Senhoras e senhores, QUE NOITE !!!!
Orgulhosamente apresentado por RedStar Studios, esta com certeza foi uma noite memorável e marcante, seja pelo som que estava insano, ou também pelas homenagens póstumas ao grande guitarrista que nos deixou a pouco mais de uma semana, Luiz Amadeus, ser humano ímpar, que quem teve a felicidade de conhecê-lo, pode se sentir honrado. Um cara fantástico, conhecido por ter feito parte de bandas como Attomica, Faces Of Death e por ultimo, a banda em que estava literalmente em família, contava com seus filhos e ele, a Tormentor Bestial.

Luizão/Amadeus não será esquecido e será sempre lembrado pelo entusiasmo em falar sobre som, sobre guitarras, falar sobre o Heavy Metal que indiscutivelmente era sua paixão e a alegria de ter filhos e família bem próximos. Luizão fará falta!

Próximo às 20:00h e o espaço externo do RedStar  continuava a ser tomado pelos fãs de Thrash, Metal e Hardcore. Público que já sabia que aquela seria com certeza uma grande noite, o que não era sabido, era referente a participação de uma das bandas, que foi cancelada por motivos de saúde de um dos seus integrantes. O baterista da TREND KILL INC, passou mal no dia e precisou ser hospitalizado e próximo ao início dos shows foi informado pelo cordial e gentil Johnny Z, fera do Underground paulistano e responsável pelos estúdios e promoção de eventos da cena.

Com isto, com a ausência mais do que justificada da Trend Kill Inc, a primeira banda iniciou sua apresentação próximo às 20:30h;
Eles, de Santos/SP e que vieram no gás e na vontade de tocar, os brothers da banda Tosco, banda formada em 2017, conhecida por fazer um som rápido, um crossover poderoso, ríspido à ouvidos sensíveis e bravo, aos ouvidos sedentos por Thrash Metal e Hardcore.
De Santos/SP - Tosco faz um crossover brutal! Thrashcore de primeira!É meus amigos!!! Tosco é nitroglicerina, explosiva e chega com os dois pés no peito do individuo mesmo, formada por: Osvaldo (Ozzz Fernandez) no vocal, Ricardo Lima (Ricardo Hardcore) na guitarra, Carlos Diaz no baixo e Bruno Conrado (Conrad 666) na bateria.
Tosco possui um excelente material, composto por álbuns, vídeos lançados, lyric vídeos e um EP.  Sua temática aborda temas sociais e não manda recado, desce a letra, doa a quem doer, trazendo letras de consciência e um exímio Thrashcore, que é para não deixar ninguém parado. Instrumental de peso e vocal rasgado de Ozzz, que não consigo descrever, vocal potente e que impressiona, alías, todo o som da banda é muito bem construído, ora quebrado, e minuciosamente pensado nos detalhes.
Seja na guitarra do professor Ricardo, o baixo potente de Carlos, os pedais duplos e a bateria tocada com muita técnica por Conrado.
Sobre a apresentação da banda no Thrash disConcert II, não poderia ser diferente, não faltou energia aos músicos e nem ao público, para agitar e cantar a cada canção.
Tosco é formado por músicos veteranos e que trazem potência em seu som.
Não faltou moshpit e com certeza nao faltou aos que ali estavam reciprocidade, e era visível que a banda estava curtindo cada segundo da apresentação, da mesma forma que o público respondia.

Um setlist escolhido para uma noite muito importante, pois além de ter um setlist especial, era noite de gravação de vídeo oficial da banda.
E em breve veremos o trabalho de Maycon Avelino da StarShip Vídeos, com mais esta excelente produção.
Tosco fez uma apresentação impecável e cheia de energia, a música estava intensa e com muita qualidade, abriram com “Redneck Stomp” e visitaram faixas como “Mais uma Vez“, “Casa de Noia“, “Cala Boca Globo” e encerraram com “Guerreiros do Metal“, um cover do gigante Korzus. A banda dedicou todo o seu show em memória de Luiz Amadeus e recordaram o tempo que puderam vivenciar, ainda incrédulos por uma perda que ocorreu tão cedo;

Com energia incendiária e dispostos a não deixar nada no lugar, sem deixar que o público tivesse pausa para descanso, em seguida, subiram ao palco, eles – A máquina de moer pescoços, os brothers do Faces Of Death, com seu som Thrash/Death Metal, banda que iniciou as atividades ainda nos anos 90, que fez uma pausa em seus trabalhos mas que voltaram com força total e que de 2017 para cá, vem em constância de sons e shows, e sempre levando um som coeso e com verdades sobre temas que abordam.
Iniciaram com a homenagem ao ex guitarrista da banda, Luiz Amadeus, dedicando a ele todo o show, além de prestar sua solidariedade e sentimentos aos que ali estavam e o admiravam esta terrível perda.
Iniciando os trabalhos, já chegaram trazendo um som furioso e brutal.
Em suas letras o Faces Of Death fala sobre o mal, a destruição da sociedade pela classe política e religiosa, a exploração por estes (políticos e religiosos) e sem deixar de mencionar, os casos que geraram revolta e terror à população, mas que são comumente esquecidos  a margem que o tempo passa, mas que o Faces Of Death através de suas letras e seu som, não deixa que caiam no esquecimento e nem que fiquem impunes, como por exemplo o caso do “Maniaco do Parque”, as vítimas do incêndio da “Boate Kiss” e/ou a matança em nome de Deus, que ocorre mundo à fora;

Vindos de Pindamonhangaba/SP, o Faces Of Death é formado por: Laurence Miranda no vocal e guitarra, na outra guitarra Maurício Filho, no baixo Sylvio Miranda e na bateria Igor Nogueira.
A banda trouxe para esta apresentação, sons de sua discografia quase que completa, em um show monstruoso, pesado e destruidor. Quem ouve Faces Of Death entra em uma máquina do tempo, pois suas referências são nítidas e se somam a personalidade que a banda possu. Um som rápido, riffs e arranjos estruturados e precisos de Mauricio Filho um baixo com distorção afiadíssima, sem deixar de mencionar os vocais do Laurence, que ao vivo são ainda mais monstruosos. A bateria de Igor Nogueira é tocada com precisão, coerência e também grande técnica.

Ainda sobre o show, o moshpit “abraçou” até quem estava mais quietinho, até eu fui para o mosh, revezando entre as fotos e vídeos pra curtir um pouco também;
A todo momento o Faces Of Death era exaltado e retribuia ao público que gritava seu nome, um som ainda mais pesado. Dificil eleger um momento que tenha sido o ápice da apresentação, pois o público agitou o show inteiro – Em sua penúltima música, a banda mandou um Slayer sagaz, acho que a faixa era “South Of Heaven“, me desculpem se não foi, só lembro que era um clássico;
E encerrou com uma versão à lá Sepultura, na era Max Cavalera, com um cover de “Orgasmatron“, clássico do Motörhead, tocada de maneira colossal e demonstrando que o Faces Of Death não veio para a apresentação com o intuito de brincar.
De forma geral, a banda faz um som muito competente e com profissionalismo ímpar e sempre buscando trazer um som real e coerente.Devo lhes dizer o seguinte, quem foi aproveitou um evento responsa, de peso!
Que contou também com descontração, mosh e cerveja.
Com público, bandas, profissionais da imprensa se divertindo e interagindo.
Se permitindo vivenciar uma noite de celebração ao Metal, Hardcore e sobretudo, a música Underground, feita de esforços, suor e muita batalha.
E como ninguém é de ferro, um pouco de cerveja para brindar reencontros de antigos amigos e comemorar as novas amizades e parcerias.

Luizão, você foi lembrado com muito carinho e saudosismo, Rest In Power, irmão!

 

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