Com um conceito de trazer experiências inéditas além da música, Summer Breeze Open Air desembarca em São Paulo nos dias 29 e 30 Abril de 2023 com megaestrutura e mais de 40 atrações (que se dividirão em 4 palcos). Serão dois dias de muita música, diversão e vivências para pessoas de todas as idades.
Com 25 anos de história, o megafestival Summer Breeze Open Air, conhecido por levar ao palco as principais bandas de rock do mundo terá sua primeira edição no Brasil, na cidade de São Paulo – SP, no Memorial da América Latina.
Uma das atrações confirmadas em seu Lineup são os Alemães do Blind Guardian, segue o release deles:
Em 2022, Hansi Kürsch (vocal), André Olbrich e Marcus Siepen (guitarras), Johan van Stratum (baixo), Frederik Ehmke (bateria) e Michael Schüren (teclado) participaram de grandes festivais, entre eles o “Hellfest” (FRA), e realizaram shows celebrando 30 anos do álbum “Somewhere Far Beyond”. Agora, oito anos após a última vinda, o grupo alemão Blind Guardian retornará ao Brasil em grande estilo, com a produção de palco completa, para apresentar aos fãs no “Summer Breeze” os clássicos e faixas de sua mais nova obra, “The God Machine” (2022), que marcou o retorno do grupo alemão ao seu metal característico.
Foram anos de experimentações que culminaram no almejado álbum orquestral, “Twilight Orchestra: Legacy of the Dark Lands (2019)”, mas o que boa parte de seus seguidores queria era justamente o que o grupo entregou em seu mais recente trabalho. “Ter conseguido lançar ‘Twilight Orchestra’ nos ajudou a conceber ‘The God Machine’, pois uma vez que terminamos o álbum orquestral, quisemos nos focar como uma banda de novo. Estamos sorrindo de satisfação com ‘The God Machine’, pois somos uma banda de metal e não um grupo de compositores clássicos”, declarou Siepen à revista Roadie Crew.
No início, ainda como Lucifer’s Heritage, o grupo praticava um som cru, pesado e agressivo, mesclando power, speed e thrash metal. Após duas demo-tapes, Kürsch e Olbrich, acompanhados por Christoph Theissen (guitarra) e Hans-Peter Frey (bateria), a música “Majesty” deu a primeira amostra da ligação com a obra de J. R. R. Tolkien. A entrada de Marcus Siepen e do baterista Thomen Stauch, que vieram do Redeemer, formaram a base sólida que estrearia em 1988. Porém, um detalhe chamou a atenção dos músicos, conforme explicou Kürsch: “Percebemos que todos que viam nossas demos as colocavam junto com bandas de black metal, o que não era a nossa intenção. A razão disso era o nosso nome, que não combinava com o tipo de som que fazíamos.”
Após abandonar o nome Lucifer’s Heritage veio o debut, “Battalions of Fear” (1988), seguido por “Follow the Blind” (1989). “Os álbuns que lançamos naquela época são únicos na nossa jornada e fruto daquela época. Estávamos tentando nos aproximar dos nossos heróis, mas a nossa cara já estava naquelas músicas, e já mostrávamos a banda que seríamos alguns anos depois”, avaliou Olbrich.
A evolução veio na década de 90, com “Tales from the Twilight World” (1990). “De repente, a banda passou de um estilo que mesclava o speed/power metal com thrash para algo mais épico e progressivo. O interesse da banda pelo Queen e vários outros nomes da década de 70 teve um impacto muito grande no processo de composição deste álbum”, detalhou Hansi.
Em “Somewhere Far Beyond” (1992), os chamados “bardos do metal” exploraram ainda mais a sua identidade própria na música e na temática, sempre ligada à literatura de fantasia. “Este álbum contém outros dos nossos grandes clássicos, ‘The Bard’s Song: In The Forest’. Provavelmente esta é a música mais aclamada da história da banda”, destacou o vocalista.
O sucesso veio com “Imaginations from the Other Side” (1995). “Demos um grande passo ao apresentar músicas de certa forma agressivas, mas explorando ainda mais os elementos melodiosos. Não importa qual música do ‘Imaginations from the Other Side’ que toquemos ao vivo, elas sempre serão bem recebidas”, ressaltou Hansi.
Quando o Blind Guardian veio em Brasil pela primeira vez, em de agosto de 1998, divulgava o conceitual “Nightfall In Middle-Earth”. Àquela altura, o grupo criado em meados dos anos 80 na cidade de Krefeld, já era mundialmente conhecido por musicar a obra de J. R. R. Tolkien e outras de literatura de ficção. “Não pensamos: ‘vamos fazer músicas sobre livros de fantasia e ficção-científica e todos vão nos amar’. Foi simplesmente como unir duas coisas que amávamos muito e acabou que deu muito certo”, explicou Kürsch, que naquela época passou a se concentrar somente nos vocais e deixou a função de baixista para Oliver Holzwarth. “As letras são relacionadas a um dos nossos tópicos favoritos, que são as obras ‘The Lord Of The Rings’ (O Senhor dos Anéis) e ‘The Silmarillion’ (O Silmarillion) de J.R.R. Tolkien. No meu ponto de vista, penso que conseguimos fazer jus àquele tópico tão complicado”, acrescentou.
Em 2002, “A Night at the Opera” apontou novas direções, com uma sonoridade mais progressiva, com destaque a corais e orquestra. “Precisávamos de uma mudança, de algo novo. De certa forma, ‘A Night at the Opera’ foi um novo começo, um álbum bem massivo e ambicioso”, comentou Kürsch. O sucessor, “A Twist in the Myth”, veio quatro anos depois, mas nessa fase a banda havia sofrido uma baixa, com a saída do baterista Thomen Stauch, substituído por Frederik Ehmke. “Nós temos características que são sempre fáceis de ser reconhecidas e tornam uma música tipicamente Blind Guardian. Mas os novos elementos estão na dose certa. Você consegue ouvir de onde viemos, mas percebe que estamos indo para um novo rumo”, analisou Olbrich sobre mais uma obra que dividiu a opinião dos fãs. “Somos uma banda que sempre se renova e algumas adaptações que fazemos no som, apesar de desagradar a alguns dos fãs mais antigos, nos mantém bem sucedidos”, completou Hansi.
Com “At the Edge of Time” (2010), tanto os novos fãs como os antigos seguidores voltaram a se animar. “O disco agradou em cheio os fãs mais old school, que não gostaram muito de ‘A Twist in the Myth’. Eu diria que pelo menos 99% das reações foram extremamente positivas”, avaliou Kürsch.
Na sequência, vieram “Beyond the Red Mirror” (2015) e “Twilight Orchestra: Legacy of the Dark Lands (2019)”, o tão aguardado projeto orquestrado que se efetivou e abriu caminho para a retomada da velha sonoridade em “The God Machine” (2022).