No dia 14 de novembro, a Movistar Arena de Bogotá vibrou com uma das bandas de rock alternativo mais icônicas dos anos 90:The Smashing Pumpkins. A banda liderada por Billy Corgan chegou à capital colombiana como parte de sua turnê mundial The World is a Vampire, e com um show avassalador mostrou que seu legado continua mais vivo do que nunca.
Desde o início, as ruas próximas à Arena Movistar e ao Estádio El Campín encheram-se de uma multidão diversificada: camisetas pretas e vermelhas dos torcedores do Pumpkins dividiram espaço com torcedores do time local, que se dirigiam para o jogo do dia. A chuva, que costuma ser uma presença constante em Bogotá, proporcionou um clima melancólico que parecia um prelúdio perfeito para o show.
A Movistar Arena, espaço icónico da cidade com uma acústica invejável e capacidade de adaptação a eventos desta envergadura, ofereceu o que tem de melhor. Junto com a produção impecável de Fénix Entertainment e Breakfast Live, el recinto fue el escenario perfecto para una noche que quedará grabada en la memoria de los asistentes.
El show comenzó con la poderosa The Everlasting Gaze, um lembrete da energia com que a banda ressurgiu na década de 2000, após um breve hiato. Desde o primeiro acorde ficou claro que os Smashing Pumpkins não estavam oferecendo apenas um show, mas uma experiência emocional e sensorial que combinava o melhor de sua carreira com a energia renovada que os mantém atualizados.
Billy Corgan, com sua voz característica e presença magnética, conduziu uma noite onde cada música parecia uma viagem no tempo. Hinos como “1979”, “Tonight, Tonight” e “Ava Adore” desencadearam uma onda de nostalgia, enquanto peças mais recentes, como “Beguiled”, mostraram que a banda continua evoluindo sem perder sua essência. A presença de James Iha em palco, após vários anos de ausência, foi um presente para os fãs e um elemento chave para reavivar a química histórica da banda.
Cada membro contribuiu com a sua para fazer desta noite uma lição de música e sentimento. Jimmy Chamberlin, Com a sua bateria potente, era um motor imparável; James Iha ele adicionou seus toques sonoros e carisma; enquanto o resto da banda acompanhante, incluindo Jack Bates no baixo e Kiki Wong no violão, acrescentaram dinamismo e frescor à apresentação.
O clímax veio com “Disarm”, uma performance tão emocionante que levou as lágrimas ao público, seguida de clássicos como “Zero” e “Cherub Rock”, que lembrou porque esse grupo é um dos grandes do rock. A noite terminou com uma energia transbordante que deixou os participantes num estado de euforia partilhada.
A produção do concerto não poupou recursos. A iluminação, o som impecável e o backline criaram uma atmosfera envolvente. Em particular, a acústica da Movistar Arena demonstrou porque este local é o preferido para grandes shows na capital.
No final, a ligação entre a banda e o público ficou evidente. Com interações breves, mas significativas, Billy Corgan e James Iha agradeceram aos participantes pelos ingressos esgotados em Bogotá e dedicaram palavras gentis à cidade e seus fãs. Billy se dirigiu ao seu público. Emocionado, Billy agradeceu às pessoas por acompanhá-los, pois com aquela vibração entre um vampiro e um ser amoroso, ele é incrível, tão simples, tão terno mas tão agressivo em sua interpretação. Ele então iniciou um diálogo com Iha; Ele lhe disse que eles estavam esgotados e que claramente tinham mais amigos em Bogotá do que pensavam. Iha disse que este país é “super incrível”.
Este concerto não foi apenas uma digressão pelos sucessos dos anos 90, mas uma amostra da relevância dos The Smashing Pumpkins na atualidade. Foi uma noite em que o passado e o presente se encontraram, lembrando-nos que o rock, quando é autêntico, não envelhece, mas transforma-se num legado eterno. Bogotá viveu uma noite de vampiros e poesia, uma master class de rock difícil de superar.
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