Nas quatro décadas que passaram desde a sua formação, os lendários pioneiros do war metal, BLASPHEMY, nem sequer chegaram ainda à marca dos cem concertos, nem sequer pisaram qualquer palco na Península Ibéria. Só isso já ajuda a perceber o quão importante é para todos nós esta visita por parte de um dos verdadeiros criadores do metal extremo. Tendo mantido o seu crucial trio fundador junto até hoje, o vocalista Nocturnal Grave Desecrator and Black Winds, o baterista 3 Black Hearts of Damnation and Impurity e o guitarrista Caller of the Storms (com o outro guitarrista Deathlord of Abomination and War Apocalypse a atingir a a fasquia dos 25 anos com a banda também), indiscutivelmente os músicos com melhores nomes de toda a história do metal, os Blasphemy são ao fim destes anos todos uma das muito poucas bandas que ainda mantém uma aura de escuridão, violência e perigo que é totalmente real. Desde os marcantes álbuns «Fallen Angel Of Doom….» e «Gods Of War» de 1990 e 1993 respectivamente que só têm editado maquetas ocasionais, cassetes de ensaios e gravações ao vivo, mas who cares – isto é uma banda que existe fora da concepção normal do tempo. Tendo originado a famosa/infame cena Ross Bay Cult e tendo essencialmente aberto as portas para a criação de todo um subgénero, são um dos artista historicamente mais essenciais que alguma vez tivemos no SWR.
Mesmo para quem não fale sueco, é relativamente óbvio que o nome FREDAG DEN 13:E quer dizer Sexta-Feira 13, e de facto o seu grindcore explosivo, crusty e cheio de punk está encharcado de horror e de azares vários. Fundados em Gotemburgo em 2006, têm cuspido uma quantidade regular de álbum sem merdas e sempre a rasgar ao longo dos anos, nunca atingindo níveis propriamente altos de popularidade, mas ganhando um estatuto respeitável de banda de culto e acima de tudo uma reputação como uma banda ao vivo devastadora. Algo que vão certamente perceber quando eles estiverem a fazer barulho em velocidade máxima enquanto varrem o chão com os nossos queixos em Barroselas.
Os SCHIZOPHRENIA são um quarteto belga, que opera no limite do thrash e do death metal com um toque dos anos 80, e que merece definitivamente a tua atenção! É thrash sujo e raivoso, fundido com uma mistura de outros estilos extremos, que traz ao género uma diversidade muito natural, condimentada por óptimos solos e que tem muito para oferecer aos fãs dos Dark Angel, Sepultura ou Slayer. Com elementos a meio tempo acompanhados por vocalizações ferozes, o quarteto exibe uma ampla gama de agressão extrema, revelada ao underground com o EP «Voices», de 2020, que recolheu elogios entre a facção do OSDM. Em 2022, o jovem grupo de death/thrash mais promissor de Antuérpia lançou o álbum de estreia, intitulado «Recollections Of The Insane», através da Redefining Darkness e, já este ano, seguiu-se o EP «Chants Of The Abyss» com versões dos Slayer, Morbid Angel, Judas Priest, Misfits, Exodus e GBH.
Seis singles, editados ao longo de quase dezoito meses. A forma como os TOXIKULL reagiram à estagnação provocada pela covid-19, diz muito da fé inabalável no credo adoptado por músicos e fãs do heavy metal tradicional. E nesse cânone tão abrangente quando elusivo, os portugueses são também speed metal e thrash, mas acima de tudo são old school e são donos de uma rodagem ímpar no nosso underground ganha na estrada, com suor, perseverança e um sentido de missão irredutível que é tocantemente apropriado ao chão sagrado de Barroselas.
INFO: www.swr-fest.com
EVENTO OFICIAL: fb.com/events/701801208492815