Já se passaram mais de duas décadas desde que ouvimos falar pela vez da Jennifer, mas tanto tempo depois, aquela intro sinistra e profundamente perturbadora do «Prowler In The Yard» continua a soar como um chamariz para fanáticos do grind em todo o lado. O álbum de 2001 marcou o primeiro disco de PIG DESTROYER “a sério” e, hoje, é celebrado com um os melhores álbuns do metal extremo, uma referência para toda uma nova geração apostada em quebrar os métodos do terrorismo psicológico. Com a excepção dos Napalm Death, não há outra banda de grindcore tão respeitada. Durante os últimos vinte anos, apoiados no génio do guitarrista/produtor Scott Hull e do poeta JR Hayes, assinaram uma sequência de álbuns que esticam as fronteiras do grindcore, mas sem sacrificarem uma ponta da agressividade cirúrgica que os tornou famosos. O petardo mais recente chama-se «Head Cage», e leva o nome de um terrível dispositivo de tortura medieval.
Pedra basilar do black metal finlandês, cujos membros do passado e presente têm ligações a projectos tão aplaudidos como Behexen e Baptism, entre outros, as tropas lideradas por Shatraug estabeleceram-se desde cedo como um nome a ter em conta num país cuja cena underground do black metal era mais ou menos monopolizada pelos enormes Beherit e Impaled Nazarene. Numa altura em que ambos estavam a perder força, e que a tendência em geral estava a entrar já em declínio à força de tantos clones, os HORNA lançaram a estreia «Kohti Yhdeksän Nousua» em 1998, provocando ondas de choque numa tendência a precisar de reanimação. Durante as últimas duas décadas nunca baixaram a guarda, mantendo a tocha do black metal a fervilhar na terra dos mil lagos com uma sequência de álbuns, splits e EPs sem defeitos
Formados em 1999, os ADRIFT conquistaram rapidamente uma posição forte no cenário da música pesada europeia graças aos seus primeiros lançamentos. Depois, bastou o apoio de Scott Kelly, dos Neurosis, através da sua estação de rádio na internet, para dar à banda de Madrid a força necessária para garantir o seu primeiro contrato discográfico, que resultou na edição de «Monolito», em 2008. Durante a década que passou entretanto, o grupo não mais parou de crescer, lançando álbuns de forma consistente e dividindo palcos com bandas tão respeitadas como Cult of Luna, The Ocean, Wolves In The Throne Room e Torche, entre muitas outras.
Os TERROR EMPIRE são uma banda de thrash da zona de Coimbra e deram os primeiros passos em 2009, lançando o EP de estreia, «Face The Terror», três anos depois. Dando concertos com regularidade de norte a sul do país, os músicos da Lousã foram moldando a sua abordagem ao género, que acabaria materializada na estreia de longa-duração, «The Empire Strikes Black», lançada em Fevereiro de 2015. Dois anos depois, o colectivo seria então resgatado pela Mosher Records, que lançou «Obscurity Rising», em Setembro de 2017. Três anos de silêncio editorial depois, voltaram à carga já no início do terrível ano de 2020 com os singles «Snake Nest» e «Hunt The Traitor», que mantêm inalterado o tom crítico afiado sobre o que consideram estar errado na sociedade e a letal fusão de beats thrash com influências do death metal e uma voz bem corrosiva.