Com um conceito de trazer experiências inéditas além da música, Summer Breeze Open Air desembarca em São Paulo nos dias 29 e 30 Abril de 2023 com megaestrutura e mais de 40 atrações (que se dividirão em 4 palcos). Serão dois dias de muita música, diversão e vivências para pessoas de todas as idades.

Com 25 anos de história, o megafestival Summer Breeze Open Air, conhecido por levar ao palco as principais bandas de rock do mundo terá sua primeira edição no Brasil, na cidade de São Paulo – SP, no Memorial da América Latina.

Uma das atrações confirmadas em seu Lineup são os Alemães do Accept, segue o release deles:

A banda alemã Accept tem diversos trunfos em sua extensa carreira, iniciada ainda em meados da década de 70. Um deles, incontestavelmente, é a qualidade de suas apresentações. Em todas as passagens pelo Brasil, o grupo entregou o que promete e que os fãs esperavam. Assim, ver o Accept se torna uma experiência marcante e é o que o grupo, atualmente formado por Mark Tornillo (vocal), Wolf Hoffmann, Uwe Lulis e Philip Shouse (guitarras), Martin Motnik (baixo) e Christopher Williams (bateria), vai mostrar no “Summer Breeze”.

Promovendo o álbum “Too Mean to Die” (2021), 16º de sua discografia, o grupo de Solingen fez a sua estreia em 1979 com o álbum “Accept”. Porém, foi a partir de seu terceiro trabalho, “Breaker” (1981), que começou a cunhar clássicos absolutos do heavy metal. “Em ‘I’m The Rebel’ (1980) ainda buscávamos um estilo próprio, mas foi com ‘Breaker’ que o som e o estilo do Accept nasceram”, afirmou o agora ex-vocalista da banda, Udo Dirkschneider.

“Breaker” foi o primeiro disco do Accept a fazer barulho não só pelo poder da música, mas também pela polêmica que acompanharia a sequência da carreira dos alemães. Para forçar uma estratégia de marketing e aguçar a curiosidade dos fãs, a primeira tiragem veio com uma advertência em relação à faixa “Son of a Bitch”, que inicialmente foi apenas uma forma irônica de utilizar os palavrões em inglês que uma ex-namorada do vocalista Don Dokken (Dokken) estava ensinando aos músicos. “Nós ficávamos perguntando para a então namorada do Don Dokken quais os piores palavrões que ela diria. E ela começou a falar termos como ‘son of a bitch’, ‘motherfucker’… Achamos aquilo legal e fizemos a letra”, relembrou o guitarrista e um dos fundadores, Wolf Hoffmann, único remanescente da formação clássica. “Colocamos o selo de censura na capa para que as pessoas tivessem ainda mais interesse em escutar as músicas. Nós inventamos aquilo tudo”, completou o guitarrista.

Ainda em 1981, o grupo assinou com a empresária Gaby Hauke, que se tornou esposa de Hoffmann e colocou a banda para abrir a turnê europeia do Judas Priest. Assim, o reconhecimento mundial foi questão de tempo e veio com a indefectível sequência com “Restless and Wild” (1982), “Balls to the Wall” (1983) e “Metal Heart” (1985), responsável por alterar o patamar e transformar o Accept em referência do heavy metal. Seja pela velocidade imprimida em “Fast As A Shark”, na cadência do hino “Balls to the Wall”, passando por “Breaker”, “Restless And Wild”, “Princess of the Dawn”, “London Leatherboys” ou na incorporação de peças clássicas de “Metal Heart”. “Como eu tinha uma paixão muito grande pelo clássico e o heavy metal, tentei encontrar uma forma para combiná-los. Vejo muitas similaridades entre estes estilos, há muita força envolvida”, declarou o guitarrista.

Ao contrário do que ocorreu com algumas bandas de heavy metal tradicional que penderam para o hard rock em meados dos anos 80, o Accept manteve seu som tradicional em “Russian Roulette” (1985), que destacou as faixas “Monsterman” e as aceleradas “T.V. War” e “Aiming High”, que costumam figurar no repertório de shows até hoje. A mudança brusca só foi vista depois, com “Eat The Heat” (1989), já com o vocalista David Reece no lugar de Udo Dirkschneider e explícita tendência hard rock. “Havia uma pressão muito grande em cima de nós para fazer um disco de sucesso como foi ‘Metal Heart’. Muitas bandas estavam olhando fixamente para o mercado americano, mas sabíamos que nunca seríamos ‘mainstream’. Tanto a voz de Udo como nosso estilo característico não permitiam que isso ocorresse”, explicou o ex-baixista, Peter Baltes.

Quando lançou o duplo ao vivo “Staying A Life” (1990), o Accept já havia se separado. Porém, voltou com “Objection Overruled” (1993). Em 1992, o Peter Baltes saiu dos EUA, onde morava, para visitar sua família na Alemanha e, durante a viagem, encontrou-se com Wolf Hoffmann. O guitarrista não tocava desde a separação da banda, pois havia se dedicado somente à sua outra paixão, a fotografia. Após conversarem muito sobre música, beberem várias cervejas, a vontade bateu mais forte e começaram a tocar algumas músicas do Accept para matar a saudade. Aquilo despertou mais do que o saudosismo e acendeu a chama que estava se apagando. Após algumas conversas, resolveram atender aos pedidos dos fãs e se reuniram para “Objetion Overruled”, que destacou as faixas como “Protectors of Terror” e “Slaves To Metal”. A turnê mundial teve um saldo extremamente positivo, apesar da mudança no cenário musical da época, que foi vista depois com “Death Row” (1994) e “Predator” (1996).

Mais uma vez, quando saiu outro ao vivo, “Accept All Areas – Worldwide” (1997), o nome Accept tinha ficado no passado. “Sempre me mantive como a força motriz de todo aquele projeto chamado Accept, tanto na organização como no processo de composição. Quando vi que não seria mais possível ter todos juntos, não quis mais fazer nada nesse sentido. Os anos 90 foram muito difíceis e eu não via nenhum tipo de perspectiva de que haveria mudanças. Aí foi cada um para o seu lado”, explicou o guitarrista.

Houve uma turnê de reunião em 2005, com o Accept se apresentando em grandes festivais europeus e no Japão com Udo Dirkschneider, Wolf Hoffmann, Peter Baltes, Herman Frank e Stefan Schwarzmann. Porém, em maio de 2009, Udo Dirkschneider anunciou que não participaria da reunião do Accept e seguiu com o U.D.O., sua banda solo. E aí se iniciou a “fase Mark Tornillo”, vocalista americano que vinha do T.T. Quick e estreou com o hoje clássico “Blood of the Nations” (2010), que trouxe as faixas “Teutonic Terror”, “The Abyss” e “Pandemic”. “Não estávamos pensando mesmo em voltar à ativa, mas assim que conhecemos Mark Tornillo ficamos tão animados que as coisas mudaram de rumo”, afirmou Hoffmann.

Mantendo a tradição e o estilo, vieram “Stalingrad” (2012), “Blind Rage” (2014) e “The Rise of Chaos” (2017). “Muitos fãs cresceram ouvindo o Accept dos anos 80 e 90 e continuam nos seguindo até hoje. Eles falam que amam nossos discos do passado, mas que curtem nosso momento atual, talvez até mais do que os velhos tempos. Fico muito orgulhoso quando ouço isso”, comemorou o guitarrista.

Em fevereiro de 2022, o Accept anunciou que havia assinado um contrato mundial com a Napalm Records e, meses depois, Hoffmann anunciou que a banda havia começado a trabalhar em novo material para o sucessor de “Too Mean to Die” (2021). Sim, eles ainda têm muito fôlego e criatividade. “Sei que existe uma parcela dos fãs que só quer ouvir principalmente o material antigo. No nosso caso, no entanto, penso que fizemos o impossível: não apenas conseguimos competir com o passado, ou com nossos dias de glória, como muitas vezes conseguimos superá-lo desde que voltamos”, concluiu Hoffmann.

 

 

 

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