TARANTULA

Seria inconcebível e em boa verdade, muito pouco ambicioso, continuar este desfile de celebridades veteranas do Heavy Metal Nacional e omitir aqueles são unanimemente reconhecidos, não só pela mestria e perfeccionismo musical, mas também por serem a entidade que despoletou e inspirou todo o movimento metálico nacional!

É arrepiante reviver memórias disponíveis no YouTube, captadas em momentos da história que podem ser considerados já algo longínquos, e ver o Júlio Isidro a vibrar com as prestações dos Tarantula durante as suas interessantes e enriquecedoras matinés de outrora.

Mais emocionante ainda é constatar que o Jorge Marques, Paulo “Spitfire” Barros, Zé Aguiar e Luís Barros continuam a emanar a mesma energia e dedicação de há 40 anos atrás!

 

GRUNT

Grunt, o indomável grupo de industrial/grind, tem vindo a criar uma experiência sonora atípica, desde a sua génese em 2004. Conhecidos pela sua intensidade inabalável e pela crueza performativa, os Grunt ancoram a sua sonoridade em rasgados solos de cordas distorcidas, riffs pesados e paisagens electrónicas excruciantes, criando uma fusão cativante que ultrapassa os limites do cliché musical moderno.

Com uma predileção por explorar os recantos mais sombrios da existência humana, a sua música mergulha em temas de bondage e no surrealismo da escola francófona, cativando públicos com as suas performances evocativas e intransigentes.

A actuação dos Grunt no Not a Xmas Fest, ficará certamente marcada, não só pelo seu som visceral e incontido mas também pela graciosidade de uma performance preparada de forma muito especial para esta data.

 

PITCH BLACK

Depois de uma década de hiato editorial e de um afastamento dos palcos também por longo período, esta ceifeira do Thrash está de volta e tem dizimado palcos de Norte a Sul do país com uma fúria insaciável como se estivessem a premiar todos aqueles que esperaram impacientemente o degelo da sua hibernação, obliterarando-os impiedosamente!

Nesta instituição do thrash, praticam-se as doutrinas da velha escola e qualquer laivo de Thrash Moderno é vetado prontamente de forma a preservar os mandamentos do som eterno!

 

VECTIS

Os Vectis protagonizaram recentemente o seu regresso aos palcos de forma devidamente sólida e musculada. Sempre na senda do saudosismo da velha guarda, o grupo tem repenicado exibições de toada avassaladora, reacendendo a chama das sonoridades de culto.

Desengane-se quem pensa que a banda é uma mera emulação dos velhos mestres do Thrash mais obscuro. Com uma abordagem musical intrépida e original, os Vectis transcendem as fronteiras do tradicional, infundindo novos elementos sonoros que não só honram as raízes do género, mas também lançam um olhar firme em direcção ao futuro do Metal. A presença do grupo em palco é uma declaração de resiliência e inovação, um elenco que ressoa com a vitalidade do presente e a promessa de um legado duradouro.

Os bilhetes estão à venda na página da Larvae Records e custam 35€ para os dois dias de festival. Para um único dia o preço é de 20€ até ao dia 15.12.2023 e 25€ após essa data.

Data: 22.12.2023

Hora: 21h00

Local: Bourbon Room, Rua de António Carneiro, 302, 4300-025 Porto

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Juliano Mattos
Nascido paulistano, filho de uma portuguesa e um quase baiano, encontrei a redenção no percurso migratório inverso, em Aracaju, que me adotou aos cinco anos. Cresci na capital sergipana, até migrar aos dezoito para Portugal, onde atualmente resido na cidade do Porto. Também residi em Braga, Madrid, Cracóvia e Praga. Devido ao meu interesse pela fotografia, estudei inicialmente artes, mas logo ingressei no curso de Geografia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), onde me graduei em 2010. No ano seguinte, fiz uma pós-graduação em Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território na mesma instituição antes de rumar a Praga, cidade que mudou a minha vida. De regresso ao Porto, tornei-me fotógrafo e trabalhei em eventos da vida noturna e em festivais de verão. Fui membro-fundador da Frente de Imigrantes Brasileiros Antifascistas do Porto (FIBRA) e desde 2018 sou responsável pelo projeto fotoativista Ativismo Em Foco. Tenho dois livros de poesia, Travessa das Almas (Corpos Editora, 2014) e Significância Em Escala Poética (2016), e um de ficção, que é uma espécie de «diário de bordo da quarentena», chamado Até Mais, E Obrigado Pelos Feixes (Kotter, 2021). Em 2019 iniciei um mestrado em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território (FLUP), com enfoque no Direito à Cidade, debruçando-me sobre a gentrificação turística, e fui investigador bolseiro no projeto «SMARTOUR – Turismo, alojamento local e reabilitação: políticas urbanas inteligentes para um futuro sustentável». De Outubro de 2021 até Julho de 2023 fui o fotógrafo residente na sala de espetáculos M.Ou.Co., no Porto, tendo fotografado quase uma centena de concertos, além de conferências, palestras, peças de teatro, etc.