FESTIVAL ALMA SAMANA – METAL FEST 2025
A noite de sexta-feira, 7 de março, em Quito, Equador, mergulhou em um ritual sonoro onde a escuridão e a essência do black metal tomaram o protagonismo. O Festival Alma Samana 2025 reuniu uma audiência apaixonada que testemunhou uma noite carregada de atmosferas densas e sons arrepiantes.

A partir das 18:00, o Club Orión se tornou o epicentro de uma energia sombria, com a banda equatoriana Demolay abrindo a noite com seus acordes sombrios e voces desgarradoras, estabelecendo o tom do que seria uma jornada intensa. O público, envolvido na mística do evento, se deixou levar pela crueza do som e pela intensidade do ambiente.



Quando chegou a vez de Death’s Cold Wind, a atmosfera se tornou ainda mais densa. Com um som profundo e desgarrador, a banda continuou a experiência no mesmo nível, mergulhando os presentes em uma catarse musical própria do black metal mais puro e visceral.


A intensidade do festival só cresceu com cada banda que subiu ao palco. Com o público já imerso na atmosfera sombria do black metal, chegou a vez dos irmãos colombianos Bloodshed, que desencadearam uma descarga implacável de riffs afiados e voces guturais. Sua energia avassaladora ressoou em cada canto do Club Orión, alimentando a conexão quase ritualística entre os presentes e a música.


Nesse momento, a noite havia se transformado em uma experiência sinérgica, na qual o som, o ambiente e as bandas convergiam em um mesmo ponto de caos e devoção. O público, extasiado pela brutalidade sonora, se entregou completamente ao ritual do metal extremo.
Após a investida de Bloodshed, a necessidade de uma pausa levou muitos a buscar uma cerveja gelada ou a compartilhar um cigarro sob a brisa noturna, enquanto se preparavam para um dos momentos mais esperados da noite.
Todas as bandas que subiram ao palco ofereceram um espetáculo impressionante, deixando no público uma energia vibrante e uma atmosfera carregada de intensidade. No entanto, a noite ainda reservava um dos momentos mais aguardados: a chegada de INFERNO, a banda tcheca que muitos ansiavam ver em ação.
O ambiente mergulhou em uma calma tensa, um silêncio inquietante que se misturava com a impaciência dos presentes. A expectativa era palpável, cada segundo parecia se alongar enquanto todos aguardavam o aparecimento da banda.
De repente, os primeiros acordes arrepiantes começaram a soar, envolvendo o local com uma sensação densa e penetrante. As luzes se atenuaram e as sombras se projetaram sobre o palco, criando o cenário perfeito para o ritual sombrio que estava prestes a começar. Com cada nota, INFERNO mergulhou a audiência em uma jornada hipnótica de black metal ocultista, onde a música e a energia se fundiram em uma experiência sensorial profunda e envolvente.


O som cru e atmosférico da banda ressoou em cada canto, gerando um transe coletivo entre os presentes. Era mais que um simples show, era uma cerimônia sonora na qual cada riff, cada batida de bateria e cada grito gutural despertavam emoções primitivas e sombrias.
Sem dúvida, a passagem de INFERNO pelo festival deixou uma marca indelével, reafirmando seu status como uma das bandas mais impactantes do black metal europeu e oferecendo uma apresentação que será lembrada por muito tempo na cena equatoriana.
A noite do Festival Alma Samana estava prestes a atingir seu clímax com a apresentação de uma das bandas mais emblemáticas e representativas do black metal grego. A escuridão pairava sobre o ambiente, e a expectativa entre os presentes era palpável. Acherontas, com seu misticismo inconfundível e poder sonoro, estava pronto para tomar o palco.

Após uma breve, mas precisa, prova de som, o momento que todos esperavam finalmente chegou. As luzes se atenuaram, os integrantes estavam de costas para o público e, em meio a uma atmosfera carregada de energia, a banda emergiu com uma presença imponente. O primeiro acorde ecoou como um trovão, desencadeando a loucura entre o público.
Desde os primeiros instantes, Acherontas dominou a cena com sua combinação de riffs envolventes, atmosferas sombrias e uma voz que ressoava como um canto de invocação. O público, completamente entregue, se deixou levar pela intensidade de sua música, sentindo na pele a força avassaladora de seu som.

Cada nota era um golpe direto na alma, cada grito desgarrador parecia rasgar o véu entre o terreno e o oculto. A comunhão entre a banda e os presentes atingiu seu ápice, transformando o momento em um verdadeiro ritual sonoro, no qual o black metal se manifestou em sua máxima expressão.
O encerramento do festival não poderia ter sido mais épico. Acherontas deixou uma marca indelével no Festival Alma Samana, reafirmando seu status como uma das bandas mais influentes do black metal esotérico e presenteando os presentes com uma experiência que ficará gravada na memória dos equatorianos.