A passada sexta feira, dia 01.03.2024, ficou marcada pelo regresso dos Suecos Therion a Portugal para um concerto no Hardclub completamente mágico e arrepiante. A banda encontra-se em tour para divulgação do seu mais recente album de estúdio Leviathan III que faz parte da trilogia Leviathan. Esta tour é marcada também pelo regresso de Lori Lewis (vocalista) que se ausentou temporariamente da banda por motivos pessoais. A abertura do espetáculo esteve ao cargo do Finlandeses Satra.

Satra, fotografia Cátia Sousa.

Às 20h30 em ponto, as luzes apagam-se e uma melodia sinfónica inicia-se para o início do espetáculo dos Satra. A banda finlandesa que conta apenas com um album de estúdio, revelou um certo nervosismo inicial mas rapidamente os fãs portuenses conseguiram promover um ambiente familiar, que empurrou a banda para uma atuação animada e envolvente.

Foram apresentados 9 temas, dos quais se destacam Shadow Engine pelo ambiente circense criado que, de certa forma, faz lembrar a música Storytime dos Nightwish,  e Golden City que encerrou o concerto com um ambiente mais pesado e uma sonoridade egípcia.

Após um intervalo de 30 minutos, as luzes voltam a apagar-se, agora para receber os lendários Therion. Às 21h45, Therion subiu ao palco numa recepção avassaladora e entre gritos de euforia dos fãs portuenses.

O concerto iniciou com Blood of Kingu e rapidamente todo o ambiente operístico envolvente se instalou na sala. De seguida foi interpretado um tema do último álbum da banda, Leviathan III, Ruler of Tamag, tema que com certeza ficará na setlist da banda durante vários anos. Este tema inicia-se com um instrumental ligeiro e a voz doce de Rosalía Sairem, seguindo-se de um riff original e coro intenso que rapidamente pôs todo o público embalado na sonoridade vibrante.

Therion, fotografia de Cátia Sousa
Therion, fotografia de Cátia Sousa

Seguiram-se temas como Birth of Venus, Tuonela e Twilight of the Gods. Ainda na primeira metade do concerto, Therion apresentaram uma fantástica surpresa: a sua versão de Mon Amour mon Ami do álbum Les Fleurs Du Mal editado em 2012. Esta música é uma cover de Marie Laforêt, numa verão mais lenta e soturna. Ainda deste álbum, apresentaram o tema La Maritza.

O espetáculo continuou com Leviathan, Asgard, Morning Star/Black Diamonds, Litany of the Fallen, Siren of the Woods e Aeon of Maat.

Therion, fotografia de Cátia Sousa

Já na segunda metade do concerto, o tema Lemuria não podia faltar. Christian Vidal senta-se e a melodia introdutória de Lemuria inicia-se fazendo todo o público fechar os olhos e deixar as vibrações entrarem nos seus corpos que balançavam ao som da melodia. A fantástica voz operística de Lori Lewis entra e o público acompanhava. Toda uma atmosfera arrepiante se instalou na sala do início ao final da música com esta interpretação arrebatadora.

Segue-se a interpretação de temas como Sitra Ahra, Quetzalcoatl, Eye of Algol, Son of the Staves of Time antes do encore. A banda sai do palco com sinceros agradecimentos ao público, que grita incansavelmente e numa só voz “Therion” durante a sua ausência.

Para terminar o espetáculo em grande, foram escolhidos dois dos temas mais importantes da sua longínqua carreira:  Rise of Sodom and Gomorrah e To Mega Therion. Temas que puseram o público a gritar e saltar criando a atmosfera indicada para o clímax do concerto.

A banda apresentou uma setlist que remota para diferentes eras da sua carreira. Demonstrou uma postura em palco humilde e profissional, que era visível através dos constantes agradecimentos ao público e felicidade apresentada pelos membros da banda. Foi com toda a certeza uma noite memorável na invicta cidade do Porto que prevalecerá na memória dos fieis fãs durante muito tempo!

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