consiga juntar quase 60 bandas de diversos estilos fazendo uma festa e juntando várias tribos e vertentes em um só lugar em plena harmonia e respeito.
A chegada foi bem tranquila, na sexta feira, durante o expediente de trabalho para a maioria das pessoas dessa cidade louca que é São Paulo, até que me surpreendeu a quantidade de pessoas que transitavam por entre os palcos sedentos de muito som.O credenciamento foi simples, rápido e eficiente, o crachá já lincava com sua identificação edava acesso aos 3 dias de evento, o sistema para alimentação e bebidas também era eficiente, mas tinha que comprar um cartão para poder carregá-lo e poder utilizar nos diversos pontos de venda espalhados pelo evento. Pelo menos as cervejas estavam sempre bem geladas e isso foi muito necessário frente ao escaldante calor que fez nesses 3 dias. Os banheiros também estavam bem distribuídos e não tinham filas para utilizá-los. A sala de imprensa sempre bem abastecida com água e alguns quitutes, além de wi-fi e estrutura para que nós da imprensa pudéssemos já ir abastecendo nossas páginas com informações praticamente em tempo real, ponto mais que positivo pra produção. Para mim, os pontos negativos desse festival foram no deslocamento de um palco para o outro. Não tinha entrada pelos dois lados dos palcos Hot Stage e Ice Stage, assisti alguns shows de longe devido estar do outro lado no Sun Stage por exemplo e não conseguir passar para o outro lado, no sábado essa movimentação foi bem complicada, pois estava muito cheio de gente, mesmo assim, o som de todo evento estava sensacional e de qualquer lugar que você estivesse dava pra assistir aos shows muito bem.
Primeiro dia (26/04/2024):
Entramos por trás do Sun Stage e já estava rolando o som do Cultura Tres, já fiquei por lá mesmo, pois o som dos caras estava impressionante, a banda Venezuelana, no qual o Baixista é nada menos que o Paulo Xisto (Sepultura), fizeram um show bem executado, sólido, o som dos caras é bem pesado, movimentado e agitou o pouco público que timidamente ia chegando ao Festival, vale salientar que é uma sexta feira, ainda por volta do meio-dia, impossível mesmo de estar lotado, mesmo assim a galera curtiu muito a banda e agitou bastante.
Setlist do Show:
The World and its lies
Time is up
Proxy War
19 horas
Zombies
Day one
Signs
Dali já saí correndo porque o Flotsam & Jetsam já estava para subir no palco Hot Stage, que era do outro lado da passarela, corri para lá e consegui assistir o show deles inteiro, era uma das bandas que eu estava bem ansioso para ver ao vivo, uma aula de Metal, muito bem executado, a antiga banda de Jason Newsted mostrou que está bem ativa e nem a idade nem o calor infernal que assolava nossa testa naquele momento influenciou na cadência do Show, o som estava extremamente alto e o set foi dividido entre várias fases da banda, dando ênfase às mais antigas dos álbuns “Doomsday for the deceiver” e “No place for disgrace”, um show de tirar o fôlego daqueles que a muito tempo esperam por ver essa excelente banda Estadunidense ao vivo e eles não decepcionaram os fãs e fizeram um excelente show.
Setlist do Show:
Hammerhead
Desecrator
Dreams of Death
Prisioner of Time
She took na Axe
Iron Maiden
Brace for impact
Suffer the masses
I live you die
No place for disgrace
Dali já pulei pro lado, pois Edu Falaschi já se preparava para subir no palco e o cenário do palco estava bonito de ver, dois guerreiros gigantes segurando suas espadas davam um visual bem bacana para o que iria vir, vale salientar que o espaço já começou a tomar corpo com bastante gente chegando, o show (até onde assisti, pois tinham vários shows simultâneos acontecendo), foi baseado em músicas da antiga banda de Edu (Angra) e apenas duas músicas do disco “Eldorado”, lançado em 2023, dando importância maior à sua antiga carreira como vocalista do Angra, mas foi bacana ver a galera cantando vários sucessos com ele e interagindo bem ao show.
Setlist do Show:
Live and Learn
Acid Rain
Waiting Silence
Heroes of Sand
Sacrifice
Millennium Sun
The temple of Hate
Eldorado
Bleeding Heart
Deus le volt!
Spread your fire
Pegasus Fantasy
Rebirth
In Excelsis
Nova Era
Em um certo momento deixei o Edu Falaschi e atravessei novamente a passarela, pois queria ver um pouco do show do Dr. Sin, uma banda que acompanho a muitos anos e ainda não tinha visto ao vivo depois do retorno deles em 2018, a essa altura o Sun Stage já estava mais cheio também e galera interagia bem com a banda dos irmãos Busic, afinal são longos anos de estrada e dedicação ao Rock, consolidando a banda entre as maiores do País, também não consegui assistir ao show deles inteiro, mas pelo que eu vi, o som estava lindo e o show bem agitado.
Setlist do Show:
Lady Lust
Down in the trenches
Only the Strong Survive
Time after time
Sometimes
Fly Away
Fire
Isolated
Miracles
Emotional Catastrophe
Ao término do Show do Dr Sin dei uma corrida para o Waves Stage, pois lá estava já rolando o show do Alchemia, banda de Horror Metal, com Gothic, Industrial, Death Metal, enfim uma mistureba que tinha tudo para dar errado, mas a banda é boa, fizeram um baita show empolgante, agitando os poucos que os assistiam no momento, mas foi uma grata surpresa, como várias que tive ao longo do Fest, várias bandas que eu não conhecia e que agora fazem parte da minha playlist, como a banda que vem a seguir, o Black Stone Cherry. Detalhe, não conseguimos o setlist do Alchemia, vou ficar devendo. Olha….o Black Stone Cherry foi uma das bandas que mais gostei de conhecer no Festival. Que energia desses caras ao vivo, uma entrega, uma vontade de tocar surreal, e mesmo passando por várias adversidades ao longo do Show (quebrou o baixo, depois a guitarra) e mesmo assim os caras tocaram o barco com muito profissionalismo e fizeram um enorme show, Rock and Roll de verdade, digno de um Festival de grande porte como o Summer Breeze Brasil, se você ainda não conhece essa excelente banda, ouça, eles são muito bons, principalmente ao vivo.
Setlist do Show:
Me and Mary Jane
Burnin
Again
Nervous
In my blood
Like I Roll
Cheaper to drink alone/ Drum solo
When the pain comes
Yeah man
Blame it on the boom boom
White trash millionaire
Lonely train
Assisti o Black Stone Cherry em duas partes, confesso que mesmo a banda sendo ótima ao vivo, eu precisava dar uma espiada no Tygers of Pan Tang, banda Inglesa de Heavy Metal, que desde dos anos 80 fazem parte da minha prateleira, o disco Spellbound é uma obra prima do Heavy Metal e eu tinha muita vontade de vê-los ao vivo, o grande problema foi ficar hipnotizado pelo show do Black Stone Cherry e não consegui assistir o show deles inteiro, ainda mais que ainda queria ver um pouco do Eletric Mob antes de correr pro Exodus…uffa uma maratona em tanto, com um sol de 34 graus na moleira, não foi fácil. O Show do Tygers of Pan Tang foi demais!!! Aliás, o som desse Sun Stage estava muito bom em todos os shows que assisti lá, pra mim o melhor palco do festival, grande, espaço bom pra assistir, frente larga, som brutal; e assim foi o show deles, Heavy Metal bem executado, os velhinhos estão em forma e fizeram um show surpreendente.
Setlist do show:
Gangland
Love don´t stay
Only the brave
Fire on the Horizon
Destiny
Keeping me alive
Slave to freedom
Back for good
Suzie smiled
Euthanasia
Hellbound
Love potion nº 9
Terminando o show do Tygers of Pan Tang ainda corri para ver um pouco do show do Eletric Mob, banda de Curitiba que vem fazendo muito barulho por aqui e ´precisava dar um check no som dos caras, que não decepciona ao vivo, uma ótima movimentação de palco no pequeno espaço que tinha no Waves Stage, aliás, uma coisa para ser revista pela produção do evento é aumentar o tamanho desse palco para os próximos anos, ele é muito pequeno, as bandas com mais de 4 integrantes batem cabeça para tocar nesse palco e o Eletric Mob aproveitou bem esse espaço fazendo um surpreendente show, com muita energia e reciprocidade da galera que agitou o show inteiro deles; também não temos o set list deles infelizmente. Saí do show deles literalmente correndo, pois tinha que atravessar novamente a passarela e me posicionar para um dos shows mais aguardados por mim nesse festival, o Exodus. Já perdi a conta de quantos shows do Exodus eu já assisti, mas seus shows sempre surpreendem. É uma aula de como fazer Thrash Metal. Um setlist impecável, só clássico, dava pra ver na cara do seu vocalista Steve Zetro Souza a felicidade de estar tocando entre amigos no Brasil, inclusive citou alguns que ali estavam. Os caras me entram tocando a introdução da Bonded by blood e aí já se percebe que ia ser loucura até o final, o som da guitarra do Gary Holt estava bem mais baixa que de Lee Altus, comprometendo um pouco no começo do show, mas depois o técnico de som se acertou e bola pra frente, porque a brutalidade imperou, era roda que abria, cerveja que voava e uma agitação feroz tomou conta da galera, que cantava e agitava todas as músicas, outro ponto legal foi quando ensaiaram tocar Raining blood , do Slayer, antes da The Toxic Waltz teve até “Wall of Death” no final do show quando tocaram Strike of the beast, um show que só não foi perfeito por conta dos problemas técnicos com o som da guitarra do Gary Holt, mas como sempre o Exodus fez um show inesquecível, daqueles que vão martelar na lembrança sempre.
Setlist do show:
Bonded by blood
Blood in, blood out
And then there were none
Piranha
Brain dead
Dethamphetamine
Prescribing Horror
The beatings will continue
A lesson in violence
Blacklist
Fabulous disaster
The toxic Waltz
Strike of the beast
No mesmo horário do Exodus estava rolando o Massacration e o Zumbis do Espaço, peço perdão às bandas, mas o coração falou mais alto no momento. Terminando o Exodus, foi só se aprumar para o lado que logo começaria o show do Sebastian Bach, eu não sou daqueles que que ouve todo dia, mas o ex vocalista do Skid Row fez um baita show, cantou muito, mesmo que seu setlist foi basicamente com músicas da banda que o revelou, mas pergunta se alguém da plateia estava ligando pra isso, muito pelo contrário, a galera cantava todas junto com ele e a festa foi garantida.
Setlist do show:
What do I got to lose?
Big guns
Sweet little sister
Here I am
18 and life
Piece of me
Everybody bleeds
Slave to the grind
American Metalhead
Monkey business
The threat
Rattlesnake Shake
Wasted time/ by your side
I remember you
Tom Sawyer
Youth gone wild
Nesse momento o cansaço já estava batendo forte, esse negócio de atravessar ponte pra cá e atravessar ponte prá lá estava complicado, Mr Big já se preparava para subir no palco e eu consegui sentar um pouco para carregar o celular na sala de imprensa, isso me custou assistir o show deles lá de trás, pois estava nessa altura impossível de acessar a pista vip, dei a volta e assisti de longe mesmo, impressionante o quanto é bom tanto para visualizar quanto para ouvir os shows, mesmo que de longe, a altura dos palcos e o som, foi tudo muito bem composto. O Mr Big dispensa apresentações, os caras são tem uma técnica e uma virtuosidade impecáveis, pena estarem anunciando a Tour de despedida deles, muita gente foi lá só para vê-los, e nesse horário a pista já estava completamente tomada pela galera, que curtiu muito a vibe do show, Eric Martin é um grande frontman, tinha a galera nas mãos e fez muitas interações, foi bem divertido, infelizmente eu tive que sair no meio do show deles, que por sinal é muito bom, mesmo eu não sendo fã do estilo, pois tinha mais 3 bandas para assistir ainda.
Setlist do Show:
Addicted to that rush
Take cover
Daddy, brother, lover, little boy
Alive and Kickin
Green- tinted sixties mind
CDFF – Lucky this time
Never say never
Just take my heart[
My kinda woman
To be with you
Wild World
Guitar solo
Colorado bulldog
Bass solo
Shy boy
Baba o´riley
A próxima a assistir foi para mim uma grata surpresa também, The 69 eyes começou seu show no mesmo horário do Mr Big e, ao contrário do que eu pudesse imaginar até que tinha bastante fã da banda assistindo a apresentação deles, os Filandeses não se intimidaram com o calor e fizeram um show sombrio, obscuro, é bacana a mistura que eles fazem de Metal Gótico às vezes meio Rock and Roll, tem um estilo parecido com Type O Negative, um cenário formidável, e uma iluminação tenebrosa compuseram o clima que a banda precisava para fazer um ótimo show.
Setlist do Show:
Devils
Feel Berlin
Betty blue
Death of darkness
The chair
Never say die
Wasting the down
Dance dámour
Brandon Lee
Lost boys
Ao término do show deles já corremos para o Waves Stage que se preparava o Sioux 66, banda que já vem fazendo muito barulho no meio do Rock com seu Hard Rock/ Metal eficiente e bem trabalhado, a banda conta com o filho de Andreas Kisser do Sepultura na guitarra, Yohan Kisser, e não decepcionam os fãs da banda que lá se encontravam, eles são muito bons ao vivo, apesar do palco ser restrito pelo tamanho, mas o som estava excelente e a presença de palco do vocalista Igor Godoi é muito boa, não consegui assistir todo show porque a grande cereja do bolo desse primeiro dia de festival, o Biohazard, estava para entrar no palco e esse show eu precisava ver de perto, não temos o setlist do Sioux 66 infelizmente.
Ahhhh o Biohazard…banda que curto muito e para mim uma das mais esperadas no festival, ainda mais que o retorno de Evan Seinfeld (vocal e baixo) foi anunciado e aí a ansiedade de ver a formação dos melhores discos da banda ao vivo era muito grande. E os caras me entram com os dois pés no peito, Urban discipline logo de cara foi pra derrubar as estruturas do Sun Stage, que show senhores, que show, a galera não parou um segundo durante a apresentação deles, tomei várias bordoadas que eu nem sabia de onde vinham, o show foi dividido basicamente entre os discos “Urban Discipline” e o “State of the World Adress” para a alegria desse que vos fala, pois são discos que eu mais gosto deles mesmo e a insanidade desse show foi surreal. Os caras da banda não paravam um segundo, Billy Graziadei parecia uma criança no palco, pulou e agitou o show inteiro, foi uma festa infernal, no final do show eles tocam We´re Only gonna die, do Bad Religion, onde eles fizeram essa versão no Urban Discipline, aí a coisa ficou louca, não tinha mais galera parada, a parte do publico virou uma enorme roda. Com sinalizadores acesos e aí só que estava presente pode descrever o que foi aquilo, sensacional, Evan não acreditava no que estava vendo toda hora soltava uma expressão impressionado que estava com que via de cima do palco, pra fechar a noite com chave de ouro ainda tocam Punishment logo na sequencia e aí é só tomar um Tandrilax na hora que chegasse em casa para poder suportar os outros 2 dias de festival.
Setlist do show:
Urban Discipline
Shades of grey
Tales from de hard side
Wrong side of the tracks
Black and White and red all over
Retribution
Five blocks to the subway
How is it
Down for life
Victory
Love denied
We´re only gonna die
Punishment
Hold my own
Fotos do primeiro dia:
Segundo dia (27/04/2024):
O grande problema do segundo dia, além do sol abrasador que fez, foi acordar cedo após o show do Biohazard que aconteceu no dia anterior, mas eu não perderia esse show das meninas da Nervosa por nada nesse mundo e elas entraram no palco pontualmente às 11hs da manhã, a banda que recentemente lançou o excelente disco Jailbreak, com a Prika Amaral assumindo os vocais estava nitidamente na febre para tocar nesse Summer Breeze Brasil, uma por estar tocando em casa novamente e outra pelo reconhecimento merecido desses 14 anos de carreira da banda. A felicidade estampada na cara das meninas era indiscutível, Prika agradeceu demais os fãs que ali estavam e fez uma justa homenagem àquela que a fez virar uma ótima vocalista, Mayara Puertas, do Torture Squad, que cantou com elas Elements of Sin. O show foi pancadaria do começo ao fim, uma ótima banda para dar início aos trabalhos desse dia, que também foi bem intenso, até porque, nada mais do que o Forbidden iria invadir o palco do lado.
Setlist do show:
Seed of death
Behind the Wall
Death!
Elements of sin
Kill the silence
Perpetual Chaos
Venemous
Masked betrayer
Under ruins
Jailbreak
Guided bye vil
Endless Ambition
Preparado na grade, começa a Intro e o Forbidden entra no palco, a banda entrou com muita vontade, o som estava uma sapatada, lindo demais, e os caras ainda me tocam quase que na íntegra o Forbidden Evil, primeiro disco da banda, aliás, só tocaram musicas dos seus dois primeiros álbuns, para fã nenhum botar defeito, Craig Locicero, guitarrista e fundador da banda, tocou enlouquecidamente, agitava de lá pra cá com muita energia, aliás, a banda toda tocou com muita ferocidade, Step by Step foi cantada por todos presentes, pra mim o ponto mais alto do show, um sol para cada um e a energia dos caras foi contagiante do começo ao fim do show, eles estavam extasiados por tocar pela primeira vez no Brasil e dessa vez deu certo, ainda bem porque fizeram um baita show, quem viu…viu.
Setlist do show:
Intro
Follow me
Twisted into form
March into fire
Forbidden Evil
Step by step
Off the Edge
As good as dead
Infinite
Through eyes of glass
Chalise of blood
Saí do show do Forbidden correndo, porque lá do outro lado já estava começando o show do Korzus, que era outro imperdível nesse festival, até porque a gente já sabia que o Silvio Golfette (guitarrista fundador da banda) iria tocar nesse show. Show do Korzus é sempre bem intenso, seu vocalista Marcelo Pompeu é um grande frontman e sabe agitar a galera como ninguém, já logo na segunda música já fez todo mundo cantar com ele “I see your dead” refrão da excelente What are you Looking for. Infelizmente nesse show eles anunciaram a saída de Antonio Araújo das guitarras, Jean Patton será seu substituto daqui para adiante. Mais um show com a qualidade de som impecável, que foi uma constante nesse festival.
Setlist do show:
Discipline of hate
What are you Looking for
Internally
Mass ilusion
Agony
The World is a stage
Pay for your lies
Correria
Acabando o show do Korzus ainda consegui correr para o Waves Stage pois já estava rolando o show do About2crash, banda fundada pelo vocalista Vinicius Neves, que também trabalhava com o canal Stay Heavy, que faleceu precocemente. A banda, que já teve em sua formação o baixista Luis Mariutti e o baterista Aquiles Priester, fez um show agitado (apesar do palco apertado para formação com 6 pessoas), mas deram conta do recado com seu Heavy Metal potente e enérgico, a alternância das vozes de Theo Vieira e Airton Araújo dão um toque especial à banda e o som com qualidade dos festivais da Europa ajudou bastante a sacar a sonoridade dos caras, infelizmente também não temos o setlist do show deles.O calor desse sábado de Summer Breeze Brasil foi o mais cruel dos 3 dias, o sol castigava quem ali estava e eu nem sei como não peguei uma isolação, pois a correria para pelo menos assistir um pouco de cada show foi grande e era impossível se esconder dele, mas agradeço muito a produção por deixar sempre abastecido de água a sala de imprensa, pois sem isso com certeza teríamos tido problemas maiores. Hidratado, já corri para o Hot Stage pois já estava começado o show do Angra e a essa altura o Memorial da América Latina já estava abarrotado de gente, o show alternou músicas do “Cycles of Pain” e o “Angels Cry”, navegando por várias fases do grupo, que fez um show com um setlist muito bem elaborado, houve uma pequena confusão na pista premium, mas nada que ofuscasse o show deles, assim como a Intro do show que falhou também e teve que ser repetida, mas assim que começa a primeira musica “Nothing to Say” já ganharam de cara o publico que cantou todas as músicas e fizeram, juntamente com a banda, uma grande festa.
Setlist do show:
Nothing to say
Angels cry
Tide of changes – Part I
Tide of changes – Part II
Newborn me
Vida Seca
Rebirth
Dead man on display
Time
Ride into the storm
Carry on
Nova era
Assisti o final do show do Angra pelo telão do Ice Stage, pois o Lacuna Coil seapresentaria logo a sequência e eu estava na expectativa de ver de perto essa excelentebanda Italiana, que começam o show com a Introdução de “War Pigs” do Black Sabbath e emendam com “Blood, Teas, Dust”, do álbum Delirium, para delírio de todos presentes, cara, não sabia que que o Lacuna Coil tinha tanto fã aqui por terras Brasileiras, quando o show começou a terra tremeu literalmente, o som teve alguns pequenos problemas, como o vocal de Andrea Ferro estava bem alto que da vocaislta Cristina Scabbia, nada que não tenha se resolvido rápido, agora, que eles se arrependeram de entrar com aqueles macacões pretos, isso é verídico, a própria Scabbia brincou que estava quente e ia ficar mais ainda, e realmente ficou, a banda estava bem empolgada no palco e mesmo sendo de dia, o visual da banda é bem tenebroso, com maquiagens e roupas que compõe sua identidade visual, a noite, deve ser um show fabuloso, não que não tenha sido, eles fizeram um show fenomenal, mas a sensação foi a mesma de ter visto o Mercyful fate ao sol do meio dia no Monsters of Rock, em 1996.
Setlist do show:
Blood, Tears, Dust
Reckless
Trip the darkness
Apocalypse
Layers of time
Heaven´s a lie XX
Our truth
Sword of anger
My demons
Now or never
In the mean time
Veneficium
Enjoy the silence (Depeche Mode cover)
Never dawn
Swamped XX
Nothing stands in our way
O problema desse festival é que junta muita banda boa e a gente quer assistir tudo. Quando tentei me planejar para o festival, tinha duas opções, ou veria alguns shows pontuais que eu achasse que mais valessem a pena, ou ficaria transitando pelos palcos e assim, conseguir ter uma percepção geral do festival, conhecendo bandas novas, tanto Nacionais como as gringas, como essa excelente e grata surpresa chamada The Night Flight Orchestra. A banda Sueca, formada por Björn Strid e David Andersson (RIP) do Soilwork é simplesmente estupenda, muito diferente do qualquer um possa imaginar, tanto na parte visual, meio setentista, como musicalmente, traçando um Hard Rock clássico, com surpreendentes backing vocals femininos, uma boa movimentação de palco, Björn Strid não para e o incrível é que refletiu na platéia, que não parou um segundo sequer também, eles fizeram um show notável, digno de um grande festival como esse.
Setlist do show:
Midnight flyer
Sometimes the world ain´t enough
Divinyls
Burn for me
Gemini
Something Mysterious
Satellite
Paralyzed
White Jeans
Living for the nightmare
West ruth avenue
E lá vamos nós atravessar novamente a ponte que liga os dois lados do festival, ao término do The Night Flight Orchestra, sim fiquei lá até acabar, foi hipnotizante o show deles, ganharam um fã, tentei sair correndo para ver o Hammerfall, mas era impossível ter pressa nessa altura do evento, sábado foi o dia mais cheio, e transitar pelos palcos estava cada vez mais difícil, demorava muito tempo para fazer essa transição, entre esbarrões e apertos, chego no Hot Stage e realmente valeu muito a pena o sufoco, que show preciso do Hammerfall, apesar de não ter conseguido ver o show inteiro, vi o bastante para afirmar que foi animal., o vocalista Joacim Cans tem uma voz impecável. Eles são muito experientes e ao vivo tem uma segurança que impressiona, vê-los tocando clássicos como “Renegade” e “Hearts on fire” foi demais, além dos caras terem o público nas mãos o tempo todo.
Setlist do show:
Brotherhood
Any means necessary
Heeding the call
Blood bound
Renegade
Hammer high
One Against the world
Hector´s hymn
Last man standing
Let the Hammerfall
(We made) Sweden Rock
Hail to the king
Hearts on fire
Lá vamos nós atravessar a ponte novamente, porque o Dark Tranquillity estava se preparando para entrar no Sun Stage. Estava mais curioso em assisti-los ao Epica que também fez seu show no mesmo horário, aí não tinha como ver os dois shows, escolhi os Suecos e não me arrependi. O show deles foi denso, pesado, brutal, como tem de ser. A galera respondeu bem à banda, às vezes abrindo algumas rodas, mas na maioria das vezes bangueando ao som da banda, que apesar de alguns problemas técnicos durante o show, como não acertar a introdução da “Hours passed in exile”, mas nada que tivesse comprometido o show deles, pelo contrário, o som estava perfeito, a iluminação lúgubre deu um meio carregado para que a banda fizesse seu show em um clima mais denso e pesado, fazendo com que todos sentissem a atmosfera criada e entrassem no clima do show e foi um diferencial pra mim.
Setlist do show:
Identical to none
Nothing to no one
Hours passed in exile
Atoma
Terminus (Where death is most alive)
The last imagination
Phantom days
Cathode ray sunshine
Thereln
Lost to apathy
Misery´s crown
Agora já estava quase impossível atravessar a passarela novamente, mas dessa vez foi por uma boa causa, assistir o Within Temptation. Conheci o Within quando minha ex- esposa fez uma viagem para Holanda em meados de 1997 e trouxe o “Enter”, primeiro registro deles na bagagem, na época quase não existiam bandas de Metal sinfônico, pelo menos por aqui e cá entre nós esse disco é maravilhoso, pena não terem tocado nenhuma musica dele. Quando soube que eles viriam para o Summer Breeze Brasil me gerou uma expectativa muito grande, principalmente para vê-los ao vivo, pois a Sharon den Adel na minha opinião é a melhor vocalista do estilo e não me decepciou, como ela está cantando, meu Deus. O show deles é absurdamente lindo. O som estava mais que perfeito, a iluminação foi um show à parte tinham, na minha conta, uns 10 canhões de luz que faziam o contra do palco para plateia que teve um efeito sensacional dando vários climas, além dos efeitos pirotécnicos e do telão, que foi um grande diferencial. Sharon é uma grande vocalista, soube com maestria reger a plateia, que estava nas mãos, “Faster, faster, faster”, a galera cantava cada refrão junto com ela com muita emoção. Emoção também teve na hora que uma pessoa aparentemente passou mal e o desespero da Sharon para que socorressem logo foi notório, ela ficou muito incomodada com a demora para que retirassem a pessoa de lá, e só sossegou na hora que a ajuda chegou, agradecendo os fãs depois, vida que segue, a cereja do bolo foi tocar “Mother Earth”, do disco homônimo, fechando com estilo a segunda noite do festival.
Setlist do show:
The Reckoning
Faster
Bleed out
Paradise (What about us?)
Angels
Raise your banner
Wireless
Entertain you
Stand my ground
Supernova
In the midle of the night
All I need
Our solemn hour
Don´t pray for me
The cross
Mad World
What have you done
Never-ending story
Mother earth
Fotos do segundo dia:
Terceiro dia (28/04/24):
Por ser Domingo e não ter muito transito, resolvi ir de carro esse dia, ainda bem, encontrei muita gente lá no Memorial que perdeu o Show do Torture Squad devido a complicações no metrô, que acabou parando causou um enorme transtorno para quem estava a caminho do Festival, como a entrada da imprensa já era pelo Sun Stage já parei por ali mesmo e assisti um dos shows por mim esperado (aliás esse Domingo foi difícil de escolher, só tinha banda boa no lineup do Fest), o Torture Squad, que entra pontualmente às 11hs15 e debaixo de um sol escaldante fazendo um show muito energético e começando competentemente o terceiro dia de Summer Breeze Brasil, aliás o nome do festival nunca fez tanto sentido nesses três dias, era um verão para cada pessoa lá dentro, Mayara Puertas é soberana nos vocais, viaja do gutural para o gritado com um facilidade ímpar, a cozinha do Torture Squad nem precisamos falar muito, Amílcar e Castor são exímios músicos e já tocam junto a muitos anos, dando uma segurança impressionante na base, e aí, curte o show que o bicho pega forte, não tem massagem, é uma patada atras da outra, o auge da apresentação foi quando chamaram Leather Leone e o guitarrista Vinnie Tex para acompanha-los e tocaram For those who care (Chastain) e Warrior, um showzasso pra esquentar de vez o dia, que estava só começando.
Setlist do show:
Hell is coming
Flukeman
Buried alive
Hellbound
Murder of a god
For those who care
Warrior
Chaos Corporation
E lá vamos nós para a travessia entre os palcos, pois no Hot Stage já se preparava o While She Sleeps para entrar. A banda Inglesa de Metalcore não se intimidou em tocar com vários dinossauros e fizeram um show muito competente e cheio de energia, aliás, o baixista Aaran McKenzie não para um minuto no palco, corre de lá pra cá sem descanso e debaixo do sol do meio dia fizeram uma grande festa e olha que tinha bastante gente que foi lá para conferir a banda, o vocalista Lawrence Taylor fez um show a parte, ele é um grande frontman, pediu pra galera abaixar e levantar, se jogou no meio do povo e mostrou que a banda é grande sim e pode figurar entre os maiores nomes do Metalcore Mundial.
Setlist do show:
Sleeps Society
Anti-social
You are all you need
The guilty party
Self hell
You are we
For Walls
Silence Speaks
Enlightenment
Systematic
Chegou uma das horas mais esperadas do dia, o Overkill é uma das bandas que eu acompanho desde moleque, quando lançaram o “Feel the Fire” e daí em diante sempre acompanhei, fora ser histórico ver o Overkill com o baixista David Ellefson (ex-Megadeath) fazendo um show para velho nenhum botar defeito, digo velho porque a faixa etária lá na frente do palco já beirava os 40/50 anos de idade, todos sedentos por muito Thrash Metal e o Overkill não perdoou, fez um show brutal, potente e logo de cara já saíram voando copos de cerveja e as rodas se abriram, aí foi só alegria….claro que se temos no palco um ex-Megadeath, a brincadeira vem a tona e no solo de baixo dele foi tocando logo a “Peace Sells” divertindo todos que lá se encontravam, a banda passeou por clássicos e contou um pouco da sua história a cada música que tocava, um excelente show, que ficará na memória de quem assistiu para sempre.
Setlist do show:
Scorched
Bringme the night
Eletric Rattlesnake
Hello from the Gutter
Wicked place
Coma
Horroscope
Log time dying
The surgeon
Ironbound
Elimination
Rotten to the core
Fuck you (Subhumans cover)
Enquanto rolava o show do Overkill já era sabido que em um certo momento teria que sair, pois queria muito também dar uma sapeada na banda Filandesa de Power Metal Battle Beast e não me arrependi de perder o final do show do Overkill e assistir ao final do show do Battle Beast. A vocalista Noora Louhimo é uma figuraça, além de cantar absurdamente, a banda, que fritou junto com todo mundo, tem um show vigoroso, pesado e no Sun Stage, quem foi lá para conferir viu um show de alto nível e, apesar de modesto, o público cantava junto com a banda e quem assistiu ao show deles viu o quanto eles se entregam ao vivo resultando em um ótimo divertimento a todos.
Setlist do show:
Circle of Doom
Straight to the Heart
Familiar Hell
No More Hollywood Endings
Eye of the Storm
Where Angels Fear to Fly
Bastard Son of Odin
Wings of Light
Eden
Master of Illusion
King for a Day
Beyond the Burning Skies
Enquanto o Ratos de Porão se preparava para entrar no palco, fui dar uma espiada também no show do Hellish War, a banda de Campinas faz um Heavy/speed Metal, muito bem executado e para quem acha que os caras não deveriam estar lá é porque não conhecem a trajetória da banda, que desde 1995 lutam por um espaço nesse concorrido mundo do Metal. Ao vivo eles mostram seu recado com excelência, fazendo um show cadenciado e enérgico ao mesmo tempo, para alegria fiéis fãs que assistiram ao show deles. Infelizmente não conseguimos o setlist do show, mas o pouco que assisti deles me soou muito agradável. Partiu Ratos de Porão.
O Ratos de Porão é uma banda que dispensa apresentações, afinal um dos precursores do movimento punk/ hardcore no Brasil tem mais de 40 anos de estrada e o vocalista João Gordo é uma figura mais que carimbada da cena no Brasil, quiçá do mundo. Os caras entram no palco já chutando o balde com a “Alerta Antifacista” e “Aglomeração”, petardos do disco Necropolítica, lançado em 2022, mas se engana que ficaram só nas novas, foi uma sequência de clássicos, um atras do outro, destaque para “Descanse em Paz” e “Farsa Nacionalista” que levantou até defunto, e, se alguém ficou parado ali nesse show, sinceramente eu não vi.
Setlist do show:
Alerta antifacista
Aglomeração
Amazônia nunca mais
Farsa nacionalista
Ignorância
Lei do silêncio
Morte ao rei
Morrer
Mad Society
Crianças sem futuro
Crucificados pelo sistema
Descanse em paz
Vivendo cada dia mais sujo e agressivo
Igreja universal
Sofrer
Conflito violento
Aids, pop, repressão
Beber até morrer
Crise geral
O John Wayne estava já preparado no Waves Stage, e como foi bom rever meus brothers de estrada nesse show e ver que os caras ainda estão brutais como antes, conheci os caras no começo, ainda quando o Fah (RIP) era o vocalista da banda e ver o atual Guilherme Chaves ao vivo, foi muito assaz, pois nunca tinha visto ele no palco e… foi muito bom, o cara manda muito bem nos vocais, a banda continua firme com seu Metalcore muito preciso e a vida seguiu, é muito difícil para uma banda superar a morte de um membro, ainda mais quando o cara é uma identidade da banda como era o Fah, mas a volta por cima foi tipificada nesse show, mostrando que os caras tem muita lenha pra queimar ainda e que estão sim, na ativa e detonando tudo!!!
Setlist do show:
Aliança
Midas
Semblantes
Abel
Demasia
Pesadelo Real
Reconectar
Tormenta
Tempestade
Aliança, Pt. II
Lágrimas
Mas tive de deixar o Waves Stage antes da banda terminar porque o horário de ver o Carcass estava no limite e não queria perder esse show de maneira alguma. Esse último dia de Summer Breese Brasil foi muito difícil, pois tinha muita banda boa e tinha que ficar correndo entre palcos , perder alguns Shows pois era muita opção boa. Mas… vamos ao Carcass, banda Inglesa, de Liverpool, que desembarcou nas terras quentes do Summer Breeze Brasil e nem os sacos de gelo na cabeça resolveram o problema do calor, mas quem se importou com isso? Nós pobres mortais já estávamos a horas com esse problema…eles começam o show logo com a “Buried Dreams” do álbum Heartwork e por mim tinham que tocar esse álbum inteiro porque para mim é o melhor deles, mas foram mesclando várias faixas navegando pela carreira da banda e não por isso deixou de ser um baita show, pena que o calor castigou muito todos, tanto encima como debaixo do palco.
Setlist do show:
Buried Dreams
Kelly´s meat emporium
Incarnated solvent abuse
Under the scalpel blade
The mortal coil
Tomorrow belongs to nobody/ death certificate
Dance of ixtab
Black star/ keep on rotting in the freeworld
The scythes´s remorseless swing
316L grade cirurgical steel
Corporal jigsore quandary
Ruptured in purulence/ Heartwork
Tools of the trade
Não teve refresco esse dia, além do sol que castigava a todos a 3 dias, tinha o Show do Death Angel, e que show foi esse, o Sun Stage abarrotado de gente se quebrando para assistir um dos shows mais precisos do Festival, o Death Angel tem uma dupla de guitarristas que impressiona, Rob Cavestany e Ted Aguilar tocam com uma facilidade incrível, várias dobras de guitarra, a cozinha é muito firme também, foi um show de perder o fôlego tamanha a técnica e pancadaria que se mostrou, o espaço estava impossível de transitar e na minha opinião esse show está entre os top 5 do festival.
Setlist do show:
Lord of hate
Voracios souls
Seemingly endless time
Buried alive
I came for blood
The dream calls for blood
The moth
Humanicide
The ultra violence/ Mistress of pai
Thrown the wolfes
Voltando aos palcos principais, ao término do Death Angel, tive uma dificuldade enorme para passar devido ao volume de pessoas que lá transitavam, e o killswitch Engage já estava no Hot Stage e de cima da ponte foi muito bonito de se ver, estava lotado todo espaço, bem difícil a locomoção, mas chegamos lá, e pude conferir de perto um pouco do show dessa banda Americana de Metalcore que vem fazendo muito barulho em todos festivais pelo mundo. Os caras são muito bons ao vivo e o vocalista Jesse Leach sabe muito bem fazer esse papel, a movimentação de palco deles é muito vigorosa, os caras trocam de lado do palco o tempo todo, e percebe-se que muita gente foi lá pra conferir o show dos caras, a galera se contagiou com o som deles e quem os assistiu saiu de lá realizado.
Setlist do show:
My curse
Rise Inside
This fire
Reckoning
The Arms of sorrow
In due time
A bid farewell
Beyond yhe flames
The signal fire
Unleashed
Hate by design
The crownless king
Rose of Sharyn
Strength of the mind
This is absolution
The end of heartache
My last serenade
Holy Diver (Dio Cover)
Já saí correndo novamente, pois uma banda Brasileira já fazia seu show do outro lado do Memorial, assisti o Kryour no show de abertura para o In Flames e fiquei impressionado com essa molecada fazendo um show de gente grande. Eles tomam conta do palco, tem um som impressionante, a dupla de guitarristas Gustavos (pois é, a banda tem 3 Gustavos na formação) são fenomenais, tocam com muita técnica e precisão, mas o baterista Matt Carrilho é um caso a parte, sabe bater nas peles com excelência e se destaca dentre outros bateristas do estilo, a movimentação de palco dessa molecada é muito boa também, eles fazem um show competente e até comentei com o Trek (técnico de som do Krisiun, que assistia o show comigo) que me fizeram lembrar na época que o Sepultura começou, tamanha a gana deles de estarem ali no palco, se não conhecem essa banda confiram, inclusive eles tocaram um single novo pela primeira vez nesse show chamado “Timeless“, dá um confere que vale a pena. Não temos o setlist do show deles, mas fica a dica de uma boa banda.
Agora era…partiu Anthrax!!! Mas tivemos um atraso por acaso. Para chegar no Ice Stage, teria que passar na frente do Sun Stage e aí o Amorphis estava tocando. Olha, juro que pensei 10x antes de sair desse show e ir conferir o Anthrax, os Filandeses fizeram um show denso, pesado; o vocalista Tomi Joutsen navega entre o melódico e o gutural com uma facilidade incrível, o som, como em todo o festival estava fantástico me segurando um pouco antes de atravessar a passarela mais uma vez e por ali ficar, pois Anthrax e Mercyful fate eram as atrações muito esperadas por esse que vos fala.
Setlist do show:
Northwards
Sky is mine
The moon
The castaway
The four wise ones
Silver bride
The Wolf
Wrong Direction
Black winter day
My Kantele
House of sleep
The bee
Até a passarela nesse momento estava intransitável, demorei muito tempo para atravessar e novamente de cima dela vi uma das cenas mais bonitas do Festival, uma grande roda se formou, sinalizadores acesos em uma cena deslumbrante. A trilha sonora para isso não poderia ser mais perfeita, “Caught in a Mosh”!!! Sim…o Anthrax já estava no palco e foi impossível chegar na área vip, além de muito lotado, ainda tinha que dar a volta pelo Hot Stage para chegar lá. Mas impossível eu me preocupar nessa altura com isso, o som estava perfeito, a visualização também era muito boa, na maioria dos shows de grande porte como esse, quando você se afasta muito do palco, como eu estava no show do Anthrax, vc praticamente assiste o show pelo telão, porque não consegue ver a banda, no Summer Breeze Brasil isso não aconteceu, não importa a distância do palco, dava para assistir bem todos os shows e principalmente, ouvir bem e com o Anthrax não foi diferente, um setlist de tirar o fôlego de qualquer fã da banda, tocando um clássico atrás do outro e, como Frank Bello não veio, Dan Liker foi convidado e, ver o mestre das 4 cordas na minha frente. O show do Anthrax é muito divertido, o time capitaneado por Scott Ian é muito solto no palco, Belladona corria de um lado para outro do palco feito uma criança, ele se sentia muito a vontade no palco, brincava com todo mundo, foi um show muito descontraído e deu para perceber o prazer com que os caras fazem seu trabalho. Ainda teve a participação especial de Andreas Kisser, do Sepultura, tocando “I am the Law” dando um toque especial ao espetáculo.
Setlist do show:
Among the living
Caught in a mosh
Metal thrashing mad
N.F.L.
Keep in the Family
Antisocial
I am the law
In the end
Medusa
Got the time
A.I.R.
Indians
No final da A.I.R. já fui me posicionando à frente do Hot Stage, pois uma grande bandeira tampando a frente do palco já anunciava que o Rei Diamante, junto com o Mercyful Fate estavam à beira de entrar em cena e a ansiedade misturada com o cansaço de três dias correndo de lá pra cá já eram intensos, mas nada que pudesse atrapalhar o que estava por vir. Quando a introdução da “The Oath” e cai o pano que cobria o palco, foi surreal. A estrutura que eles trouxeram era fascinante, duas escadas levavam a um pequeno palco acima da bateria e ante a uma cruz de ponta cabeça gigante um pentagrama de bode por traz dele estava lá, King Diamond com os braços abertos e uma máscara de chifres de bode com seu microfone de ossos, berrando como poucos seus surpreendentes agudos e mostrando logo de cara que a idade não é problema para esse senhor de 67 anos, ele está afinadíssimo e seu time muito preciso, também nada menos que Hank Shermann, fundador do grupo com Diamond dá uma segurança impressionante ao time, que ainda conta com a jovem baixista Becky Baldwin, Bjarne T.Holm, o baterista canhoto preciso como um relógio e Mike Wead na outra guitarra completa essa formação de tirar o folego de qualquer sobrevivente desse pesado dia de festival. No setlist só clássico para deleite dos fãs ali presentes, fecharam o show com “Satan´s Fall”, uma música que por sua complexidade nunca imaginaria que estivesse no seu setlist. O visual, o cenário, a sonoridade, a entrega da banda no palco e a fase que o Mercyful Fate está, os coloca em um outro patamar, naquele no qual posso afirmar ser o melhor show dos 3 dias de Summer Breeze Brasil, fecharam o festival como banda grande que são e impuseram que os organizadores do Festival se cocem para encontrar para o ano que vêm um protagonista tão a altura como eles foram nessa edição. Nós pobres mortais aguardamos ansiosos por esse novo Lineup.
Setlist do show:
- The Oath
- A Corpse Without Soul
- The Jackal of Salzburg
- Curse of the Pharaohs
- A Dangerous Meeting
- Doomed by the Living Dead
- Melissa
- Black Funeral
- Evil
- Come to the Sabbath
- Satan´s Fall
Dizer que o Summer Breeze Brasil hoje, é o principal Festival de música pesada do Brasil não é nenhuma novidade. Foram 3 dias de muita correria, muito calor e muito entretenimento. Desde o ano passado, o modelo utilizado na Alemanha caiu como uma luva aos padrões Brasileiros e foi muito agradável ver dentro do gênero várias bandas consolidadas, assim como descobrir bandas novas, tanto Nacionais como Gringas, detonando com um som de muita qualidade, revezando os 4 palcos do Festival coroando e justificando o padrão desse Festival no Brasil. Que venham os próximos.