Com um conceito de trazer experiências inéditas além da música, Summer Breeze Open Air desembarca em São Paulo nos dias 29 e 30 Abril de 2023 com megaestrutura e mais de 40 atrações (que se dividirão em 4 palcos). Serão dois dias de muita música, diversão e vivências para pessoas de todas as idades.
Com 25 anos de história, o megafestival Summer Breeze Open Air, conhecido por levar ao palco as principais bandas de rock do mundo terá sua primeira edição no Brasil, na cidade de São Paulo – SP, no Memorial da América Latina.
Uma das atrações confirmadas em seu Lineup são os Americanas do Vixen, segue o release delas:
O festival “Summer Breeze” marcará a estreia do Vixen em território brasileiro. Formada atualmente por Lorraine Lewis (vocal, ex-Femme Fatale), Britt Lightning (guitarra), Roxy Petrucci (bateria) e a brasileira Julia Lage (baixo), a banda americana de hard rock foi criada em Saint Paul/Minnesota no início dos anos 80.
No auge do sucesso comercial, entre 1988 e 1992, a formação contava com Janet Gardner (vocal e guitarra), a saudosa Jan Kuehnemund (guitarra solo), Share Ross Pedersen (baixo) e Roxy Petrucci (bateria). Porém, muita coisa aconteceu até as garotas chegarem ao sucesso com seu álbum de estreia, “Vixen” (1988). No começo de carreira, elas sofreram preconceito. “Encontramos resistência e tivemos que lutar contra o estigma de ser uma banda só de garotas. No entanto, aquilo nos deu a determinação”, declarou certa vez à revista Roadie Crew a baterista Roxy Petrucci, que deixou a banda Madam X em 1986 para se juntar ao Vixen.
Em 1984, com uma formação diferente da que gravou o debut, em que apenas Gardner e Kuehnemund faziam parte – e, entre elas, Pia Maiocco (baixo), que mais tarde casou-se com Steve Vai –, o grupo participou do filme “Como Conquistar as Garotas”, uma comédia em que atuaram como integrantes da banda fictícia Diaper Rash. Três anos depois, já com foco no hard rock e com Petrucci e Pedersen no line-up, a banda foi entrevistada para o documentário “The Decline of Western Civilization II: The Metal Years”, que saiu em 1988.
O debut, “Vixen”, lançado pela EMI em setembro, foi um álbum planejado para dar certo. Para sua produção foram contratados David Cole, Rick Neigher, o experiente Spencer Proffer e o cantor e compositor Richard Marx. Para reforçar, as garotas ainda contaram com a adição do tecladista Derek Nakamoto, enquanto que na faixa “Desperate” tiveram a participação de Vivian Campbell, à época guitarrista do Whitesnake e hoje no Def Leppard.
Apesar de contar com várias ótimas composições, dois singles foram determinantes para o sucesso: “Cryin’” obteve o 22° lugar no Hot 100 da Billboard e “Edge of a Broken Heart”, composta por Marx em parceria com o cantor do The Tubes, Fee Waybill, chegou ao 26° posto. Só o single de “Love Made Me” acabou não emplacando. Em compensação, em 1994, “Edge of a Broken Heart” voltou aos holofotes devido ao episódio “Wall of Youth”, do desenho animado Beavis and Butt-Head.
A revista Rolling Stone listou os 50 melhores álbuns de ‘Hair Metal’ de todos os tempos, e “Vixen” ficou em 43° lugar. Além disso, ficou em 41° posto na Billboard 200, 39° no Top German Albums, 47° na Suécia e 66° no Reino Unido. A banda tinha capacidade técnica, talento e outras armas para alcançar o sucesso, como visual, produtores renomados, clipes na MTV, contrato com a EMI e exposição nas rádios.
Com o resultado esperado e posições de destaque nos charts americanos e europeus, além de turnês ao lado de Scorpions, Bon Jovi e Ozzy Osbourne, o próximo passo seria lançar um álbum no nível de “Vixen”. Deu certo, pois o sucessor, “Rev It Up” (1990), traz pérolas do hard rock. A confiança era tanta que foram lançados clipes para “Love Is A Killer”, “Not A Minute To Soon” e “How Much Love”, em coautoria com o vocalista Steve Plunkett (ex-Autograph). Já a faixa-título trouxe Ron Keel como um dos autores. A balada “It Wouldn’t Be Love”, por sua vez, foi composta pela cantora Diane Warren.
Assim, novamente, o Vixen atingiu posições de destaque nas paradas e excursionou com Kiss e Deep Purple. Porém, este foi o último grande passo da banda, que se separou em 1992 e ambos os lados chegaram a lançar álbuns usando a marca Vixen.
Contando com Gardner e Petrucci, saiu o álbum “Tangerine” em 1998, que apresentou uma mudança no estilo musical, próximo do grunge. “Foi um divisor no som do Vixen. Era mais pesado e as letras muito profundas. Nós ganhamos novos fãs que não eram necessariamente do Vixen”, destacou a baterista. Entretanto, justamente por causa de “Tangerine”, a guitarrista Jan Kuehnemund moveu uma ação judicial e acabou obtendo os direitos sobre o nome da banda.
Em 2001, o Vixen foi reformado por Kuehnemund ao lado de Janet Gardner, Roxy Petrucci e Pat Holloway, formação que excursionou pelos EUA como parte da turnê “Voices of Metal”. Porém, desentendimentos com o gerenciamento fizeram com que a banda se separasse, restando apenas Kuehnemund, que recrutou Jenna Sanz-Agero (Jenna Piccolo), Lynn Louise Lowrey e Kathrin “Kat” Kraft para completar a turnê.
Em 2004, o canal VH1 procurou o Vixen com as quatro integrantes da formação clássica para o programa Bands Reunited, gravando um show em agosto de 2004 e transmitido nos EUA em novembro. Após a transmissão, o selo americano da EMI, Capitol, relançou os dois primeiros álbuns. Não passou disso, pois, em 2006, a versão de Kuehnemund soltou o álbum “Live & Learn”. Em 2013, Kuehnemund faleceu.
Gardner, Petrucci, Ross e Gina Stile reformaram a banda e passaram a se apresentar com o nome JSRG. “O JSRG se reuniu para dar aos nossos fãs a melhor experiência sobre o Vixen”, declarou Petrucci à época. Stile e Gardner deixaram a banda, que hoje atua normalmente como Vixen, com Lorraine Lewis, Roxy Petrucci, Britt Lightning e Julia Lage tocando todos os clássicos, inclusive um cover para “Waiting for the Big One”, sucesso do Femme Fatale.