Com um conceito de trazer experiências inéditas além da música, Summer Breeze Open Air desembarca em São Paulo nos dias 29 e 30 Abril de 2023 com megaestrutura e mais de 40 atrações (que se dividirão em 4 palcos). Serão dois dias de muita música, diversão e vivências para pessoas de todas as idades.

Com 25 anos de história, o megafestival Summer Breeze Open Air, conhecido por levar ao palco as principais bandas de rock do mundo terá sua primeira edição no Brasil, na cidade de São Paulo – SP, no Memorial da América Latina.

Uma das atrações confirmadas em seu Lineup são os Ingleses do Napalm Death, segue o release deles:

Com o Venom, a Inglaterra, berço do heavy metal, estava começando a ter traços de que ficaria cada vez mais extrema. Assim, vindo de Birmingham, cidade que revelou os pilares da música pesada, Black Sabbath e Judas Priest, apareceu o Napalm Death. Pronto, a partir daí o mundo tomou conhecimento de um subgênero conhecido como grindcore.

A ideia para o primeiro registro seria como um EP, gravado por Nick Bullen (vocal e baixo), Justin Broadrick (guitarra) e Mick Harris (bateria). Então, enquanto resolviam por qual selo seria lançado o material, houve a saída de Broadrick e depois de Bullen. A ideia era que a então iniciante Earache Records soltasse o material, mas Harris assumiu a responsabilidade de reestruturar o grupo. O escolhido foi Bill Steer, que depois faria história com o Carcass. Para os vocais, um velho amigo, Lee Dorian. Assim, o Lado B foi gravado e a junção dos dois registros fez surgir “Scum”.

O segundo álbum, “From Enslavement To Obliteration” (1988), deu continuidade ao estilo apresentado no “lado B” de “Scum”. Porém, Harris recrutou o baixista Shane Embury e a nova formação surpreendeu.  “A banda estava ainda se formando e eu havia sido chamado para tocar guitarra no Napalm Death quando Justin (Broadrick) saiu, mas Bill Steer pegou o posto e entrei no baixo quando Jim Whitely deixou a banda. Chegamos à posição de número um na parada independente, muito pela ajuda de John Peel, que era um radialista da rádio BBC e tocava direto a ‘You Suffer’, do primeiro álbum. Em 1987, ele nos convidou para tocar no programa Peel Session, que serviu para me apresentar como novo integrante”, recordou o baixista certa vez à revista Roadie Crew.

Após a turnê, que passou até pelo Japão, Bill Steer passou a se concentrar somente com o Carcass e o vocalista Lee Dorrian montou o Cathedral. Sobrou para Mick Harris e Shane Embury escolherem os novos integrantes. “Tivemos sorte que conseguimos colocar a banda nos trilhos de novo. Eu já conhecia o Jesse Pintado, pois trocávamos fitas demo de bandas e ele estava tocando no Terrorizer com Pete Sandoval e David Vincent antes do Morbid Angel. Mitch Harris também veio para a guitarra e já era conhecido de Jesse. Ambos gostavam muito de Napalm Death e foram a escolha mais acertada”, declarou Shane.

As trocas de integrantes se tornaram frequentes, mas com Mark “Barney” Greenway no vocal, discos como “Harmony Corruption” (1990) “Utopia Banished” (1992) e “Fear, Emptiness, Despair” (1994) serviram para fixar a imagem da banda definitivamente na história da música extrema. “Cada álbum do Napalm Death tem seu estilo próprio e as pessoas podem reagir de várias maneiras em relação a isso”, destacou o baixista, certo de que “Diatribes” (1996) foi apontado como o “mais acessível”.

“Tivemos realmente algumas mudanças no som, algumas boas e outras nem tanto. Individualmente, percebemos que estávamos nos desenvolvendo mais como músicos, escutando coisas diferentes. Olhando para trás percebo, com esse álbum, que estávamos meio confusos. Mesmo assim, acho muito legal e conta com muitas músicas pesadas e interessantes”, avaliou Shane sobre “Diatribes”.

Mark “Barney” Greenway saiu por um tempo, mas retornou e gravou os trabalhos seguintes, “Inside the Torn Apart” (1997), “Words from the Exit Wound” (1998), “Leaders Not Followers” (EP, 1999), “Enemy of the Music Business” (2000) e “Order of the Leech” (2002). “Phil (Vane, do Extreme Noise Terror) ficou um tempo com a gente, mas logo percebeu que não era o que ele queria e Mark também percebeu que sua banda era o Napalm Death. Uma situação meio bizarra, mas isso trouxe mais força para a banda e ficamos mais unidos de novo”, disse o baixista.

Após mais uma homenagem às suas influências com “Leaders Not Followers: Part 2” (2004), veio “The Code Is Red…Long Live the Code” (2005), que trouxe convidados como Jello Biafra (Dead Kennedys), Jamey Jasta (Hatebreed) e Jeff Walker (ex-Carcass). Sem perder tempo, os ingleses vieram com “Smear Campaign” (2006), que traz a participação especial de Anneke van Giersbergen (ex-The Gathering). “É um álbum que vai às raízes do Napalm Death, mas sem se privar de elementos novos, e de uma evolução musical. As faixas trazem várias características diferentes, e soam realmente muito grind”, avaliou o vocalista.

Já tendo ultrapassado duas décadas escrevendo muitas das principais linhas da história do grindcore, os britânicos chegaram ao 14º álbum de estúdio, “Time Waits For No Slave” (2009), esbanjando criatividade. “Curtimos coisas diferentes e sempre estamos encontrando formas e meios de misturar tudo isso no nosso som. O Napalm Death buscou a diversidade e de vez em quando isso fica mais evidente”, comentou Shane à época. “Não existem regras para a criação musical no Napalm Death, mas sempre existirão dois pontos de referência para mim, tem que ser musicalmente abrasivo e confrontador. A música extrema é a base para alcançar essas coisas, então ela sempre será parte da nossa mistura”, completou Barney.

Depois vieram “Utilitarian” (2012) e “Apex Predator – Easy Meat” (2015) até chegar ao mais recente, “Throes of Joy in the Jaws of Defeatism” (2020), que os ingleses promoverão nos palcos do “Summer Breeze” junto aos clássicos do grindcore que seus fãs brasileiros tanto curtem. Por sinal, o Napalm Death é tão adorado que recebeu um tributo só de bandas brasileiras intitulado “Siege of Grind”. Isso diz muito…

 

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